Fake News: ministros do STF e TSE se reúnem para avaliar provas da campanha de Bolsonaro.

Os disparos em massa, nas redes sociais, criou uma grande rede de inverdades nas eleições de 2018, o que acabou resultando em distorção de resultados.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deverá se reunir com o corregedor eleitoral Luís Felipe Salomão para discutir o inquérito das fake news. Nesta semana, o relator da investigação no STF deverá apresentar as evidências levantadas, que podem ou não ser usadas no procedimento instaurado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre irregularidades nas eleições presidenciais de 2018.

De acordo com informações da Veja, a Corte Eleitoral se prepara para julgar as ações que acusam a chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão de usar disparo em massa de mensagens com ataque a adversários e notícias falsas. A prática pode configurar caixa dois eleitoral.

O ministro Salomão é responsável por conduzir as investigações, agendar a data do julgamento e acolher ou rejeitar provas. Segundo a Veja, o parâmetro usado na Corte é de 10% do montante declarado à Justiça Eleitoral. Isso quer dizer que o mandato de Bolsonaro pode ser comprometido se for comprovado que o custo dos disparos ilegais de mensagens tiver sido de R$ 240 mil, 10% dos R$ 2,4 milhões declarados de arrecadação final.

Se for comprovado o uso dos disparos e a anuência de Bolsonaro, o presidente pode ser cassado e declarado inelegível por oito anos. Se ficar comprovado que ele não tinha conhecimento, mas que a iniciativa interferiu no resultado da eleição, então o presidente seria apenas cassado.

The Guardian: 42% das mensagens de Bolsonaro eram falsas.

Esta matéria foi publicada em 30-10-2019. Não é surpreendente que até hoje, nem a Câmara dos Deputados, nem o Tribunal Superior Eleitoral tenham concluído o devido processo contra as fake news de 2018, que ainda hoje continuam no mesmo nível?

O jornal britânico The Guardian publicou hoje em seu site uma análise que demonstra como a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018 foi beneficiada por uma avalanche de fake news.

O aplicativo, de propriedade do Facebook, é utilizado por mais de 120 milhões de pessoas no Brasil.

O jornal teve acesso ao WhatsApp Monitor, um banco de dados mantido pela Universidade Federal de Minas Gerais, composto por milhares de mensagens compartilhadas diariamente em grupos do aplicativo.

A ferramenta forneceu ao Guardian cerca de doze mil mensagens compartilhadas durante o período eleitoral.

O resultado é estarrecedor: cerca de 42% de todas as mensagens classificadas como favoráveis à direita – conteúdos criados apoiadores de Bolsonaro, por exemplo – eram falsas!

Em comparação, apenas 3% das mensagens com conteúdos de esquerda eram fakes.

Das fake news direitistas, aproximadamente 48% tratavam de supostas fraudes nas urnas eletrônicas. Outros 14% eram ataques diretos a figuras da esquerda – na maior parte das vezes, utilizando xingamentos e apelando a discursos racistas, homofóbicos e sexistas.

O WhatsApp é um dos alvos da CPI das Fake News.

Polícia Federal identifica Carlos Bolsonaro como o chefe da quadrilha das fake news.

Por Reinaldo Azevedo, UOL e Folha.

Em inquérito sigiloso conduzido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a PF identificou o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, como um dos articuladores do esquema criminoso de fake news.

Um dos quatro delegados que atuam no inquérito é Igor Romário de Paula, que coordenou a Lava Jato em Curitiba quando Sergio Moro, agora ex-ministro da Justiça, era o juiz da operação.

Maurício Valeixo, diretor da PF demitido por Bolsonaro, foi superintendente da polícia no Paraná no mesmo período e escalado por Moro para o comando da polícia.

Dentro da Polícia Federal, não há dúvidas de que Bolsonaro pressionou Valeixo, homem de confiança de Moro, porque tinha ciência de que a corporação havia chegado ao seu filho, chamado por ele de 02 e vereador do Rio de Janeiro pelo partido Republicanos.

Com queda de veto, lei pune quem divulgar fake news nas eleições  

Foi sancionado nesta segunda-feira (11) trecho da Lei 13.834/19, que pune com dois a oito anos de prisão quem divulgar notícias falsas com finalidade eleitoral. A lei havia sido sancionada originalmente em junho, mas um veto parcial tinha deixado de fora o dispositivo que criminaliza a disseminação de fake news nas eleições. O veto foi derrubado pelo Congresso, o que determinou a atualização da norma.

