A geração eólica se amplia em 2017, com mais 2,9 mil MW. A capacidade total de energia do Brasil hoje é de 140 mil MW, dos quais 91 mil MW, ou 65%, são das hidrelétricas. A segunda maior fonte, apontam os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), são as movidas a gás natural, que representam cerca de 10%, seguidas pelas usinas a óleo e biomassa. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Até 2020, a segunda fonte energética.

As eólicas, que hoje respondem por 5% da energia do país, caminham para chegar a 12% em cinco anos.

– Até 2020, seremos a segunda maior fonte de energia do Brasil – diz Élbia Gannoum, presidente executiva daAssociação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

As eólicas não estão imunes aos efeitos da crise. Como cerca de 30% dos componentes são importados, o setor sente os efeitos do câmbio. Com projetos em leilão desde 2009, as usinas chegaram a ter preços de contratação inferiores a R$ 100 o megawatt-hora. No último leilão, porém, essa cifra saltou para R$ 210 o megawatt-hora.

– Ainda assim, ficou bem abaixo dos projetos de biomassa, com preço em R$ 280, e de usinas solares, cotados na casa dos R$ 320 – afirma Élbia.

eólicas

Neste ano, serão adicionados 10,1 mil MW de energia à matriz nacional. Mais 13,9 mil MW entrarão em operação entre janeiro de 2017 e abril de 2018. Deste total, 57% virão de hidrelétricas.

No mesmo intervalo, as eólicas representarão 29% da expansão total, com 7 mil MW. A solar vai chegar a 1,7 mil MW e será 7% da capacidade instalada no período, mesmo volume da geração térmica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ontem, o reservatório de Sobradinho, no rio São Francisco, estava com apenas 2,11% de sua capacidade, apesar das últimas chuvas. A hidrelétrica é responsável por 58% da matriz energética no Nordeste.  Não deixa de ser alarmante que o segundo maior lago artificial do mundo esteja próximo ao seu volume morto, apesar de temporada de chuvas já estar em sua metade.