Bahia gerou mais de 30% da energia eólica e solar do país em 2019

Geração em Morro do Chapéu e, abaixo, Bom Jesus da Lapa

Balanço da SDE prevê geração de 42,4 mil novos empregos com a construção dos novos parques

A Bahia liderou nacionalmente, com mais de 30%, a geração de energia por fonte eólica (31,8%) e solar fotovoltaica (33,7%) em 2019. A fonte eólica no Estado cresceu mais de 50% e a fotovoltaica mais de 70% em relação a 2018. Os parques que estão em operação já investiram mais de R$ 20 bilhões e criaram mais de 32,2 mil empregos. Os dados constam do Informe Executivo de Energias Renováveis de dezembro, divulgados nesta sexta-feira (24), pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

“Os números são muito claros. A Bahia é protagonista do segmento de renováveis no país. Além de contribuir para a diversificação da matriz energética, o setor alavancou o desenvolvimento econômico e social no interior, especialmente no semiárido, onde a maioria dos parques estão implantados. Arrendamento de terras, movimentação econômica, empregos, projetos sociais e aumento na arrecadação das cidades são alguns dos benefícios”, afirma João Leão, vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado.

Eólica

De janeiro a novembro de 2019, foram gerados 15.152 Gigawatts (GW) hora/ano, energia capaz de abastecer 126 milhões de residências/ano, beneficiando 378 milhões de habitantes/ano – equivalente a 27 vezes a população baiana, que atualmente corresponde a 14,8 milhões de habitantes, segundo estimativa do IBGE do ano passado. A Bahia tem 165 parques eólicos em operação, com capacidade instalada de 4GW e mais de 1.340 aerogeradores.

Os parques implantados já beneficiaram 20 municípios: Bonito, Brotas de Macaúbas, Brumado, Caetité, Cafarnaum, Campo Formoso, Casa Nova, Dom Basílio, Gentio do Ouro, Guanambi, Igaporã, Morro do Chapéu, Mulungu do Morro, Ourolândia, Pindaí, Sento Sé, Sobradinho, Umburanas, Várzea Nova e Xique-Xique, onde foram investidos R$ 16,3 bilhões e gerados mais de 22 mil empregos diretos na fase de construção. O Estado tem 43 parques em construção e 40 parques com construção a iniciar, com previsão de investimento de R$ 8,5 bilhões e geração de 33,9 mil empregos diretos e indiretos. Até 2025, a previsão é que a Bahia alcance 6,3 GW de potência instalada.

Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), afirma que a energia movida pelos ventos tem se desenvolvido no Brasil de forma muito consistente e a Bahia é um dos estados protagonistas neste crescimento:

“Os ventos excepcionais do Brasil e, principalmente, do Nordeste brasileiro levaram a energia eólica para ser hoje a segunda da matriz elétrica. Hoje temos 15,4 GW de capacidade instalada e, considerando apenas os leilões já realizados, teremos pelo menos 21,4 GW em 2023. Novos leilões e contratos fechados no mercado livre aumentarão ainda mais esse número. A tendência é que a eólica cresça cada vez mais, sendo uma das principais fontes de crescimento da matriz para os próximos anos. Os bons ventos brasileiros ainda trarão muitas notícias boas para a Bahia e para o Nordeste”.

Solar

Assim como os ventos, os excelentes níveis de radiação solar fizeram a Bahia se destacar com o aproveitamento de recursos naturais. São 29 parques fotovoltaicos em operação, com 777 Megawatts (MW) de capacidade instalada e mais de 3 milhões de módulos fotovoltaicos, onde já foram investidos R$ 3,8 bilhões, nos municípios de Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Casa Nova, Guanambi, Itaguaçu da Bahia, Juazeiro e Tabocas do Brejo Velho.

Foram gerados mais de 10 mil empregos diretos na fase de construção dos parques que já estão em operação.

A Bahia tem 14 parques que ainda não começaram a ser construídos. A previsão é que eles incluam na rede elétrica 657 MW até 2024, com investimento de R$ 2,8 bilhões e geração de mais de 8,5 mil empregos diretos na fase de construção.

“A partir do acompanhamento do setor, estamos aguardando um crescimento de usinas solares centralizadas, principalmente para comercialização no mercado livre. O custo dos equipamentos, avanços tecnológicos e processo de desenvolvimento dos projetos, viabilizou e serão os pontos cruciais para o expoente crescimento do setor solar”, aponta Laís Maciel Lafuente, diretora de Interiorização do Desenvolvimento da SDE.

Geração Distribuída

Os parques solares são uma potência reconhecida na Bahia e o Governo do Estado tem trabalho forte para alavancar a geração distribuída (GD).

Em 2019, a modalidade, que gera energia elétrica próxima ou no local de consumo, cresceu 100% em relação a 2018. Foram inseridas no sistema 2.862 unidades geradoras, acrescentando 29,92 MW de potência.