Jefferson Rudy/Agência Senado
O crime passa a ser previsto no Código Eleitoral

A parte sancionada em junho estabelece como crime a instauração de investigação policial, processo judicial, investigação administrativa ou inquérito contra candidato sabidamente inocente.

Com a sanção desta segunda-feira, também passa a ser considerado crime previsto no Código Eleitoral divulgar denúncias caluniosas contra candidatos em eleições.

Na mensagem de veto encaminhada ao Congresso em junho, Jair Bolsonaro argumentava que a conduta de calúnia com objetivo eleitoral já está tipificada em outro dispositivo do Código Eleitoral, com pena de seis meses a dois anos. Para o Executivo, ao estabelecer punição maior, a nova lei violaria o princípio da proporcionalidade.

As fake news ainda podem desestabilizar os alicerces do mandato de Bolsonaro

Joice também confirmou as informações no programa Roda Viva, na segunda-feira à noite.

A ex-líder do governo no Congresso Joice Hasselmann (PSL-SP) se transformou numa verdadeira bomba relógio contra o mandato do presidente Jair Bolsonaro, diz Tales Faria, do UOL.

Trata-se de uma das mais perigosas acusações contra o presidente da República a sua afirmação —feita a Marco Britto, do UOL, e postada hoje pela manhã— segundo a qual os filhos de Bolsonaro lideram uma rede de funcionários que criam perfis falsos nas redes sociais.

Depois, à Globo News, Joice não só confirmou a publicação do UOL como disse que parte desse esquema funcionou até mesmo dentro do gabinete do presidente da República, no Palácio do Planalto. A atuação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), do deputado Eduardo Bolsonaro.

Muito provavelmente, ela acabará sendo chamada à CPMI das Fake News. Coincidentemente, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito inicia nesta semana suas audiências públicas visando embasar as investigações, conclui o colunista do UOL, Tales Faria.

Se Joice sustentar suas acusações e estas forem confirmadas, não só os filhos, como o próprio presidente da República estarão com seus mandatos ameaçados.

 

Rede de notícias falsas de Bolsonaro continua 80% ativa.

A rede de desinformação que espalhou notícias falsas (fake news) e deturpadas pró-Bolsonaro pelo aplicativo WhatsApp durante as eleições do ano passado, com o uso de robôs e disparo em massa de mensagens, continua pelo menos parcialmente ativa até hoje.

Dados obtidos pela reportagem apontam que 80% das contas no aplicativo de mensagens estavam em funcionamento no início da semana.

O UOL analisou 1.690 linhas telefônicas nacionais e internacionais, contas e grupos de WhatsApp mapeados por dois coletivos de ativistas digitais que procuraram a reportagem: “Programadores Brasileiros pela Pluralidade e Democracia” e o “Hackers pela Democracia”. Das 1.690 contas de WhatsApp associadas às linhas telefônicas, 1.355 seguem na ativa.

É por essas e outras que o gadinho manso (sinuelo de tropa ou tambeiro como se diz no Rio Grande do Sul) continua tão frenético nas redes sociais.

Salvo exceções de um grande número de bozorocas arrependidas, o gadinho fica reproduzindo figurinhas e bobagens na rede com insistência monástica. Muuuuuuu!

Congresso derruba veto e retoma punição para quem divulgar ‘fake news’

O crime de divulgação de fake news ocorrerá quando a pessoa divulgar – com finalidade eleitoral – ato ou fato atribuído falsamente a outro, sabendo de sua inocência.

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Parlamentares rejeitaram veto e criaram pena para quem divulgar notícia falsa em eleições

O Congresso Nacional derrubou nesta quarta-feira (28) veto ao Projeto de Lei 1978/11, atribuindo a mesma pena de denúncia caluniosa com fins eleitorais (reclusão de 2 a 8 anos) à divulgação de fake news (notícia falsa) também com finalidade eleitoral. O trecho será incorporado à Lei 13.834/19.

O veto foi derrubado com o placar de 326 a 84 na Câmara dos Deputados e de 48 a 6 no Senado Federal.

