Pesquisa aponta que feijão é aliado na luta contra obesidade.

Produto é importante para dieta equilibrada, diz pesquisadora

Sementes de feijão

O feijão é tradição na mesa do brasileiro, mas o que pouca gente sabe é que ele pode ser um aliado na luta contra obesidade. 

Uma pesquisa da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) revelou que cortar esse alimento da dieta, que é rico em proteínas, em minerais, como ferro, além de vitaminas e fibras, pode aumentar em 20% a chance de desenvolver obesidade, e, em 10%, a de excesso de peso.

Por  outro lado, o estudo apontou que o consumo regular, em cinco ou mais dias da semana, apresentou fator de proteção de 14%, no desenvolvimento de excesso de peso, e de 15%, da obesidade.

Arroz e feijão na dieta? Os benefícios para quem pratica esportes

A pesquisadora Fernanda Serra Granado, da Faculdade de Medicina da UFMG, explica a importância do feijão para uma dieta equilibrada.

“O uso não regular do feijão, ou mesmo o seu não consumo, foi associado com a obesidade porque o indivíduo, quando consome o feijão, ele consome junto outros alimentos saudáveis, como o arroz, alguns vegetais, uma salada e mesmo uma carne, compondo um prato nutricionalmente equilibrado para o ganho de peso e para a saúde”, explica.

“Quando o indivíduo deixa de comer o feijão, muito provavelmente ele acaba fazendo escolhas alimentares mais inadequadas e não saudáveis, que apresentam elevada quantidade de calorias e, por vezes, poucos nutrientes, e por esse motivo, essa substituição acaba levando ao ganho de peso da população adulta.”

A pesquisa apontou uma redução no consumo do feijão. A previsão é que em 2025 o brasileiro deixe de comer o alimento de forma regular e tradicional, passando a consumir entre um e quatro dias na semana.

A pesquisadora Fernanda Serra Granado detalha os motivos dessa redução. “Os motivos para a redução do consumo regular de feijão ao longo dos anos têm sido a sua substituição pelos alimentos industrializados, especialmente os ultraprocessados que, apesar de serem alimentos muito mais práticos, muito mais convenientes, diante da correria do nosso dia a dia, eles também apresentam uma elevada quantidade de caloria, eles não têm pouco ou quase nenhum valor nutritivo. Por isso, eles acabam contribuindo para o ganho de peso da população e uma piora da qualidade da dieta.”

A pesquisa utilizou dados de mais de 500 mil adultos, entre os anos de 2009 e 2019, acompanhados pelo Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.

Da Agência Brasil.

Conab prevê queda no preço do feijão com a menor procura dos consumidores e entrada da safra 

Começa a colheita de feijão-carioca no Paraná

Os produtores de feijão ainda estão poucos dispostos a negociar os valores atuais, mas a conjuntura de mercado analisada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que, embora a quantidade da mercadoria extra seja pequena e pressione os preços para cima, as vendas ficaram bem abaixo do esperado, devido à pouca demanda dos compradores, que continuam em busca por produtos mais comerciais, cotados entre R$ 260,00 e R$ 280,00 a saca. Além disso, a baixa procura dos consumidores, que também andam evitando o produto mais caro, deve forçar os varejistas a diminuir os estoques, já que o consumo final encontra- se retraído.

Mesmo com a menor oferta do produto e, possivelmente, preços mais elevados na próxima semana, os efeitos da baixa procura, aliada ao avanço da colheita da segunda safra de feijão, indicam que as cotações podem diminuir em breve.
No Paraná, por exemplo, cerca de 45% da área cultivada foi colhida, e apenas 35% da produção comercializada pelos produtores. Em maio, verificou-se chuvas intensas e baixas temperaturas no estado, que prejudicaram o potencial produtivo das plantas e a qualidade do produto. Com elevado teor de umidade, boa parte do feijão teve que passar por secadores, o que diminuiu a qualidade e os preços.

