Perdas com a estiagem no RGS somam quase R$ 6 bilhões

Seca no RS é problema antigo; a solução também é velha conhecida | VEJA

A paisagem gaúcha, com rios interrompidos, se assemelha ao Nordeste do País no estio.

Dados apurados pela Famurs – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul levam em consideração 123 cidades. Contingente de decretos de emergência, contudo, chega a 212.

As perdas econômicas causadas pela estiagem no Rio Grande do Sul já somam quase R$ 6 bilhões. Os dados foram apurados pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) junto a 123 municípios gaúchos.

Segundo a entidade, cerca de R$ 4,3 bilhões são referentes à agricultura, R$ 1,3 bilhão na pecuária e R$ 10 milhões em gastos com transporte de água pelas prefeituras.

O levantamento foi feito com base nas informações coletadas no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), que indica cerca de 2 milhões de pessoas atingidas pela seca no Estado.

Mais de dois milhões de atingidos

Os municípios gaúchos de Barra Funda e Santana da Boa Vista foram, nesta segunda-feira, os mais recentes a protocolar declarações de situação de emergência junto ao Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Sistema Nacional e Proteção e Defesa Civil, somando 214 cidades, ou 43% do total estadual, com protocolos feitos em razão da crescente estiagem.

O número não para de aumentar, o que gera preocupação por parte de autoridades e organizações atuantes no Estado, como a Famurs

No Brasil continental, sempre um produtor está perdendo lavouras por falta de chuva.

O Brasil é um país tão grande que, enquanto uma parte sucumbe com chuvas torrenciais, inclusive com danos às lavouras, outros estão perdendo seus cultivos pelo estio. Veja a matéria do portal Notícias Agrícolas, relatando os 60 dias de seca na região de Ibirubá, no Rio Grande do Sul:

A estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul entre os meses de dezembro e janeiro é responsável por perdas de mais de 50% para as lavouras de soja e milho na área de atuação da Cooperativa Cotribá.

Segundo o vice-presidente da Cotribá, Enio Cezar Moura do Nascimento, na região do Alto Jacuí, sede da cooperativa, as variedades precoces de soja já registram perdas consolidadas de até 60% e outras áreas como o Vale do Rio Pardo e a Fronteira Oeste tiveram dificuldades para o nascimento das sementes e pouca quantidade de pés por metro quadrado.

Diante de todo este prejuízo, os produtores dessas regiões já começam a se movimentar para buscar renegociações de contratos e acionamento de seguros agrícolas.

Nascimento destaca que até mesmo contratos de venda fechados antecipadamente correm o risco de não serem cumpridos e levanta a preocupação com a capitalização dos produtores para implementar as próximas safras na região.

O Rio Grande do Sul é um estado de pouca extensão territorial, mas com alta produtividade e produção.

A Bahia tem 564 733,177 km² e o Rio Grande cerca da metade da área territorial 281.748 km². A Bahia colhe cerca de 8 milhões de toneladas de grãos e fibras.

A perspectiva da safra gaúcha era de 33,269 milhões de toneladas de grãos, 1,811 milhão de toneladas a mais que a última temporada (2019).

Se fosse confirmada, a produção dos quatro principais grãos do Estado – soja, milho, arroz e feijão – representaria um crescimento de 5,76% ante o ciclo anterior, quando foram colhidos 31,457 milhões de toneladas.

Agora essa produção deve cair pela metade segundo os relatos, um pouco mais de 16 milhões de toneladas.

Segundo o mapa do Climatempo choveu hoje no Rio Grande do Sul e na maior parte das regiões produtoras do Cone Sul.

Semi-árido continua sofrendo com a longa seca de 7 anos

Barragem de Jucazinho no agreste pernambucano, quase seca.

Segundo leitura do ONS – Operador Nacional do Sistema de energia, o reservatório de Sobradinho estava, neste domingo, com apenas 13,4% de sua capacidade. Enquanto isso os inúmeros açudes do restante do Nordeste estão com apenas 17% de sua capacidade de armazenamento de água. Segundo cálculos das autoridades do setor, toda a reserva do Nordeste não seria capaz de encher o açude Castanhão, o maior da região, que tem apenas 5% de suas reservas.