Segundo o texto confirmado pelos parlamentares, o crime de divulgação de fake news ocorrerá quando a pessoa divulgar, com finalidade eleitoral, ato ou fato atribuído falsamente a outro sabendo de sua inocência.

Na justificativa do veto, o Poder Executivo argumentou que o patamar dessa pena é “muito superior” à pena de conduta semelhante já tipificada em outro artigo do Código Eleitoral, que prevê detenção de seis meses a dois anos. Isso violaria o princípio da proporcionalidade entre o tipo penal descrito e a pena cominada.

Notícias falsas

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) afirmou que a derrubada do veto vai evitar que os políticos sejam vítimas de notícias falsas.

“Essa lei quer evitar que as pessoas produzam mentiras para destruir a imagem de quem faz da política o seu ofício. Ou nós consertamos a democracia brasileira ou vamos ficar aplaudindo a sua destruição”, disse.

Para o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), o veto foi equivocado. “O presidente [Jair Bolsonaro] foi mal orientado, porque de fato a sociedade não quer fake news. Em eleição, com certeza pode desvirtuar o resultado dela”, declarou.

Mas o líder do Cidadania, deputado Daniel Coelho (PE), alertou que a lei pode não ter o efeito desejado.

“O problema é o seguinte, da maneira como está o texto, nós estamos punindo da mesma forma quem cria a fake news e quem simplesmente propaga. Nós deveríamos construir um texto punindo partidos e políticos, não o cidadão”, afirmou.

Já no início da votação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, aproveitou o tema para anunciar que uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar fake news será instalada na semana que vem.

Reportagem – Eduardo Piovesan – Edição – Pierre Triboli, da Câmara Federal.

É hora de se perguntar: e a mamadeira de piroca, o kit gay e outras mentiras que Bolsonaro levou até a entrevista do Jornal Nacional? Como ficaria hoje?

E aquele episódio da facada, tão pouco explicado até hoje, já que se sabia que Bolsonaro tinha uma cirurgia do sistema gástrico agendada.

Não é verdade que 520 mil usuários saíram do Bolsa Família por medo de auditoria de Bolsonaro

Por Luiz Fernando Menezes, da agência de checagem de notícias Aos Fatos.

Uma montagem que está circulando nas redes sociais engana ao sustentar que 520 mil usuários desligaram-se do Bolsa Família após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) prometer uma auditoria no programa de transferência de renda.

Esse número, na verdade, corresponde ao número de famílias que deixaram voluntariamente de receber o benefício desde 2003.

As publicações analisadas fazem parecer que a informação falsa consta no site da Secretaria Especial de Desenvolvimento Social, que recebeu as atribuições do extinto Ministério de Desenvolvimento Social.

Como os dados de desligamento do Bolsa Família só são divulgados no fim de cada mês, não é possível saber ainda quantos beneficiários saíram do programa desde que o novo governo assumiu, na semana passada.

UOL denuncia: dono da empresa de mensagens em massa durante campanha já trabalha no Governo.

Os futuros ministros e o proprietário da empresa responsável pela emissão de mensagens de whatsapp em massa, à direita na imagem.

Ora, veja, ilustre eleitor: o empresário Marcos Aurélio Carvalho, sócio de uma empresa ligada à investigação sobre envio em massa de mensagens via WhatsApp durante as eleições deste ano, foi nomeado nesta segunda-feira (5) para integrar a equipe de transição de Bolsonaro.

O empresário é sócio da AM4 Brasil Inteligência Digital. A empresa está envolvida no caso investigado pela Polícia Federal e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Como se dizia antigamente, é no andar da carruagem que as abóboras se ajeitam.

Você, caro eleitor, que não acredita em divulgação de notícias falsas pela internet poderá aquilatar na matéria do UOL, clicando aqui, onde está a verdade.

WhatsApp remove contas de disparo em massa de notícias falsas

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) fala à imprensa após gravação de campanha, no bairro Jardim Botânico. Foto Fernando Frazão, da Agência Brasil

Da Agência Brasil, com edição de O Expresso.

O WhatsApp está tomando medidas contra empresas que atuam com envio em massa de mensagens com conteúdos falsos ou enganosos. A informação foi repassada hoje (19) à Agência Brasil pela assessoria da empresa. Ontem (18), o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem segundo a qual empresas de marketing digital custeadas por empresários estariam disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo.

