Hospitalização de bebês por desnutrição atinge pior índice em 14 anos.

Dados, referentes a 2021, são do Observa Infância, ligado à Fiocruz e à Unifase; Ministério da Saúde diz ter enviado mais de R$ 345 milhões a municípios para ações de apoio a mães e crianças vulneráveis

fome e a vulnerabilidade social vêm atingindo bebês com menos de 1 ano no Brasil. São crianças que chegam aos postos de saúde e aos hospitais com insuficiência de nutrientes, muitas vezes também desidratadas e com quadro de infecção. Uma dura realidade que está expressa em dados: em 2021, foram registradas 113 internações por desnutrição a cada 100 mil nascimentos, pior patamar dos últimos 14 anos. Trata-se de aumento de 10,9% em relação a 2008 (101,9 casos de hospitalização), ano de início do período analisado.

Em números absolutos, 2.939 crianças nessa faixa etária precisaram de internação no ano passado, segundo pesquisa inédita do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e à Unifase, a que o Estadão teve acesso com exclusividade. O problema está ainda mais acentuado entre bebês que vivem nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do País.

“O que essas hospitalizações por desnutrição representam? Não é só fome. Há todo um contexto de vulnerabilidade social envolvido”, explica Cristiano Boccolini, coordenador do Observa Infância e responsável pela análise, feita com dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).

Do Estadão

Ainda resta lucidez no Governo

Em Notas & Informações, no Estadão.

A insensatez de Jair Bolsonaro ao tratar da pandemia de covid-19 faz com que a sociedade se questione até quando o governo vai fingir que o avanço de casos e o crescimento no número de mortes não é problema do Executivo.

Por outro lado, reações como a da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprovou a vacinação de crianças contra o novo coronavírus a despeito da intimidação liderada pelo presidente, dão esperança de que o setor público não foi completamente loteado entre os amigos da família Bolsonaro.

A médica Rosana Leite, que comanda a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, é mais uma servidora que se une a esse esforço.

Em entrevista ao Valor, a secretária demonstrou lucidez, uma qualidade rara na gestão Bolsonaro. Ela manifestou preocupação com a queda no uso de máscaras e a baixa procura pela dose de reforço por parte da população – fundamental para conter o aumento de casos graves relacionados à variante Ômicron. “Nós já distribuímos 40 milhões de doses de reforço e só 15 milhões foram aplicadas até agora”, disse, alarmada. “A gente espera que a população contribua. Percebemos muitas pessoas não usando máscaras.”

Na avaliação de Rosane Leite, a estratégia de combate à covid-19 em 2022 deve associar vacinação e distanciamento social. Ela ressaltou que a imunização de crianças entre 5 e 11 anos de idade é necessária para conter a pandemia e que o uso de máscaras não apenas não deve ser flexibilizado, como adotado, também, no caso de gripe.

É quase surpreendente que o Ministério da Saúde conte com um quadro que avalia uma situação crítica com seriedade e clareza, em sentido diametralmente oposto ao que faz Bolsonaro, inimigo da vacinação, do distanciamento social e das máscaras.

Basta lembrar o que o ministro Marcelo Queiroga disse ao ser questionado sobre os motivos do governo para fazer uma consulta pública sobre a vacinação infantil, já liberada pela Anvisa: “A pressa é inimiga da perfeição”. A prioridade do ministro responsável pela pasta da Saúde em uma pandemia que já vitimou 618 mil pessoas é uma só: defender Bolsonaro e de quebra ganhar votos de bolsonaristas empedernidos na próxima eleição.

“O presidente Bolsonaro é um grande líder, tem nos apoiado fortemente”, disse Queiroga, que não viu nenhum problema na escandalosa intimidação de servidores da Anvisa por parte de Bolsonaro.

O avanço da variante Ômicron tem feito autoridades voltarem a cogitar a adoção de medidas restritivas nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Europa. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro reagiu agressivamente à recomendação da Anvisa de cobrar certificado de vacinação de visitantes estrangeiros e disse, orgulhosamente, em um evento no Palácio do Planalto, que o uso de máscaras era proibido em seu gabinete.

