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Yara inicia operação de unidade adquirida em Catalão (GO)
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| A partir desta semana, a Yara passa a operar em Catalão (GO). Após a aprovação da aquisição da unidade industrial misturadora da Adubos Sudoeste pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a unidade foi preparada para atuar com os mesmos padrões globais da Yara. Com o início da operação, a empresa reforça sua presença na região e se aproxima de agricultores de um dos principais polos agrícolas do país, o Centro-Oeste.
Segundo o executivo, a nova unidade possibilita à Yara acelerar a oferta das melhores soluções nutricionais aos produtores rurais de Goiás e região. “Por meio de produtos e programas nutricionais completos, como o Supersoja e +Mays, para milho safrinha, a Yara apoiará ainda mais o agricultor a aumentar sua produtividade de maneira sustentável”, afirma. Desde novembro, a nova equipe de colaboradores passou por treinamentos e por processos de integração para atuarem segundo as políticas globais da Yara, especialmente no que diz respeito à segurança e ética. A transação, assinada em agosto e aprovada pelo Cade, é parte da estratégia de expansão da empresa no mercado brasileiro, que recebeu aproximadamente US$ 1,5 bilhão de investimentos nos últimos cinco anos. Dentre os principais aportes estão a aquisição da Bunge Fertilizantes (2013), a joint venture com a Galvani (2014), a construção e revitalização das unidades industriais de mistura mais modernas do Brasil, em Sumaré (SP) e Porto Alegre (RS), os investimentos para o desenvolvimento da unidade de mineração em Serra do Salitre e o anúncio do grande investimento em seu complexo industrial de Rio Grande (RS), no início deste ano. |
Vem aí a estatal dos fertilizantes. Vai dar certo?
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e um representante do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, participam hoje (23) de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) para discutir a criação de uma empresa estatal destinada a produzir fertilizantes no país. A sessão está marcada para as 9h30.
A intenção de criar a estatal de fertilizantes foi divulgada nas últimas semanas. O objetivo é a redução do preço do produto em um prazo de dois anos. A administração da empresa ficará a cargo de um conselho de administração, uma diretoria executiva e um conselho fiscal.
Racionalidade em fertilizantes poderá suprir 20% da demanda
Pesquisas realizadas pela Rede FertBrasil podem ajudar a suprir 20% da demanda nacional de fertilizantes, afirmou José Carlos Polidoro, um dos líderes da rede, coordenada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A FertBrasil é formada por mais de 200 pesquisadores de instituições de pesquisa, universidades e empresas privadas do setor.
O Brasil é o segundo maior produtor de grãos do mundo e o terceiro maior consumidor de fertilizantes. De acordo com Polidoro, a indústria nacional de fertilizantes estagnou na década de 90 e a demanda cresceu, a ponto do país importar mais de 90% do produto. “Hoje, consome-se 22,5 milhões de toneladas de fertilizantes, mas 92% é importado”, afirmou.
Estudos desenvolvidos pela rede de pesquisadores atuam em três frentes. A primeira objetiva ensinar os agricultores a aproveitar melhor os fertilizantes e os corretivos agrícolas para que, com a mesma quantidade, se produza mais.
A segunda frente visa a viabilizar fontes alternativas de nutrientes de resíduos agroindustriais (dejetos suínos e de aviários) ou resíduos minerais (fontes de potássio e fósforo de baixo teor não aproveitados pela indústria) para utilização na produção de fertilizantes.
“Se pegarmos 60% dos dejetos de suínos e 80% dos de aviários nos polos produtores [Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Mato Grosso] e montarmos algumas fábricas que produzam fertilizantes agrominerais, temos potencial para atender até 20% da necessidade do país”, explicou Polidoro.
A terceira linha de trabalho é reduzir a perda dos nutrientes dos fertilizantes, agregando tecnologias que possam diminuir as perdas, utilizando a mesma quantidade.
O pesquisador disse que a Rede Fert Brasil é responsável pela parte da pesquisa do Plano Nacional de Fertilizantes, que deve ser concluído até o final de março e tem o objetivo de tornar o Brasil autossuficiente até 2020.
Ele afirmou que para aumentar a produção nacional é necessário ampliar a produção das jazidas já existentes, de onde se extraem fósforo e potássio, e explorar novas. “Foram contatadas indústrias produtoras e muitas já se manifestaram e estão montando novas fábricas no país.”
De acordo com a coordenadora de Assuntos Econômicos, da Confederação Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rosimeire Santos, cerca de 30% do custeio da safra é gasto com fertilizantes, um montante que varia entre R$ 18 bilhões e R$ 19 bilhões.
“É extremamente importante que seja criada uma política nacional [para a produção de fertilizantes]. Sabemos que não resolverá o problema a curto prazo, mas é estratégico para o país, já que abordará desde o marco regulatório de fertilizantes até questões tributárias que desonerarão a tributação para as empresas”, destacou Rosimeire. PorLisiane Wandscheer, repórter da Agência Brasil.
A Vale negocia com a Bunge capital da Fosfértil.
A Vale informou que negocia aquisição de ativos de fertilizantes com a Bunge no Brasil. Mais cedo hoje, a Fosfertil, controlada pela Bunge, havia comunicado o mercado sobre negociações entre as empresas, sem dar detalhes. De acordo com nota, a Vale está em negociações “por meio de uma de suas controladas”, de ativos de fertilizantes do Grupo Bunge por até US$ 3,8 bilhões.
A transação inclui a participação de 42,3% que a Bunge detém no capital da Fosfertil e um portfólio de ativos que compreende minas de rocha fosfática e unidades de produção de fertilizantes intermediários com base em fósforo (fosfatados) e nitrogênio (nitrato de amônio e uréia). Em nota, a Vale afirma que as negociações “poderão ou não” resultar na aquisição desse portfólio.