De acordo com a nota da empresa, o WhatsApp está “tomando medidas legais imediatas para impedir empresas de enviar mensagens em massa via WhatsApp”. A companhia também informou que baniu contas associadas a estas empresas.

No comunicado, a assessoria da empresa informou que foram canceladas também “centenas de milhares de contas durante o período das eleições no Brasil”. “Temos tecnologia de ponta para detecção de spam que identifica contas com comportamento anormal para que não possam ser usadas para espalhar spam ou desinformação”, acrescentou a nota.

A reportagem da Folha de S. Paulo apontou uma rede de empresas de marketing digital contratadas para efetuar os disparos em massa. Os contratos, que chegariam até R$ 12 milhões, seriam bancados por empresários próximos ao candidato, como Luciano Hang, da rede de varejo catarinense Havan.

Ações

Ontem (18), o PT entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cobrando apuração do ocorrido. Além de investigação dos empresários e de seu vínculo com a candidatura Bolsonaro, o partido requereu que a Justiça Eleitoral dê ao WhatsApp 24 horas para promover um plano de contingência que bloqueie o envio das mensagens em massa pelas firmas de comunicação digital citadas na reportagem.

Pelo Twitter, Jair Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e afirmou que o PT não está sendo prejudicado por “fake news”, mas pela “verdade”. Em seu perfil no Facebook, Luciano Hang disse que vai processar a Folha de S. Paulo e desafiou o jornal a mostrar os contratos de envio de mensagens em massa.

Preocupação

fenômeno das notícias falsas vem marcando as eleições deste ano. A missão internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou preocupação com o fenômeno da desinformação durante o 1º turno. No balanço da votação do 1º turno, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, também alertou para o problema, em especial vídeos e mensagens colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral.

A rede social WhatsApp tem sido o foco de maior preocupação. Estudo de professores da USP e UFMG e Agência Lupa em 347 grupos na plataforma encontrou entre as imagens mais compartilhadas um índice de apenas 8% de caráter verdadeiro.

Facebook retira do ar páginas ligadas ao MBL que propagam fake news

O dono da página Ceticismo Político, que foi derrubada pela Facebook, em entrevista à Rede Globo

Ao todo foram deletadas 196 páginas e 87 contas, entre elas Jornalivre, O Diário Nacional e Ceticismo Político

Da Carta Capital

Facebook retirou do ar nesta quarta-feira 25 uma rede de páginas e contas usadas para divulgação de notícias falsas, a chamadas fake news. Foram deletadas 196 páginas e 87 contas ligadas ao grupo ativista de extrema-direita Movimento Brasil Livre (MBL).

Em nota, o MBL confirmou que diversos coordenadores tiveram suas contas retiradas do ar pelo Facebook. Segundo o movimento, muitas das contas desativas possuíam dados biográficos escritos, como endereço profissional, telefones pessoais, contatos familiares. Segundo o movimento, são informações verificáveis, o que tornaria “absurda a acusação de que se trata de notícias falsas”. 

O movimento fala que “não é crime” divulgar ideias liberais e conservadoras e diz que páginas desativadas como o Ceticismo Político e o Jornalivre tem “papel de denunciar as ‘fake news’ da grande mídia brasileira”. 

O movimento também ataca o Facebook por “perseguir, coibir, manipular dados e inventar alegações esdrúxulas contra grupos, instituições e líderes de direita o redor do mundo”.

Segundo o MBL, a empresa tem “viés de esquerda”.

Ainda de acordo com o Facebook, trata-se de “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”. A retirada do ar das páginas faz parte dos esforços para reprimir perfis enganosos antes das eleições de outubro. 

As páginas desativadas, que juntas tinham mais de meio milhão de seguidores, variavam de notícias sensacionalistas a temas políticos, com uma abordagem claramente conservadora, com nomes como Jornalivre, O Diário Nacional e Ceticismo Político. A reportagem de CartaCapital confirmou que as páginas foram desativadas.

A página Ceticismo Político ganhou relevância nos últimos dias depois do programa da TV Globo Profissão Repórter da última semana ter como tema as fake news. Sentindo-se, o responsável pela página, Luciano Ayan, divulgou vídeo acusando a televisão de propagar notícias falsas e, por isso,”quebrar o Brasil”.

A página Ceticismo Político também foi uma das principais responsáveis pela divulgação de fake news sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada em março deste ano no Rio de Janeiro.