Na distopia esquizofrênica em que se transformou o Brasil nos últimos três anos, a sociedade precisa contar com a força de suas instituições para sobreviver. Foi graças ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Estados e municípios tiveram autonomia para adotar medidas para conter a pandemia.

Responsável por oferecer as primeiras vacinas ao País, o governo de São Paulo continua a optar pela responsabilidade e prorrogou o uso obrigatório de máscaras até 31 de janeiro.

Foi também do STF que veio a imposição ao Executivo de edição de uma portaria para cobrar o comprovante de imunização para estrangeiros que ingressam no País.

A imprensa tem exercido papel relevante ao divulgar informações sobre a pandemia e de tomar para si a responsabilidade de levantar indicadores sobre casos e mortes, algo que o governo tentava esconder. Esse esforço tem sido reconhecido pela sociedade. Uma pesquisa do Instituto FSB e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 65% da população é favorável à exigência da carteirinha de vacinação por estabelecimentos e que 66% têm medo de conviver com pessoas que não se imunizaram – como o presidente.

Loucura | Por Voltaire em “Dicionário Filosófico” – Farofa Filosófica

A arrogante diatribe da imprensa “direitosa” e golpista.

Vera Merdalhães, digo Magalhães.

Está a serviço de que e de quem a consagrada jornalista Vera Magalhães, ao afirmar no Estado:

“As revelações espantosas do Ministério Público do Rio de Janeiro explicitam todos os vícios da carreira de Jair Bolsonaro, apontados pela imprensa desde a campanha, mas ignorados pelo eleitorado”.

Veja aqui. ( Conteúdo Exclusivo para Assinantes)

Isso quer dizer: a estrela do jornalismo avisou, o Estadão avisou, mas o eleitor, esse desavisado, não viu que o candidato Jair Bolsonaro era uma farsa.

Culpa exclusiva do eleitor e necessidade de inscrição, no Panteão dos Heróis, da jornalista Magalhães e dos Mesquita e sua longa ascendência de “direitosos” reacionários e apoiadores do Golpe de 1964.

Quem mandou você não ter meios nem dinheiro para assinar o Estadão?

Como disse hoje um internauta (Ricardo Pereira), Folha, Estadão e Globo estão a serviço do projeto neoliberal, mordem Bolsonaro para fingir independência, mas sopram no minuto seguinte.

Bolsonaro ataca imprensa a partir de informações falsas de um site “amigo”

Foto de Dida Sampaio – Do Estadão

Do Estadão

O presidente Jair Bolsonaro atacou a imprensa valendo-se de informações falsas divulgadas ontem por um site que reúne colunistas conservadores e favoráveis ao governo.

No Twitter, Bolsonaro endossou tese levantada pelo site Terça Livre, que falsamente atribuiu a uma jornalista do Estado a declaração de que teria “intenção” de “arruinar Flávio Bolsonaro e o governo”.

A suposta declaração, que aparece entre aspas no título do texto do Terça Livre, foi atribuída pelo site à repórter Constança Rezende. A frase teria sido dita, segundo “denúncia” de um jornalista francês citado pelo Terça Livre, em uma conversa gravada em que a repórter fala da cobertura jornalística das movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

A gravação do diálogo, porém, mostra que Constança em nenhum momento fala em “intenção” de arruinar o governo ou o presidente. A conversa, em inglês, tem frases truncadas e com pausas. Só trechos selecionados foram divulgados. Em um deles, a repórter avalia que “o caso pode comprometer” e “está arruinando Bolsonaro”, mas não relaciona seu trabalho a nenhuma intenção nesse sentido.

Allan Santos, editor do Terça Livre, no entanto, expôs a conversa como evidência de suposta irregularidade.

“Bomba!!!!! Jornalista do Estadão confessa: “a intenção é arruinar Flávio Bolsonaro e o governo”. A frase jamais foi dita.

