Agricultores baianos recuperam 250 km de estradas em 2018

Construção de ponte sobre o rio sapão

Os agricultores baianos, por meio do Programa “Patrulha Mecanizada”, coordenado pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) recuperaram ao longo do último ano cerca de 250 km de estradas.

Destaque para o trecho entre as cidades de Cocos (BA) e Mambaí (GO), finalizado em agosto, que garantiu melhor trafegabilidade no trecho e reduziu cerca de 200 km para acessar a BR-020.

Estrada Roda Velha 2

Executada em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e a Prefeitura de Cocos, esta obra foi fundamental para a sua incorporação à BR-030, conforme Portaria 6.257 de 30/11/2018, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que federalizou o trecho, passando, a cargo do Ministério dos Transportes, a execução da pavimentação asfáltica, cujo anteprojeto foi cedido ao órgão, pelos produtores da região.

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Frete para os portos sobe quase 50% em um ano. Agronegócio perde competitividade.

Sorriso a Santos; 2.000 km de custos altos.
Sorriso a Santos; mais de 2.000 km de custos altos.

O frete de uma tonelada de soja de Sorriso – MT, principal estado produtor do País, cresceu 45% em um ano, passando de R$235,00 para R$315,00. Uma tonelada de soja vale na origem algo em torno de R$ 930,00. Portanto, o frete já alcança 34% do preço da mercadoria na origem e cerca de 25% no destino portuário  (R$1.249,00 em Santos).

Caminhões: frete caro e perigo para usuários de rodovias
Caminhões: frete caro e perigo para usuários de rodovias. Foto o Expresso.

Isso acontece enquanto os norte-americanos gastam ¼ deste valor, para levar a soja da fazenda até o trem e, no trem, até os portos dos grandes lagos.

Veja: o produtor brasileiro de soja gasta, hoje, para levar a produção da fazenda até o porto, em média, US$ 92/tonelada, quatro vezes mais do que na Argentina e nos Estados Unidos, por conta da deficiência da logística nacional. Esse valor representa aumento de 228% em relação à década passada, quando a quantia gasta era de US$ 28/tonelada.

O Governo precisa reorientar sua política de logística em favor das ferrovias e dos portos, investindo em parcerias público-privadas e priorizando o transporte pesado. Se fizer isso, retira milhares de caminhões das estradas, proporcionando uma sobrevida a essas acanhadas rodovias, tanto na sua manutenção como no volume de tráfego de veículos.

Leia mais aqui e aqui sobre o mesmo tema, em reportagens anteriores de O Expresso.

Paulo Souto promete estradas para o Oeste

foto Valter Pontes Coperphoto
foto Valter Pontes Coperphoto

“Eleito governador, o Oeste vai voltar a ter voz e vez”, disse Paulo Souto, hoje pela manhã em Barreiras. Na ocasião, o Candidato afirmou que pretende desenvolver um programa de novas rodovias para o Oeste baiano. “É preciso também construir os trechos que estão faltando na BA-225 e BA-458, de Coaceral ao entroncamento com o KM-42 da BA-459, além de concluir o Rodoagro”, anunciou.

Na verdade, seja quem for o eleito, a infraestrutura do Oeste não deve prescindir de uma atitude determinada do poder público.

Portos estrangulados, estradas saturadas, frete caro. Assim é o Brasil exportador.

Estradas saturadas com trânsito de caminhões pesados.
Estradas saturadas com trânsito de caminhões pesados.

Os problemas operacionais registrados no últimos meses nos portos brasileiros durante o escoamento de uma safra de grãos recorde devem se repetir na próxima temporada, uma vez que investimentos em infraestrutura deverão ser sentidos apenas no médio prazo, afirmou nesta terça-feira a associação que reúne as principais empresas do setor de soja no país.

Os portos de Vitória (ES), Santos (SP), Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC), por onde o Brasil escoa a maior parte de sua safra agrícola, estão operando no limite da sua capacidade, disse a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em um boletim.

“Os portos estão trabalhando com a capacidade máxima e precisam, de forma urgente, resolver os seus gargalos internos”, disse o gerente de economia da entidade, Daniel Furlan Amaral, na nota.

O jornal Valor Econômico, numa grande série de reportagens sobre a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, onde relata a estagnação das obras, refere-se assim ao drama vivido pelos produtores do Oeste:

“Nesta época do ano, em plena safra do algodão, nada menos que 1,5 mil caminhões têm circulado diariamente no eixo que liga as cidades de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Para complicar a situação, a estrada de pista simples passa diretamente pelo centro das cidades, em vez de contorná-las. O asfalto da BR-242 acusa o golpe. Nas entradas e saídas dos municípios visitados pelo Valor, o peso das carretas abre valas profundas no chão. Carros são obrigados a circular em ziguezague para tentar fugir dos buracos. Os acidentes são frequentes.” Da Reuters e do Valor Econômico.

