Agora, às 10 horas desta segunda, presidente da Câmara do LEM depõe na polícia sobre desvios de salários

Quatro anos depois, o atual presidente da Câmara Municipal de Luís Eduardo Magalhães, Reinildo Neri, depõe na Polícia Civil sobre esquema de fraudes que chefiava, junto com o então presidente Elton Alves dos Santos e mais um grupinho de vereadores para desviar até 50% do salário de funcionários do legislativo por eles contratados.

Veja abaixo a sequência de diálogos entre Eltinho e um funcionário, em que este promete depositar ainda no mesmo dia a metade do seu salário líquido na conta de Reinildo. Não se tem conhecimento sobre a data do depoimento de Eltinho, pelo visto um dos comandantes da quadrilha junto com Reinildo.

Eltinho na época já era réu em processo por fraude, estelionato, furto e formação de quadrilha. Até hoje não se tem informação sobre a conclusão desse inquérito e eventual julgamento.

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Afinal, onde está o pedido de informações de Claudionor?

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Além de não atualizar a sua página da transparência, desde meados do ano passado, a Câmara Municipal esconde documentos. Hoje à tarde, por mais que tentássemos, não conseguimos acesso ao pedido de informações protocolado pelo vereador Claudionor Machado, que trata de contratos assinados pela nova Mesa Diretora.

No Registro da Câmara, recebemos uma negativa:

-Para cá não veio, ficou na Presidência. Só falando com o Presidente.

Assim como o vereador Claudionor, este jornalista está curioso com as informações que o presidente Eltinho vai prestar. Se é que um dia vai acontecer.

Exigimos, sob pena de passarmos a acreditar que existe maracutaia nesses contratos, o documento original de indagação e a resposta célere do insigne Presidente da Casa.

Justiça rejeita prisão preventiva de Eltinho

O titular da Vara Crime da Comarca de Luís Eduardo Magalhães, Claudemir da Silva Pereira, rejeitou ontem representação do Ministério Público da Bahia, pela prisão preventiva do vereador Elton Alves de Almeida, o Eltinho, indiciado em inquérito policial recentemente remetido à Justiça. Denúncia por formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita foi protocolada pelo Ministério Público estadual contra o vereador no dia 11 do corrente. Após este acontecimento, o Vereador pronunciou-se de maneira ofensiva ao MP, num pronunciamento voluntarioso e recheado de ameaças veladas, o que certamente levou ao pedido de prisão preventiva. 

Vereador Eltinho sai dos trilhos no facebook e atira contra todos

EltinhoO vereador Elton Alves de Almeida, o Eltinho, desafiando todo mundo através da sua página pessoal no Facebook:

“O sistema de Luís Eduardo Magalhães está colocando as garras de fora, vamos vê (sic) quem se sobressai melhor diante dos fatos. A polícia civil, o Ministério público e o Jornaleco expresso, terá(sic) resposta na próxima terça, na seção (sic) legislativa da camara de vereadores de LEM.”

Em outra passagem o Vereador é ainda mais agressivo:

“Faço questão de compartilhar esses comentários, doe em quem doer, o dinheiro público deve ser fiscalizado, quanto as acusações à minha pessoa espero que o ministério público tenha provas pra me condenar porque se não esse município não terá espaço pra nós dois, venham quente que estou fervendo, quem não deve não teme.”

Os dois trechos foram reproduzidos direto da página do Vereador, sem correção gramatical e sem alterações. 

Vereador de Luís Eduardo é denunciado por formação de quadrilha e estelionato

Denúncia por formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita foi protocolada pelo Ministério Público estadual contra o vereador do município de Luís Eduardo Magalhães, Elton Alves de Almeida, hoje, dia 11. No documento, de autoria do promotor de Justiça George Elias Gonçalves Pereira, o vereador é acusado de se associar ao auxiliar administrativo Wielker da Silva, ao assessor parlamentar Marco Dourado e a Cristiano (funcionário das vítimas e já falecido) para formar uma sociedade empresarial voltada ao cometimento de diversos delitos.

Segundo o promotor de Justiça, a atuação criminosa se iniciou em meados de 2011, quando os três denunciados trabalhavam para um grupo empresarial exercendo funções relevantes, tendo responsabilidade pela realização de compras e efetivação de pagamentos. Naquela época, explica George Elias, eles resolveram criar uma sociedade empresarial que tinha como fim o cometimento de crimes. Aproveitando-se da condição de funcionários e da confiança dos seus empregadores, Elton de Almeida, Wielker da Silva e Marco Dourado elaboraram, conforme o promotor, um esquema de superfaturamento de valores que privilegiava a aquisição de mercadorias sempre oriundas da sociedade empresarial que eles acabavam de constituir, a “Comercial Agrícola HS Ltda ME”.

De acordo com a denúncia, Wielker e Marco, que eram compradores de suprimentos do grupo empresarial, realizavam supostas cotações de produtos nos vários estabelecimentos comerciais da cidade, inclusive na Comercial Agrícola, que era administrada por Elton. Essa era a oportunidade em que os denunciados superfaturavam todos os valores cotados, inserindo declarações falsas, esclarece o promotor. Ele informa que, por possuírem menores preços, muito embora também superfaturados, os três acusados “reiteradamente ganhavam o crédito para realizar as negociações” e, em razão da fraude, as compras acabavam sendo realizadas “única e exclusivamente” junto à Comercial Agrícola. A empresa comprava as mercadorias de outro fornecedor por um preço bem abaixo do cotado pelos denunciados e revendia ao grupo empresarial por um preço “exacerbadamente maior do que o de mercado, causando prejuízo alheio e auferindo vantagem patrimonial indevida”. Muitas vezes, aliás, mercadorias eram compradas e sequer chegavam ao almoxarifado, denuncia George Elias, explicando que Elton, Wielker e Marco obtinham sucesso nesta empreitada graças à atuação de um funcionário que atestava o recebimento para que o setor financeiro efetuasse o pagamento, beneficiando a associação criminosa.

O promotor de Justiça registra ainda que a fraude também se comprova com o fato de que a Comercial Agrícola apresentava-se como um empreendimento que fornecia toda e qualquer espécie de mercadoria, “o que não é verdadeiro”. Segundo o membro do MP, os autos do inquérito policial atestam ainda que muitas empresas citadas nas listas de cotações sequer possuíam as mercadorias as quais lhes correlacionavam e que Elton de Almeida, juntamente com Marco Dourado, apropriou-se de coisas alheias, como sacos de cimento e blocos de cerâmica pagos pelo grupo empresarial em que trabalhavam. Por Maiama Cardoso: MTb/BA 2335, da assessoria de comunicação do Ministério Público da Bahia.