China não faz compra antecipada de safra e coloca produtores dos EUA em pânico.

Pela primeira vez, a China não faz compra antecipada do grão dos EUA até agosto, segundo a Folha de S. Paulo. A ausência de pedidos preocupa agricultores americanos, que costumam ter parte de sua safra garantida meses antes da colheita. O motivo principal é o aumento das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, que deixou o produto americano mais caro e menos competitivo diante da soja brasileira.

Essa mudança reforça o papel do Brasil como fornecedor estratégico para Pequim. Enquanto os EUA enfrentam tarifas de 20% para vender soja à China, o Brasil consegue negociar sem esse custo extra, ampliando sua presença em um mercado que movimenta bilhões de dólares todos os anos.

Por que essa decisão é inédita

Tradicionalmente, os chineses começam a comprar soja dos EUA já em julho, para garantir parte da safra. Em 2022/23, por exemplo, 27% das importações chinesas já estavam encomendadas nessa época. Em 2025, esse número é zero. Além da questão tarifária, há expectativa de uma safra recorde no Brasil, estimada em mais de 170 milhões de toneladas, o que faz Pequim esperar para fechar negócios com preços mais baixos.

Analistas lembram que essa situação é fruto direto da guerra comercial iniciada por Trump em seu primeiro mandato. Desde então, a China reduziu gradualmente sua dependência da soja americana e fortaleceu sua parceria com o Brasil.

O impacto nos preços e no mercado global

Dados da AgRural mostram que, em agosto de 2025, a soja brasileira com embarque para outubro custava US$ 490 por tonelada, enquanto a americana saía a US$ 535, já incluindo a tarifa chinesa. Essa diferença de preço explica a preferência da China pelo produto brasileiro.

O problema é que essa escolha pode gerar um efeito colateral: com a demanda chinesa concentrada no Brasil, os prêmios pagos pelo grão nacional tendem a subir, deixando o produto brasileiro menos competitivo em outros mercados. Nesse cenário, países da Europa e da Ásia podem acabar recorrendo à soja americana.

A pressão sobre os produtores americanos

A situação é dramática para os agricultores dos Estados Unidos. A Associação Americana de Soja (ASA) afirmou que eles estão “à beira de um precipício comercial e financeiro”, já que não conseguem sobreviver a uma disputa prolongada com seu principal cliente. Antes da guerra comercial, os EUA exportavam cerca de US$ 12,8 bilhões em soja para a China. Em 2018/19, após o início do conflito, esse valor caiu para US$ 4,7 bilhões e nunca mais voltou ao mesmo patamar.

No ciclo que se encerra agora em agosto, a China comprou 22,5 milhões de toneladas de soja dos EUA, menos que as 24 milhões do ano anterior. Enquanto isso, o Brasil exportou 88,6 milhões de toneladas até agosto, sendo que 75% desse volume foi destinado à China, segundo a Anec.

Apesar da preferência pelo Brasil, especialistas acreditam que a China ainda deve comprar parte da soja americana entre novembro e janeiro, para evitar um “vazio” entre uma safra brasileira e outra. Mas a tendência é clara: o Brasil se consolida como o principal parceiro agrícola da China, e os EUA perdem espaço em seu mercado mais valioso.

 

 

Chega ao país voo com brasileiros repatriados dos EUA.

Aeronave trouxe mais 120 pessoas; total desde fevereiro passa de 800.

Um novo voo com brasileiros repatriados dos Estados Unidos pousou no início da tarde deste sábado (21) no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o voo trouxe 120 repatriados. Este foi o décimo voo de repatriação de brasileiros dos EUA. Até agora, o Brasil recebeu 892 repatriados entre os meses de fevereiro e junho deste ano, em razão da política contra a imigração adotada pelo governo estadunidense.

A previsão era que o voo chegasse em terras brasileiras as 08h, mas houve atraso, e a aeronave pousou no aeroporto às 12h46. O ministério informou que foi montada uma estrutura para a recepção dos brasileiros. Equipes de diversos órgãos do governo farão um acolhimento humanizado que inclui alimentação, distribuição de kits de higiene pessoal e apoio psicossocial, além de acolhimento.

De Fortaleza, os brasileiros seguirão para os locais de origem em ônibus, conforme o novo modelo de acolhimento de repatriados, que não terá mais apoio da Força Aérea Brasileira.

Além disso, o ministério informou que também realiza encaminhamentos para outros órgãos, como a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Sistema Único de Saúde (SUS), e a rede do sistema Único de Assistência Social (SUAS) do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Em casos de acolhimento especializado, como pessoas com deficiência, população LGBTQIA+ e pessoas idosas, os atendimentos são direcionados dentro do próprio MDHC.

No dia 21 de junho, foram recebidos 109 brasileiros que estavam em situação de vulnerabilidade nos Estados Unidos. Do total de pessoas, 76 seguiram viagem para o Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os fascistas de Trump conduzindo o País para a recessão.

