FAB informa que 34 aeronaves já foram interceptadas em Roraima

R$ 200 mil por semana: quanto fatura um piloto de aeronaves no garimpo - Amazônia Real

A informação foi divulgada após anúncio do presidente Lula de interceptar aeronaves usadas em garimpo.

A Força Aérea Brasileira informou para a imprensa que  “mantém alertas de defesa no espaço aéreo que compreendem a Terra Indígena Yanomami, operando a partir de Boa Vista (RR) e cumprindo ações de policiamento do espaço aéreo 24 horas por dia’

Segundo a FAB, só em 2022, foram realizadas 34 interceptações de aeronaves nas proximidades de Boa Vista, incluindo a região Yanomami.
As restrições de fiscalizações aéreas são, há anos, um dos principais problemas enfrentados pelas forças de segurança que atuam na proteção do território Yanomami.

Há falta generalizada de aeronaves por parte do Ibama, Funai e Instituto Chico Mendes (ICMBio), além de outras forças policiais que apoiam as operações.
As informações foram prestadas após o presidente Lula (PT) determinar agilidade para cortar os tráfegos aéreo e fluvial de garimpos ilegais em terra yanomami, em Roraima.

O objetivo do governo é iniciar um processo de remoção dos criminosos, conforme anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Logística do garimpo na Terra Yanomami em Roraima é destaque em reportagem da BBC - Roraima 1

Em reunião com sete ministros e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, Lula determinou que as ações sejam feitas “no menor prazo”, “para estancar a mortandade e auxiliar as famílias yanomami”.

As iniciativas visam combater, o mais rápido possível, o garimpo ilegal e outras atividades criminosas na região impedindo o transporte aéreo e fluvial que abastece os grupos criminosos” disse a Presidência da República, por meio de nota.

Amazônia tem mais pistas de pouso clandestinas que legais

No final de semana, Marina disse à Folha de S. Paulo que governo iria fazer uma megaoperação unindo diversos ministérios.O objetivo é remover entre 20 e 40 mil garimpeiros da região.

O garimpo ilegal é realidade de décadas na terra Yanomami, mas teve aumento exponencial em 2019, conforme apontam dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Informe da Folha BV, de Roraima.

Governo Bolsonaro deu permissões de garimpo a narcotraficante com conexões no PCC

Garimpo ilegal em terra indígena em Roraima (Foto: Greenpeace)

Garimpo ilegal em terras indígenas de Roraima.

Reportagem da agência Spotlight afirma que o traficante “Grota” movimenta mais de R$ 30 milhões mensais obtidos através do tráfico de drogas. Ele obteve 18 permissões de “lavras garimpeiras.”

Desde a posse do presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua sistemática liberação do garimpo em áreas protegidas, a corrida pelo ouro se tornou alvo de criminosos. Além da própria obtenção do metal, a atuação no ramo abre amplas possibilidades para a lavagem de dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

Um dos casos mais recentes, divulgado pela polícia federal no último dia 4 na “Operação Narcos Gold”, que tinha como um dos pilares o mandado de prisão preventiva de Heverton Soares Oliveira, o “Grota” ou “Garimpeiro”, foragido, reforça a presença efetiva de líderes do narcotráfico como beneficiários de autorizações para garimpar no atual governo.

Segundo a Agência Spotlight, durante o governo Bolsonaro, “Grota” obteve 18 “permissões de lavras garimpeiras”. Todas com protocolo de entrada em 19 de setembro de 2019, quando o presidente lançou o “Programa Mineração e Desenvolvimento” e as bases para o que sempre defendeu em seus discursos: o vale-tudo no garimpo.

A investigação da PF estima que o esquema de “Grota” movimente mais de R$ 30 milhões mensais obtidos através do tráfico de drogas. Dono de um prontuário de crimes rico e espalhado pelo Brasil, com processos na justiça do Maranhão, Rondônia e São Paulo por tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e homicídio, mesmo assim ele recebeu da Associação Nacional de Mineração (ANM) as permissões de lavras garimpeira.

Pior do que isso, as permissões para o narcotraficante não são ato isolado. Leia a reportagem completa no site da Agência de Jornalismo Investigativo Spotlight.

Da Revista Fórum