O mercado está arreganhando os dentes para o Sr. Bolsonaro.

Isto não é governo. É uma sandice, um loqueteio de fim-de-noite entre bêbados no cabaré.

O Antropofagista analisa:

O editorial da Folha mostra que, se não acabou o amor entre o governo Bolsonaro e o mercado, este não pretende fazer as pazes enquanto o governo não apresentar uma agenda com os “pés no chão”, que elimine de vez o sonho de ampliar o Bolsa Família, mesmo que o Congresso faça a proposta nesse sentido.

Isso vira uma sinuca de bico para um governo que não apresenta projeto, não só na área econômica, como em todas as áreas e, por isso mesmo, está dependente de um auxílio direto para as camadas mais pobres da população para sustentar uma efêmera aprovação de Bolsonaro.

“O financiamento de um Bolsa Família maior criará despesa obrigatória de tal monta que impedirá a recuperação do investimento público e limitará a prestação de serviços do governo, que se torna uma máquina que paga salários e não tem capacidade operacional.”

O editorial não deixa lacuna e avisa que o mercado já mostrou os dentes para Bolsonaro, Guedes e cia., contra qualquer insinuação de gastos não permitidos pelos donos do dinheiro grosso. E finaliza avisando:

“Falta um projeto crível para o Orçamento de 2021 e o governo semeia confusão no debate de projetos urgentes em tramitação no Congresso. A preocupação maior de Bolsonaro é se eximir de decisões difíceis, confiante na ideia de que a irresponsabilidade não tem custos. É um grave equívoco e os credores do governo já começaram a cobrar o preço da negligência”.​

Moro, o comunista de ocasião: “Não quero ter nada a ver com esse governo”

Do Metro, com DCM

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro reclamou da falta de apoio do presidente da República em questões ligadas ao combate à corrupção, motivo que o levou a pedir demissão em abril deste ano. Segundo o ex-magistrado, não havia mais condições de se manter em Brasília diante de episódios de confrontos diretos entre ele e o chefe do Poder Executivo.

“Vi a oportunidade de ir Brasília, pessoas podem criticar, mas sempre falei a verdade. Fui fazer esse trabalho, quando vi que nao tinha mais condições de fazê-lo, eu saí. Se eu fosse alguém que me vendia ao poder, estava lá até hoje tentando cavar uma vaga ao Supremo Tribunal Federal, agradando o presidente e concordando com tudo o que ele fala. Não tem nenhuma relação com isso. Tenho relação com as coisas que estão certas. E fui bem-intencionado e saí bem-intencionado. Não quero ter nada a ver com esse governo. Consegui avançar coisas avançar coisas no âmbito da Segurança Pública. No combate à corrupção, faltou apoio do Palácio do Planalto”, disse o jurista, em entrevista a Mário Kertész hoje (13), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole.

Questionado sobre algum arrependimento de ter integrado o governo, Moro diz que aceitou o convite por conta da construção de uma agenda anticorrupção. Porém, diante dos atos de Bolsonaro, houve um esvaziamento desse programa. A gota d’água, segundo Moro, foi a tentativa de Bolsonaro de  tentar interferir no comando da Polícia Federal.

Quando o Tacla Duran entregar a dupla Compadre Zucolotto + Conge Rosângela ele vai negar que dormiu com a mulher ao longo dos anos?

Palavrões e baixarias na reunião ministerial de abril, segundo Moro.

Do Estadão

Palavrões, briga de ministros, anúncio de distribuição de cargos para o Centrão e ameaça do presidente Jair Bolsonaro de demissão “generalizada” a quem não adotasse a defesa das pautas do governo.

De acordo com participantes da reunião citada por Sérgio Moro, ex-titular da pasta da Justiça, é este o conteúdo do vídeo requisitado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, e que o Palácio do Planalto quer evitar divulgar na íntegra.

O encontro de cerca de duas horas que hoje mobiliza Brasília ocorreu no terceiro andar do Palácio do Planalto, no dia 22 de abril, dois dias antes da demissão de Moro, e é considerado o mais tenso do governo até aqui.

A agenda com o presidente foi convocada inicialmente para apresentação do programa Pró-Brasil, de recuperação econômica, e teve a participação de 26 autoridades, incluindo o vice Hamilton Mourão, todos os ministros e presidentes dos bancos públicos. Outros auxiliares diretos de Bolsonaro também acompanharam.