Na região Centro-Sul do país, a 2ª safra também encontra-se em plena colheita, devendo atingir o pico ainda neste mês de junho. No mercado atacadista de São Paulo, os preços apresentaram uma expressiva desvalorização. O produto de melhor qualidade passou, em média, de R$ 329,50 para R$ 305, ou menos R$ 24,50 por saca (feijão comum preto). A maior parte dos empacotadores continua se abastecendo diretamente das fontes de produção, onde a colheita ultrapassa metade da área prevista para esta temporada.

Clique aqui e confira a análise completa da conjuntura do mercado de feijão. Da Conab.

Com o aumento expressivo das carnes e do ovo, o consumo do feijão, a melhor possibilidade de inclusão de uma “mistura” na mesa das camadas mais vulneráveis, deveria estar aumento. Consumo e queda do preço só pode significar que a grande massa da população está se alimentando menos. Isso tem uma palavra definitiva no bom português: Fome.

Cesta básica do brasileiro surfa a onda dos preços altos durante a pandemia.

Não bastasse as altas do arroz, das carnes, dos derivados de milho, dos ovos, agora é o feijão que encontra forte avanço nas cotações.

As safras de inverno no Centro Oeste, irrigadas, não foram significativas e em Cristalina e Unaí, grandes municípios produtores, o carioca já é encontrado por R$275,00.

Especialistas avaliam, no entanto, que o feijão pode chegar a R$300,00 ainda em outubro, R$5,00 por quilo antes do beneficiamento, o que significa bem mais de R$8,00 na gondola do supermercado.

A alta já é maior que 45% em relação aos preços de setembro de 2019.

A previsão é de que os preços se mantenham durante a estação das águas, quando o plantio (fungos e bactérias) e a colheita são mais arriscados para o produtor.

Em 1981-1982, quando o feijão encontrou seu recordes em preços históricos – até 300 dólares a saca, a cultura foi responsável pela introdução de uma forte agricultura irrigada. Se o produtor tivesse uma semente de boa qualidade na tulha, podia plantar com um custeio de menos de 2 sacas por hectare. E os equipamentos de irrigação mais caros não custavam mais que 1.200 dólares por hectare.

Feijão tende a voltar à mesa do brasileiro na pós-pandemia

farmer using the tablet

Um estudo da Fiesp mostra que o arroz e o feijão devem perder importância na produção agrícola brasileira nos próximos anos. A projeção mostra que para as safras de 2028 e 2029, a área usada para plantar o feijão deve retroceder 10% em comparação com o período 2018/19, ficando em 2,6 milhões de hectares.

Para o arroz, a previsão é semelhante, com a redução de 9% na área plantada em dez anos, que deverá ser de 1,5 milhão de hectares para a safra 2028/29. A estimativa mostra, entretanto, um ganho de produtividade de 23% no período que deve fazer com que, apesar da utilização de uma área menor, a produção cresça 12%.

Para o feijão, é esperado ganho de produtividade de 19%, permitindo que a produção aumente 7% em dez anos. Nos próximos dez anos, a estimativa é que haja um crescimento de 6% no consumo de feijão e arroz no país. A título de comparação, a estimativa para o café é que o consumo doméstico cresça em 28% no mesmo período.

Redução do consumo

A retração da quantidade de terras destinadas ao plantio dos cereais está ligada, de acordo com o estudo, a uma redução do consumo desses alimentos. “As mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida dos brasileiros, ocorridas nos últimos anos, fizeram com que, apesar da combinação arroz e feijão continuar presente na dieta, exista uma tendência de incorporação de outros tipos de alimentos”, avalia a pesquisa sobre como a combinação tem sido substituída por carboidratos industrializados, como pães, bolachas e massas.

O estudo destaca que entre as duas últimas safras é observada uma redução significativa na área destinada ao plantio de arroz. “Na safra passada houve queda de quase 300 mil hectares, mas, apesar do declínio da área, a produção não tem apresentado contração significativa, pois os ganhos de produtividade foram suficientes para manter a oferta alinhada com o consumo interno”.

Entre os fatores que levam ao desinteresse pelos produtos que fazem parte da dieta básica brasileira, está, segundo o estudo, o tempo necessário para o preparo. “O elevado tempo de preparo do produto convencional dificulta seu uso pelas pessoas, que procuram por maior praticidade”.

