CNI projeta crescimento do PIB de 1,8% em 2026.

Segundo entidade, juros altos e emprego fraco devem frear economia.

Após crescer 2,5% em 2025, a economia brasileira deve avançar 1,8% em 2026, segundo projeção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira (10). As estimativas constam do Relatório Economia Brasileira 2025-2026, que aponta que o ritmo de atividade continuará pressionado pelo alto nível dos juros e pelo enfraquecimento do mercado de trabalho.

Juros elevados

Segundo a CNI, a taxa Selic encerrará 2026 em 12% ao ano, contra os 15% ao ano atuais. A inflação deve fechar o ano em 4,1%, dentro do intervalo da meta, de 3%, com banda de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Os juros reais (diferença entre juros e inflação) estão estimados em 7,9% para o próximo ano. Acima da taxa neutra de juros de 5% ao ano, na avaliação da entidade, os juros continuam a limitar o investimento e o crescimento econômico.

Conforme a CNI, a combinação de crédito caro, demanda interna mais fraca e aumento das importações deve continuar afetando a indústria, especialmente a de transformação, que deve crescer apenas 0,5% no próximo ano, o pior desempenho entre os segmentos industriais.

O setor de serviços deve ser o principal motor da expansão econômica no próximo ano, com avanço de 1,9%, segundo o relatório.

Em entrevista coletiva, o presidente da CNI, Ricardo Alban, culpou os juros altos pela desaceleração econômica em 2026. Ele ressaltou que o crescimento de 1,8% no PIB será o menor em seis anos.

“Com juros nesse patamar, a economia vai desacelerar ainda mais, prejudicando todos os setores produtivos, em especial a indústria. É necessário que o Banco Central inicie o ciclo de cortes na Selic o quanto antes”, afirmou.

Construção deve reagir

Apesar das dificuldades, alguns setores têm perspectivas positivas. A construção deve avançar 2,5% em 2026. Segundo a CNI, o novo modelo de crédito imobiliário, o aumento do teto do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e a ampliação de financiamentos para o Minha Casa, Minha Vida e para reformas de moradias de baixa renda devem impulsionar o setor, mesmo com os juros elevados.

A indústria extrativa deve crescer 1,6%, apoiada pelo forte volume de produção de petróleo e minério de ferro. Apesar da expansão, o crescimento representa forte desaceleração em relação a 2025, quando o segmento deverá crescer 8%.

Já a agropecuária tende a “andar de lado” em 2026, com expansão zero, diante de projeções iniciais de uma safra bem menos expressiva que a de 2025. Em 2025, segundo a CNI, o setor deverá crescer 9,6%, segurando o crescimento do PIB de 2,5% para este ano previsto pela entidade.

Exportações

Em relação às exportações, o relatório da CNI ressalta que o fechamento de parcerias comerciais e a abertura de mercados compensaram parcialmente os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. No caso da indústria de transformação, ressaltou a entidade, as maiores elevações foram para China, Reino Unido, Itália e Argentina.

Para 2026, a CNI projeta aumento de 1,6% nas exportações, considerando fatores como safra mais modesta, tarifas norte-americanas e menor demanda global por petróleo. O desempenho da economia argentina também deve pesar negativamente.

As exportações brasileiras devem alcançar US$ 350 bilhões em 2025, alta de 3% em relação a 2024, impulsionadas pelas parcerias comerciais e pela safra recorde. As importações devem crescer 7,1%, chegando a US$ 293,4 bilhões, impulsionadas pela queda de preços internacionais, pelo desvio de comércio provocado pela nova política comercial dos Estados Unidos, pela valorização do real e pelo aumento da renda das famílias.

Com isso, o saldo comercial deve ser de US$ 56,7 bilhões, queda de 14% na comparação anual.

Cautela

As estimativas da confederação indicam um cenário de crescimento moderado, sustentado pelo setor de serviços e por nichos específicos da indústria, mas limitado por juros elevados e pela desaceleração da demanda interna. A CNI reforça a necessidade de políticas que estimulem investimentos e fortaleçam os setores mais atingidos pelo atual ambiente econômico.

