A peleia feia por trás da campanha de Dona Dilma.

João e Franklin: brigando pela fatia mais gorda da campanha de Dona Dilma
João e Franklin: brigando pela fatia mais gorda da campanha de Dona Dilma

R$ 298.000.000,00. Ou traduzindo: 298 milhões de reais. Este é o nome da briga entre Franklin Martins, o jornalista, e João Santana, o marqueteiro, pela campanha de Dona Dilma Vana Rousseff. É claro que este é o número oficial, registrado no TSE. Mas essa campanha pode ultrapassar um bilhão de reais. Todos os dois, o jornalista e o marqueteiro querem morder uma fatia dessa propaganda, que somando os custos de produção publicitária, a bonificação de volume e as comissões dadas pelos veículos pode chegar à metade do valor. Quem não brigaria por 0,5 bilhão de reais? Até eu que sou bobo.

Controle da imprensa volta à baila. A iniciativa é de quem? Do mesmo.

O projeto de poder do PT não é brincadeira. Querem fazer o “Reich” de mil anos. Hoje, o famigerado Franklin Martins, ex-ministro de Comunicação Social, que nem Dona Dilma aceitou no Governo, propôs controle da imprensa novamente.

O regime comunista na Rússia, com toda a extensão e o gelo da Sibéria para conter as dissidências, não conseguiu prosperar por 100 anos. Que se repita a frase de Alexander Soljenítsin, o escritor que denunciou o Arquipélago Gulag: “De onde surgiu essa raça de lobos?”

Franklin Martins diz que imprensa tem “viés partidarizado”

Franklin Martins, o ministro-chefe da Comunicação Social do Governo Lula, apesar de não ter sido aceito por Dilma Rousseff, deixa sobre a mesa da presidente eleita um calhamaço sobre um pré-projeto de lei que contempla restrições à imprensa brasileira. Em longa entrevista aos jornalistas Sylvio Costa e Eduardo Militão, do portal Congresso em Foco, Franklin acusa o “viés partidarizado” e a má vontade de imprensa para com Lula, além de “jornalismo da pior qualidade”. E foi mais longe: “A imprensa precisa recuperar a credibilidade.

-“Um grande número de leitores não acredita mais no que o jornal diz. Muitas vezes os leitores perceberam que havia má vontade com o governo, desproporcional. E havia uma leniência com a oposição”. Os jornais distorceram números favoráveis ao governo e vão terminar a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vendendo menos do que vendiam antes.

Segundo os jornalistas do Congresso em Foco, o Ministro diz que “o governo diariamente era derrotado de cinco a zero pelos jornalões”, quando ele chegou à Secom. Para enfrentar o que define como “posição contrária ao governo”, da parte da imprensa, o presidente Lula passa a falar mais com os jornalistas, contrapondo a visão oficial às versões de veículos “partidarizados”, que demonstravam “má vontade” com o governo. Citando os jornais O Globo e Folha de S. Paulo e a TV Globo, dá exemplos de coberturas, como a do acidente da TAM (em julho de 2007) ou do objeto atirado no tucano José Serra (durante a disputa presidencial), que, no seu entender, caracterizaram “agressão a qualquer manual de jornalismo”.

Franklin Martins: de guerrilheiro e revolucionário a censor da República.

Ninguém nega que a imprensa foi dura com Lula, principalmente a partir do episódio do mensalão, quando o escândalo atingiu o núcleo duro do poder, e as denúncias seguidas de enriquecimento rápido de Lulinha. Lula chegou a acusar de golpistas quem divulgava matéria de denúncia de assuntos que polarizavam a opinião pública brasileira. Todavia, criar, a partir disso, fatos reais, um projeto de poder nem sempre baseado em princípios éticos, não pode e não deve ser motivo para um projeto de restrições à imprensa, seja ela nanica ou das grandes redes de televisão. Se a imprensa não tivesse arguido pertinaz e duramente as manobras de Lula, ele teria sido reeleito para um terceiro mandato. Dentro do padrão de republiquetas bolivarianas.

É importante ler e assistir todo o conteúdo da entrevista no Congresso em Foco.

Franklin no desvio. Que dó!

Notícia de Cláudio Humberto, em seu blog:

O ministro Franklin Martins (Propaganda) queria ser o Silenciador-Geral da Imprensa, mas está de novo à cata de emprego no governo Dilma.

Nem só de más notícias se faz um bom blog. As outras boas notícias são os próximos bilhetes azuis para Henrique Meirelles (Banco Central), Nelson Jobim (Defesa) e para a eminência parda, José Dirceu.

Lamentáveis coincidências.

Goebbels

O jornalista Cláudio Humberto, o mais bem informado sobre as catacumbas infectas do grande subterrâneo da Esplanada dos Ministérios, informa hoje que o ex-jornalista Franklin Martins, ministro da Propaganda de Lula, não terá no novo governo, caso confirme-se a vitória de Dilma, a mesma influência que desfruta junto ao presidente Lula.

“A candidata prefere na área alguém que não esteja em “guerra” contra a imprensa, como Martins, e não tenha arestas; criá-las é a especialidade dele”, diz Cláudio Humberto.

Pra quem quer saber como trabalhava o ministro Paul Joseph Goebbels, da Propaganda de Adolf Hitler, recomendamos o filme “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino.

Franklin: uma certa semelhança física é mera coincidência.

Ouve-se o clarim do horror no serpentário vermelho.

Meu amigo, minha amiga, vou lhes contar! O clima no comitê central da candidata Dilma é borrascoso, com vôos de procelárias e horizontes negros: nem os conselhos do nosso Grande Timoneiro são seguidos à risca. Por outro lado, tem briga da feia entre a coordenação da campanha (José Eduardo Dutra, Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo) e o ministro da Propaganda, Franklin Martins, que andou até uns dias na Europa, com a desculpa de informar-se sobre concessões estatais de comunicação.

O serpentário vermelho está em ebulição e, como o previsto, começam a jogar uns contra os outros. A derrota apavora quem se locupleta com tamanha intensidade nas tetas do poder.