A trajetória do feijão

Apesar da produtividade média do feijão ter se multiplicado em até 5 vezes nos últimos 40 anos, a redução de área constante fez com que a produção tenha se mantido nos mesmos patamares. Por outro lado, a presença na mesa do brasileiro, também tem diminuído.

A novela “Feijão Maravilha” (março de 1979) relembrava a dificuldade do brasileiro de manter a leguminosa na mesa.

No início da década de 80 faltou feijão no mercado. Os bancos oficiais chegavam a condicionar a concessão de empréstimo de custeio ao plantio de uma parcela da lavoura com a leguminosa.

Os chefes de carteira agrícola e os gerentes do Banco do Brasil repetiam a propaganda do Governo: “Plante, que o João garante”. A propaganda se referia ao então presidente João Batista Figueiredo. Com a falta de feijão na mesa, depois de duas safras frustradas, faltou a leguminosa, cuja saca de 60 kg valia até 400 dólares. A importação de feijão norte-americano e mexicano não supria a demanda brasileiro e até a Rede Globo lançou uma novela “Feijão Maravilha”, repetindo o tema de uma música muito popular na época. O feijão virou ouro e 2 sacas por hectare eram o suficiente para pagar o Valor Básico de Custeio financiado pelo BB.

Na década de 90, quando se colhia 50 sacas por hectare era um assombro. Hoje produtividades de até 70 sacas por hectare são comuns, dados os recursos ampliados de nutrição do solo, plantio direto e irrigação.

A situação pode se alterar profundamente neste período pós-pandemia. Os preços meteóricos da carne bovina e do aumento significativo do suíno e das aves, em função da demanda da exportação, pode fazer o feijão voltar à mesa do brasileiro de menor renda com força.

O feijão tem caído de preço com a entrada da chamada terceira safra no mercado. Mas a capacidade de alta produtividade das áreas irrigadas devem garantir a oferta da leguminosa.

Um arroz com feijão, temperado com charque (jabá), bacon ou torresmo ainda é o melhor prato que o brasileiro pode encontrar nas cozinhas familiares e nos restaurantes mais populares.

Cotação do Feijão continua subindo. Produtores satisfeitos, consumidores preocupados.

Na falta da carne e do ovo, feijão é a única fonte proteica da mesa do pobre.

De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o Brasil deve colher 1,077 milhão de toneladas de feijão 1ª safra (alta de 8,9%); 1,236 milhão de toneladas de feijão 2ª safra (alta de 4,9%); 734 mil toneladas de feijão 3ª safra (alta de 0,9%). Mas o que está animando o produtor são os preços.

No feijão-preto, os preços pagos aos produtores também tiveram alta motivados pela baixa oferta. As geadas na Região Sul associadas com a estiagem que afetou as lavouras reduziram a produção. Com isso há risco de desabastecimento no mercado nacional até a chegada da colheita dos estados que têm produção irrigada. Em Santa Catarina, a variação do preço médio mensal foi de 33%, no Paraná alta de 31%, e no Rio Grande do Sul de 16%.

A Bolsa de Cereais de São Paulo, que é a principal balizadora nacional de preços no mercado atacadista, continua fora de operação. Segundo o Informativo Bolsinha, que acompanha o mercado atacadista de feijão, o mercado segue com comportamento estável, com elevação nas cotações. No dia 11/05 as cotações da saca de 60kg do feijão-carioca extra (nota 9) ficou entre R$370,00 e R$375,00, e para o feijãopreto extra entre R$270 e R$275 a saca.

Em Santa Catarina cerca de 78% da área plantada do feijão 2ª safra encontra-se com lavouras em fase de floração e aproximadamente 20% já avançaram para a fase de maturação. Com as perdas provocadas pela estiagem, a previsão é de uma redução na produção de 14%, resultando uma colheita de aproximadamente 35,3 mil toneladas. Em junho, ocorrerá o fechamento da safra de feijão no estado. Até o momento, a estimativa é do cultivo de cerca de 60 mil hectares para safra de feijão total, e produção de 96 mil toneladas.