Peronistas mal assumem na Argentina e já sobretaxam exportações do agronegócio.

Navios aguardam sua vez de carregar no porto de Rosário, no rio Paraná, na Argentina.

O novo governo da Argentina, comandado por Alberto Fernández, decidiu neste sábado (14) aumentar os impostos sobre as exportações agrícolas, uma medida justificada como “urgente” para enfrentar a “grave situação” das finanças públicas” do país, que é um dos maiores produtores e exportadores agrícolas do mundo.

Até então, as exportações agrícolas eram tributadas a uma taxa de 4 pesos por cada dólar exportado. Mas o executivo argentino alegou que, desde que esse esquema foi implementado, “houve uma deterioração do valor do peso em relação ao dólar”.

Agora, o pagamento dessa taxa será eliminado e substituído por uma taxa de 9% para produtos como milho, trigo e carnes.

Para a soja, o principal produto de exportação da Argentina, o aumento é significativo. Antes, os exportadores do grão pagavam 18% e, com a mudança, a taxa vai para 27%. (G1).

Se o Brasil aplicasse a mesma taxa somente às exportações de soja, estaria faturando algo em torno de 37 bilhões de reais de impostos.

Acontece que os economistas do Governo brasileiro não estão tão desesperados como a combalida economia argentina.

Se criarem impostos sobre a exportação, o agronegócio exporta menos, fica menos competitivo no cenário internacional e deixa de movimentar comércio, serviços e a indústria, que, por seu turno, tem uma carga de impostos bem pouco invejável.

Por essas e outras é que a exportação de soja do Paraguai já ultrapassou a da Argentina, que caiu para quarto lugar entre os principais exportadores mundiais. Mesmo assim, sua exportação não alcança mais que 10% do volume brasileiro. 

Exportações baianas crescem 27,4% em maio

Foto: Manu Dias/GOVBA


De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de Planejamento da Bahia (Seplan), as vendas externas da Bahia se recuperaram em maio, alcançando US$ 758,2 milhões – o que representa um aumento de 27,4% ante o mesmo período de 2018. Considerando o acumulado de janeiro a maio, as exportações cresceram 2,5% indo a US$ 3,15 bilhões.

“O crescimento das exportações na Bahia é resultado de políticas públicas do Governo do Estado, que não tem poupado esforços para atrair novos empreendimentos que resultam no alargamento da base exportadora baiana”, analisa o secretário do Planejamento do Estado, Walter Pinheiro.

O bom desempenho das exportações em 2019 reflete a melhora dos volumes exportados com alta de 22,3%, puxado por itens como petróleo, celulose, petroquímicos, metalúrgicos, algodão e derivados de cacau. No mês, as exportações para os Estados Unidos cresceram 35% e avançaram 46% para a Ásia, com a China registrando aumento de 9,1%.

IMPORTAÇÕES – O crescimento de 38,6% das importações reflete o efeito da greve dos caminhoneiros no ano passado, já que a maior contribuição para o crescimento foi de produtos intermediários (cobre, trigo, fertilizantes, borracha e insumos químicos) que cresceram 81,7%, e que foram duramente atingidos na paralisação de maio do ano passado.

Normalmente, as importações em 2019 vêm registrando maior aumento na categoria combustível, que lidera ainda com folga o crescimento no acumulado do ano com incremento de 159% (GNL, Nafta, Petróleo).

Com os resultados até maio, a Bahia voltou a acumular um superávit de US$ 116,1 milhões em sua balança comercial, resultado de US$ 3,15 bilhões em exportações com incremento de 2,5% e US$ 3,03 bilhões em importações com um aumento de 22,3%, comparado a igual período do ano anterior. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 6,18 bilhões com crescimento de 11,4% no período.  

Olha onde o Bolsonaro amarrou o burrinho dele. Agricultores americanos piam fino com a guerra comercial com a China.

Capacidade de armazenamento dos norte-americanos chegou no limite e muita soja apodreceu depois da última colheita. As intenções de plantio para a próxima safra carregam forte no milho, que tem largo consumo interno, inclusive na produção de etanol.