O dado é do sistema Olho N’Água, do Insa (Instituto Nacional do Semiárido) e da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), que pela primeira vez fazem uma soma em tempo real do volume de todos os reservatórios em nove Estados.

Cerca de 24 milhões de pessoas, em 1.133 cidades do semiárido, são diretamente afetadas pelos sete últimos anos de seca.

Chuva esperada para os próximos dias deve alterar cenário na bacia do São Francisco   

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O cenário atual da crise hídrica envolvendo a bacia do rio São Francisco foi tema de nova reunião nesta terça-feira (10), na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF). Participaram do encontro representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Ministério Público Federal (MPF), Ibama e setor elétrico. Diante do quadro atual na bacia, devido a escassez de chuvas, ficou decidido que a vazão do Velho Chico será mantida em 1.100 m³ por segundo até o final de fevereiro em Sobradinho (BA) e, a depender da análise de documentos por parte do Ibama, poderá ser aplicado o nível de 1.000 m³ por segundo, já no mês de março, após decisão da ANA. Já no reservatório de Três Marias (MG), a vazão deverá ser reduzida dos atuais 120 m³ para cem metros cúbicos por segundo (m³/s), podendo chegar a 80m³/s.

O gerente executivo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Saulo José Cisneiros, justificou mais um pedido de redução de vazões, afirmando que a vazão atual, de 1.100 m³/s permitiu um ganho de 24% no nível do reservatório, em comparação à vazão de 1.300 m³ por segundo. “E as térmicas vão continuar em operação para permitir o armazenamento de água”, anunciou ele. De acordo com Cisneiros, os anos de 2013 e 2014 foram os mais quentes dos últimos 85 anos.

Expectativa de chuvas – Com relação ao reservatório de Três Marias, a justificativa apresentada pelo setor elétrico é de que caso os procedimentos de redução de vazões não tivessem sido adotados, o volume útil do reservatório já teria chegado ao nível zero. Sobre as chuvas, o gerente de recursos hídricos do ONS, Vinícius Forain Rocha, afirmou que “estudos apontam para uma condição bem melhor para os próximos dez dias”.

Ainda segundo ele, no mês de dezembro do ano passado, o reservatório de Três Marias apresentou uma redução de 51%, em comparação ao mesmo mês de 2013; e de 52% em janeiro passado, em comparação com o primeiro mês de 2014. Conforme suas declarações, o órgão responsável pela interligação do sistema elétrico nacional recebeu do Centro de Pesquisas Tecnológicas (CPTec) a informação de que uma frente fria já presente no País irá favorecer a um cenário diferente nos próximos dias, o que poderá trazer algum alívio para a conjuntura pessimista do momento.

Apesar dessas informações, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, comunicou que o colegiado deverá apresentar um contraponto à metodologia que vem sendo utilizada pelo setor elétrico para a tomada de medidas nesse sentido. “Até para deixar um cenário mais estável”, explicou. Anivaldo Miranda acrescentou que a metodologia a ser apresentada pelo Comitê é um contraponto à sistemática tradicional de operação dos reservatórios, que não contempla, de forma equilibrada, os usos múltiplos das águas e agrava, ainda mais, a crise ambiental na calha do São Francisco.

Impactos ambientais – O consultor do CBHSF, Rodolpho Ramina, que também participou do encontro, propôs suspender a geração de energia elétrica em Três Marias e Sobradinho, o que deu início a um intenso debate e resultou na proposta de convocação de uma reunião específica para debater a crise hídrica em cenário mais estratégico.

Ainda durante sua fala, o consultor Ramina lembrou dos altos impactos provocados na biodiversidade do São Francisco. “E esses impactos não estão sendo compensados”, lembrou. “É preciso rever, agora, a condição de operação. As implicações são tantas, que impactam até mesmo no valor da energia elétrica que chega ao consumidor”, completou Ramina.

A professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Yvonilde Medeiros, solicitou o relatório completo da análise ambiental do Ibama, para confrontar os termos dessa análise com os estudos que ela tem feito para conceituar a vazão ambiental no contexto do Velho Chico.