Em relatos reservados, dois ministros disseram ao Estadão que a ameaça de demissão não foi direcionada ao ex-juiz da Lava Jato, mas um recado a todos os integrantes do primeiro escalão. Segundo participantes do encontro, o presidente cobrou alinhamento às pautas dele e cumprimento irrestrito de suas ordens.

Foi neste contexto, sempre de acordo com os relatos feitos por participantes, que Bolsonaro pediu acesso às informações de inteligência. À reportagem, presentes na reunião evitaram confirmar se o presidente exigiu a troca do comando da PF. Dois deles alegaram não se lembrar disso.

A cobrança de Bolsonaro a seu primeiro escalão foi feita com muitos palavrões. Auxiliares observam que é comum o presidente, a portas fechadas, usar termos que não atendem aos bons modos. Nestas ocasiões, para evitar vazamentos, todos os participantes são obrigados a deixar o celular do lado de fora da sala. A exceção costuma ser o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

Fotos feitas pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom) no dia mostram os participantes com as feições cerradas. Pelos registros, é possível verificar que há uma câmera de vídeo no local. Até agora a Secom não respondeu os questionamentos sobre a existência da gravação.

Outro “assunto sensível” tratado pelo presidente foi a aproximação do governo com líderes dos partidos do Centrão. Bolsonaro comunicou que entregaria cargos às legendas e provocou reações. Moro, segundo o Estadão apurou, teria demonstrando discordância.

Economia

O encontro foi convocado para a apresentação do Pró-Brasil, programa de recuperação econômica anunciado pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, com o incentivo do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e sem o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Diante dos colegas, Guedes e Marinho se desentenderam sobre gastos públicos para incentivar a retomada da economia. Marinho disse que Guedes era apegado a dogmas. O ministro da Economia, por usa vez, respondeu dizendo que tinha estudado o que ninguém estudou. E acrescentou que o plano era “completamente maluco”.

Governo enterra Bolsa Família e MPF pede explicações

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) do Ministério Público Federal enviou um ofício ao ministério da Cidadania solicitando saber as providências tomadas para assegurar que todo o público apto a acessar o Programa Bolsa Família seja atendido.

O pedido foi encaminhado na quarta-feira 12, junto a um prazo de cinco dias para resposta. No final de janeiro, reportagem do EL PAÍS mostrou que, com base em números públicos, a quantidade de famílias aptas a receber o benefício e que aguardam na fila poderia chegar a 1,7 milhão, enquanto o Governo falava em uma “média” de quase 500.000 em 2019, sem disponibilizar os números absolutos.

Para fazer a solicitação, a Procuradoria considerou alguns fatores, como a redução de 12% no orçamento para o programa, anunciado pelo Governo no início do ano.

Foi anexado ao ofício uma resposta do Ministério da Cidadania a um pedido de explicações do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), em que a pasta admite não ter incluído novas famílias beneficiárias nas projeções do programa ao calcular suas despesas para 2020.

Além disso, o documento menciona reportagem publicada pela Folha de S. Paulo que aponta 1 milhão de famílias à espera do benefício em janeiro.

Os cortes de beneficiários do maior programa de transferência de renda do país coincidem com os planos que o Governo vem anunciado, ainda sem informações precisas, de sua reformulação.

Em dezembro de 2019, 13,1 milhões de famílias eram beneficiadas, cerca de 1,3 milhão a menos que em 2018. Para este ano de 2020, a expectativa é que os beneficiários encolham ainda mais, já que o orçamento previsto será cortado de 33,6 bilhões para 30 bilhões de reais.

Cálculos realizados pelo EL PAÍS mostram que, se a transferência de renda em 2020 continuar igual à de dezembro, ou seja, 191.77 reais, o Bolsa Família precisará não só aumentar a fila de espera como ainda cortar mais de 350.000 famílias para caber no Orçamento de Bolsonaro.

A revelação da demanda reprimida do Bolsa Família culminou com movimentações nas cadeiras ministeriais: na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a saída de Onyx Lorenzoni da Casa Civil e sua realocação à frente da Cidadania, em substituição ao também desgastado Osmar Terra.

Deborah Duprat, procuradora federal dos Direitos do Cidadão e quem assina o documento que cobra o Governo Federal, explica que essas mudanças podem alterar o prazo para que a Cidadania responda ao ofício. “Teremos que considerar essa mudança no ministério”, disse. “Provavelmente na semana que vem eu encaminhe novamente o ofício ao novo ministro”.

