Custos de produção de frangos de corte e de suínos aumentam em fevereiro

Os custos de produção de frangos de corte e de suínos registraram novo aumento no mês de fevereiro de 2025 nos principais estados produtores e exportadores, conforme estudos conduzidos pela Embrapa Suínos e Aves através de sua Central de Inteligência de Aves e Suínos (embrapa.br/suínos-e-aves/cias).

No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte atingiu R$ 4,87, representando uma elevação de 1,25% em relação ao mês de janeiro. O aumento acumulado nos últimos 12 meses é de 11,32%, com o ICPFrango alcançando 377,13 pontos. A ração se destacou como o principal componente de custo, com um aumento de 1,71% no mês e de 12,27% no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo uma participação de 68,10% no custo total de produção.

Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo de suíno vivo alcançou R$ 6,37, representando uma elevação de 0,37% em relação ao mês de janeiro. O aumento acumulado nos últimos 12 meses é de 11,82%, com o ICPSuíno alcançando 364,26 pontos.

A ração dos animais se destacou como o principal componente de custo, com um aumento de 0,10% no mês e 10,86% no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo uma participação de 72,62% no custo total de produção.

Os estados de Santa Catarina e Paraná são referências nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS devido à sua posição como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente. No entanto, a CIAS também oferece estimativas para outros estados brasileiros. Essas informações são fundamentais para indicar a evolução dos custos nesses setores produtivos.

É importante que avicultores e suinocultores monitorem a evolução dos seus próprios custos de produção, utilizando esses índices como referência para a tomada de decisões estratégicas.

Revisão de coeficientes técnicos – Em janeiro de 2025, foram alterados os coeficientes técnicos para o cálculo dos custos de produção de suínos no Paraná e no Rio Grande do Sul. As principais mudanças decorreram da alteração na formulação das rações, da separação dos custos com transporte de ração dos custos com alimentação animal (ração) e dos custos com insumos veterinários.

Aplicativo Custo Fácil

O aplicativo da Embrapa agora permite gerar relatórios dinâmicos das granjas, do usuário e das estatísticas da base de dados. Os relatórios permitem separar as despesas dos custos com mão de obra familiar. O Custo Fácil está disponível de graça para aparelhos Android, na Play Store do Google.

Planilha de custos do produtor – Produtores de suínos e de frango de corte integrados podem usar na gestão da granja a planilha eletrônica feita pela Embrapa. A planilha pode ser baixada de graça no site da CIAS.

Os prejuízos do Parente: exportações de frango são menores

André Kasczeszen/APPA

Exportações totalizam 1,6 milhão de ton em 2018

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 1,601 milhão de toneladas entre janeiro e maio deste ano, conforme levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O saldo acumulado pelo setor no ano foi 8,5% inferior em relação ao ano passado, quando foram obtidos 1,750 milhão de toneladas.

Em receita, as vendas de carne de frango alcançaram US$ 2,602 bilhões, saldo 12,3% menor que os US$ 2,966 bilhões registradas nos cinco primeiros meses de 2017.

Considerando apenas o mês de maio, houve uma retração de 4,7% nos volumes embarcados, com 333,2 mil toneladas em maio deste ano, contra 349,5 mil toneladas no mesmo período do ano passado.  Em receita, as vendas do quinto mês de 2018 chegaram a US$ 517,6 milhões,13% inferior aos 594,8 milhões registrados no ano anterior.

“Os efeitos da paralisação dos caminhoneiros serão sentidos somente nos levantamentos realizados em junho, devido à metodologia de estatísticas de exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio”, analisa Francisco Turra, presidente da ABPA.

Prepare-se: frango, principal “mistura” do brasileiro, pode encontrar turbulências pela frente

frango

O milho já vale R$40,00 no Oeste baiano. Ontem teve alta de até 7% em diversos mercados. A soja está valendo R$72,00 no balcão. O paradoxo é que o frango e o porco estão perdendo cotação, enquanto seus principais insumos, a soja e o milho, estão subindo. Em regiões de alto consumo do milho, como Santa Catarina, as cotações crescem todo dia. O que certamente vai tirar produtores autônomos e cooperantes do mercado.

Para quem gosta de riscos, horar de botar feijão na terra. A saca do “carioca” de melhor qualidade está valendo R$200,00.

Preços em alta

A relação produção/consumo de milho nos Estados Unidos deve ficar pendurada em alguma coisa próxima de 6%. Isso significa que não serão conseguidos estoques estratégicos de relevância. No Brasil, a redução do plantio é grande e as cotações continuam subindo. Depois de vender por preços simbólicos o seu produto – cerca de 9 reais a saca de 60 quilos – os produtores abandonam o cultivo do cereal, deixando sua decisão de plantio para a safrinha. Sei não, mas acabou um ciclo de comida muito barata no País. Carne, feijão, trigo, frango e arroz devem ter preços bastante alterados nos próximos meses.