IBGE afirma que safra de 2020 será recorde, acima de 240 milhões de toneladas

Foto: Governo do Estado de Rondônia

As estimativas iniciais preveem uma redução de 7,5% na produção do milho e um crescimento de 6,7% na produção da soja

Dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE, apontam que a safra nacional de grãos de 2020 deve bater o recorde de 240,9 milhões de toneladas. As estimativas iniciais preveem uma redução de 7,5% na produção do milho e um crescimento de 6,7% na produção da soja.

Entre os cinco produtos de maior peso na safra, são esperados três recuos na produção. Em relação à segunda safra do milho, a queda esperada é de 9,8%, enquanto para a primeira safra do grão espera-se um recuo de 0,8%. Sobre a primeira safra do feijão, espera-se uma redução de 0,3%.

As variações positivas serão do algodão, com alta de 2,0%; arroz, com elevação se 1% e soja, com salto de 6,7%.

Já para este ano, a safra nacional deve atingir 240,8 toneladas, sendo maior que o recorde de 2017, com 2,4 milhões de toneladas a mais produzidas.

O aumento foi puxado pelo milho, que deve alcançar uma produção recorde de 100,2 milhões em 2019, o que representa um aumento de 23,2% frente a 2018. O algodão também deve bater um recorde da série história do IBGE. Na safra deste ano, a produção deve chegar a 6,9 toneladas, um aumento de 39,8% na relação com o ano anterior.

Porém, a produção de soja e o arroz diminuiu. A estimativa aponta para uma colheita de 113,2 milhões de toneladas do grão em 2019, o que representa uma retração de 4% em relação ao ano passado. Já o arroz teve queda na produção por consequência da redução de 9,5% na área plantada e de 12% na área a ser colhida. Com isto, estima-se uma produção de 10,3 milhões de toneladas, um recuo de 12% em relação ao ano passado.

O levantamento aponta também que, neste ano, a área a ser colhida deve ser de 63,2 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 3,7% frente à área colhida em 2018.

Escoamento da super-safra preocupa produtores.

Com dois milhões de hectares plantados, 10% a mais que na safra passada, o cerrado da Bahia, no Oeste do estado, deve colher quase oito milhões de toneladas de grãos ao final do ano agrícola de 2011/12, 13% a mais que no ciclo anterior. A estimativa é do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que concluiu esta semana o 2° Levantamento da Safra 2011/12. Se confirmados os prognósticos, será um novo recorde de produção. Mas, a perspectiva que, por um lado, anima os produtores, também é motivo de preocupação, devido às condições precárias da malha de rodovias estaduais e vicinais para o escoamento da produção e trânsito dos insumos agrícolas.

De acordo com o presidente da Aiba, Walter Horita, a logística da safra da região, entre produção e insumos, demanda o equivalente a mil caminhões com capacidade de transportar 37 toneladas por dia, durante os 365 dias do ano.

“Estamos virando reféns de nossa própria competência. Aperfeiçoamos o processo de produção, mas a logística estadual é lastimável, pois não acompanhou o crescimento regional. As estradas estão intransitáveis, principalmente no período de chuva. Isso aumenta o tempo necessário para o transporte, encarece os custos de produção, e tira a competitividade do nosso produtor. Sem falar que representa um grande risco de vida para quem transporta a carga, ou trafega nas estradas”, diz Horita.

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