Findado o prazo para resposta, se não houver uma sinalização das providências que o Governo está tomando para atender todo o público que aguarda pelo programa, Duprat afirma que o documento será encaminhando à Procuradoria do Distrito Federal para que se analise uma possível ação judicial. Procurado, o Ministério da Cidadania não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Do jornal El País

O abilolado da República, Ônyx Lorenzoni, afirmou, ao assumir o Ministério da Cidadania, que a porta de saída do Bolsa Família é bem larga. Sinal que a política de limitar a demanda pelo programa de transferência de renda é intencional. 

Leia aqui como funcionam os programas de transferência de renda nas dez maiores economias do mundo. 

Isso não é um Governo; isso é um loqueteio completo!

Secretário-executivo da Casa Civil Vicente Santini e o presidente Jair Bolsonaro

Bolsonaro tem um raio de lucidez e demite secretário trapalhão da Casa Civil.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (28) que vai demitir o secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini, por utilizar uma aeronave oficial para se deslocar até Nova Délhi, na Índia. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro ficou incomodado com o voo particular do número 2 de Onyx Lorenzoni, enquanto demais ministros optaram por viajarem por companhias aéreas comerciais.

“Inadmissível o que aconteceu. Já está destituído da função de executivo do Onyx. Destituído por mim. Vou conversar com Onyx para decidir quais outras medidas podem ser tomadas contra ele”, disse Bolsonaro.

O presidente não deixou claro se Santini pode seguir no governo. “O cargo de executivo da Casa Civil já está perdido. Outras coisas virão depois de eu conversar com Onyx”, declarou Bolsonaro.

Santini, que substitui Lorenzoni durante as férias do ministro, viajou no dia 21 do Brasil para Davos, na Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial, e de lá para a cidade indiana, onde se juntou à comitiva presidencial. Todos os deslocamentos foram feitos em um jato Legacy, da Aeronáutica. A viagem de FAB do secretário-executivo foi noticiada pelo site do jornal O Globo.

“O que ele fez não é ilegal, mas é completamente imoral. Ministros antigos foram de avião comercial, classe econômica”, disse Bolsonaro.

O governo não informa o custo da viagem. Mas, de acordo com oficiais da FAB ouvidos pelo Estadão/Broadcast, um deslocamento como este não sai por menos de R$ 740 mil.

Santini viajou acompanhado de mais duas servidoras. A secretária do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, e a assessora internacional do PPI, a diplomata Bertha Gadelha.

Segundo interlocutores, Bolsonaro demonstrou ter ficado “muito irritado” com o voo “particular” e a mensagem negativa que pode passar à opinião pública, contrária ao discurso de austeridade nas contas públicas adotado pelo governo federal. O presidente não quis se dirigir a Santini, mas fez chegar a “bronca” ao secretário-executivo.

A estes interlocutores, Bolsonaro disse que quer saber como funcionam as regras de solicitação de aviões da FAB para modificá-las, a fim de evitar “abusos”, como classificou este caso.

Talvez, num dia destes de céu claro e muita luz, Bolsonaro descubra que a ala maluca do Governo, Weintraub, Damares, Carlucho, Dudu Surfistinha, Ônix Lorenzon, Olavo de Carvalho, e tantos outros, antes de servir de cortina de fumaça para as suas próprias maluquices, comprometem em definitivo a seriedade de seu Governo. 

Presidente resolve mandar o nazistão juntar as trouxas e partir.

O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o secretário de Cultura, Roberto Alvim, após vídeo em que faz referências ao nazismo. A publicação foi feita na manhã desta quinta-feira e gerou polêmica e indignação.

Fontes próximas ao presidente afirmam que a situação do secretário ficou insustentável, e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, já teria sido comunicado da decisão tomada pela cúpula do governo bolsonarista. Aliados no Congresso também já teriam sido avisados.

O trecho copiado diz: “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”.

Já o discurso de Roberto Alvim afirma: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”.

Volume de obras conduzidas pelo Exército despenca no Governo Bolsonaro.

Obras concluídas pelo Exército, como a BR 163, que aparecem em propagandas fakes, a maioria geradas nos escritórios do Ódio, não passam mesmo de uma sonora mentira. Foram contratadas no Governo Temer ainda em 2017. Na Transamazônica, no trecho Marabá-Estreito, foram asfaltados apenas 12,5 da estrada, que tem 273 km. Serviços de infraestrutura sob responsabilidade de militares chegou a R$ 1,2 bilhão no governo Lula; na gestão atual, existe apenas uma intervenção em andamento, de uma ponte orçada em R$ 547 mil.

