O grande espetáculo da inauguração da UPA.

Entre os grandes momentos do espetáculo que foi a inauguração da UPA, no sábado, alguns se destacam:

1)      Uma senhora baixinha mostrou que os grandes perfumes podem estar nos pequenos frascos, como garante o ditado popular: tomou um cartaz de um adversário político e o fez em pedaços.

2)     O deputado Marcelo Nilo, presidente da Assembléia Legislativa, mal humorado e cansado, inaugurou um dos leitos da UPA durante os discursos com sono profundo. A bem da verdade, nada perdeu.

3)     A esposa de um candidato a vereador, depois de identificar Oziel Oliveira como símio, irritou-se com o fotógrafo da assessoria do Deputado. Mostrou bravura inaudita, mas não conseguiu seu intento de deletar as fotos, até que um dos integrantes da segurança do Governador acabou apagando as imagens e semeando a paz entre os litigantes.

O palanque multicolorido: fantasias de uma tarde de verão.

4)     Depois de advertir duas vezes o deputado Oziel Oliveira sobre gestos durante o discurso do prefeito Humberto Santa Cruz, o vice-governador Otto Alencar acabou deixando o palanque indignado. Não sem antes proferir umas palavras pouco elogiosas.

5)     Valtair Fontana, o cabuloso, lamentava-se hoje pela manhã: fui apenas apartar uma briga e já estão me identificando como agressor.

6)       A cara tristonha e o ar de enfado do senador Walter Pinheiro, durante os discursos de inauguração, foram notórios. Ele não recebeu sinal verde para a pré-candidatura à Prefeitura de Salvador e hoje pela manhã já afirmava que apóia Pelegrino. É um verdadeiro soldado do Partido.

7)         O “chiqueirinho” providenciado pela segurança do Governador à imprensa é herança da ditadura. Populares não devem ser contidos, mas a raça da imprensa deve ser mantida à distância. Como diz Oziel Oliveira, jornalista não elege ninguém. Mas que atrapalha, isso lá atrapalha. E muito!

8)          O líder do Governo Santa Cruz na Câmara anda culpando funcionários da Prefeitura pelo fato de seu nome não ser citado no palanque de inauguração. E pede a cabeça como gente importante que deveria ser. Vai acabar presenteando outro correligionário com uma surpresa de natal antecipada. Há poucos dias, na inauguração da Praça das Acácias, até o pretenso líder dos ambulantes, que se considera a bolachinha mais recheada do pacote, andou dando bronquinhas porque não foi chamado para fazer uso da sua candente palavra. Em ano de eleição, pré-candidato chama Jesus de Genésio para aparecer um pouquinho.

9)     Uma cantoneira de mais ou menos uma polegada de lado e um metro de comprimento,  despregou-se do toldo contratado pela Prefeitura e quase abateu uma senhora que olhava de longe os discursos. Era minha esposa. Fiquei indignado. Estou casado há 30 anos e nunca bati na minha mulher. Como vem agora uma empresa, com profundas ligações com altos funcionários da Prefeitura, bater na dita cuja? Se não me procurarem para reparar os danos, publico o nome da empresa e da alta funcionária, da qual não gosto mesmo da cara, que está envolvida com uma série de prestadores de serviços à Prefeitura.

Mas destaque mesmo ganhou o Mala Preta News, que circulou, no sábado, com 28 páginas, trazendo em seu miolo 4,5 páginas de propaganda oficial da Prefeitura, mais quatro páginas de coligados. Um faturamento de no mínimo R$33 mil. Hoje pela manhã, no átrio da Prefeitura, três concorrentes prometiam encher a cuia do chimarrão dos Malas Pretas pela bomba. Com água fervente. Quem não sabe o que é isso, que procure o gaúcho mais próximo.

Vexame: Brasil volta para casa após virada da Holanda.

Antes do final da partida Brasil x Holanda, a CBF já tinha providenciado o transporte para o triste retorno.

Muito ruim o time holandês. Pior ainda o time brasileiro. Um time cansado, de fim de campeonato europeu, mostrou todo seu talento durante o primeiro tempo. No segundo, pesou a idade. O Brasil cansou e entregou. Voltou de saltinho anabela e foi aquele fiasco. O fabuloso Luís Fabiano tornou-se um nebuloso. Felipe Melo, comprovadamente um desequilibrado, comprometeu todo o meio campo brasileiro. O pior é perder para uma equipe horrível como a da Holanda. Dunga volta para Ijuí. Na mala, a derrota emblemática que pode significar que nunca mais vai dirigir uma grande equipe de futebol. Vai tentar resolver o sofisma de que “ganhou todas, menos a última”. E lamentar que não tenha levado para as savanas africanas uma gurizada boa de corrida, uma gurizada com o frescor e o estoicismo que só os jovens sabem ter. Pensei que o Brasil ia até as semi-finais. Fui otimista. Mas não fui burro em pensar que essa equipe tinha condições de ser campeã do Mundo. Aliás, acredito que só quem acreditou nisso foi a velhinha do Angical, aquela mesma que adora o Lula e vai tentar – nada é impossível – votar novamente nele para presidente.

Pior que o time brasileiro, só mesmo aquelas cornetas ensandecidas e a narração do Galvão, rouco como uma galinha choca, gritando “o relógio é o pior inimigo do time brasileiro”. Nos comentários finais, Galvão ainda cometeu esta: “É apenas uma competição esportiva”.

Em tempo: os jogadores da seleção podem recusar o transporte por uma questão de corporativismo, para não humilhar o co-irmão.