
Em Mansidão, populares precisam atravessar um córrego com suas bagagens para fazer a baldeação para outro ônibus na BA 351.

Em Mansidão, populares precisam atravessar um córrego com suas bagagens para fazer a baldeação para outro ônibus na BA 351.
A família de um idoso de 91 anos, que morreu após um ataque cardíaco, precisou passar pela correnteza de uma via que cedeu e foi inundada pela chuva, para conseguir chegar ao cemitério e realizar o sepultamento, em um povoado de Santa Rita de Cássia, no sudoeste da Bahia.
Segundo conta um dos sobrinhos do idoso, Jackson Conceição Reis, de 21 anos, o tio era baiano e morava em Brasília há seis meses. “Era sonho dele [do tio] ser enterrado na Bahia. Quando meu tio faleceu, fomos [ele e a família] fazer o sepultamento. Saíram uns oito carros de Brasília. Uns parentes conseguiram chegar antes, mas outros, inclusive os que levavam o corpo, só conseguiram chegar depois que a rodovia cedeu, e não tinham como passar. Então eles resolveram entrar na água e passar andando com o caixão”, relatou.
Jackson também conta que o tio faleceu na quarta-feira (20), por volta das 17h, e que a família conseguiu chegar na cidade baiana na quinta (21), mas o enterro só foi realizado na sexta (22), às 16h. “Quando chegamos em Santa Rita de Cássia, precisávamos passar para o povoado de Malhada Grande, mas como a rodovia cedeu, não tínhamos como. Todo mundo preferiu esperar um pouco porque ficou com medo, a correnteza estava forte, mas ao mesmo tempo queríamos realizar o desejo do meu tio. Quando vimos que a situação não ia mudar, resolvemos passar”, disse. Original do G1.Globo/Bahia, editado por este jornal.