No auge do PAC, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Exército tinha R$ 1,2 bilhão em obras contratadas com o governo federal. Agora, na gestão de Jair Bolsonaro, os militares conquistaram, até o momento, apenas a obra emergencial de uma ponte, orçada em R$ 547 mil. Desapontado, depois de se preparar com equipamentos e pessoas, o Exército pressiona e tem, pela primeira vez, a promessa de novos contratos. Mas estas obras não serão tão importantes como no passado.

Além da ponte no Amazonas, o Exército deve fechar, ainda neste ano, o contrato de manutenção da BR-226 no Rio Grande do Norte, um negócio avaliado em R$ 60 milhões. Além disso, os militares olham outras duas obras, que só deverão sair do papel em 2020: melhorias na BR-452, em Minas Gerais (R$ 139 milhões) e a duplicação de cerca de 10 quilômetros da BR-101 em Alagoas (R$ 80 milhões). Mas nem mesmo para estes trechos há garantias de que serão concedidos.

“O exército está mais preparado que nunca. Após o boom das obras do PAC foram comprados equipamentos de ponta e uma nova geração de engenheiros foi formada. Mas com os contratos acabando, isso tudo poderá ficar ocioso”, disse um militar de alta patente, sob sigilo.

O presidente Jair Bolsonaro não cansa de elogiar o exército e mostrar, nas redes sociais, obras que os militares fazem pelo país, principalmente em rodovias. O presidente que mais contratou o exército foi Temer, com 32 obras, seguido de Dilma e Lula. Em sete meses Bolsonaro só assinou um contrato, contra média anual de 6,4 desde 2003.

E  estas são obras concedidas em governos antigos, que estão próximas do fim. De fato as duas maiores obras que estão hoje com os fardados (duplicação da BR-116 no Rio Grande do Sul, em contrato de R$ 207 milhões, e pavimentação da BR-163 no Pará em contrato de R$ 140 milhões) foram concedidas em 2017 e 2018 pelo governo de Michel Temer, com seu fim já previsto no curto horizonte. Das atuais 30 obras em execução pelo Exército, 16 acabaram ainda em 2019.

Isso ocorre, segundo fontes do setor,  por causa das restrições orçamentárias que cortam em cheio os investimentos e pela necessidade de se ampliar empregos no país, o que ocorreria se empreiteiras privadas assumissem essas construções.

O uso massivo do Exército como empreiteira ocorreu no segundo mandato do presidente Lula, quando a economia crescia e os militares foram acionados para resolver gargalos como a duplicação da BR-101 no Nordeste, a construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) e a execução da Transposição do São Francisco.  Na época, o Exército chegou a figurar como uma das grandes “empreiteiras” do Brasil.

O Dnit confirma que, além destes trechos, o Exército poderá assumir obras no Maranhão e no Amapá, em trechos que somente serão concedidos no longo prazo.

“Esta parceria já é antiga. Para o Exército é bom para o adestramento de seu pessoal, como chamamos o treinamento. Para o Dnit conseguimos obras com qualidade e preço razoáveis”, afirmou o general Antônio Leite dos Santos Filho, que coordena o Dnit no Ministério da Infraestrutura.

A falta de recursos orçamentários explica parte deste problema. Mas o Dnit, embora não esteja na velocidade que gostaria, continua contratando. Dados compilados pela RHS Licitações apontam que, de janeiro a 25 de agosto deste ano, foram contratadas 237 obras e manutenções, uma alta de 9,7% sobre o número de contratos em igual período de 2018.

Ou seja, enquanto o Dnit concedeu uma obra ao Exército em todo o período, segundo o levantamento, foi concedida uma média de uma obra por dia à iniciativa privada. A maior parte destes contratos dizem respeito à manutenção dos cerca de 50 mil quilômetros sob responsabilidade do Dnit.

Pesquisa aponta que aprovação de Bolsonaro continua caindo

55% dos entrevistados dizem não confiar em Bolsonaro.

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria e do IBOPE aponta, agora às 16 horas:

A avaliação positiva (ótimo e bom) do Governo Bolsonaro era de 35% em abril, caiu para 32% em junho e agora está em 31%.

A avaliação negativa (ruim e péssimo), por sua vez, subiu de 27% em abril para 32% em junho e em setembro chegou a 34%.

Os que consideram o governo regular são 32% (eram 31% em abril e os mesmos 32% em junho). Os que não sabem ou não quiseram responder somaram 3%. Os que desaprovam a maneira de Bolsonaro governar já alcançou um percentual inédito — a metade da população, segundo o Ibope.