Na condição de expectador de todo o processo, o procurador federal Antônio Arthur de Barros, do Ministério Público Federal (MPF) de Sete Lagoas (MG) informou que deverá acompanhar todas as discussões a esse respeito. Ao final da reunião, ficou pré-agendada para o dia 17 de março, nova reunião para voltar a debater a questão.

A reunião desta terça-feira também contou com a participação de representantes do Ministério dos Transportes, Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), prefeitura de Pirapora (MG), Ministério das Minas e Energia, Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Agência Nacional de Energia elétrica (Aneel), instituto de Meio Ambiente da Bahia (Inema) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

 

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Perdas do milho e da soja são consideráveis. Preços se mantem pressionados

Trinta anos de história das chuvas de janeiro. Ainda temos tempo de recuperar as lavouras. Clique na imagem para ampliar.
Trinta anos de história das chuvas de janeiro. Ainda temos tempo de recuperar as lavouras. Clique na imagem para ampliar.

Por Carlos Alberto Reis Sampaio

Conforme informações do site Notícias Agrícolas os 18 dias sem chuva e as altas temperaturas, as lavouras de milho no Oeste de Bahia já têm quebra consolidada de 30%. No caso da soja, perdas podem ultrapassar 450 mil toneladas. Com o clima seco, produtores devem estar atentos ao aparecimento de ácaro e mosca branca nas plantações. No algodão, ainda não é possível contabilizar as perdas e as lavouras podem se recuperar caso as chuvas retornem.

No Paraná, no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, onde a colheita já começou, as perdas na lavoura de soja são consideráveis. O estio prejudica também o plantio da safrinha de milho. O atraso no plantio poderá diminuir sensivelmente a área plantada.

Instituições associativas do agronegócio preveem queda de até 6% na produção brasileira de soja, inicialmente prevista pela CONAB como de 98 milhões de toneladas.

Ao par disso, as previsões de um próximo plantio recorde de soja nos Estados Unidos mantém os preços pressionados e o mercado comprador estagnado. É evidente que existe especulação no setor. Desde a década de 70 acompanhamos o mercado internacional de proteína. Naquela época se dizia que a pesca abundante da anchoveta na costa do Pacífico sul americano prejudicava os preços da soja. Era pura especulação. O Senhor Mercado é vítima tradicional dos capitais internacionalizados, que são responsáveis pelo financiamento e aquisição das safras, nem sempre com vantagens para as cadeias produtivas.

Na mão de três grandes players, o mercado brasileiro sempre sofreu com a especulação e a determinação de preços e condições de cima para baixo. Só o mercado interno e a disposição dos grandes importadores, como a China, vai determinar o mercado futuro de nossa soja, independente das previsões do USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que geralmente atendem seus próprios interesses.

 

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Barreiras, 40 graus

Rio Grande

Barreiras, hoje no final da tarde, 36 graus centígrados nos termômetros, depois de quase bater nos 40º durante a tarde. O Rio Grande, de grande só conserva o nome, depois de uma seca que chega a quase 150 dias. E que se preparem: no final de semana a temperatura sobe. Segunda-feira, 22, vai ser outro dia de recordes na temperatura. Terça-feira entra a Nova, lua de revoluções no clima. Se não der, chuva mesmo no final de outubro. Até lá, frita-se ovo em qualquer calçada.

Estiagem ainda é forte em 259 municípios baianos.

Dos 417 municípios da Bahia,  259 ainda estão prejudicados pela seca,  em situação de emergência. Segundo dados da Coordenação de Defesa Civil da Bahia (Cordec), a previsão do tempo indica uma situação severa até fim de novembro. Em algumas áreas as chuvas estão previstas apenas para final de novembro ou inicio de dezembro.

Entre os anos de 2011 e 2012, o estado  investiu R$ 4,05 milhões em 153 convênios para abastecimento de água por meio de carro-pipa, beneficiando 495 mil pessoas. A Cordec tem cinco equipes que executam ações de fiscalização dos convênios e na identificação de demandas para a elaboração de um diagnóstico da situação atual.

