
Duas quadras completas do loteamento Conquista, além de terrenos particulares e o Centro Comunitário, ainda em fase final de acabamento, foram invadidos na manhã deste domingo por mais de uma centena de populares. Mas o fato que chamou mais a atenção foi a invasão de uma das casas recém entregues, da última fase de construção das casas populares, de propriedade de Marli Francisco Mendes.
Todos os espaços disponíveis foram ocupados por moradores, que dividiam seus terrenos com barbantes e pedaços de pano, armando logo a seguir uma pequena barraquinha, na tentativa de caracterizar a posse.
O objetivo político é claro: numa eventual reintegração de posse, com a presença de força policial, a Secretaria de Trabalho e Ação Social seria execrada na pessoa do atual gestor, Humberto Santa Cruz, candidato à reeleição. Caracteriza-se aí o interesse e os interessados, conforme adiantamos em matéria nesta página, há dois meses, o que inclusive gerou queixa, contra este Editor, à Polícia, por parte do candidato Oziel Oliveira, alegando infâmia, calúnia e difamação.
Arames, barbantes, lonas velhas e até palmeiras do cerrado serviram para demarcar os lotes.
Depoimento à Polícia.
A Polícia Civil ouvia, agora às 14 horas, os autores e a vítima da invasão da casa popular no Bairro Conquista. Auzenir da Silva Santos e seu marido Josivaldo Dias da Cruz, os invasores, alegaram que foram “mandados” invadir a casa, sem no entanto declinar o nome do mandante. E declararam que acham que têm direito de invadir, pois Josivaldo é inválido há mais de 2 anos. No entanto, não hesitaram em invadir a casa de uma cadeirante, Marli Francisco Mendes, que prestou queixa e foi ouvida em cartório, também agora às 14 horas, apresentando à Polícia os documentos de outorga da casa pela Secretaria de Ação Social de Luís Eduardo Magalhães.
Hoje à tarde, quando fotografávamos a invasão dos lotes, fomos seguidos de perto por motoqueiros durante todo o tempo de realização de nosso trabalho. Carros com adesivos de campanha também patrulhavam a área em velocidade baixa, olhando curiosos para o carro da reportagem.

Precipitação
Segundo reportagem do Diário do Oeste, “a assistente social do departamento de habitação da Secretaria de Trabalho e Assistência Social, Luzia Fontana, disse que soube da ocupação enquanto realizava uma visita ao loteamento.
“Fui avisada por moradores da região. Ficamos preocupados porque em uma quadra vizinha à casa que foi ocupada, há um imóvel vazio, cujo casal de moradores está em Goiânia. Havia o risco dessa casa também ser invadida”.
Segundo a funcionária pública, as famílias que ocuparam a casa e os terrenos agiram precipitadamente:
“Todos que se cadastraram têm conhecimento de que as entregas seriam feitas por etapas. Quem está com o nome inscrito no programa, não precisa se preocupar pois vai receber seu imóvel”.