Metade dos entrevistados não aprova a gestão (eram 40% em abril e 48% em junho). Aqueles que aprovam somam 44% (eram 51% e 46% nas pesquisas anteriores). Um total de 6% não quis responder.

Por fim, a confiança em Bolsonaro também retraiu. Os que disseram confiar no presidente foram 42% dos entrevistados. Em abril, esse percentual era de 51% (caiu para 46% em junho). Do outro lado, 55% disseram “não confiar” em Bolsonaro (eram 45% em abril e 51% em junho).

O mais trágico da pesquisa é que alguns já demonstram saudade do tenebroso Governo Temer:

Para 43% dos entrevistados, atual administração é melhor que a de Michel Temer (2016-2018) – a parcela era de 47%, em junho. A pesquisa mostra, ainda, que 33% dos ouvidos consideram os governos iguais e 20% a avaliam como pior, ante 17% na última edição.

A íntegra da pesquisa está na página de estatísticas da CNI, que você pode acessar clicando aqui.

Vai ser preciso contratar mais gente e mais computadores robots para segurar esse samba.

 

Aprovação tácita do Governo Bolsonaro cai para baixo dos 30%. Reprovação atinge 39,5%.

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta 2ª feira (26.ago.2019) indica que o governo de Jair Bolsonaro tem a reprovação de 39,5% dos brasileiros.

A aprovação é de 29,4%. Outros 29,1% avaliam o governo como regular; e 2% não souberam opinar.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas de 22 a 25 de agosto em 137 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

A reprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 53,7% contra 41% de aprovação. Outros 5,3% não souberam opinar.

Por sua vez, 39,1% dos ouvidos consideram que o decreto sobre armas é a pior ação do governo em oito meses. Além disso, sete em cada dez pessoas afirmaram que a indicação do filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o posto de embaixador em Washington é inadequada.

Bolsonaro foi eleito em 28 de outubro de 2018. Ele obteve 57.797.466 votos (55,13% dos válidos). Em 2º lugar, ficou Fernando Haddad (PT), com 47.040.859 votos (44,87% dos válidos). Brancos e nulos foram 9,5% dos votos totais.

Prévia do PIB, IBC-Br tem recuo de 0,13% no 2º trimestre e indica risco de recessão técnica

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve recuo de 0,13% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, informou o BC nesta segunda-feira, 12.

Levantamento do Projeções Broadcast apontava mediana negativa de 0,40% para o indicador no período, com intervalo que ia de queda de 1,32% a taxa zero. Em relação ao mesmo segundo trimestre de 2018, houve alta de 0,85%.

Esse resultado indica a possibilidade de recessão técnica da economia brasileira: o PIB no primeiro trimestre ficou negativo e, tecnicamente, dois trimestres seguidos de queda na atividade econômica configuram recessão técnica.

ministro da Economia, Paulo Guedes, que participa nesta manhã de um seminário sobre a Medida Provisória 881, da Liberdade Econômica, no Supremo Tribunal Federal, evitou comentar o indicador.

Na comparação entre os meses de junho de 2019 e junho de 2018, houve baixa de 1,75% na série sem ajustes sazonais.

O resultado foi de alta de 0,62% na série sem ajustes sazonais no acumulado do primeiro semestre e de 1,08% nos 12 meses encerrados em junho. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2019 é de avanço de 0,8%. Do Estadão, com edição de O Expresso.

Pior que o Governo Temer, que acabou de enterrar a economia do Governo Dilma: assim caminha o Governo Bolsonaro, rumo à recessão e ao aumento do desemprego. Hoje o dólar rompeu de novo a barreira dos R$4,00, intuindo novas instabilidades na economia. 

No 1º semestre do governo Bolsonaro, 44 indicadores pioram e 28 melhoram

Entre os dados que mais apresentam deterioração, estão os das áreas do meio ambiente, educação e saúde.

Por Juliana Almirante, do Metro 1

A maioria dos quase 90 indicadores nacionais, que passam da economia ao meio ambiente, regrediu nos primeiros seis meses da gestão do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL).

O levantamento da Folha de S. Paulo verificou 87 estatísticas oficiais e de estudiosos que têm números atualizados até algum ponto do primeiro semestre de 2019 e cruzou com dados do ano passado.

Os dados foram concedidos por ministérios, IBGE, além de órgãos de pesquisa e organizações tradicionais ligadas a determinadas áreas, a exemplo do ISA (Instituto Socioambiental), na questão indígena.

