Especialista da FGV cobra punição dos servidores públicos que ajudam a fraudar licitações

As licitações para aquisição de bens e serviços pelo Poder Público são fundamentais para garantir a isonomia do processo, oferecendo direitos iguais a todas as empresas participantes. Alguns ajustes no modo como essas concorrências são feitas, no entanto, precisam ser feitos para evitar fraudes e combinações prévias de preços. A avaliação é do professor de direito administrativo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Sérgio Guerra, que defende punições efetivas aos agentes públicos que ajudam a viabilizar esquemas fraudulentos.

Para o acadêmico, que atua há 25 anos na análise do direito público, uma medida simples que poderia ser facilmente implementada é a proibição da exigência de retirada física dos editais nos órgãos que promovem licitações por pregão eletrônico. Segundo Guerra, esse pode ser um instrumento de manobra para que servidores públicos mal-intencionados tenham acesso aos nomes das empresas concorrentes.

“O pregão eletrônico, em que o chamamento é feito pela internet, em tese, deveria evitar fraudes. O problema é que, em muitos casos, é exigido que os participantes retirem os editais no local da licitação. Com isso, tem-se o nome dos participantes, possibilitando que eles se organizem e cometam fraudes. A vedação dessa prática, que deveria ser prevista na estruturação dos próprios órgãos, ajudaria a evitar as fraudes porque as pessoas não saberiam quem está participando [do certame], o que garantiria um processo mais transparente e mais democrático”.

O especialista em direito administrativo destacou, ainda, que a falta de punições efetivas ou a demora para aplicação de sanções acabam colaborando para que os esquemas criminosos de corrupção se mantenham ativos. “Não vemos tantos casos de atribuição de sanções a servidores que participam desses esquemas. São, em geral, processos demorados, o que facilita a permanência de pessoas assim no serviço público”, lamentou Guerra. Da Agência Brasil. Informações de Thais Leitão com texto final de Vinicius Doria.

Prova da OAB teve erros mas não será anulada.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirmou na noite de domingo (4) que detectou erros nas provas da segunda fase do V Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), aplicada no domingo para cerca de 50 mil bacharéis de direito.

De acordo com nota publicada no site oficial, a FGV afirmou que os erros estavam em questões das provas de direito civil e direito constitucional.

Ainda segundo a nota, “de modo a garantir a isonomia” do exame, todos os candidatos foram informados das erratas ainda durante a aplicação do exame e receberam tempo extra para responder as questões.

A FGV descartou a possibilidade de anular as questões. “As medidas adotadas na aplicação do exame não serão causa de nulidade”, afirmou a instituição na nota oficial.

O dragão adormecido ressuscita!

A inflação medida pelo IPC da Fipe chegou a 1,34% em janeiro; o IPC da Fundação Getúlio Vargas foi a 1,29%. A meta do Governo é de 4,5% para este ano, portanto quase 1/3 já se foi. Por isso o caro leitor já viu o Presidente do Banco Central, Francisco Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falando em alta de juros. Culpa dos gastos excessivos do Governo e das eleições, das quais estamos a menos de 240 dias.