Num dia de turbulência no mercado global, o dólar teve forte alta e voltou a fechar acima de R$ 5,80 com temor de recessão nos Estados Unidos. A bolsa de valores acompanhou a movimentação global e caiu após três altas seguidas.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (10) vendido a R$ 5,852, com alta de R$ 0,061 (+1,06%). A cotação chegou a cair durante a manhã, chegando a R$ 5,77 na mínima do dia, por volta das 12h, mas inverteu a trajetória e passou a subir em reação a declarações do presidente Donald Trump.

Na máxima do dia, por volta das 16h10, chegou a R$ 5,87.

Apesar da alta desta segunda-feira, a moeda norte-americana cai 5,3% em 2025. Em março, a divisa registra queda de 1,08%.

Bolsa de Valores
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.519 pontos, com recuo de 0,41%.

Mesmo com a queda, a bolsa brasileira saiu-se melhor que as bolsas norte-americanas. Em Nova York, o índice Dow Jones, das empresas industriais, caiu 2,08%. O Nasdaq, das empresas de tecnologia, perdeu 4%. O S&P 500, das 500 maiores empresas, recuou 2,7%.

Apesar de alguns fatores domésticos, o cenário global pesou mais.

O receio de que os Estados Unidos, a maior economia do planeta, entre em recessão intensificou-se após Donald Trump afirmar no domingo (9), em entrevista à televisão, que os Estados Unidos podem passar por um “período de transição” por causa de medidas como a imposição de tarifas comerciais e a falta de mão de obra decorrente da menor imigração.

Outro fator que prejudicou os países emergentes foi a divulgação de dados de deflação na China, provocada pelo menor consumo interno e pela estagnação do mercado de trabalho. Como o país asiático é o maior consumidor de bens primários do planeta, a notícia fez cair o preço das commodities (bens agrícolas e minerais com cotação internacional).

No Brasil, o mercado aumentou a previsão de inflação para este ano. O boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, elevou para 5,68% a estimativa de inflação para 2025 <>.

China compra 5,95 milhões de toneladas de milho nos últimos quatro dias nos EUA

A redução no esmagamento de milho para a produção de álcool combustível nos Estados Unidos tem proporcionado estoques excedentes de porte. Os EUA esmagam cerca de 100 milhões de toneladas (quase o mesmo da safra brasileira) todo ano, nas refinarias de álcool automotivo, usando o resíduo para alimentação animal.

A Bolsa de Chicago (CBOT) se manteve altista para os preços internacionais do milho futuro nesta sexta-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 3,00 e 9,00 pontos por volta das 11h38 (horário de Brasília).

O vencimento março/21 era cotado à US$ 5,43 com valorização de 9,00 pontos, o maio/21 valia US$ 5,44 com alta de 7,75 pontos, o julho/21 era negociado por US$ 5,34 com ganho de 7,00 pontos e o setembro/21 tinha valor de US$ 4,68 com elevação de 3,00 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram novamente no comércio da madrugada, ancorados por amplo otimismo com o aumento da demanda chinesa e uma desaceleração da safra sul-americana em meio à redução dos estoques domésticos.

A produção norte-americana se mantem acima de 350 milhões de toneladas, três vezes maior que a brasileira, que depois de um forte movimento de exportação se encontra com os estoques de passagem zerados.

O Departamento de Agricultura ainda não divulgou qualquer estatística prévia sobre a intenção de plantio nos Estados Unidos, na próxima safra, mas com a demanda contínua da China o plantio do milho deve ganhar terreno frente à soja. A recomposição dos plantéis de suínos, depois de uma onde de gripe suína devem orientar o mercado.

No mercado de futuros da Bolsa brasileira, o vencimento março/21 era cotado à R$ 85,21 com valorização de 0,85%, o maio/21 valia R$ 82,11 com ganho de 0,48%, o julho/21 era negociado por R$ 75,60 com alta de 0,80% e o setembro/21 tinha valor de R$ 73,88 com tinha valor de R$ 73,88 com elevação de 0,78%.

No Oeste baiano, a saca de milho de boa qualidade (tipo alimentação), disponível, era comercializada a R$68,00 a saca no dia de ontem.

Um país que voltou 70 anos: EUA registram pior PIB trimestral desde 1950.

O PIB do segundo trimestre dos Estados Unidos caiu 32,9%, o pior já registrado. A contração foi impulsionada por quedas acentuadas nos gastos dos consumidores e nos investimentos das empresas.

De abril a junho, em uma base anualizada, a queda foi de 32,9%, segundo informações do Buareau of Economic Analysis. No primeiro trimestre, quando os EUA entraram oficialmente em recessão em fevereiro, a economia encolheu 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O resultado para o PIB não estava fora das estimativas de analistas de todos os matizes.

