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A Venezuela é a prova de que a história sempre se repete
Vão embalsamar Hugo Chávez Frías e expor permanentemente seu corpo. Eu não disse que estavam criando a Evita Peron da Venezuela?
Um texto de Michael Scully, publicado na revista Reader´s Digest, em 1956, dá uma idéia do processo de beatificação de Evita, o mesmo que deve acontecer na Venezuela:
“Mas nem Mussolini nem Hitler levaram a sua loucura auto-induzida ao ponto de tentarem publicamente usurpar o lugar de Deus. Perón tentou.(…)Foi nesse ponto que começou a divinização de Perón. Evita deu o tom: ‘Só há um Perón…Ele é um Deus para nós…Nosso sol, nosso ar, nossa vida.’ Um ministro de governo equiparou Perón a Cristo, Maomé e Buda, como fundador de uma grande doutrina religiosa! A máquina de propaganda começou a espalhar folhetos e alusões dessa espécie. Ao mesmo tempo, empreendia-se uma campanha para canonizar Evita. Em outubro de 1951, ela foi apresentada a uma multidão peronista como ‘Nossa Senhora da Esperança’ e o próprio Perón rematou a reunião, proclamando um novo feriado, o ‘Dia de Santa Evita’. Depois da morte de Evita, em 1952, a neurose deliberada se agravou. Um porta-voz peronista, falando da sacada do palácio do governo, dirigiu-se a ela como ‘mãe nossa que estais no céu’. Exibiu-se um filme intitulado Evita imortal e a revista Mundo Peronista divulgou na capa uma Evita santificada, a quem não faltava a auréola.”
Em pouco dias começam os milagres. E mais um populista, pai do povo, tornar-se-á eterno. A Argentina deve tudo que já foi e não é mais ao peronismo. A Venezuela é a prova de que a história sempre se repete.
Os peronistas e as relações com a Rússia.

Vale a pena dar uma passada na reportagem de ISTO É desta semana, sobre o livro “O Ouro de Moscou”, de Isidoro Gilbert, que trata das relações de Juan Domingo e Evita Perón com a então URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. As ligações financeiras e políticas dos autoritários e assistencialistas do Partido Justicialista são exemplo histórico marcante na América Latina, num modelo que se repete até hoje em vários países. Enquanto a revista e o livro não chegam às rarefeitas bancas de Luís Eduardo e Barreiras, leia a reportagem.