Estimulados pelas informações, grupos governistas promoveram no Twitter uma série de postagens nas quais acusaram o Estado de “mentir” na cobertura do caso Flávio Bolsonaro.

Às 20h51min, o próprio presidente publicou o seguinte texto no Twitter: “Constança Rezende, do ‘O Estado de SP’ diz querer arruinar a vida de Flávio Bolsonaro e buscar o Impeachment do Presidente Jair Bolsonaro. Ela é filha de Chico Otavio, profissional do O Globo. Querem derrubar o Governo, com chantagens, desinformações e vazamentos.”

A postagem de Bolsonaro foi ilustrada com um vídeo do Terça Livre, que expôs a foto de Constança Rezende e o áudio de um trecho da conversa gravada.

A gravação foi divulgada primeiro por um site francês, em um texto de Jawad Rhalib, que se apresenta como jornalista. Rhalib também expõe a tese de que a gravação seria prova de que a imprensa distorce fatos para comprometer Bolsonaro.

Constança não deu entrevista ao jornalista francês nem dialogou com ele. Suas frases foram retiradas de uma conversa que ela teve em 23 de janeiro com uma pessoa que se apresentou como Alex MacAllister, suposto estudante interessado em fazer um estudo comparativo entre Donald Trump e Jair Bolsonaro.

Terça Livre, com base na “denúncia” de Jawad Rhalib, também falsamente atribuiu à repórter a publicação da primeira reportagem sobre as investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a respeito da movimentação de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz. O autor da primeira reportagem foi Fabio Serapião, também do Estado.

“Desde que Constança iniciou a temporada de caça aos Bolsonaro no Estadão, emissoras como a Rede Globo e jornais como Folha de São Paulo seguiram o mesmo caminho”, diz o texto do site. “Uma enxurrada de acusações em horário nobre, capas de revistas e nas primeiras páginas de jornais colocaram a integridade moral do filho do presidente em xeque.”

As informações publicadas pelo jornal se baseiam em fatos e documentos oficiais. O Ministério Público apura se Fabrício Queiroz recebeu indevidamente depósitos de funcionários da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Nota da Redação:

Chico Otavio, o jornalista difamado pelo presidente, é o mesmo que denuncia atuação de milícias no Rio.

Ainda está por ser definida a profundidade das milícias cariocas, o pior tipo de terrorismo paralelo ao Estado, com o clã Bolsonaro.

Se conhece apenas o superficial: parentes de milicianos presos como funcionários de gabinete de Bolsonaros, condecorações propostas na Assembleia Legislativa pelo então deputado Flávio Bolsonaro e outras tenebrosas transações. 

O jornalista Leonardo Sakamoto afirma:

“A partir do momento em que Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter para compartilhar informação falsa sobre uma repórter do jornal O Estado de S.Paulo, tornou-se corresponsável por qualquer ataque, ameaça e agressão contra ela. Isso já seria inaceitável vindo de um hater anônimo nas redes sociais, mas partindo do principal funcionário público do país é um caso que deveria ser analisado pela Procuradoria-Geral da República e pela Justiça.”

O jornalista Jamil Chade, do UOL, afirma:

 “A manipulação de um site pró-Bolsonaro com uma falsa entrevista da jornalista poderia já ser considerado como grave, o caso ganhou uma outra proporção quando a suposta notícia foi difundida nas redes sociais do presidente”

E aí, Estadão, estava pronta a reforma do apartamento de Lula?

Não é triste quando um grande jornal participa de uma grande farsa, uma pantomima demoníaca, para incriminar um ex-presidente?

Quando estudante e já nos primeiros passos em uma redação de jornal, sofríamos ao ver o jornal O Estado de São Paulo, o maior jornal do País, publicar receitas e poemas de Camões no lugar de matérias censuradas pela Ditadura. Era uma posição de desafio, digna, determinada.

Aprendemos muito com o Estadão e com o Jornal da Tarde, durante um certo período o melhor jornal do País. Hoje a imagem do Estadão derrete-se junto com folhetins como Época, Folha, Isto é, Veja e o Globo.