Uma forte contração nos gastos dos consumidores foi o principal fator que levou a economia a um abismo. Antes da pandemia, os gastos do consumidor geravam dois terços da atividade econômica nos EUA.

Com informações do Al Jazeera e GGN.

Pandemia completa 6 meses e situação do Brasil e EUA preocupa

Mundo ultrapassa marca dos 10 milhões de casos do novo coronavírus. E Brasil e EUA são as incógnitas a serem resolvidas. Justamente às duas nações que estão sob governos com fortes nuances de extrema direita.

Do Jornal GGN, editado.

A pandemia de coronavírus completa seis meses de registros na próxima semana, e não mostra sinais de perder forças. Pelo contrário: a situação do Brasil ocupa grande parte dos debates nos bastidores da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Em artigo publicado no portal UOL, o jornalista Jamil Chade diz que os especialistas da entidade consideram o país como uma “ameaça global” no combate ao coronavírus, ao lado dos Estados Unidos.

Desde a contagem dos primeiros casos, o Brasil aparece na segunda colocação em termos de mortes e casos, mas uma fotografia mais precisa da situação pode ser vista em dados mais recentes: números da UE indicam que, apenas nos últimos 30 dias, o Brasil liderou tanto o registro de novos casos (863 mil) como de mortes (30,6 mil).

Mas não são apenas esses números que preocupam: o Brasil não tem um plano sobre como sair da crise, aliado à fatiga da população sobre a quarentena, os limites do pacote de ajuda econômica e a falta de testes suficientes mostram um país cada vez mais frágil para lidar com a questão.

Um sinal da reação global às medidas do Brasil é a exclusão do país na lista de nações autorizadas a voltar a voar para a Europa a partir de 1º de julho, e existe grande resistência entre os diplomatas quanto a uma eventual inclusão no futuro imediato.

Nos bastidores, a ordem na OMS é de não responder às criticas e provocações do presidente Jair Bolsonaro – além do entendimento de que uma crise política maior não ajudaria a salvar vidas, a organização considera que muitas das críticas e ameaças são apenas discursos para atender a base eleitoral.

Trump fará coletiva às 16h e pode declarar estado de emergência nacional por coronavírus

Nas últimas horas, Portugal, Espanha e Bulgária também fizeram o anúncio.

O presidente Donald Trump planeja declarar estado de emergência nacional nesta sexta-feira (13) por causa da pandemia de coronavírus, como forma a abrir portas para mais ajuda federal a estados e municípios, de acordo com duas fontes ouvidas pela Bloomberg.

A declaração, sob a Lei Stafford, poderia liberar até US$ 40 bilhões em ajuda imediata, segundo o site de notícia Politico.

O presidente americano anunciou na manhã desta sexta-feira (13), pelo Twitter, que fará uma declaração às 15h de Washington, ou 16h no horário de Brasília, sobre o “tópico coronavírus”.

Trump está sob crescente pressão para agir como governadores e prefeitos em todo o país, intensificando ações para mitigar a disseminação do vírus, fechando escolas e cancelando eventos públicos.

Na noite de quarta-feira (11), Trump anunciou medidas para mitigar o impacto do coronavírus nos EUA, mas que levou a uma forte queda dos mercados no dia seguinte.

Ele comunicou uma série de medidas de emergência, incluindo a proibição dos voos oriundos da Europa pelos próximos 30 dias, contando desde a meia-noite desta sexta. As únicas exceções seriam para os voos do Reino Unido (que já registra 460 casos) e para americanos que já tiverem passado pelos testes apropriados.

Enquanto Trump vai à mídia anunciar medidas emergenciais, seu sucedâneo de baixa qualidade, Jair Bolsonaro, aparece nas mídias sociais dando uma banana para a imprensa.

Bernie Sanders, defensor da democracia e da igualdade nos EUA.

Bernie Sanders, 78 anos, o candidato democrata que está à frente nas eleições primárias, hoje, no twitter:

“Nunca fez sentido para mim que um pequeno grupo de pessoas deveria ter uma riqueza e poder incríveis na América, enquanto a maioria das pessoas não tem. É isso que vamos mudar.”

Talvez “Birdie” até perca as eleições para a máquina de Donald Trump. Mas está ensinando, de maneira didática, que sem inclusão social e mais igualdade não existe democracia, nem desenvolvimento.

Trump diz que vai deportar 3 milhões de imigrantes ilegais

A progressista cidade mineira: grande parte da renda da cidade provem das remessas de imigrantes.
A progressista cidade mineira: grande parte da renda da cidade provem das remessas de imigrantes.

Se Donald cumprir sua palavra, vai dar para construir mais umas duas novas cidades ao lado de Governador Valadares, em Minas Gerais, conhecida por “exportar” dezenas de milhares de brasileiros para os Estados Unidos.