Do portal Agrolink, editado por O Expresso.

Mesa da classe média sofre dois abalos fortes, com cotações do feijão e da carne.

Pandemia da China empurra preços da proteína animal no Brasil.

As cotações da carne bovina na Bahia tem acompanhado par-e-passo as altas crescentes dos principais mercados do País, que já praticam preços em torno de R$190,00 a arroba.

O preço descolou do patamar de 155-160 reais há menos de 30 dias e não para de subir. As chuvas atrasadas no Centro Oeste e no Nordeste não promovem a sustentabilidade dos pastos e os confinamentos parecem ter desovado toda a mercadoria de fim da estação seca.

O aumento do volume de exportações, principalmente para a China, também tem feito os grandes frigoríficos se voltarem para a manutenção do cliente externo. O frango e a carne bovina tem substituído o porco na mesa do chinês, depois que a suinocultura foi abalada pela febre suína africana. As perspectivas de recuperação alcançam prazos maiores do que um ano.

Metade da população mundial de suínos estava na China no início de 2019.

Por seu turno, o feijão, prato importante para a proteína na mesa das classes menos favorecidas também encontra altas significativas, encostando em R$290,00 a saca de 60 quilos na Bolsinha de São Paulo. Sinal que a safra irrigada foi fraca, com os agricultores se afastando dos altos custos de insumos e da energia.

Safra farta empurra para baixo os preços do milho. Feijão estável. Soja oscila a espera do relatório USDA.

Os preços de milho estão em baixa na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. A pressão sobre os valores é reflexo do avanço da colheita, que já tem aumentado a disponibilidade do cereal. Produtores consultados pelo Cepea seguem com as atenções voltadas à colheita e ao escoamento da safra, enquanto as exportações vêm ganhando ritmo.

Mesmo com a intensificação dos trabalhos de campo, produtores/vendedores têm se mostrado cautelosos em negociar grandes lotes do cereal no mercado interno. Por outro lado, compradores, atentos à maior disponibilidade do produto, pressionam as cotações.

No Centro-Oeste, apesar da procura de compradores paulistas, as quedas são mais intensas com o andamento da colheita. Em Campinas (SP), entre 19 a 26 de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, recuou 1,4%, indo a R$36,36/saca de 60 kg na sexta-feira. Informe do Agrolink

Luís Eduardo Magalhães – BA

Milho Seco Sc 60Kg R$ 31,00 
Barreiras – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 30,25 
Adustina – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 48,00 
Irecê – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 45,00 
Tucano – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 45,00 
Ribeira do Pombal – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 45,00

Feijão na Bolsinha

O preço da leguminosa permanece estável na bolsa informal do feijão em São Paulo, mercado que regula a mercadoria do Sul, Sudeste e Centro Oeste. O carioca continua com venda de R$150,00 a saca, com o preto em torno de R$160,00.

O mercado nessa quarta-feira recebeu novas entradas. Foram ofertadas 13 mil sacas e foram negociadas aproximadamente 76 % do total, restando até as 6h35 a quantidade de 3 mil sacas. O mercado voltou a ficar firme. O movimento de compradores foi bom e ocorreu escoamento de grande parte das mercadorias ofertadas. Nessa madrugada, só sobraram lotes que as pedidas estavam acima do preço praticado no mercado. No Oeste baiano o preço praticado é de R$126,00 a saca. Informe da Bolsinha.

Soja no Oeste

A soja recuperou os preços de 30 dias atrás, sendo comercializada ontem entre R$66,00 e R$67,00 a saca.

Nesta quarta-feira (31), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com leves baixas, mais uma vez, diante do pessimismo do mercado frente às reuniões entre China e Estados Unidos. Rápida e inconclusiva, a rodada de conversas realizada em Xangai nesta terça e quarta-feiras pouco evoluiu nas negociações.

Assim, por volta de 8h30 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 2,50 e 3,25 pontos nos contratos mais negociados, com o agosto valendo US$ 8,75 por bushel, enquanto o novembro tinha US$ 8,94. O mercado dá continuidade às baixas observadas no pregão anterior.