Que exemplo a grande imprensa dá hoje aos estudantes de jornalismo?

O motivo do nervosismo da direita: Lula continua subindo nas pesquisas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue como o candidato à Presidência preferido pelos brasileiros.  Pesquisa Ipsos divulgada nesta quarta-feira (20) pelo jornal “O Estado de S. Paulo” aponta que 45% dos entrevistados aprovam o nome do petista registrando o ápice de aprovação na série histórica do instituto de pesquisa. Por outro lado, os “presidenciáveis” de outros partidos seguem caindo.

Enquanto a mídia e o Judiciário tentam impedir que Lula concorra às eleições do ano que vem, sua aprovação junto ao povo só aumenta: 28% em junho, 29%, 30%, 40%, 43% e agora 45%. A desaprovação registrou queda de 14%.

Em entrevista dada ao jornal paulista, o diretor do Ipsos, Danilo Cersosimo, afirmou que a melhora exponencial da imagem de Lula é vinculada à lembrança do povo de seus governos e programas sociais, principalmente nesse cenário de perda de direitos e queda na qualidade de vida.

“Lula é bastante associado a causas sociais e essa associação é relevante em um momento de degradação do emprego, economia e dos programas de assistencialismo e fomento de políticas públicas de combate à desigualdade, que vem aumentando no Brasil”, disse ao jornal.

Já os outros candidatos, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o deputado Jair Bolsonaro(PSC) seguem em queda, segundo a Ipsos.

Alckmin, que já perde para Lula em São Paulo, estado governado pelo PSDB há 23 anos, teve um aumento na rejeição de 67% para 72%.

Quem o aprova caiu de 24% para 19%. Bolsonaro também segue em queda e é reprovado por 62% dos entrevistados. Marina Silva (Rede) também caiu, registrando um recuo de oito pontos na aprovação, vista favoravelmente por 28% e desaprovada por 62%.

Terra Bruta: uma série de reportagens do Estadão sobre o avanço na Amazônia

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Na Amazônia, a matança de agricultores e índios ocorre num território que perdeu, até agora, 20% da cobertura nativa. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a Amazônia Legal perdeu uma área total de 762 mil km², equivalente a 17 Estados do Rio de Janeiro. Estima-se que 42 bilhões de árvores adultas tenham sido cortadas.

Numa conta conservadora feita por técnicos do Ibama a pedido do jornal Estadão, o crime organizado movimenta R$ 3 bilhões por ano com a queda da floresta, considerando-se apenas a etapa em que o tronco deixa a mata. Há ainda a cadeia de beneficiamento da madeira que vai faturar pesado sobre o negócio. É dinheiro mais do que suficiente para irrigar campanhas políticas em municípios e Estados, patrocinar a expansão da grilagem e, se necessário, executar quem e quantos forem necessários.

O infográfico faz parte de uma série de reportagens de O Estado de São Paulo denominada Terra Bruta. Clique no link para ver a íntegra.

Em nota, Delcídio desmente manchete do Estadão

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“O conteúdo da matéria não é verdadeiro e os documentos que a ilustram não são autênticos, pois não tem conexão com depoimentos ou manifestações do Senador Delcidio”, diz nota assinada pelo advogado Antônio Figueiredo Basto.

“Repudiamos a espetacularização criminosa e indecente da investigação federal, em matéria que mescla mentiras e maledicências, com a finalidade deliberada de envenenar consciências e estimular na sociedade um ambiente de apreensão”.

O advogado nega o conteúdo da reportagem sobre propinas em Belo Monte para a campanha da presidente Dilma Rousseff e a manchete do jornal Estado de S. Paulo.