Produtores americanos pedem em carta a Secretário do Tesouro fim das taxações

Do Notícias Agrícolas

Na tentativa de driblar os desafios que têm enfrentado há mais de um ano, produtores americanos se reuniram em um grupo anti-tarifário e enviaram uma carta ao secretário do Tesouro Nacional dos EUA, Steve Mnunchin, pedindo que o governo do país reembolse o povo americano por suas perdas desde o início da guerra comercial e imposição de tarifas sobre parceiros comerciais. 

A informação parte da agência chinesa de notícias Xinhua, e dá conta ainda de que esta carta teria sido enviada ao secretário na última segunda-feira, 15. 

O grupo – chamado Farmers for Free Trade (Produtores pelo Livre Comércio) lidera uma campanha nacional conhecida como Tariffs Hurt The Heartland (tarifas agridem a terra) e tem como lema “lembrar o governo de que essas taxações são impostos pagos pelos americanos”. 

Há quase 14 meses, China e Estados Unidos – as duas maiores economias do mundo – travam uma das mais longas e severas guerras comerciais da história recente e já causam prejuízos bilionários para muitos setores em ambos os países. O agropecuário é um dos que mais sofre e os produtores norte-americanos amargam – também por outros fatores – uma de suas piores crises financeiras desde os anos 1980. 

“A ideia de que a China, ou qualquer outro país, esteja pagando essa conta foi refutada por todos os especialistas em comércio, tarifa e política econômica”, diz a carta enviada a Mnunchin. Além do mais, a campanha afirma ainda que cerca de US$ 69 bilhões foram pagos em tarifas desde 2018 pelos EUA, o que significa cerca de US$ 500,00 por família.

Desde o início do conflito, os preços da soja na Bolsa de Chicago já recuaram mais de 20% e a movimentação alimenta preocupações no setor em todos os estados produtores norte-americanos. Brooks Hurts, presidente da Missouri Soybean Association, explica que cada 10 cents a menos nos preços da oleaginosa se tornam em uma perda econômica de US$ 36 milhões somente em seu estado. Uma baixa de US$ 2,00 significaria uma perda nos lucros de US$ 212 milhões e US$ 21 milhões em taxas não coletadas no estado. 

“Quando se observa a área rural do Missouri se vê muitos em pequenas cidades que estão na atividade agrícola. Na medida em o lucro agrícola vai diminuindo cada vez mais, são menos dólares chegando ao estado”, lamenta o vice-presidente da maior financeira do estado, Jeff Houts, em entrevista ao News-Press Now. 

Os subsídios oferecidos pelo governo americano recentemente foram muito bem recebidos pelos produtores, no entanto, seus impactos não foram homogêneo em todo os EUA produtor. No próprio estado do Missouri, as regiões mais a noroeste que tiveram perdas por conta da seca do ano passado sentiram ser insuficiente essa ajuda. 

E para este ano, a ajuda ainda não é uma certeza. Há alguns meses, inclusive, Donald Trump teria anunciado que não seria possível continuar com os pagamentos e que o orçamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) poderia ser reduzido. 

No ano comercial 2018/19 até fevereiro, é possível observar, de acordo com números reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que os americanos exportaram 3,941 milhões de toneladas de soja para  China, 85% do que no mesmo período da temporada anterior. Ainda assim, a nação asiática continua sendo o principal destino da oleaginosa americana. O segundo maior comprador foi o México, com 2,515 milhões.

 

Se Bolsonaro e o novo Governo descolarem do apoio incondicional às políticas externas dos EUA, o Brasil fará bons negócios com a China. No contrário, cede espaço para pequenos produtores como Argentina e Paraguai.  

 

Os prejuízos do Parente: exportações de frango são menores

André Kasczeszen/APPA

Exportações totalizam 1,6 milhão de ton em 2018

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 1,601 milhão de toneladas entre janeiro e maio deste ano, conforme levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O saldo acumulado pelo setor no ano foi 8,5% inferior em relação ao ano passado, quando foram obtidos 1,750 milhão de toneladas.

Em receita, as vendas de carne de frango alcançaram US$ 2,602 bilhões, saldo 12,3% menor que os US$ 2,966 bilhões registradas nos cinco primeiros meses de 2017.

