Nesta madrugada, avião de Evo Morales faz escala em Assuncion antes de voar para o México

O avião da Força Aérea Mexicana que levou Morales para o exílio.

avião da Força Aérea Mexicana no qual Evo Morales viaja, decolou nesta terça-feira (12) do aeroporto internacional de Assunção, capital do Paraguai, onde chegou de madrugada e permaneceu por cerca de quatro horas depois de deixar a Bolívia, disse uma fonte oficial à Agência Efe.

De acordo com alguns meios de comunicação, o avião, que decolou por volta das 5h30 (hora local), partiu para o México e foi forçado a pousar no Paraguai por não ter autorização para voar sobre o céu peruano.

Já outras fontes afirmaram que a escala foi motivada para verificar todas as licenças de sobrevoo.

Em entrevista à “Radio Monumental”, do Paraguai, Lugo disse que entre os ocupantes do avião estava o ex-vice-presidente boliviano Álvaro García Linera, que desceu até a pista para cumprimentar o embaixador mexicano no Paraguai.

A Direção Nacional de Aeronáutica Civil (Dinac) do Paraguai não divulgou nenhuma informação ou os motivos pelos quais a escala foi realizada no aeroporto.

Ontem à noite, o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, confirmou que o governo do Peru decidiu abrir seu espaço aéreo ao avião do México que iria buscar Morales.

No último domingo, Evo Morales renunciou após um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontando irregularidades no processo eleitoral boliviano.

Os safados do site Antagonista, jornalistas a soldo da direita brasileira, inventaram que dois carros-forte da Prosegur foram até o aeroporto, no embarque de Morales, levar o butim do ex-presidente. Entre a tropa de gente safada que existe no mundo todo, jornalistas cínicos destacam-se sobremaneira.

Evo Morales foi “renunciado” da Presidência da Bolívia.

Forças armadas e policiais bolivianas pressionaram o presidente Evo Morales até a renúncia. Voltou o ciclo de golpes de estado na América do Sul. Bolsonaro ajudou a exercer forte pressão sobre Morales.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou novas eleições neste domingo (10), com a renovação do órgão eleitoral, e pediu que “se reduza toda a tensão” no país, após três semanas de enfrentamentos violentos que causaram três mortes e deixaram mais de 300 feridos nas principais cidades do país.

A tensão aumentou ao longo do dia, com a oposição insistindo que Evo renunciasse. O comandante das Forças Armadas, Williams Kaliman, fez um pronunciamento na televisão à tarde, em que “sugere que Evo Morales renuncie a seu mandato”, para pacificar as ruas.

O anúncio do novo pleito foi feito pelo mandatário na manhã do domingo, depois que o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, pediu a anulação das eleições na Bolívia, após auditoria realizada na apuração dos votos. Almagro instou o governo de Morales a convocar novas eleições.

Ao aceitar a auditoria da OEA, Morales tinha se comprometido a respeitar as conclusões desta análise. O presidente, porém, não mencionou o parecer da OEA em sua fala. Disse que tomou a decisão depois de consultar a COB (Central Trabalhista da Bolívia) e os “distintos setores do campo e da cidade”.

A tensão na Bolívia vem escalando por conta de enfrentamentos entre apoiadores e críticos de Morales, que o acusam de fraude. Nos últimos dias, houve levantes de policiais e militares que se recusaram a tomar ações de repressão contra opositores, enquanto Morales acusou uma “tentativa de golpe de Estado”.

Os resultados da auditoria da OEA seriam divulgados apenas em 13 de novembro, mas foram adiantados “por conta da gravidade das denúncias”, disse Almagro em um comunicado em que pede que a eleição do último dia 20 de outubro “seja anulada e que o processo eleitoral comece novamente”.

A OEA também afirma no documento que o governo deve marcar o novo pleito “assim que existam novas condições que deem garantias de sua realização, entre elas uma nova composição do órgão eleitoral”.

Democratas” fardados lideraram o golpe, depois que milícias assaltaram as casas dos governadores pró-Evo, de sua irmã e até a sua própria residência. O Presidente corre risco de vida.

A Bolívia vive um agravamento da tensão nas ruas por conta dos resultados contraditórios divulgados após as eleições do último dia 20 de outubro.

O órgão eleitoral iniciou uma contagem rápida, que dava um resultado de segundo turno até os 80% das atas apuradas. Três horas depois, porém, essa contagem foi interrompida por 24 horas, enquanto se acelerou a contagem “voto a voto”. Quando por fim foram anunciados os resultados, Morales estava na frente por pouco mais de dez pontos percentuais de vantagem, o que o levaria a conquistar seu quarto mandato já num primeiro turno.

Desde então, os protestos vêm aumentando em La Paz e em outras cidades, com ataques a casas de autoridades, incêndios e confrontos de rua.

O presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Víctor Borda, renunciou ao cargo neste domingo após manifestantes atacarem sua casa em meio aos protestos que reivindicam a renúncia de Evo Morales.

Em intervalo de horas, dois ministros do governo Evo fizeram o mesmo: Luis Alberto Sánchez (Hidrocarbonetos) e César Navarro (Mineração), que abdicou do posto depois que opositores queimaram sua casa.