Veja a nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre os fatos e documentos divulgados pela revista “Isto é”, em data de 11/03/2016, versando sobre suposta colaboração processual do Senador Delcidio do Amaral Gomez, temos a esclarecer o seguinte:

O conteúdo da matéria não é verdadeiro e os documentos que a ilustram não são autênticos, pois não tem conexão com depoimentos ou manifestações do Senador Delcidio. Portanto, não podem, e não devem, ser considerados como idôneos à configurar provas ou indícios contra qualquer pessoa;

Repudiamos a espetacularização criminosa e indecente da investigação federal, em matéria que mescla mentiras e maledicências, com a finalidade deliberada de envenenar consciências e estimular na sociedade um ambiente de apreensão. Fomentando, ainda, o descrédito das Instituições, atingindo a honra e a imagem das pessoas;

Divulgar fatos e expor pessoas, de forma tão irresponsável, não contribui em nada para o esclarecimento da verdade.

Deste modo, tomaremos as medidas judiciais e legais, para restaurar a verdade.

ANTONIO AUGUSTO FIGUEIREDO BASTO

Advogado do Senador Delcídio do Amaral Gomez

Mentiras em sequencia, reprodução na internet sem nenhuma ponderação e certeza sobre o conteúdo, apenas repetindo como macacos amestrados, pode levar a tragédias sem precedentes. Repita uma inverdade mil vezes e ela se tornará verdade e senso comum.

Nova rainha, velha corte.

José Roberto de Toledo, no Estadão, sobre continuísmo e a tal nova política:

“Entre o neto do quase-presidente e a cria do ex-presidente, aparece Marina. Sem partido próprio, se propondo a governar com os bons (dos outros), é a encarnação do desejo difuso de mudança. A figura esguia, a determinação e o discurso lembram um personagem de Cervantes. Não se bate contra moinhos de vento, mas contra um castelo sólido e bem defendido.

Tem chance inédita de penetrá-lo e sentar-se na sala do trono. É tão favorita a conquistar o cetro simbólico do poder que sobram adesões. Todos imaginam-se aptos a tutelá-la. Nas finanças, na política, até na definição do que são comportamentos aceitáveis. Afinal, como dizia Sancho Pança, “ninguém governa sem o PMDB”.

Portuguesa pode virar o jogo no STJD e o eliminado seria o Flamengo

 

Foto: Alex Silva/Estadão
Foto: Alex Silva/Estadão

A notícia é do Estadão: um novo fato pode causar uma reviravolta na punição da Portuguesa no Superior Tribunal de Justiça Desportiva pela escalação irregular do meia Héverton, na última rodada do Brasileirão. A defesa do clube utilizará no julgamento do Pleno do STJD, no próximo dia 27, uma falha no próprio sistema da CBF para provar que o jogador poderia estar em campo. No “BID da Suspensão”, sistema de acesso apenas para a entidade e para os clubes, consta que o meia já havia cumprido a suspensão e, portanto, estaria apto a atuar.

Agora quero ver como se comporta a Justiça Desportiva no Brasil. A decisão de inocentar a direção da Portuguesa e condenar o Flamengo, o time de maior torcida do Brasil e “oficial” nos domingos da Rede Globo. 

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Morre Ruy Mesquita, o homem forte do Estadão

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O jornalista e diretor do jornal O Estado de S. Paulo, Ruy Mesquita, morreu na noite de ontem (21). Segundo nota publicada pelo jornal, Mesquita foi vítima de um câncer de base de língua, que foi diagnosticado em abril. Ele estava internado desde o último dia 25 no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.

Mesquita tinha 88 anos e desde a morte do irmão, Julio de Mesquita Neto, assumiu a autoria do editorial do jornal. Como jornalista, acompanhou momentos de importantes da história do país e do mundo, como a chegada de Fidel Castro ao poder em Cuba durante a Revolução Cubana, na década de 50, e foi homenageado pelos irmãos Castro.

Filho do jornalista Júlio de Mesquita Filho, Ruy Mesquita cursou a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), mas acabou trocando os estudos jurídicos pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Ele deixa a mulher, Laura Maria Sampaio Lara Mesquita; os filhos Ruy, Fernão, Rodrigo e João; 12 netos e um bisneto. Texto da Agência Brasil. Foto de O Estadão.