Leilão 2020

A Bahia lidera a lista de projetos inscritos para o próximo leilão de energia nova, previsto para 28 de maio, com 481 empreendimentos. Desse total, são 281 projetos eólicos e 200 de fonte solar fotovoltaica.

Em relação à oferta, os empreendimentos baianos somam 14.801 MW, mais de um quarto de toda a capacidade inscrita para o leilão. O total inscrito no leilão foi de 51.438 MW, provenientes de 1.528 empreendimentos.

Bahia agora é o estado com maior geração de energia eólica no país

Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina.

No primeiro semestre, a produção de energia elétrica a partir da fonte eólica cresceu 49,9% no estado

Líder nacional no número de parques, são 160 em operação, e na comercialização de projetos, a geração de energia eólica na Bahia cresceu 49,9% no primeiro semestre de 2019, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

A produção, entre janeiro e junho deste ano, foi de 7.262 Gigawatt/hora (GW/h), enquanto no mesmo período de 2018 foi de 4.844,2 GW/h. Além de registrar a maior taxa de crescimento, graças aos novos parques em funcionamento, os números fizeram o estado liderar nacionalmente na produção energética.

Segundo o Panorama de Energias Renováveis de setembro, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), a geração de energia produzida no primeiro semestre deste ano, no estado, pode abastecer 9,6 milhões de residências/mês e até 28,8 milhões de habitantes. O estado apresentou os melhores aproveitamentos do vento para a geração de energia do país, no período.

Os ventos baianos têm velocidade superior à necessária para a geração de energia, é unidirecional e constante. A região onde os parques estão instalados possui fatores de capacidade superior a 50% e atinge picos de 85% em meses mais produtivos.

“Nossos parques estão em ebulição. Somos o maior gerador de energia eólica, em uma região de semiárido, onde o povo está sendo beneficiado com a energia a partir dos ventos.

Nós ainda temos muitos locais para instalar energia limpa e a Bahia será o futuro do Brasil na questão energética.

Até 2024, o estado irá acrescentar mais de 1,5 GW na sua capacidade instalada”, afirma vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE).

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), até o final de 2019, outros cinco parques eólicos devem entrar em funcionamento.

Os empreendimentos são Acauã, Arapapá, Papagaio, Teiú 2 e Tamanduá Mirim 2 e estão localizados no município de Pindaí, na região do Sertão Produtivo.

         “Estimular a eficiência energética baiana tem sido foco do Governo do Estado nos últimos anos e os números correspondem. Além do crescimento em energias renováveis, com a atração de novos parques e ampliação da cadeia produtiva do setor, estamos diversificando as matrizes energéticas e em breve poderemos nos tornar ainda mais competitivos no país”, afirma Marcus Cavalcanti, secretário de Infraestrutura.

Em dezembro, o Brasil completa 10 anos do primeiro leilão competitivo exclusivo para energia proveniente de fontes eólicas, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em uma década, a Bahia assumiu o protagonismo, tanto em número de usinas quanto na capacidade de geração de energia. Já foram investidos cerca de R$ 16 bilhões nos 160 empreendimentos em operação, que conta com um potencial instalado de 3,99 GW e a geração de mais de 29 mil empregos diretos, na construção dos parques.

Solar

A geração solar fotovoltaica centralizada na Bahia, gerada nos parques, cresceu 88% no primeiro semestre de 2019, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Foi produzido 745,3 GW/h em comparação aos 396,3 GW/h gerados entre janeiro e junho de 2018. Quanto à potência instalada, o estado registrou um crescimento de 1,46 vezes a capacidade instalada nesse período.

O estado apresenta os melhores níveis de irradiação solar para a geração de energia do país. O estado possui excelentes aproveitamentos com fatores de capacidade superior a 25%. A geração de energia produzida no primeiro semestre pode abastecer cerca de 1 milhão de residências/mês, beneficiando 3 milhões de habitantes.

São 24 parques solares fotovoltaicos em operação na Bahia, nos quais já foram investidos R$ 3,2 bilhões e gerados mais de 19,5 mil empregos diretos e indiretos na fase de construção das usinas, o que representa um potencial instalado de 652 MW.

A SDE divulga mensalmente o Informe Executivo de Energias Renováveis, contendo um balanço detalhado do setor no estado.

Veja dos dados de Eólica: http://twixar.me/q8Q1

E os números de Solar: http://twixar.me/k8Q1

Bahia na liderança de regiões com potencial de energia fotovoltaica

A Bahia confirma liderança na produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, depois que 12 projetos de energia fotovoltaica foram vencedores no último leilão da ANEEl, realizado no final de agosto. O processo de diversificação de fontes energéticas está sendo intensificado, e os novos projetos vão expandir o potencial gerador do estado. Com capacidade de geração de 324,8 megawatts (MW), os projetos vão gerar acréscimo de R$ 1,5 bilhão no setor.

