O Papa, sereno: falta proximidade à Igreja.

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As explicações do papa Francisco sobre a perda de fiéis na Igreja Católica, em proveito das igrejas evangélicas, foi um tratado de bom senso. “Proximidade”, explicou o Papa. Os fiéis querem a presença de um líder religioso, para orientar sua fé. Em Luís Eduardo, um exemplo: são mais de 60 igrejas evangélicas, ao par de apenas 2 ou 3 da Igreja Católica.

O padre, nos bons tempos de cidades do interior, era o conselheiro, o advogado, o juiz, o médico e, claro, o psicólogo, além de influenciar na vida política da cidade. No cerne desta questão está a questão do casamento dos padres católicos, que obstruiu, na última metade do século 20, uma grande quantidade de vocações. O celibato clerical, que a Igreja teima em não debater, está afastando um grande número de líderes natos. Veja o que é dito nas sagradas escrituras, ECLESIASTES 4:9-16

“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade”. 

Se o próprio Deus afirmou que não é bom que o homem esteja só, consequentemente, ninguém poderá exigir práticas sacrificiais, que fogem aos padrões normais da vida e à natureza humana. O celibato é questão de foro íntimo de cada pessoa.

Paulo, nos CORÍNTIOS 9:4,5, protestava:

“Não temos nós o direito de comer e beber? E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos?”

A decisão do Concílio de Trento, de 1.545, na aurora da idade do conhecimento, proibindo o casamento dos padres, pode ter sido decisão pouco acertada. E coibiu a grande missão evangelizadora e a liderança social da Igreja.

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