Pesquisa do Banco Central reduz crescimento do PIB para 2013

O mercado voltou a elevar suas estimativas para inflação do Brasil em 2012 e 2013 e reviu para baixo sua previsão para o crescimento da economia no próximo ano, segundo pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento elevou a projeção para a inflação medida pelo IPCA neste ano para 5,69 por cento ante estimativa anterior de 5,6 por cento apurada na pesquisa da semana passada. Já a expectativa para o índice em 2013 passou de 5,42 para 5,47 por cento.

A expectativa dos analistas consultados para o Produto Interno Bruto do Brasil em 2012 se manteve em crescimento de 1 por cento, mas o prognóstico para 2013 foi revisto de expansão de 3,4 por cento para crescimento de 3,3 por cento. Por Alberto Alerigi Jr. para Reuters e Estadão.

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Jabor: “As idéias não correspondem aos fatos”.

E que nome daremos à paralisia da política brasileira, ao imobilismo das reformas, o absurdo desinteresse pelos dramas do País? Que nome daremos ao ânimo do atraso, à alma de nossa estupidez? Que medula, que linfa ancestral energiza os donos do poder do atraso, que visgo brasileiro é esse que gruda no chão os empatadores do progresso e da modernização? Vivemos sob uma pasta feita de egoísmo, preguiça, escravismo colonial. Que nome dar a essa gosma que somos?”

Arnaldo Jabor, escreve hoje no Estadão, com a precisão cirúrgica de sempre. Vale a pena ler o artigo na íntegra, clicando aqui.

Catando as exceções à regra.

“O problema é que vemos como anomalia um traço de um Brasil que até hoje não quer saber se é um país de família, um clube de compadres e amigos – ou um sistema de instituições públicas.”

Os nossos caros leitores devem reservar um tempinho e ir ao site do Estadão para ler o artigo “Enigmas”, de Roberto da Matta, de onde retiramos o trecho acima.

O Brasil é um País de pequenas malvadezas, de cínicos simpáticos e de hipócritas sorridentes. E as exceções são tão poucas que não geram estatísticas.

Ninguém escreve às mães que perdem seus filhos nesta selva de pedra.

Roberto DaMatta escreve, no Estadão, sob o título “Sobrevivências”, um artigo em que deixa transparecer que, se para o IBGE, viramos números, aquilo que chamamos de sociedade brasileira, virou uma Saigon, uma Bagdá, as montanhas do Afeganistão. A Rocinha. Morre-se muito nesta economia dita “emergente”. Morremos e não vamos para o céu. Vamos parar nos arquivos implacáveis do IBGE. Vale a pena ler o instigante artigo, escrito com primor e garimpado por nosso assessor de boas leituras, João Paulo N. Sabino de Freitas, do qual reproduzimos um trecho:

“Os novos dados populacionais radiografam um certo Brasil: o Brasil dos números e índices. Alguns falam em mudança – essa nossa obsessão -, outros observam os dramas. Um deles chama minha atenção. Estamos ficando mais velhos e morrem muitos jovens por morte matada. Por uma violência absurda com a qual pacífica e passivamente convivemos. Uma jovem mãe em Pernambuco, diz o Globo, perdeu cinco filhos no espaço de um mês!

Outro dia, reprisei para o meu neto Jerônimo o filme O Resgate do Soldado Ryan. Meu jovem neto achou “irado” a cabeça de praia que reproduz o desembarque na famigerada “Omaha Beach” em 6 de junho de 1944. Eu sempre fico com os olhos molhados quando vejo a mãe dos jovens Ryan recebendo a notícia oficial da morte de mais um dos seus filhos e ao ouvir a carta formal escrita por Abraham Lincoln a uma senhora que na Guerra Civil Americana perdeu quatro filhos. Generais escrevem belas cartas quando perdem soldados. Mães perdem as pernas quando perdem filhos. Eis dois papéis capitais. O do soldado herói sacrificado pela pátria (ou por alguma utopia) e o do mesmo jovem que, primeiro e antes de tudo, é um esteio quebrado como filho de alguma família.

