Haddad tem encontro com Comandante do Exército e lamenta fuga de Bolsonaro dos debates

REUTERS/Rodolfo Buhrer

Em reunião com o PSB, em São Paulo, o presidenciável do PT, Fernando Haddad, confirmou nesta quarta-feira que esteve com o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. “Foi uma boa conversa”, disse. “Vamos defender os direitos sociais, os direitos trabalhistas e as liberdades democráticas, o campo progressista unido pelo Brasil.”

Ao ser questionado sobre o diálogo com as Forças Armadas, Haddad disse que não usa emissários, pois ele próprio e a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), buscam o diálogo. Na conversa com o general Villas Bôas, o candidato afirmou ter “apreço” às Forças Armadas. “Não vamos ter um Brasil forte, sem defender os direitos do povo”, afirmou. “Ele (Villas Bôas) compreendeu.”

Pela manhã, Haddad se reuniu com os governadores de Pernambuco, Paulo Câmara, e da Paraíba, Ricardo Coutinho, ambos do PSB. Participou do encontro o governador eleito pelo PSB na Paraíba, João Azevedo. Também declararam apoio a Haddad o PSol e, de forma crítica, o PDT. Participaram do encontro, os governadores do Piauí, Wellington Dias, e Rui Costa, do PT.

Visita da Polícia Federal

O engraçadinho que postou um vídeo apertando as teclas da urna com uma arma, hoje recebeu uma visitinha da Polícia Federal. Ele foi identificado através de softwares de identificação de imagens e agora responderá por crime de queda do sigilo do voto e pode ser condenado até 4 anos de prisão. Maycon Santana é de Cornélio Procópio, no Paraná, e disse estar bêbado na hora da votação. Outros dois casos de ameaças ao candidatos estão sendo investigados por policiais federais. 

Debates frustrados

Ontem o candidato Fernando Haddad mostrou-se frustrado pela negativa de seu opositor, Jair Bolsonaro, em participar dos debates televisados. Bolsonaro providenciou laudos médicos que atestam sua “incapacidade” de participar dos debates.

– Vou debater até numa enfermaria, se for necessário, diz Haddad. 

Mais de 10 pontos percentuais atrás do seu adversário, conforme pesquisas divulgadas ontem, Haddad vê como única saída enfrentar Bolsonaro nos debates televisivos. O fato fica mais grave quando se noticia que a curriola dos partidos do Centrão e dos próprios ex-grandes partidos como PSDB e MDB estão migrando para a campanha. 

Mais uma vez se torna verídica a afirmação de que os brasileiros merecem os políticos que tem.

Villas Bôas diz que droga é a maior ameaça à soberania nacional

O general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, afirmou em entrevista ao programa do jornalista Roberto D’Ávila, na GloboNews, que vê no crime organizado a “maior ameaça à soberania nacional”. Ele disse ainda que o tráfico de drogas está na base da violência no país e que a integração entre os estados é “fundamental” no combate ao crime.

Villas Bôas está à frente do Exército desde 2015. Com a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro e a utilização de homens das Forças Armadas na segurança do estado, o general passou a figurar com mais frequência no noticiário e a ocupar um espaço central no debate sobre criminalidade e violência.

Na entrevista, ele foi questionado por Roberto D’Ávila se o crime organizado era uma das grandes preocupações para o país.

“Acredito que vem daí a maior ameaça à soberania nacional”, respondeu Villas Bôas.

“A questão do crime organizado, e tendo a droga como pano de fundo, como base para o que está acontecendo, tanto do ponto de vista da deterioração de valores – uma verdadeira metástese silenciosa que está corroendo a nossa juventude – , quanto como causador da violência. A Polícia Federal estima que aproximadamente 80% da violência urbana esteja ligada direta ou indiretamente à questão da droga”, completou o general.

Villas Bôas afirmou que o crime organizado hoje é “transnacional”, o que exige, segundo ele, uma abordagem “ampla e sistêmica” nas políticas de segurança.

“A integração no combate ao crime organizado é fundamental. Porque o crime se transnacionalizou. E nós temos as nossas estruturas contidas nos espaços dos estados da federação. Nós temos que ir além, tem que haver uma integração no âmbito nacional, não só a integração geográfica, mas integração dos setores de atuação, como também tem que haver uma integração internacional também”, disse.

Questionado se era favorável a uma discussão sobre legalização de algumas drogas, o general respondeu que esse é um “debate fundamental”, porque a situação não se resolverá com soluções “simplistas”.

“Isso tem que ser tratado de forma científica, com abordagem bastante ampla, porque são vários os aspectos a serem contemplados. Tem o aspecto da segurança, mas sobretudo tem o aspecto, a questão da educação, a questão da saúde, a prevenção, enfim, várias questões”, disse Villas Bôas. Veja mais no g1.globo.com.

É numa hora dessas que a direita bolsonete começa a chamar o General de comunista, de esquerdopata e outros adereços.

O General está certo: o que falta é educação e muita leitura, uma escola de boa qualidade, um dentista em cada escola e, principalmente, oportunidade de trabalho para a juventude. 

As vivandeiras das tropas e a autofagia dos movimentos revolucionários

Se forem confirmadas as previsões das vivandeiras das tropas, teremos uma convulsão

Villas Boas
Villas Boas


social em poucos dias, com todos os acompanhamentos de praxe: tribunais militares sem advogados e fuzilamentos ao amanhecer. Cruz Alta, uma das cidades mais antigas do Rio Grande do Sul e considerada um ninho de chimangos, terá então um filho presidente da República, o atual comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Boas.

O Militar tem reverenciado a democracia em suas últimas alocuções e a continuidade do regime de eleitos pelo povo.

Mas isso não garante que não sofra grande pressão dos generais da linha dura, geralmente numerosos e com grande contingente sobre o seu comando.

Às vivandeiras, deixo uma lembrança de quem já presenciou um duro golpe militar e outros golpes de endurecimento do regime dentro do chamado movimento de 31 de março: todo movimento de quebra da normalidade é autofágico e os primeiros a comparecerem ao paredão são geralmente os mais exacerbados.

Como constatou uma internauta hoje, nas mídias sociais, já tem panetone nos supermercados e tem gente que ainda não aceitou o resultado das urnas.