Considerando apenas o mês de maio, houve uma retração de 4,7% nos volumes embarcados, com 333,2 mil toneladas em maio deste ano, contra 349,5 mil toneladas no mesmo período do ano passado.  Em receita, as vendas do quinto mês de 2018 chegaram a US$ 517,6 milhões,13% inferior aos 594,8 milhões registrados no ano anterior.

“Os efeitos da paralisação dos caminhoneiros serão sentidos somente nos levantamentos realizados em junho, devido à metodologia de estatísticas de exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio”, analisa Francisco Turra, presidente da ABPA.

Produtor brasileiro terá menos subsídios e venderá menos aos chineses

O premio do Governo Temer aos produtores pela safra recorde: menos subsídios aos juros no novo Plano Safra e a escalada na Justiça da cobrança do Funrural.

O Governo estabeleceu um teto de R$9,9 bilhões aos subsídios, enquanto o Ministério da Agricultura calculava serem necessários R$14,6 bilhões.

Enquanto isso, a China implanta uma política diferenciada de importações de carne, soja e algodão aos Estados Unidos, diante de incentivos à produção que contemplam recursos da ordem de US$ 1 trilhão nos próximos anos.

Os Estados Unidos têm um déficit comercial com a China de US$ 347 bilhões e quer diminuir essa diferença.

Agricultores e irrigantes do Oeste baiano querem exportar pelo Porto de Aratu-Candeias

codeba

 Agricultores e irrigantes do Oeste baiano estão à procura de formas para melhorar a exportação dos produtos que cultivam na região, principalmente da soja, e a recepção de fertilizante para reduzir o custo de produção das lavouras e os tornarem mais competitivos. Com este objetivo, uma comitiva, liderada pela Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), esteve nesta quinta-feira (6), na sede da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), para pedir que seja licitado um berço do Porto de Aratu-Candeias para que empresas exportadoras possam se instalar.

A comitiva foi recebida pelo presidente da Codeba, Pedro Dantas, e pelo diretor Comercial e de Desenvolvimento de Negócio, Élio Régis, que demonstraram muito interesse de atender ao pedido, pois não têm dúvidas de que terá impacto positivo, principalmente na região do Oeste baiano, que hoje cultiva uma área de 2,2 milhões de hectares e possui mais de 3,5 milhões/ha a serem incorporados ao sistema produtivo.

De acordo com o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, os preços das commodities têm como base a produção em Chicago (EUA). O preço para o produto local é formado após a subtração dos custos do frete marítimo, do sistema portuário, do transporte para chegar até o porto e as taxas e impostos.

Júlio Busato exemplificou que o produtor americano coloca uma tonelada de soja no navio ao custo de 25 dólares, com uma produtividade de 3,5 toneladas/ha, o que dá uma vantagem para ele de 157 dólares/ha. “Essa é a diferença que precisamos reduzir para aumentar o ganho do agricultor baiano e melhorar sua competitividade”, destacou.

Ele observou que a Codeba ao disponibilizar um berço do Porto de Aratu-Candeias é de uma importância muito grande para o Oeste baiano, “porque irá ajudar a superar as limitações para o crescimento, facilitando a exportação do que será produzido no futuro”. Com sede em Barreiras, a Aiba representa 1,4 mil produtores, em área cultivada de 1,8 milhão de hectares e uma produção de grãos e fibras de mais de 8 milhões de toneladas.

Dólar recua mas mercado interno mantém preços dos produtos agrícolas

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O dólar fechou em queda pelo terceiro dia seguido e se aproximou de 3,20 reais nesta quinta-feira, marcando em junho o maior recuo mensal em 13 anos devido à ausência do Banco Central do mercado de câmbio e ao otimismo cauteloso dos investidores em relação ao Brasil.

O dólar recuou 0,73 por cento, a 3,2133 reais na venda, menor nível de fechamento desde 21 de julho de 2015 (3,1732 reais).

A moeda norte-americana acumulou queda de 11,05 por cento no mês, maior recuo mensal desde abril de 2003. No segundo trimestre, despencou 10,65 por cento, maior baixa trimestral desde o segundo trimestre de 2009 (-15,35 por cento), acumulando no semestre perda de 18,61 por cento.