“Com pessimismo em relação à possibilidade de acordo comercial EUA/China, apesar das reuniões ocorrendo em Xangai entre as partes, os traders focam no clima”, diz Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da Agro Culte.

Os últimos mapas atualizados mostram chuvas abaixo da média para o período em diversas regiões produtoras, mas compensadas por temperaturas mais amenas e até abaixo do normal para esta época do ano em alguns pontos do Corn Belt. No entanto, o cenário é bastante irregular e os efeitos do atraso no desenvolvimento das lavouras ainda é preocupante.

Apesar de tudo, o foco maior – e também a ansiedade dos traders – se mantém sobre o relatório que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz em 12 de agosto. “Com esse boletim poderemo ter uma ideia melhor da área efetivamente plantada nos EUA e na possibilidade de geada preçoce lá para setembro”, diz Cachia. Informe do Notícias Agrícolas.

Com fracasso da safra no Sul, feijão começa a ter cotações mais altas.

As safras e o consumo de feijão no País estão estabilizados há mais de 20 anos, em torno de 3,2 milhões de toneladas. A leguminosa chegou a ser a base proteica da alimentação nas camadas mais vulneráveis da população, na tradicional mistura arroz e feijão.

Com a meteórica ascensão da produção de frango e o efeito sanfona das exportações, o frango tem substituído o feijão na dieta alimentar das famílias mais humildes. Ao ponto de um quilo de feijão na ponta do consumo ter preço mais alto (em torno de R$5,00) do que o frango (em torno de R$4,80).

O Paraná previa colher 384 mil toneladas de feijão, mas estima-se que  colherá não mais do de 269 mil toneladas, sendo que cerca de 107 mil toneladas serão de Feijão-preto. A causa da perda significativa é a estiagem que atingiu todo Sul do País.

Os preços vêm reagindo como na semana passada, ainda que tenha sido uma semana de meio de mês, os compradores estiveram ativos e os preços variaram na última sexta-feira para R$ 135 em Minas Gerais e R$ 135 em Vacaria, no Rio Grande do Sul.

O mercado nesta segunda-feira na Bolsinha, em São Paulo, recebeu um bom volume de entradas. Foram ofertadas 30 mil sacas e foram negociadas aproximadamente 33 % do total, restando até as 6:41 h a quantidade de 20 mil sacas. O mercado ficou estável para os melhores tipos e calmo para os lotes comerciais. O movimento de compradores com demanda foi normal e permitiu o escoamento de boa parte das ofertas, principalmente os lotes com cor nota 8,5 para cima.

O feijão Carioca extra, nota 9, foi vendido entre 140 e 145 reais. O comercial tipo nota 8, entre 105 e 110 reais. E o Preto, que geralmente vale muito menos que o Carioca, confirmando as expectativas de colheita fracas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, oscilou entre 140 e 145 reais a saca de 60 quilos para grãos de qualidade extra.

No Oeste baiano, o feijão carioca tem cotação de R$100,00 a saca. 

As grandes áreas irrigadas do Centro-Oeste do País e São Paulo podem ser a salvação da safra de feijão. O fator limitante são as pragas herdadas da safra recente da soja, entre elas algumas doenças fúngicas e o ataque da mosca branca, propagadora de viroses. Da redação de O Expresso, com base em indicadores econômicos.

Preços ainda atraem agricultores para o plantio do feijão

feijao

A primeira avaliação do cultivo de feijão primeira safra, divulgado em outubro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indica incremento na área plantada e deve ficar entre 1.058,8 e 1.115,4 mil hectares, com uma produtividade média de 1.097 kg/ha. Com isso, a produção total, em todo o Brasil, deve ser entre 1.157,1 e 1.227,8 mil toneladas.

BAHIA
O estado aonde deverá investir maior área para o plantio de feião primeira safra deverá ser a Bahia, segundo a Conab. Estima-se que a área de plantio deverá ser entre 241 mil hectares e 262,4 mil hectares, representando uma variação positiva entre 27,4% e 38,7% em relação à safra passada. Esse aumento pode ter sido influenciado pela elevada da cotação da saca e pela retomada das áreas não cultivadas por conta das adversidades climáticas da última safra. Na safra 2015/16 a área cultivada e a produtividade ficaram abaixo do esperado, com a cultura sofrendo com a falta de chuvas durante todo o ciclo produtivo. A fase de plantio tem previsão para iniciar a partir de outubro.