Ninguém, que eu saiba, escreveu sequer uma carta para essa mulher menina que, mais do que a mãe do soldado Ryan, perdeu não três, mas cinco dos seus filhos para a violência urbana moldada a drogas, soldada a corrupção policial e cimentada pela nossa miserável capacidade de apenas reagir ao que somos.”

Sarney comemora aniversário da Folha, mas esquece Estadão.

O Senado Federal acaba de encerrar sessão solene, presidida por José Sarney, comemorativa aos 90 anos do jornal Folha de São Paulo, com a presença dos proprietários do veículo. Gostaria de lembrar que,  no dia 4 de janeiro, o jornal O Estado de São Paulo, fundado em 1875, comemorou 136 anos e que nem Sarney, nem a grande maioria de senadores governistas, tomaram a iniciativa de fazer uma sessão solene, depois de reabertura dos trabalhos legislativos de 2011. Até porque o “honorável bandido” e vice-rei do Maranhão mantém, sob o tacão da Justiça, censura ao jornal há exatos 591dias.

O Estadão nasceu republicano (isto é, na oposição), foi contra a longa ditadura de Vargas e sofreu forte censura na ditadura iniciada em 1964, tendo publicado um sem número de receitas e poemas de Camões no espaço das matérias censuradas. Imprensa não se faz com homenagens dos poderes constituídos, mas com posições firmes em defesa da democracia e do consenso do povo.



Kadafi propõe renúncia com garantias de vida.

O ditador líbio Muamar Kadafi propôs aos rebeldes um encontro com o Parlamento local para negociar os termos de sua saída do governo, informou a TV Al Jazeera nesta segunda-feira, 7. Ainda segundo a rede árabe, os insurgentes recusaram a oferta.

Segundo a Al Jazeera, a reunião proposta por Kadafi ocorreria entre o Parlamento líbio e o conselho interino organizado pelos rebeldes na cidade de Benghazi. A oferta teria sido rejeitada porque, para os insurgentes, seria uma maneira de oferecer uma saída “honrosa” para o ditador e ofenderia as suas vítimas.

A TV árabe indicou que Kadafi pretendia obter garantias para ele e sua famílias, além da promessa que não seria levado a julgamento. O ditador teria enviado o ex-primeiro-ministro Jadallah Azzouz Talhi para estabelecer os termos do acordo com os rebeldes. A informação é da Reuters, publicadas no portal do jornal O Estado de São Paulo.

O mal a evitar.

Reproduzimos, como fizeram centenas de blogs, sites e portais de notícia, a íntegra do editorial do jornal O Estado de São Paulo, deste domingo 26. Um poderoso libelo contra os mal-feitos e malfeitores que aparelham o Estado com apenas um objetivo: perpetuar-se no poder. O texto, compreensível e articulado na exposição de suas idéias, deve ser reproduzido à exaustão nos meios eletrônicos de todo o País.

A acusação do presidente da República de que a Imprensa “se comporta como um partido político” é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre “se comportar como um partido político” e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.

Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apóia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o país.

Efetivamente, não bastasse o embuste do “nunca antes”, agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder. É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada? É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.

Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa – iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique – de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.

Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia – a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o “cara”. Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: “Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?” Este é o mal a evitar.


Para Fernando Henrique, Lula é “chefe de facção”.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acusou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de agir como “militante e chefe de facção” durante a campanha eleitoral e pregou que o Supremo Tribunal Federal (STF) atue para impedir esses excessos. “Eu vejo um presidente que virou militante, chefe de uma facção política, e acho que isso está errado”, disse. Segundo reportagem do Estadão, FHC citou também o escândalo envolvendo Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. “Isso é o mensalão de novo, não é lobby”.

E agora, Luiz Inácio?

O jornalista Fernando Dantas, do jornal O Estado de São Paulo, adiantou nesta segunda-feira que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira, 8, o resultado do PIB do primeiro trimestre, com a projeção média do mercado apontando um crescimento de 2,5% comparado ao trimestre imediatamente anterior (na série expurgada de variações sazonais), o que significa um ritmo anualizado de 10,2%.