REAÇÕES

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu nota expressando “profunda preocupação com as graves irregularidades” apontadas na auditoria da OEA e afirmando considerar “pertinente a convocação de novas eleições gerais em resposta às legítimas manifestações do povo”.

O oposicionista Carlos Mesa, que disputou a eleição com Morales e o acusou de fraude, disse que o atual presidente “não deveria se candidatar no novo pleito, se ainda lhe resta algo de patriotismo.”

Mesa, que teria ficado em segundo lugar na eleição agora anulada, diz que a candidatura de Morales já era ilegal em primeiro lugar —por ter usado um artigo da Declaração Internacional de Direitos Humanos para desconsiderar a Constituição, que só permite uma reeleição, e por ter se negado a aceitar o resultado do referendo de 2016.

Para Mesa, “nem Morales nem seu vice, García Linera, estão em condições de presidir um processo eleitoral”. E pediu mais do que novas eleições, que Evo renuncie e que passe a tarefa de comandar o novo pleito ao Congresso.

“Evo vai ter de sair e a Bolívia será livre”, disse à Folha o ex-presidente de direita Jorge “Tuto” Quiroga, aliado de Carlos Mesa. E acrescentou que o anúncio das novas eleições “pode ser apenas uma tentativa de ganhar tempo, por isso não vamos relaxar em nossas posições”.

Dona Dilma bate a porta no caso do senador boliviano

Dona Dilma não gostava da atuação débil do chanceler Antônio Patriota. E segundo gente da própria imprensa andou destratando o tímido Patriota em público. O caso do senador boliviano Roger Pinto Molina, asilado na Embaixada Brasileira, foi a gota d’água. A Presidenta aproveitou o imbróglio internacional causado pelo encarregado de negócios do Brasil na Bolívia, Eduardo Sabóia, e apeou Patriota do cargo. O outro vai ser congelado num país distante pelo novo chanceler,  Luiz Alberto Figueiredo.

Evo Morales, nos novos K-8 chineses: pensamentos obscenos na inserção boliviana na América do Sul
Evo Morales, nos novos K-8 chineses: pensamentos obscenos na inserção boliviana na América do Sul

Enquanto isso, Evo Morales, vai fazendo planos de se tornar uma potência e forçar uma saída para o mar em território chileno. Quem sabe numa dessas elas não reivindica a posse histórica do Acre, já que lá tem telexfree e outras aventuras do “marketing multinível.”

Cadê o dinheiro da Petrobras, Evo?

A Petrobras espera desde 1º de maio de 2006 a indenização, prometida por Evo Morales, presidente da Bolívia, pela tomada, a bico de baioneta, de duas refinarias. Mal das pernas para a reeleição em 2014, principalmente entre o sindicalismo radical do País, agora Evo toma, na mão grande, a produção e distribuição de energia de uma cessionária de capital francês.

Um dos “consultores” ouvidos pelo governo boliviano dias antes de Evo anunciar que roubaria as duas refinarias da Petrobras foi José Dirceu. Isso mesmo: a eminência parda da Nação viajou à Bolívia, no dia 23 de abril de 2006, encontrou-se com o presidente e retornou no dia seguinte. Uma semana depois, as refinarias não pertenciam mais à Petrobras, e o governo Lula aplaudiu a decisão e deu mais dinheiro a juros baixos para a Bolívia. José Dirceu viajou num jatinho Citation 7 registrado em nome da siderúrgica MMX, de Eike Batista, que na época pode desmontar duas plantas industriais que começava a montar na fronteira.

Tudo em nome de um nacionalismo de poucos brilhos e de uma internacional socialista latino-americana.

Bolívia quer expulsar agricultores estrangeiros.

O vice-ministro de Terras da Bolívia, José Manuel Pinto, afirmou que pretende reverter para o Estado cerca de um milhão de hectares que se encontram, de maneira ilegal, em propriedade de estrangeiros. O objetivo é garantir a soberania alimentar.

“Quantificamos cerca de um milhão de hectares que produzem alimentos para o exterior e não para o país. A prioridade é que se produza para os bolivianos e se há excedente que se destine a exportação”, disse Pinto, de acordo com o jornal boliviano Página Siete.

O vice-ministro apontou que grande parte das terras adquiridas de forma ilegal estão nas mãos de brasileiros e menonitas (movimento religioso cristão surgido no século XVI na Europa, com a Reforma Protestante) nas províncias de Carmen Rivero Torres, Velasco, Chiquitos e Germán Busch, no departamento de Santa Cruz. “Estamos fazendo uma investigação detalhada nas comunidades para identificar quem são e o que fazem”, afirmou Pinto.

Antes de executar a reversão destas terras o caso deverá ser analisado pelo Tribunal Agrário Nacional.

Em meados de dezembro, a Bolívia sofreu com a falta de alguns alimentos, como açúcar e milho, e com o encarecimento da carne, leite e seus derivados.

O vice-ministro de Terras informou que pelo menos 3,5 milhões de hectares serão distribuídos este ano pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária.

Pois então é assim: os brasileiros vão para lá, tornam as terras produtivas e agora o messias de plantão vem e acaba com tudo. E o governicho do PT continua apoiando os cocaleros.