Governo da Bahia aposta em indústria automobilística e inovação para ampliar vagas de empregos.

Mesmo com o avanço recente na criação de postos de trabalho formais, a Bahia ainda convive com altos índices de desigualdade social e desemprego. Para enfrentar esse cenário, o governo estadual tem apostado em setores estratégicos como a indústria automobilística, energias renováveis e tecnologia.

O secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Augusto Vasconcelos, destacou que o estado alcançou a terceira posição no ranking nacional de empregos com carteira assinada, mas ainda carrega desafios históricos. “A Bahia é um estado que sofre com as desigualdades sociais e regionais, problemas que remontam desde o período da colonização”, afirmou em conversa com o bahia.ba.

A chegada da BYD, gigante chinesa do setor automotivo, é vista como um marco nessa nova fase de industrialização. Além da fábrica em Camaçari, está prevista a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento, o que deve trazer inovação e ampliar as oportunidades de emprego qualificado. “A chegada da BYD vai representar um salto tecnológico, e isso é apenas o começo”, ressaltou Vasconcelos.

O governo também aposta na retomada da indústria naval e na expansão das energias renováveis como parte da estratégia de diversificação da economia. Essas frentes devem contribuir para a atração de novos investimentos e a formação de um ambiente de negócios mais competitivo no estado.

Entretanto, Vasconcelos alerta para a importância da qualificação da mão de obra. Segundo ele, não basta apenas a instalação das indústrias, é preciso garantir trabalhadores preparados para atender às novas demandas.

“Há necessidade de mão de obra especializada. Por isso mesmo, o Governo do Estado investiu cerca de R$ 2 milhões na qualificação de mais de 400 trabalhadores. Este ano, ainda vamos ofertar mil vagas gratuitas em várias especialidades voltadas para a indústria automobilística”, explicou.

Geração de empregos

A Bahia foi o terceiro estado do Brasil com o maior saldo de carteira assinada em julho, com 9.436 vagas. Os dados foram divulgados na última quarta-feira (27) pelo Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

No geral, o Brasil mais de 1,34 milhão de empregos com carteira assinada. No mês de julho foram 129.775 postos de trabalho formais e, com isso, o país chegou a 1.347.807 novos vínculos no ano. Nos últimos 12 meses, o saldo é de 1,5 milhão.

Construção civil e agropecuária lideram geração de empregos na Bahia em 2019

 

As áreas da construção civil e da agropecuária lideram a geração de postos de trabalho na Bahia nos cinco primeiros meses de 2019. Os setores criaram, respectivamente, 8.387 e 8.196 empregos no estado, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI. Nesse período, a Bahia gerou 26.071 novos postos de trabalho.

“O papel do governo é fundamental como indutor de crescimento econômico e da geração de emprego. Veja que dos 1.559 postos criados na construção de edifícios, 430 são da obra do novo hospital Metropolitano, em Lauro de Freitas, num investimento de R$ 180 milhões de reais e previsto para ser inaugurado em dezembro”, afirmou o secretário do planejamento Walter Pinheiro.

Dentro do setor da construção civil, destaque para Obras de geração de energia elétrica e de telecomunicações, com 2.410 empregos, Construção de edifícios, com 1.559 e Instalações elétricas, com 966 novos postos de trabalho criados de janeiro a maio desse ano.

De acordo com o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães esse é o resultado do investimento em obras públicas estruturantes, tanto em Salvador, que obteve um saldo positivo de 3.623 vagas nesse período, como também no interior do estado.

“Além disso, reflete o esforço que o Governo do Estado, por meio  do SineBahia, tem feito na captação de vagas para o setor da construção civil”, explicou Magalhães.

Já na agropecuária, o Cultivo do café ficou com a primeira colocação na geração de empregos, anotando 3.479; o Cultivo de frutas de lavoura permanente, exceto laranja e uva, com 1.554, e a Criação de bovinos, com 1.388.