Com esse anúncio, o Brasil deve registrar, a partir do segundo semestre de 2009, o período de crescimento econômico mais rápido desde o plano Real. Mesmo que a expansão do PIB de janeiro a março, comparado com o trimestre imediatamente anterior, em bases dessazonalizadas, venha no piso das expectativas de mercado, de 2,2%, a economia terá dado um salto de 6,1% em nove meses – isto é, na comparação com o PIB do segundo trimestre de 2009. No plano Real, o PIB do primeiro trimestre de 1995 foi 10% superior ao do segundo trimestre de 1994. Leia mais no link acima.

Agora, com o crescimento acima das expectativas, o Governo vai ter que segurar os gargalos da infra-estrutura: serviços, portos, energia, estradas, aeroportos, principalmente.A primeira providência vai ser mesmo aumentar juros. O que não deixa de ser uma sacanagem com os empreendedores e contribuintes e uma benesse para os bancos.

Uma análise ao longo do tempo.

Quando os dados dos diferentes institutos de pesquisa são colocados em série, eles mandam uma mensagem clara sobre o que tem acontecido na eufemisticamente denominada pré-campanha eleitoral para presidente: Dilma tem crescido. Antes de Ciro Gomes ter saído da disputa, isto é, com as simulações de voto que incluíam o seu nome, Dilma saltou de 15 pontos porcentuais no Ibope de setembro para o patamar de 30, em abril de 2010. Ela duplicou a intenção de voto em primeiro turno. Leia mais sobre este artigo de Alberto Almeida, em O Estado de São Paulo.

Dilma está crescendo muito. Mas 46% dos brasileiros ainda não sabem em quem votar. A decisão vai se dar na evolução dos candidatos na televisão, no rádio e até nos santinhos.

Começa a aparecer a parte submersa do iceberg no Governo Arruda

Como foi previsto por este blog, a roubalheira no DF é muito grande e vem desde os tempos da campanha. Até o Marcos Valério está envolvido. Agora o jornal O Estado de São Paulo denuncia, em artigo de Leandro Colon  que o  “mensalão do DEM” em Brasília vai além de pagamentos mensais a deputados aliados do governador José Roberto Arruda (DEM). Há indícios de que empresas de parlamentares, que constam da contabilidade clandestina da campanha de 2006, abasteceram o caixa 2 de Arruda em troca de contratos, alguns sem licitação, com o governo do Distrito Federal. Na planilha da arrecadação ilícita, revelada ontem pelo Estado, há relação de empresas que teriam contribuído com o caixa 2 de Arruda.
O documento escrito pelo presidente do PSDB-DF, Márcio Machado, menciona, por exemplo, R$ 650 mil doados pela Fiança, do ramo de terceirização de mão de obra de segurança e serviços gerais. A Fiança, que pertence aos pais do deputado Cristiano Araújo (PTB), não aparece na prestação de contas oficial da campanha de Arruda. A empresa recebeu, desde 2007, R$ 240 milhões do governo do DF, sendo que ao menos R$ 60 milhões são oriundos de contratos sem licitação, segundo levantamento feito ontem, a pedido do Estado, pela assessoria do deputado distrital Chico Leite (PT) no sistema de despesas do Governo. A íntegra do artigo em Estadão.

Agile: novo hatch da Chevrolet

Quando for comprar o Agile, pronuncie "Ágile"
Quando for comprar o Agile, pronuncie "Ágile"

A Chevrolet está lançando no Brasil o hatch Agile, cuja versão básica deve custar em torno de 40 mil. O carro, fabricado na Argentina, vai ter o mesmo motor 1.4 Flex do Corsa, mas não deve substituir este modelo. A plataforma é a mesma. Carro bonito, forte e barato? Em poucos dias vamos ver nas revendas da região. A foto é do Jornal do Carro, do Estadão, que aliás segunda-feira completa 24 dias sob censura da Justiça. Nada pode falar  sobre o Zequinha Sarney, por decisão judicial.