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Prepare-se: vai começar a batalha do trânsito dos feriados de final de ano

Os feriados de final de ano e a proximidade das férias escolares aumentam o fluxo de veículos nas rodovias de todo o país e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) começa a planejar as estratégias para o período. Um dos primeiros pontos será o reforço do policiamento em trechos críticos das estradas. “Nesta época, a PRF trabalha com todo o seu efetivo, suspendendo férias e com escalas de reforço extraordinárias”, diz o assessor de imprensa da PRF, inspetor Fabiano Moreno.

Segundo ele, nesses períodos, as pessoas acabam abusando do álcool e a imprudência aumenta. Por isso, a Lei Seca será um dos principais instrumentos de fiscalização. “Sem dúvida a chamada Lei Seca é uma das principais armas da PRF na redução de acidentes.”

O inspetor lembrou que o motorista alcoolizado se envolve em acidentes mais graves, por isso a fiscalização será rigorosa. Ele disse que o condutor que apresentar sinais de embriaguez e se negar a fazer o teste do bafômetro terá a carteira suspensa por um ano e estará sujeito a multa de R$ 957.

prf-acidente-blogdobananaFabiano Moreno disse também que os motoristas que pretendem pegar a estrada nos dias de festa não podem esquecer os cuidados com o carro, mas o principal é saber se têm condição física e psicológica para fazer a viagem.

Ele lembrou que a negligência, a imprudência e a imperícia do condutor são as maiores causas de acidentes. Não checar o veículo e os equipamentos de segurança; fazer manobras e ultrapassagens em locais proibidos; dirigir com excesso de velocidade e sem conhecer as rodovias podem trazer consequências graves. “O fator humano é o que mais contribui para os acidentes.”

O inspetor também alerta para o perigo de dirigir à noite. Segundo ele, embora a maioria dos acidentes aconteça de dia, à noite os casos são mais graves, com maior número de mortos e mais demora no socorro. “O motorista tende a se exceder na velocidade. À noite o motorista vê a rodovia em parcelas, só até onde o farol ilumina e seu tempo de reação é menor. Há também o fator cansaço.”

Segundo o inspetor, nas rodovias mais movimentadas que levam ao litoral, nas áreas urbanas e em regiões de serra com muitas curvas, a atenção deve ser dobrada. “Trecho perigoso é aquele em que o motorista superestima a sua capacidade de dirigir e subestima as adversidades. Quando o motorista baixa a atenção, ele torna o trecho perigoso.”

O inspetor recomenda que antes de viajar o motorista se informe sobre o destino, as condições de tempo, a expectativa de saída de veículos,  verifique onde há postos de apoio e anote também os números de emergência da região. O telefone de emergência da PRF é 191, a ligação pode ser feita de celular e é gratuita. Em vários estados a PRF tem o Twitter, cujo endereço é sempre @prf191 mais a sigla do estado.

Edição: Tereza Barbosa da Agência Brasil.

Faróis acesos durante o dia pode ser nova regra do trânsito.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (15) projeto de lei que torna obrigatório trafegar com faróis baixos ligados durante o dia em rodovias e túneis iluminados. Votada em caráter terminativo, a matéria segue agora para análise da Câmara dos Deputados. Se o projeto for aprovado sem alterações na outra Casa, seguirá à sanção presidencial e terá um prazo de 100 dias para entrar em vigor.

“O uso de faróis acesos no período diurno é um elemento fundamental para a segurança do trânsito, porquanto antecipa a visualização do veículo a uma distância maior. É o alerta para o motorista sobre situações de risco e permitindo-lhe agir preventivamente para evitar acidentes”, argumentou, na exposição de motivos, o autor do projeto, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O parlamentar acrescentou que já há uma recomendação do próprio Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre essa necessidade. No entanto, Eunício Oliveira ressaltou a necessidade de transformar essa “recomendação” em norma legal, a ser incorporada no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Cadê o trem?

O Brasil encontra sérios obstáculos para desenvolvimento na infraestrutura. Faltam estradas, ferrovias, portos e garantia de fornecimento de energia elétrica. Principalmente de ferrovias: hoje existe uma quilometragem menor de vias férreas, no País, do que em 1960. Um levantamento realizado pelo jornal Valor Econômico, que engloba sete projetos em andamento de grupos de minério de ferro, conclui que barreiras logísticas estariam dificultando o investimento de até US$ 12 bilhões nos próximos cinco anos. Grupos como ArcelorMittal, Ferrous, MMX, Mhag e Usiminas enfrentam dificuldades de transporte por ferrovias ou embarque em portos. Segundo a reportagem, o negócio de minério de ferro, por exigir produção em alta escala, baseia-se no tripé mina-ferrovia-porto para ser competitivo. Há projetos que correm o risco de não sair do papel se não forem encontradas soluções como porto público e direito de uso de ferrovias. Outros aguardam que ferrovias como a Oeste-Leste e a Transnordestina se concretizem para escoar a produção. Para amenizar o problema, o governo federal acaba de exigir do consórcio construtor da ferrovia Nova Transnordestina, a partir de janeiro, relatórios mensais sobre o andamento das obras. A ferrovia, de R$ 5,4 bilhões, controlada pela CSN, deveria iniciar as operações neste ano. A nova previsão ficou para 2012 ou 2013.