PARANÁ
Já, o estado do Paraná deverá ser o maior produtor de feijão primeira safra do país, visto que a estimativa da Conab aponta uma produção entre 325,4 e 331,7 mil toneladas. A previsão de área plantada na primeira safra de feijão no Paraná é de 192,4 a 196,1 mil hectares, com rendimento de 1.691 kg/ha, ou seja, 7,4% maior do que a safra 2015/16. O plantio já ocorreu em 42% das lavouras e a cultura se encontra nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo. A geada ocorrida no final do inverno afetou algumas lavouras localizadas em baixadas, nas regiões sul e sudoeste, que foram replantadas.

MINAS GERAIS
Embora com preços remuneradores, os agricultores de Minas Gerais têm optado por outras culturas mais rentáveis e de menor risco climático como o milho e soja. Neste primeiro levantamento a área de plantio está estimada entre 153,8 e 159,6 mil hectares. A produção deve ficar entre 185,4 mil toneladas e 192,4 mil toneladas, o que significa a segunda maior produção da cultura entre os estados brasileiros. As condições climáticas ainda não viabilizaram o plantio, que deve ocorrer entre outubro e dezembro.

No Oeste baiano, as cotações do feijão Carioca de qualidade 8,5 surfam perto do R$200,00 a saca de 60 kg. O feijão gorutuba deve entrar como plantio de 2ª safra no Oeste, após o cultivo do milho.

Preço do feijão Carioquinha começa a cair no atacado.

feijão

O preço da saca de 60 kg do feijão Carioca de melhor qualidade, que valia R$565,00 na sexta-feira caiu R$40,00 nesta segunda, para R$525,00. A entrada da terceira safra em Minas, Goiás e Paraná aumentou a oferta na Bolsinha em São Paulo, ocasionando a pressão negativa nos preços. Cerca de 53% do feijão colhido no País é da variedade Carioca.

O feijão preto, que teve altas na onda da carência do Carioca no mercado, pode ser encontrado no interior do Rio Grande do Sul, na região produtora de Sobradinho,  por menos de R$200,00.

Fretes caros e impostos estaduais têm mantido os preços em alta. Mas a chegada das colheitas sob irrigação em todo o Centro Oeste e Minas Gerais deve normalizar os preços.

O feijão de irrigação é colhido até o início das chuvas mais fortes, em novembro. A luminosidade e o calor do verão encurtam o ciclo da cultura, o que proporciona colheitas de sequeiro em março, depois de plantadas no início de janeiro.

Prepare-se: frango, principal “mistura” do brasileiro, pode encontrar turbulências pela frente

frango

O milho já vale R$40,00 no Oeste baiano. Ontem teve alta de até 7% em diversos mercados. A soja está valendo R$72,00 no balcão. O paradoxo é que o frango e o porco estão perdendo cotação, enquanto seus principais insumos, a soja e o milho, estão subindo. Em regiões de alto consumo do milho, como Santa Catarina, as cotações crescem todo dia. O que certamente vai tirar produtores autônomos e cooperantes do mercado.

Para quem gosta de riscos, horar de botar feijão na terra. A saca do “carioca” de melhor qualidade está valendo R$200,00.

Governo intervém no mercado para regularizar preço do feijão na Bahia

 Agricultores já podem vender feijão com valor estabelecido pela AGF

Buscando a regularização dos preços e a garantia de renda ao produtor rural, com ênfase na agricultura familiar, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) em parceria com órgãos do Governo do Estado da Bahia, entre eles, a Secretaria Estadual da Agricultura/Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Seagri/EBDA), está comprando feijão diretamente dos agricultores, referente à safra de inverno, por conta da supersafra. A EBDA é responsável pelo cadastro dos agricultores e pela classificação do feijão que será encaminhado às unidades da CONAB.