Produtos agrícolas

No Oeste baiano, as commodities agrícolas ligadas à exportação mantém, no entanto, os preços. A soja balcão é negociada a 75 reais, enquanto o milho é comercializado a 48 reais e a pluma de algodão a 85 reais a arroba.

O mercado interno continua praticando preços bem acima da paridade de exportação dada a condição interna, reflexo de uma quebra da safra (em função das adversidades climáticas) e de um volume recorde das exportações brasileiras.

Em Chicago, o vencimento de julho alcançou US$11,75 o bushel de  27,21 kg.

Nem tudo é notícia ruim: exportações crescem em julho

exportação

Na terceira semana de julho, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,195 bilhão, resultado de exportações de US$ 4,667 bilhões e importações de US$ 3,472 bilhões. A média das exportações da terceira semana (US$ 933,4 milhões) ficou 23,4% acima do desempenho médio diário verificado até a segunda semana de julho (US$ 756,3 milhões).

No acumulado do mês, exportações chegaram a US$ 10,717 bilhões e as importações, US$ 9,060 bilhões, um saldo positivo de US$ 1,657 bilhão. Em 2015, as vendas externas brasileiras totalizam US$ 105,046 bilhões e as importações, US$ 101,168 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,878 bilhões.

Preços mais baixos e menos embarques causam queda da exportação do agronegócio

Como se comportará o mercado em 2015? É a pergunta que o produtor se faz ao iniciar outra safra, obrigando-se a "travar" preços baixos.
Como se comportará o mercado em 2015? É a pergunta que o produtor se faz ao iniciar outra safra, obrigando-se a “travar” preços baixos, como exemplo na soja, com cotações em torno de US$10,50 o bushel para maio/2015

De Wellton Máximo e Marcos Chagas, da Agência Brasil

A queda no preço das commodities – bens primário com cotação internacional – e a redução de embarques refletem em um dos setores da economia em que o Brasil é mais competitivo. De janeiro a outubro, as exportações do agronegócio somaram US$ 83,9 bilhões, queda de 3% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado (US$ 86,4 bilhões). Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

As importações do agronegócio também caíram em 2014, mas em ritmo menor. Nos dez primeiros meses do ano, o setor importou US$ 14,1 bilhões, 1,2% a menos que no mesmo período de 2013 (US$ 14,3 bilhões). O recuo das exportações em ritmo maior que o das importações fez a balança comercial do setor piorar neste ano. O superávit do agronegócio caiu de US$ 72,1 bilhões para US$ 69,7 bilhões.

A causa para a queda das exportações agropecuárias está tanto na quantidade como nos preços das commodities. Em relação às quantidades, entre 15 categorias de produtos analisadas, sete apresentaram queda no volume exportado, com destaque para os cereais (-29,5%), o fumo (-24,4%) e açúcar e etanol (-15,6%). No caso dos preços médios, as maiores quedas ocorreram, também, nos cereais (-18,6%) e no complexo sucroalcooleiro (-11,9%).

Apesar da queda nas vendas externas, alguns produtos têm bom desempenho neste ano. Beneficiadas tanto pelo crescimento da quantidade como pelo aumento de preços, as exportações de café subiram 20,7% em 2014. As exportações do complexo soja – farelo, grãos e óleo – aumentaram 3,5%. Mesmo com queda de 3,4% no preço internacional, a quantidade embarcada de soja cresceu 7,2% em decorrência da safra recorde.

Com alta acumulada de 4,1%, as exportações de carnes também têm subido no ano, principalmente após o fim do embargo da Rússia. A carne bovina mostra um aumento tanto de preço como de volume exportado. No caso da carne suína, o aumento de 23,4% nos preços compensou a queda de 6,4% na quantidade embarcada. No frango, ocorreu o contrário. A queda de 3,9% no preço internacional reverteu o crescimento de 3,3% no volume embarcado.

