Presidente da Câmara presta depoimento à Polícia sobre extorsão de salários de funcionários

Reinildo Nery, atual presidente da Câmara Municipal de Luís Eduardo Magalhães, prestou depoimento na tarde de hoje, acusado que foi de extorsão de salários de funcionários.

Ele, mais um grupo de quatro vereadores, contratava funcionários mediante exigência de até 40% dos seus futuros salários na condição de propina.

As acusações foram comprovadas por prints de troca de mensagens entre os extorquidos e os vereadores desonestos. O fato ocorreu há mais de quatro anos e só agora os vereadores foram instados a prestar seu primeiro depoimento.

Advogado da Odebrecht incrimina compadre de Moro e adianta provas de extorsão

O ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Durán, mostra no livro ‘Testemunho – O que sei sobre Odebrecht e a Operação Lava Jato’ uma prova de que negociou acordo de delação premiada com o amigo do juiz Sergio Moro, o advogado Carlos Zucolotto Jr – padrinho de casamento do magistrado.

De acordo com a Carta Capital, Zucoloto conseguiu reduzir de R$ 15 milhões para R$ 5 milhões a multa que a força-tarefa da Operação Lava Jato queria de Durán em troca de uma delação.

A redução teria sido obtida à base de dinheiro, R$ 5 milhões.

O livro de Durán, pronto para ir para a gráfica. O juiz Moro e todos os seus julgamentos comprometidos pelas manobras do compadre.

Uma das provas que Durán diz ter, e consta no livro, é uma conversa tida por eles através do aplicativo para celular Wicker, que destrói mensagens assim que elas são lidas. Ele fotografou a conversa e a submeteu a uma perícia.

No diálogo, ambos conversam sobre uma estratégia de defesa, na qual Zucolotto diz ter um contato que consegue entrar na negociação da pena e promete insistir para que ele converta a prisão para domiciliar, além de reduzir a multa.

Em troca, Durán pagaria um terço dos honorários por fora, para que o advogado possa “cuidar das pessoas que ajudaram”. Outra prova em posse de Durán seria um e-mail enviado à defesa por três procuradores da força-tarefa – Carlos Fernando dos Santos Lima, Roberson Pozzobon e Julio Noronha – com a minuta do acordo de delação, na qual há pista sobre os R$ 5 milhões que seriam usados para azeitar do acordo.

A multa de R$ 15 milhões seria paga com dinheiro de uma conta sem fundos. A multa ficaria automaticamente reduzida a R$ 5 milhões.

Durán diz ainda que a delação da Odebrecht seria praticamente uma fraude, construída dessa forma, com a cumplicidade da força-tarefa de Curitiba. Segundo ele, a empreiteira revelou apenas uma das contas usadas para pagar “por fora” João Santana e Mônica Moura, a Shellbill, porque eles recebiam também pelas contas Deltora Enterprise Group, Zeal e Nicolas Sawne Barake.

De acordo com a Carta Capital, outra informação pela metade seria o sistema eletrônico usado para pagamento de propinas. A Odebrecht citou apenas o Drousys, mas preservou da força-tarefa o sistema My Web Day, com informações até do suborno a juízes.

Durán é acusado de participar de esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina.

Sua prisão ocorreu em novembro de 2016, na 36ªfase da Lava Jato. Como tem cidadania espanhola, já estava na Europa e foi capturado pela Interpol. Ele saiu em janeiro deste ano e em julho conseguiu que a Justiça da Espanha negasse sua extradição.

Tacla Durán será ouvido na CPI da JBS nesta quinta-feira (30), no entanto o juiz Sérgio Moro proibiu que ele fizesse um depoimento em processo na qual o ex-presidente Lula da Silva é indiciado.

Luís Eduardo: o incrível currículo do renegado que quer dirigir a Câmara

Elton Alves de Almeida, vereador mais conhecido pela alcunha de Eltinho, é candidato à presidência da Câmara Municipal de Luís Eduardo Magalhães. Os eleitores que elegeram esse renegado não conhecem o seu currículo.

Eltinho é réu em processo por fraude, estelionato, furto e formação de quadrilha. Tem mais: será, ainda esta semana, réu em processo por apropriação indevida de salários de funcionários da Câmara.

Veja aqui que Eltinho já ameaçou o próprio Ministério Público, que pediu sua prisão sem sucesso. 

Veja abaixo prints de uma conversação ao telefone entre o Vereador e um funcionário, de quem extorquia, mensalmente, sob ameaças de demissão, metade do salário:

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A expropriação dos impostos na conta de energia

Recebemos a conta de energia, ainda sem o aumento de tarifa autorizado pela Aneel a partir do dia 22. O que sempre nos chamou a atenção são os percentuais dos valores que compõem a conta:

Geração de Energia: 29,79%

Transmissão: 2,19%

Distribuição (Coelba) : 32,60%

Encargos setoriais: 4,41%

Tributos: 32,01%

economia_energia_thumb[1]A expropriação é vasta: só o ICMS é de 27%, que cai direto nos cofres do sr. Jaques Wagner. Dona Dilma também tem seu quinhão: 4,13% de Cofins e 0,90% de PIS. Esses encargos setoriais também são criações do Governo para incentivar atividades que o comum dos consumidores nem fica sabendo o que é.

Comemoramos nesta segunda-feira a Inconfidência Mineira, que lutou principalmente pela extinção do Dia da Derrama. A Derrama foi um imposto criado pelo Sebastião José Gomes de Melo (Marquês de Pombal),1ºMinistro durante o reinado de D. José I (Portugal). A derrama tinha como objetivo estabelecer uma cota anual para a produção aurífera na colônia (100 arrobas de ouro), caso não fosse cumprida, as regiões auríferas eram cercadas pelos soldados portugueses que extorquiam os colonos, retirando deles todos os objetos de valor até que a cota de 100 arrobas fosse atingida.

Se essa conta de energia não significa extorsão, não sei o que poderia significar. Se não pagarmos a nossa conta de energia, temos o corte. Esperemos o dia em que os soldados de Wagner invadam as casas em busca de objetos que paguem os impostos devidos.

Xerife da Vila Três vai parar na cadeia por furto de água.

O promotor de Justiça, Sávio Henrique Damasceno Moreira, deu voz de prisão, ontem, ao cidadão conhecido por Pedro Paulo, que se auto-intitula xerife da vila Três, do Assentamento Rio de Ondas.

Pedro Paulo, que já havia sido denunciado pelo Ministério Público por extorquir os assentados com cobrança irregular de taxa de fornecimento d’água, junto com Renildo Nery dos Santos, agora resolveu criar uma rede própria para ele e para sua família. Acontece que quando Pedro Paulo ligava a sua rede particular, o conhecido “gato”, todos os outros ficavam sem água.

Hoje, ao meio-dia, Pedro Paulo ainda estava preso por furto e o delegado Rivaldo Luz deveria fixar fiança para a sua soltura. Em depoimento, mesmo aconselhado por seus advogados, Pedro Paulo afirmou que fez e faz de novo, pois “quem manda na Vila Três sou eu”.

Veja mais como começou essa história aqui e aqui.