Três vereadores de Correntina foram libertados hoje pela Justiça

Os vereadores Nelson da Conceição Santos (Nelson Carinha) – Ex-Vice Presidente, Juvenil Araújo de Souza (Babado Pimenta) e Adenilson Pereira de Souza (Wil) foram libertados hoje, depois das prisões efetuadas na semana passada no âmbito da Operação “Último Tango”, que investiga fraudes em licitações públicas da Câmara de Vereadores de Correntina. 

Permanecem presos o atual presidente da Casa, Wesley Campos Aguiar (Maradona), Jean Pereira dos Santos (Jean da Guarda) – Ex-Presidente e Milton Rodrigues de Souza (Miltão) – Ex-Presidente. 

 

PF combate fraudes em licitações e contratos de R$ 70 milhões na Bahia

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A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União, deflagraram hoje (14/7) a Operação Burla, com o objetivo de investigar o desvio de verbas e crimes contra a Administração Pública por parte de duas organizações criminosas distintas comandadas por empresários, na Bahia.

Policiais federais cumprem três mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisão temporária, oito mandados de condução coercitiva e 14 mandados de busca e apreensão, nas cidades baianas de Guanambi, Caetité, Iuiú, Vitória da Conquista e Salvador, e também em Belo Horizonte, Minas Gerais.

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Especialista da FGV cobra punição dos servidores públicos que ajudam a fraudar licitações

As licitações para aquisição de bens e serviços pelo Poder Público são fundamentais para garantir a isonomia do processo, oferecendo direitos iguais a todas as empresas participantes. Alguns ajustes no modo como essas concorrências são feitas, no entanto, precisam ser feitos para evitar fraudes e combinações prévias de preços. A avaliação é do professor de direito administrativo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Sérgio Guerra, que defende punições efetivas aos agentes públicos que ajudam a viabilizar esquemas fraudulentos.

Para o acadêmico, que atua há 25 anos na análise do direito público, uma medida simples que poderia ser facilmente implementada é a proibição da exigência de retirada física dos editais nos órgãos que promovem licitações por pregão eletrônico. Segundo Guerra, esse pode ser um instrumento de manobra para que servidores públicos mal-intencionados tenham acesso aos nomes das empresas concorrentes.

“O pregão eletrônico, em que o chamamento é feito pela internet, em tese, deveria evitar fraudes. O problema é que, em muitos casos, é exigido que os participantes retirem os editais no local da licitação. Com isso, tem-se o nome dos participantes, possibilitando que eles se organizem e cometam fraudes. A vedação dessa prática, que deveria ser prevista na estruturação dos próprios órgãos, ajudaria a evitar as fraudes porque as pessoas não saberiam quem está participando [do certame], o que garantiria um processo mais transparente e mais democrático”.

O especialista em direito administrativo destacou, ainda, que a falta de punições efetivas ou a demora para aplicação de sanções acabam colaborando para que os esquemas criminosos de corrupção se mantenham ativos. “Não vemos tantos casos de atribuição de sanções a servidores que participam desses esquemas. São, em geral, processos demorados, o que facilita a permanência de pessoas assim no serviço público”, lamentou Guerra. Da Agência Brasil. Informações de Thais Leitão com texto final de Vinicius Doria.