Considerando apenas outubro, as exportações do agronegócio também não tiveram bom desempenho. No mês passado, as vendas externas do setor somaram US$ 7,95 bilhões, queda de 5,7% em relação a outubro de 2013 (US$ 8,42 bilhões). As importações caíram 11,3%, de US$ 1,62 bilhão para US$ 1,44 bilhão na mesma comparação. Como as compras do exterior caíram mais que as vendas, o superávit comercial do agronegócio cresceu 4,5% no mês passado, somando US$ 6,8 bilhões.

Tradicionalmente a principal fonte de receita comercial para o país, o agronegócio não está ajudando a balança comercial a se recuperar, em 2014. De janeiro a outubro, o país importou US$ 1,87 bilhão a mais do que exportou. As exportações totais somam US$ 191,96 bilhões, com queda de 3,7% em relação a 2013, pela média diária. As importações totais foram US$ 193,83 bilhões, recuo também de 3,7% pela média diária.

Liga Nordeste novo

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Sem título

Luís Eduardo é 4º em exportações na Bahia; Barreiras o 7º.

exportações

Como resultado do bom desempenho da agricultura baiana em 2014, as exportações do município de Barreiras obtiveram um incremento de 54,5% no primeiro semestre em comparação com igual período de 2013, alcançando US$ 130,4 milhões. A taxa foi a maior dentre os municípios baianos. Já no ranking do volume nominal das vendas externas baianas, Barreiras ocupa a 7ª colocação, com destaque para o bom desempenho nas exportações de soja, algodão e milho.

Pelas últimas previsões do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), as estimativas para a safra de grãos da Bahia como um todo, são de um crescimento de 44%, com uma produção física de 8,8 milhões de toneladas, superando em 2,7 milhões de toneladas a de 2013.

No primeiro semestre as vendas de produtos do agronegócio contribuíram positivamente para a balança comercial baiana ao registrarem crescimento de 1,5%. Mesmo assim, em que pese a expansão de 6,6% no volume total embarcado, as exportações baianas até junho, acusam redução de 5,6%, resultado da queda generalizada dos preços das commodities no mercado internacional e da redução nas vendas de produtos manufaturados.

O município de Camaçari lidera o ranking com exportações de US$ 1,2 bilhão, basicamente produtos petroquímicos e automóveis. Cerca de 28% das exportações baianas são geradas em Camaçari. A seguir, vem São Francisco do Conde, com um montante exportado de US$ 763,6 milhões, tendo como principal produto os derivados de petróleo.

Mucuri é o terceiro maior exportador da Bahia, com receita de USS 421,3 milhões, tendo a celulose como carro chefe.  O município de Luís Eduardo Magalhães com US$ 372,6 milhões vem em quarto, e também se destaca pela exportação de grãos como soja e milho. Seguem-se, Dias D’ávila com as exportações de cobre e produtos da metalurgia, com um montante da ordem de U$$ 233,5 milhões e Eunápolis com exportações de US$ 210,3 milhões, na área de celulose.

A Bahia foi o décimo maior estado exportador do Brasil no primeiro semestre de 2014 com US$ 4,43 bilhões ou o correspondente a 4% das vendas externas brasileiras no período e lidera com folga o ranking no Nordeste com 59% de participação da região.

Exportações do setor rural reagem em março. Soja é a campeã.

* Por Marcos Fava Neves e Rafael Bordonal Kalaki

Após a queda de janeiro, a estabilização de fevereiro, em março o desempenho exportador do agro nos animou um pouco. As exportações (US$ 7,97 bilhões) se comparadas com o mesmo período de 2013 (US$ 7,69 bi), cresceram 3,7%. O saldo na balança do agro de março é de US$ 6,55 bi, o aumento é de 6,3% em relação a março de 2013.

O valor exportado acumulado no ano (US$ 20,2 bilhões) por sua vez tem queda de 1,7% quando comparado com o mesmo período de 2013 (US$ 20,6 bilhões), porém um resultado melhor que o do mês de fevereiro. O saldo positivo acumulado no ano foi de US$ 15,9 bilhões (2,0% menor que o mesmo período em 2013). Se continuarmos nesse ritmo, fecharíamos 2014 com um montante de apenas US$ 81 bi, porém cabe ter a esperança que o acumulado de janeiro-março de 2013 tivemos uma exportação de US$ 20,6 bi e fechamos 2013 com a cifra de US$ 99,9 bilhões. Continue Lendo “Exportações do setor rural reagem em março. Soja é a campeã.”

