Relata o jornal o Estado de São Paulo, em longa reportagem, de Edna Simão e Tiago Décimo, que apenas seis meses depois de entregues as chaves, o primeiro empreendimento do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de Santana, para famílias de baixa renda, tornou-se uma espécie de assentamento urbano.
As irregularidades incluem comércio ilegal de apartamentos e abandono dos imóveis por falta de pagamento das prestações de apenas R$ 50, colocando em xeque o programa preferido da presidente Dilma Rousseff. Leia a reportagem na íntegra, clicando no link.
O eleitorado do populista Luiz Inácio “não quer só comida, quer a vida como a vida quer”, constante do que afirma a letra da música “Comida”, de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Brito. Os emergentes ou recém incluídos não querem apenas uma casa ou comer frango todo dia: eles querem viver a vida da maneira mais próxima ao comercial da televisão. Eles querem a sua vida hoje e não amanhã ou a prestações.
A ressaca do populismo, como a dos vinhos de baixa extração, é trágica e cruel. O Estado gigante e provedor acaba entendendo, mais cedo ou mais tarde, que nem todos são iguais e que a determinação pessoal é intransferível e inalienável. Talvez esta seja a frase mais reacionária e cruel que eu já tenha escrito, mas é a afiada e cristalina verdade, que se aprende apenas na maturidade.