Neste primeiro momento, a CONAB está adquirindo o feijão produzido por agricultores do município de Euclides da Cunha, que teve uma safra de cerca de 60 mil toneladas, em uma área plantada superior a 55 mil hectares. O cadastro dos agricultores interessados em vender o feijão está acontecendo no Escritório Local da EBDA do município, e o produto é encaminhado para que técnicos da empresa, em Ribeira do Pombal, façam a coleta das amostras e a classificação. Continue Lendo “Governo intervém no mercado para regularizar preço do feijão na Bahia”

Conab destina R$ 10 milhões para compra de feijão da agricultura familiar. Nordeste está incluído.

Feijão, base da alimentação em toda casa do Brasil, em perigo por causa dos preços baixos
Feijão, base da alimentação em toda casa do Brasil, em perigo por causa dos preços baixos

Ação é medida complementar ao apoio à comercialização de feijão iniciada pela operação AGF


Os produtores familiares que estão com dificuldades para vender feijão pelo preço mínimo podem oferecer o produto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A Companhia dispõe de R$ 10 milhões, repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), para a compra de feijão por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A ação é uma medida complementar ao apoio à comercialização de feijão iniciada pela operação de Aquisição do Governo Federal (AGF) em maio deste ano.

Os interessados devem procurar a Superintendência Regional da Conab no estado onde o feijão foi produzido e informar a demanda existente. Cada Regional irá definir a maneira de operacionalizar a compra do produto. Será adquirido feijão tipos 1, 2 e 3.

A ação beneficiará agricultores familiares, cooperativas e organizações de produtores rurais. Produtores familiares devem apresentar a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) física. No caso de associações e cooperativas, além das declarações de cada agricultor, é necessário apresentar a DAP Jurídica. O limite para aquisição no PAA é de R$ 8 mil por família no ano.

AGF

Em paralelo, a Conab segue com as compras diretas de feijão por meio de AGF. Entre maio e julho deste ano, foram disponibilizados R$ 60 milhões para a aquisição do produto em todo o país. A Companhia já adquiriu 29,3 mil toneladas de feijão de produtores dos estados do Paraná (11,7 mil t), Goiás (4,1 mil t), Minas Gerais (2 mil t), Santa Catarina (5,9 mil t), São Paulo (2,3 mil t), Distrito Federal (3 mil t), entre outros estados (3,3 mil t) com o uso de R$ 40 milhões dos valores aplicados

A expectativa é de que até esta sexta-feira (05) seja aplicado o saldo de R$ 20 milhões. Após o uso desses valores há a possibilidade de liberação de mais R$ 30 milhões para dar continuidade às compras durante o mês de setembro.

A Conab trabalha no sentido de agilizar as operações e beneficiar o maior número de produtores e busca, juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a liberação de novos recursos para aumentar a quantidade de feijão adquirido. O objetivo destas compras de mais de 50 mil toneladas de feijão de cores é permitir que os preços fiquem próximos do preço mínimo de garantia.

Cada produtor pode vender para a Companhia as seguintes quantidades: Centro-oeste (mil sacas); Sul, Sudeste e Norte (750 sacas); Nordeste (100 sacas). O feijão deve ser entregue no armazém da Conab ou credenciado mais próximo, e o produtor deve solicitar a emissão do certificado de classificação e de depósito. Se o produto atender aos padrões exigidos – apenas Tipos 1 e 2 – é emitida nota fiscal de venda. (Assessoria de Imprensa da Conab)

Preços em alta

A relação produção/consumo de milho nos Estados Unidos deve ficar pendurada em alguma coisa próxima de 6%. Isso significa que não serão conseguidos estoques estratégicos de relevância. No Brasil, a redução do plantio é grande e as cotações continuam subindo. Depois de vender por preços simbólicos o seu produto – cerca de 9 reais a saca de 60 quilos – os produtores abandonam o cultivo do cereal, deixando sua decisão de plantio para a safrinha. Sei não, mas acabou um ciclo de comida muito barata no País. Carne, feijão, trigo, frango e arroz devem ter preços bastante alterados nos próximos meses.