China avança para o maior comércio externo do Mundo.

Apesar de ter PIB que não chega a 50% daquele dos Estados Unidos, a China ultrapassou, segundo o Globo, o comércio externo norte-americano. As exportações e importações americanas no ano passado somaram US$ 3,82 trilhões, de acordo com relatório do Departamento de Comércio dos EUA divulgado na semana passada.

Já a agência de administração de bens da China anunciou mês passado que o total de vendas e compras externas alcançaram US$ 3,87 trilhões. A China está se tornando o principal parceiro comercial de países de todo o mundo, em especial os parceiros do BRIC, tornando menos importante os negócios bi-laterais dentro dos chamados blocos econômicos. Com saldo comercial avantajado, a China deve se tornar um dos maiores investidores externos no mundo, como já acontece com a Bahia. Jaques Wagner não bate pregos sem estopa.

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Balança comercial de Barreiras cai em setembro.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) divulgou o resultado da balança comercial de Barreiras em setembro. Depois der ter apresentado o maior saldo positivo em agosto, cerca de US$ 61,1 milhões, houve uma queda significativa em setembro.
As exportações caíram 27,5% e as importações despencaram assustadores 93,47%. O saldo final de setembro foi de US$ 45,5 milhões, resultado pior do que em abril, quando o município atingiu US$ 49 milhões.
Soja (42,58%) e algodão (33,59%) continuam sendo os principais produtos de exportação. Já os aviões a turbohélice (67,95%), máquinas têxteis (10,33%) e aparelhos para impressão offset (5,84%) são os principais produtos importados. 
Parceiros comerciais – China (28,05%), França (22,03%) e Romênia (10,3%) são os principais destinos dos produtos barreirenses. Juntos, esses três países respondem por 60,38% de tudo que é exportado pela cidade. O Estados Unidos é o país que mais vende para Barreiras. 81,46% de todos os produtos importados pelo município são estadunidenses. Acesse aqui a íntegra dos dados.
Da redação de O Expresso em Brasília.

Exportação do agronegócio perto de US$100 bilhões.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, disse hoje (10) que o agronegócio brasileiro deve exportar, em 2012, mais de US$ 100 bilhões em produtos.

“Pra chegar a 100 bilhões precisamos apenas de um crescimento de 5,7% das exportações, que é um número que temos como alcançar”, disse o ministro ao se referir aos US$ 94,6 bilhões vendidos para outros países no ano passado.

O resultado de 2011 é o melhor desde 1997 – quando iniciou o registro da série histórica – e supera em 24% o alcançado em 2010, quando foram vendidos US$ 76,4 bilhões em produtos agropecuários.

Os complexos soja, sucroalcooleiro e carnes fizeram as maiores contribuições para o crescimento das vendas. Os principais destinos foram a União Europeia, China, os Estados Unidos, a Rússia e o Japão.

A boa notícia do ano: Embraer produzirá aviões para a Força Aérea americana

O negócio, de US$ 355 milhões, é o primeiro da empresa com o governo americano e prevê treinamento de mecânicos e de pilotos.

A Força Aérea dos Estados Unidos assinou um contrato de 355 milhões de dólares com a Sierra Nevada Corp., parceira da brasileira Embraer, para o fornecimento de 20 aviões turbohélice A-29 Super Tucano. O contrato prevê ainda o fornecimento das aeronaves e do pacote de serviços, como treinamento de mecânicos e pilotos responsáveis pela operação do avião. E, de acordo com Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, a companhia mantém expectativas de vender mais 35 aviões, o que pode elevar o contrato à cifra de US$ 950 milhões.