O diagnóstico permitirá avaliar particularmente a situação da seca nos diversos municípios, identificando possíveis intervenções pontuais para ações governamentais e acompanhando os programas em cada município atendido.

Algodão: redução forte da safra reduz também perspectiva de plantio.

Informação dada por um agricultor de médio porte, ontem: a redução da colheita do algodão não é de apenas 50% como estão informando. Áreas que foram beneficiadas por algumas chuvas durante o longo período de estiagem estão colhendo apenas 80 arrobas (em caroço), quando a perspectiva de colheita era de mais de 300 arrobas.

Existe por outro lado uma visão que a redução da área de plantio para a próxima safra é também significativa. Diz o agricultor: “Pretendíamos zerar o plantio em 2012/2013, como muita gente vai fazer isso, resolver reduzir em apenas 50%”.

2,3 milhões de baianos sofrem com a seca

Dos 266 municípios pertencentes ao semiárido baiano, 199 já decretaram situação de emergência por conta da seca, considerada a pior dos últimos 30 anos. De acordo com um levantamento feito pela Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec), até o início de abril, mais de 2,3 milhões de moradores das zonas rurais da região têm sido impactados pelas consequências da longa estiagem na Bahia. Segundo o coordenador-geral da Cordec, Salvador Brito, a falta de chuva já dura mais de um ano, o que gera gravidade econômica e, por consequência, social para a toda a população do sertão baiano.

“O clima nessa região, em geral, já é seco por natureza. Desde 2011 não temos chuvas satisfatórias. A de março [do ano passado] não foi boa; a do inverno foi chuvinha fina, que molhou um pouco a terra, mas não formou nenhuma reserva de água. De lá para cá não choveu mais e cada dia que passa a situação se agrava”, afirmou em entrevista ao G1.

Ainda segundo o Coordenador, como não houve plantação em março último, o estado ficará sem safra de feijão, mandioca e o milho, um dos produtos mais procurados durante a festa de São João, típica da Bahia. Por conta da falta de oferta no mercado, o preço desses itens deve aumentar consideravelmente no período. “Eu nunca vi, na minha vida, nada desse jeito. Esse ano está demais, uma crise terrível e está geral. Tem falta de água, não tem serviço para nós e eu não sei o que vai acontecer com a nossa vida não”, comentou o agricultor Lauro Silva de Ribeirão de Bate-Pé, distrito de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) informou que destinou cinco mil cestas de alimentos às vítimas do fenômeno na Bahia. A pasta informou ainda que serão encaminhados ao Estado duas mil toneladas de feijão, mil toneladas de arroz e 1 milhão de litros de suco de laranja.

Do portal Bahia Notícias.

E a farinha de mandioca, MDS? Baiano não come sem farinha de mandioca.

O Instituto Climatempo afastou a possibilidade de chuvas nos próximos dias para Luís Eduardo Magalhães e região.

Já são 508 os municípios em estado de calamidade pela seca no Sul do País.

Enquanto estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste contabilizam os prejuízos causados pelas chuvas dos últimos meses, na Região Sul o problema continua sendo a estiagem. Além dos transtornos causados à população, a seca afetou a produção agrícola regional, causando prejuízos de mais de R$ 2 bilhões ao setor e contribuindo para o aumento dos preços de diversos alimentos em todo o país.

No Rio Grande do Sul, 291 cidades decretaram situação de emergência. Segundo a Defesa Civil estadual, mais de 1,6 milhão de pessoas estão sendo afetadas.

Em Santa Catarina, 80 cidades estão em situação de emergência por conta da seca. Quase 490 mil pessoas já foram prejudicadas pela falta de chuvas. Até ontem (16), a Secretaria de Agricultura do estado estimava que as perdas agropecuárias chegavam a R$ 497 milhões. De acordo com a Defesa Civil catarinense, a estiagem deve permanecer até o próximo dia 19, quando podem ocorrer chuvas isoladas, a partir da região meio-oeste.

