Por que caiu o Airbus da Air France?

O cockpit do A330/340

O que as autoridades francesas não revelam, nem mesmo os especialistas brasileiros presentes na investigação do vôo 447 da Air France, é porque a aeronave entrou em ângulo de arremeter (16º) até estolar e cair. O que leigos entendem é que os motores do avião estariam com baixa potência, ou marcha lenta ou, ainda, completamente apagados. A culpa parece ser das dezenas de computadores que limitam a reação dos pilotos, principalmente usando o sistema fly-by-wire (através de joysticks), que a Airbus teima – e por via de consequência, as autoridades francesas – em defender. Depois que o manche convencional, ligado por cabos aos controles de profundidade e leme  foi abandonado, os pilotos não conseguem mais intuir a velocidade do avião. Todo piloto amador sabe que a hora que o manche começa a tremer, está na hora de acelerar e melhorar a atitude de vôo, baixando o nariz para aproveitar a velocidade inercial. Joysticks são muito bons para vídeos-game, mas para aviões ainda são um aporte de tecnologia em desenvolvimento.

A tragédia brasileira da TAM, cujo Airbus 320 matou 200 pessoas em Congonhas, parece estar ligada ao mesmo assunto. O experiente piloto sabia, momentos antes de tocar o solo, que deveria arremeter, mas não conseguiu, por isso bateu ainda acima da velocidade de pouso.  A tentativa de reverso e, outra, de quebrar o avião, num cavalo-de-pau, foram apenas desesperados recursos.