A outra opção para a Força Aérea norte-americana era o AT-6, produzido pela Hawker Beechcraft, que é um derivado de uma aeronave de treinamento atualmente usada pelos EUA. Depois de a Força Aérea norte-americana anunciar que o AT-6 estava fora da disputa, a Hawker Beechcraft entrou com uma reclamação junto ao Escritório de Prestação de Contas do Governo dos EUA (GAO), mas esse órgão descartou a demanda. Em seguida, a Hawker entrou com um processo num tribunal federal, na tentativa de anular a decisão em favor do consórcio Sierra Nevada/Embraer. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, a Hawker Beechcraft disse que vai continuar a contestar a decisão. “Isso é mais um exemplo da falta de transparência da Força Aérea ao longo dessa concorrência. Com esse acontecimento, agora parece ainda mais claro que a Força Aérea pretendia dar o contrato à Embraer desde o começo desse processo”, diz o comunicado, assinado pelo CEO da Hawker, Bill Boisture.

Um porta-voz da Força Aérea dos EUA, tenente-coronel Wesley Miller, reagiu afirmando que a concorrência “foi conduzida de acordo com todas as leis e regulamentações aplicáveis” e que a avaliação dos aviões que disputavam a licitação “foi justa, aberta e transparente”. Segundo comunicado da Embraer e da Sierra Nevada, os aviões serão produzidos na fábrica da Embraer em Jacksonville (Flórida), “por trabalhadores americanos, com peças de companhias americanas”. 

(com Agência Estado e Veja).

Técnicos do porto de Salvador demonstram facilidades de exportação de algodão.

No próximo dia 30 acontece o II Encontro Técnico de Logística Portuária, às 18h30, no auditório da Fundação Bahia (Rodovia BR 020/242, km 50), no município de Luis Eduardo Magalhães. Sete meses depois do primeiro encontro com produtores de algodão do Oeste baiano, o Terminal de Contêineres do porto de Salvador reúne novamente produtores, técnicos e lideranças interessadas no tema.
O objetivo do evento é informar ao público da região o êxito no escoamento do algodão pelo porto da capital baiana e as vantagens competitivas representadas por Salvador. A programação prevê a apresentação aos produtores da situação atual da infraestrutura portuária do Estado bem como a modernização em curso no Terminal de Salvador após os investimentos públicos e privados no segmento. 

Dólar, apático, cai. Governo vai precisar intervir com decisão no câmbio.

Em meio às especulações sobre a saúde da economia americana e o noticiário negativo vindo do velho continente, as operações de câmbio no país atravessaram uma sessão relativamente mais calma.A moeda americana encerrou a quarta-feira (3/8) em queda de 0,32% frente ao real, a R$ 1,560 para compra e R$ 1,562 para venda.

A desvalorização acumulada do dólar é de 6,1% no ano. Numa equação grosseira, se apenas essa queda fosse compensada, a soja, que hoje vale R$42 em Luís Eduardo, poderia valer algo em torno de R$44,60. Parece pouco, mas para atividades que trabalham com margens líquidas abaixo de 10%, isso pode parecer tudo. O saldo de entrada e saída de dólares no país (fluxo cambial) ficou positivo em US$ 15,825 bilhões em julho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (3/8) pelo Banco Central.

No acumulado do ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 55,658 bilhões, sendo que no mesmo período do ano passado o fluxo havia sido positivo em US$ 4,075 bilhões.

As medidas paliativas que o Governo Federal anunciou esta semana, com a retirada da contribuição previdenciária de indústrias que tem forte concentração de mão-de-obra, significam uma virada de costas ao câmbio. A indecisão política em relação a uma âncora cambial pode comprometer o desenvolvimento da economia do setor primário, ainda base das exportações e locomotiva do desenvolvimento econômico. Com informações do Brasil Econômico, Valor Econômico e outras fontes.

Importações chinesas de soja podem aumentar ainda mais.

A China, o maior consumidor de soja do mundo, pode importar mais do que as 46 milhões de toneladas da oleaginosa previstas para este ano por conta do aumento da demanda por óleo vegetal, ração e amido no país.

O país asiático compra mais da metade das exportações mundiais de soja e pode, também, se tornar um grande importador de milho este ano. O desempenho da demanda chinesa, que foi melhor do que o esperado, impulsionado pelo crescimento do país, somado ao embargo chinês ao óleo de soja argentino, têm dado sustentação às cotações em Chicago e contribuído para o rally dos preços. Continue Lendo “Importações chinesas de soja podem aumentar ainda mais.”