No Paraná, o governador Beto Richa decretou situação de emergência em 137 cidades. Segundo a assessoria do governo, o decreto coletivo de ontem (16) visa a agilizar o atendimento aos municípios atingidos pela estiagem que assola o estado desde novembro de 2011. A Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento estima que a estiagem comprometeu 11,5% da safra de verão, prevista em 22,13 milhões de toneladas, o que significa um prejuízo financeiro de R$ 1,52 bilhão.

Nos últimos dias, os governos federal e dos três estados anunciaram medidas para auxiliar as localidades e agricultores afetados. No último sábado (14), o governador gaúcho, Tarso Genro, anunciou a liberação de R$ 54,42 milhões para ações emergenciais e medidas preventivas contra a estiagem. Desse total, R$ 28 milhões são provenientes do governo federal, dos quais o estado já recebeu R$ 18 milhões. Tarso também anunciou que a Secretaria Estadual de Habitação e Saneamento irá investir R$ 5 milhões na extensão de redes de água, compra de bombas para poços artesianos e reservatórios nos municípios atingidos pela estiagem.

Em Santa Catarina, somados os recursos federais e estaduais, o socorro chega a R$ 28,6 milhões. Entre as medidas anunciadas na última segunda-feira (16) pelo governador Raimundo Colombo e pelos ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, estão a construção de 333 poços artesianos em municípios atingidos pela seca e a liberação de recursos do seguro agrícola mediante laudos técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

O governador Beto Richa também prometeu aplicar R$ 21,5 milhões na instalação de 300 sistemas comunitários de fornecimento de água em várias regiões paranaenses. Outros R$ 10 milhões serão investidos junto com o Ministério da Integração Nacional na implantação de cisternas em comunidades rurais historicamente afetadas pela falta de água, iniciativa que, segundo a assessoria do governo, irá atender especialmente os produtores de frangos, suínos, leite e hortaliças.

O governo paranaense também vai destinar R$ 6 milhões para ajudar quem precisa comprar insumos agrícolas (fertilizante, máquinas, defensivos agrícolas) e acelerar as vistorias em plantações a fim de que os produtores possam solicitar o ressarcimento das perdas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o pagamento do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf).

Edição: Graça Adjuto, da Agência Brasil.

Paisagem de caatinga no coração do Rio Grande do Sul

Se não fossem pelas características germânicas da menininha, ninguém poderia imaginar que a imagem (Diego Vara, de Zero Hora) pudesse ser do Rio Grande do Sul, onde mais de 140 municípios sofrem fortemente com a estiagem, com calamidade pública já declarada pelo Governo do Estado. Amanhã estão previstas chuvas ralas na região e, a partir de sexta-feira, chuvas mais intensas, mas sempre abaixo dos 20 mm. A produção da “Região Celeiro do Rio Grande”, como é conhecido o Noroeste do Estado, está definitivamente comprometida.

Situação da seca na Bahia é desesperadora.

Região da caatinga em Juazeiro

A bancada da Bahia no Congresso vai apelar ao Ministério da Integração Nacional para que libere, em caráter de urgência, cerca de R$ 30 milhões para o estado, que sofre com a estiagem. O grupo é liderado pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA). O senador disse à Agência Brasil que a falta de chuva provoca o desabastecimento no norte, nordeste e sudoeste baianos, além de causar prejuízos no campo.

“Estamos muito preocupados porque a cada dia a situação se agrava, há pessoas que já estão sem água e, fora isso, os agricultores rurais acumulam perdas”, disse o senador, lembrando que a estimativa é que cerca de 300 mil agricultores familiares da Bahia estão em dificuldades.

As áreas mais afetadas pela seca são Feira de Santana, Juazeiro, Paulo Afonso e Vitória da Conquista. Nessas regiões há produção de feijão, milho e sizal, além da criação de ovinos e caprinos.  Na tentativa de evitar o agravamento da situação, será solicitado seguro-safra para vários produtores rurais baianos, segundo Pinheiro.

De acordo o senador, 123 dos 417 municípios da Bahia estão em situação de emergência desde o fim do ano passado.

Quem mora no Oeste da Bahia, com chuvas abundantes, nem lembra do sertão que morre de sede.