Codevasf investe R$ 4,3 milhões para impulsionar produção em projeto agrícola na Bahia


Durante agenda de trabalho, presidente da Codevasf também lançou cartilha sobre descontos na quitação de débitos do K1 e titulação de lotes

Cerca de R$ 4,3 milhões estão sendo investido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em melhorias para os produtores do projeto público de irrigação Formoso, localizado em Bom Jesus da Lapa, no Médio São Francisco baiano. A aplicação dos recursos é para recuperação de estradas internas e aquisição de equipamentos agrícolas. Nesta sexta-feira (02), a presidente da empresa, Kênia Marcelino, esteve no projeto para assinar ordem de serviço para iniciar as obras e entregar o maquinário. Na oportunidade, ela lançou cartilha para os irrigantes sobre descontos na quitação de débitos do K1 (tarifa d’água) e titulação de lotes.

Participaram do evento o superintendente regional da Codevasf em Bom Jesus da Lapa, Harley Nascimento, o deputado federal Arthur Maia, mais de 400 produtores do Projeto Formoso, o presidente da Associação Frutas Oeste Bahia, Ady Santos Oliveira, e o presidente do Grupo Banana da Bahia, Ervino Kogler.

Continue Lendo “Codevasf investe R$ 4,3 milhões para impulsionar produção em projeto agrícola na Bahia”

12 mil hectares de fruticultura recebem água uma vez por semana no projeto Brumado

Água só 24 horas por semana. Esta é a situação do distrito de irrigação do Projeto Brumado, que tem 12 mil hectares de fruticultura. Por enquanto o objetivo é manter as plantas vivas até que chova novamente, só Deus sabe quando. O Governo do Estado só afirma que essa é a maior seca dos últimos 30 anos e que está distribuindo cestas básicas. Quantas pessoas dependem dessas 12 mil hectares? Na foto o açude Brumado, no rio de mesmo nome, que tem uma grande bacia alimentadora, mas tem sua vazão muito diminuída.

Animais morrem em Feira de Santana

Segundo o portal G1, a seca tem provocado a morte de animais nos pastos de Feira de Santana, cidade que decretou estado de emergência pela terceira vez consecutiva. Na zona rural, começa a faltar água para a população e, para que o gado não morra de sede, pecuaristas têm vendido os bichos com valores abaixo do mercado. O agricultor Esdras Figueiredo, que mora no distrito de Bonfim de Feira, lamenta a falta de expectativa de boas colheitas. “A situação é bastante difícil”, conta para, em seguida, admitir que tem medo de passar fome. “Não tem como buscar alimentação”, diz. A situação no município se agravou nas últimas semanas. A última chuva forte aconteceu em outubro de 2011. Em janeiro, choveu 110 milímetros dentro da média, mas este mês foram apenas três milímetros.

Segunda, plantio de frutas de clima temperado na Bahia.

Segunda, 22 de novembro de 2010, será um dia histórico para o Vale do São Francisco, segundo a Codevasf. Nesta data, serão plantadas as primeiras mudas de maçã, pêra e caqui no Perímetro de Irrigação Senador Nilo Coelho.

Nesse ensaio para produção em escala comercial, 1000 macieiras, 1000 pereiras e 450 caquizeiros, vindas do Paraná, serão testadas numa área de 1,5 hectare irrigado de um lote agrícola no Núcleo Habitacional IV (N4).

O processo de adaptação climática, floração e frutificação dessas plantas terá acampamento do pesquisador da Embrapa Semi-árido, Paulo Roberto Coelho Lopes, que desde 2005 trabalha nos estudos para diversificar a fruticultura na região.

A inserção da maçã no Nilo Coelho é resultado do Projeto de Integração e avaliação de culturas alternativas para as áreas irrigadas do semiárido brasileiro desenvolvido pela Embrapa Semi-árido com financiamento da Codevasf, Banco do Nordeste e Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco – Facepe. Só a Companhia repassou cerca de R$ 1 milhão para o projeto.

“Os investimentos em pesquisas são responsáveis pelo fortalecimento do agronegócio no Brasil. E são as inovações científicas e tecnológicas que estão proporcionaram a introdução dessas três novas variedades agrícolas no Vale do São Francisco”, destaca o superintendente da Codevasf em Pernambuco, Luís Eduardo Frota ao ressaltar que nessa fase preliminar serão verificados, entre outros aspectos, o desempenho agronômico, a vulnerabilidade e a lucratividade dessas culturas para os produtores do Perímetro Nilo Coelho.

O cultivo da maçã numa região com altas temperaturas durante a maior parte do ano ganhou destaque no campo científico. Isso porque a maçã é uma fruta de clima temperado, algumas variedades exigem entre 300 e 350 horas de frio com temperatura em torno de 7º C. Contudo os limites climáticos estão sendo superados.

No campo experimental da Embrapa, localizado no Perímetro de irrigação Bebedouro, já vão sendo colhidas duas safras do fruto da macieira.

No Vale do São Francisco, as variedades de maçã que tiveram melhor adaptação ao clima quente da região foram Eva, Julieta e Princesa. Elas sofreram indução genética para frutificarem no período da entressafra nacional, o que coincide com os meses de junho e julho, tradicionalmente os mais frios no Sertão com média de temperatura mínima oscilando de 18º a 20º C.

A maçã, agregado ao fato de reduzir em 35% o risco de câncer intestinal, é uma fruta em expansão no mercado agrícola. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontaram o crescimento de 18% nas exportações de maçãs alcançando em 2008 um faturamento de US$ 80 milhões para a balança comercial do Brasil. JC OnLine – Recife

A Bahia, por seu grande território, grande volume de insolação e facilidades de irrigação, ainda vai ser o grande produtor do agronegócio brasileiro.