Brasil tem mais de 11 milhões de favelados, segundo IBGE

O País tem 11.149 moradias fincadas em aterros sanitários, lixões e áreas contaminadas, 27.478 casas erigidas nas imediações de linhas de alta tensão, 4.198 domicílios perto de oleodutos e gasodutos, 618.955 construções penduradas em encostas. Sinais de precariedade, informalidade, improvisação e até perigo, em graus variados, ajudam a formar o retrato do Brasil desenhado pela pesquisa Aglomerados Subnormais – Informações Territoriais, divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Favelas em Salvador
Favelas em Salvador

Dados do Questionário da Amostra do Censo 2010 evidenciam desigualdades entre a população que residia em aglomerados subnormais (assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos e palafitas, entre outros) e a que morava nas demais regiões dos municípios, diferenças estas que se evidenciavam também entre as cinco grandes regiões do país. Enquanto 14,7% da população residente em outras áreas tinha concluído o ensino superior, nos aglomerados esse percentual era de 1,6%.

A informalidade no trabalho também era maior nos aglomerados (27,8% dos trabalhadores não tinham carteira assinada) em relação às outras áreas da cidade (20,5%). As desigualdades também se manifestavam em relação aos rendimentos: 31,6% dos moradores dos aglomerados subnormais tinham rendimento domiciliar per capita até meio salário mínimo, ao passo que nas demais áreas o percentual era de 13,8%. Por outro lado, apenas 0,9% dos moradores dos aglomerados tinham rendimento domiciliar per capita de mais de cinco salários-mínimos, percentual que era de 11,2% nas demais áreas da cidade. Os Resultados da Amostra do Censo para os aglomerados subnormais incluem ainda informações sobre escolarização, posse de bens no domicílio e tempo de deslocamento para o trabalho.

Em 2010, o Brasil tinha 15.868 setores em aglomerados subnormais (cerca de 5% do total de setores censitários), que somavam uma área de 169,2 mil hectares e comportavam 3,2 milhões de domicílios particulares permanentes ocupados nos 6.329 aglomerados subnormais identificados. Para ampliar o conhecimento da diversidade dos aglomerados subnormais do país, foi realizado no Censo Demográfico 2010, pela primeira vez, o Levantamento de Informações Territoriais (LIT). O conhecimento dos aspectos territoriais dos aglomerados subnormais é importante complemento a caracterização socioeconômica dessas áreas. O LIT mostrou que 52,5% dos domicílios em aglomerados subnormais do país estavam localizados em áreas predominantemente planas (1.692.567 domicílios), 51,8% tinham acessibilidade predominante por ruas (1.670.618 domicílios), 72,6% não possuíam espaçamento entre si (2.342.558) e 64,6% tinham predominantemente um pavimento (2.081.977).

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Estado vai ocupar mais 40 favelas.

Até a realização da Copa do Mundo no Brasil, as polícias do Rio deverão ocupar mais 40 conjuntos de favelas, onde vive aproximadamente um milhão de pessoas. É o que antecipou o secretário José Mariano Beltrame, da Segurança/RJ, na quarta-feira, em entrevista à rádio Gaúcha, de Porto Alegre. “Temos um plano de, até 2014, ocupar 40 complexos de favelas. No próximo mês, acredito que teremos condições de dar continuidade ao projeto em outra favela”, adiantou.

Beltrame disse que a intervenção no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio,domingo passado, não estava prevista para novembro de 2010, como acabou acontecendo. “O que ocorreu – explicou — é que, com estes eventos que os bandidos fizeram pela cidade, tivemos que antecipar a ocupação do Alemão, que estava planejada para daqui a 15 ou 16 meses. E, já que entramos aqui com uma finalidade, vamos manter este território”.( Por Brasília Confidencial).

Segurança Pública é questão de vontade política dos gestores e determinação da Justiça. Quando se quer, se faz. O Rio não quer, não deve e não pode conviver com o tráfico, nem permitir o estabelecimento de um estado paralelo, de crime e terror.