Com informações da Seinfra – Bahia

energia solar na Bahia

Durante o primeiro Leilão de Energia da Reserva (LER) de 2015, realização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), através da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), 30 projetos saíram vencedores. A Bahia disparou na frente, seguida por Piauí (9 projetos), Minas Gerais (5 projetos ), Paraíba (3 projetos) e Tocantins (1 projeto), totalizando uma potência de 833,8 MW.

O estado é um verdadeiro destaque no setor. “Com a contratação de novos empreendimentos de geração baseados na fonte solar, a Bahia reforçará a sua performance como geradora e exportadora de energia elétrica no quadro nacional, atraindo empreendedores e incentivando a cadeia produtiva da indústria de equipamentos e serviços ligados a esse setor, a exemplo do caminho percorrido pela energia eólica”, afirma o secretário de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti.

As futuras usinas devem ser instaladas prioritariamente na região do semiárido, em cidades como Bom Jesus da Lapa, Sobradinho, Tabocas do Brejo Velho, Irecê, Brejolândia, Oliveira dos Brejinhos, com potencial para atender uma população de aproximadamente 12 milhões de pessoas.

Tendo o sol como fonte para a produção dessa energia, as usinas fotovoltaicas da Bahia, 29 em operação comercial, tem capacidade instalada de 2,71 MW. Outras 14 usinas, vencedoras do leilão de energia de 2014, terão capacidade de geração de 339,7 MW.

O LER, operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), apresentou um deságio médio de 12,17%. O preço teto do leilão foi R$ 349/MWh e valor médio da energia comercializada no certame foi R$ 301,64 /MWh. Para o segundo Leilão de Reserva de 2015, que será em novembro, as perspectivas da Bahia no setor de energias renováveis é muito grande. Dos 730 projetos de eólica (17.964 MW), 243 são da Bahia; enquanto dos 649 empreendimentos de energia solar (20.953 MW), 192 são baianos, totalizando, solar e eólica, mais de 12 mil MW.

Mapa Solarimétrico

A Bahia, através da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), em conjunto com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) está em tratativas da contratação do Atlas Solarimétrico do Estado, ferramenta que auxilia a identificação das áreas mais promissoras para a construção de usinas solares. Até o final de 2015 o primeiro esboço da ferramenta ser apresentado. Atualmente, a base de dados tida como referencial é o Relatório de Garantia Física de Energia, da ANEEL.

Energia dos Ventos

Com 37 usinas eólicas em operação, a Bahia é contemplada por uma capacidade instalada de 959,29 MW. Outras 41 usinas estão em construção, com capacidade a ser instalada de 1.014,5 MW. O estado tem hoje 125 usinas com construção ainda não iniciadas, com capacidade a ser instalada de 2.679,9 MW. De acordo com o Atlas Eólico da Bahia, publicado em 2013, o estado possui um potencial de 195 MW a altura de 150m, com velocidade do vento superior a 7,0 m/s.

De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no primeiro semestre de 2015, a Bahia produziu, em média, 463 MW de energia eólica, à frente do Ceará (362 MW) e do Rio Grande do Sul (287 MW), ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte (650 MW), representando um aumento de 91% em relação ao montante gerado no mesmo período de 2014.

A Bahia é uma nação abençoada por todos os deuses e orixás. Maior volume de recursos minerais do País, grande volume de terras férteis e liderança na energia eólica e foto voltaica.

Com investimentos de R$ 130 milhões, Bahia terá primeiro complexo de energia solar-eólica do Brasil

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A Bahia será o primeiro estado do país a receber um complexo híbrido de geração de energia eólica e solar, que será construído pela Renova Energia em Caetité, no Sudoeste baiano. Com investimentos de R$ 130 milhões, o empreendimento terá capacidade instalada de 26,4 megawatts (MW), sendo 21,6 MW de eólicas e 4,8 MWpico de energia solar. A Renova já recebeu a primeira parcela de R$ 6 milhões do financiamento de R$ 108 milhões firmado com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para iniciar a construção da usina, que está prevista para entrar em operação no início de 2016.
O complexo prevê a instalação de cerca de 20 mil placas fotovoltaicas, que serão ligadas a quatro inversores e, em seguida, a uma subestação. A estação também receberá a energia que será produzida pelos parques eólicos.
Segundo o presidente da Renova Energia, Mathias Becker, o objetivo é encontrar uma forma economicamente viável de explorar a energia solar no Brasil. “Na região de Caetité, as duas fontes são complementares. Na prática, a produção de energia eólica é maior no período noturno, quando a geração de energia solar é praticamente nula. A combinação das duas fontes garante o fornecimento contínuo de energia do projeto e reduz o custo da fonte solar, que separadamente ainda é elevado”, afirmou Becker. Continue Lendo “Com investimentos de R$ 130 milhões, Bahia terá primeiro complexo de energia solar-eólica do Brasil”