Desse total de indicadores, 44 pioraram, outros 15 permaneceram estáveis e 28 deles apresentaram alguma melhora.

Entre os dados que mais apresentam deterioração, estão os das áreas da educação, saúde e meio ambiente. As informações oficiais divulgadas pelo Ministério da Justiça apontam melhora nos índices de criminalidade do país.

Na economia, por sua vez, foi registrado um equilíbrio. Entre os 47 indicadores econômicos analisados, houve piora em 20 e melhora também em 20. Outros sete permaneceram estáveis.

Na parcela negativa dos dados, se destaca o comportamento na área de comércio exterior, indústria e endividamento das famílias. Por outro lado, é registrada melhora nos índices de inflação e da Bolsa de Valores, assim como ligeiro avanço nos resultados do emprego no país.

Os indicadores analisados na reportagem, no entanto, variam não necessariamente em função da gestão federal.

A segurança pública é um exemplo, já que a maior responsabilidade cabe aos governos estaduais.

Na economia, os índices são influenciados por conjunto de ações ao longo dos anos e que extrapolam fronteiras.

Questionado ontem sobre a queda de índices, Bolsonaro, como de costume, respondeu educadamente a um repórter:

“Vá perguntar para o Paulo Guedes”.

General demitido diz que Governo Bolsonaro é um show de besteiras

Após ser demitido da Secretaria de Governo da Presidência da República, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz falou sobre o governo de Jair Bolsonaro.

Em entrevista à revista Época, ele disse que a gestão do presidente perde tempo com “bobagens” quando deveria priorizar questões relevantes para o país.

“Tem de aproveitar essa oportunidade para tirar a fumaça da frente para o público enxergar as coisas boas, e não uma fofocagem desgraçada. Se você fizer uma análise das bobagens que se têm vivido, é um negócio impressionante. É um show de besteiras. Isso tira o foco daquilo que é importante. Tem muita besteira. Tem muita coisa importante que acaba não aparecendo porque todo dia tem uma bobagem ou outra para distrair a população, tirando a atenção das coisas importantes. Tem de parar de criar coisas artificiais que tiram o foco. Todo mundo tem de tomar consciência de que é preciso parar com bobagem”, afirmou Santos Cruz à revista.

Sabe, General, aqui do Sertão Nordestino, tão longe dos corredores palacianos, sentimos a mesma coisa. O Governo não passa de uma sucessão trágica de desmandos e esquetes de novela mexicana.

Mourão em relação ao Governo Bolsonaro: “Eu trabalharia com pessoas diferentes.”

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou neste domingo (7) que, se estivesse no lugar de Jair Bolsonaro, teria escolhido outras pessoas para trabalhar com ele no comando do governo.

Durante encerramento da Brazil Conference, nos EUA, o vice fez um balanço dos cem primeiros dias do governo Bolsonaro –completos na quarta-feira (10)– e foi questionado sobre o que faria diferente caso fosse o presidente.

Em um primeiro momento, Mourão disse que agradecia a pergunta, mas que sua parceria com Bolsonaro era total. “Quando ele toma uma decisão, eu acato.”

Questionado mais uma vez sobre possíveis mudanças na condução do país até aqui, o vice então respondeu: “Talvez pela minha personalidade, eu escolhesse outras pessoas para trabalhar comigo”.

Para Mourão, a grande participação de militares no governo Bolsonaro cria um risco de associação caso o governo falhe.

Se nosso governo falhar, errar demais, não entregar o que está prometendo, essa conta irá para as Forças Armadas, daí a nossa extrema preocupação.”

O vice respondia à pergunta da plateia –formada por estudantes, professores e pesquisadores– sobre o papel dos militares no Planalto e a percepção do presidente Ernesto Geisel (1974-1979) de que governar não era tarefa das Forças –Geisel iniciou a transição do regime militar para o civil.

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Pensa que é só o agronegócio. Obras de infraestrutura param por política anti-China de Bolsonaro.

Trens de alta velocidade – até 350 km/hora – da China. Tecnologia que poderia ser aproveitada na obra do trem bala Rio/São Paulo.

A retórica anti-China do presidente Jair Bolsonaro travou o primeiro desembolso do fundo multibilionário criado pelos dois países para impulsionar a cooperação econômica bilateral, o Linhão de Belo Monte.

Lançado em 2015, o Fundo de Cooperação Brasil-China para Expansão da Capacidade Produtiva demorou quase três anos para ser estruturado e chegar à lista final das obras.

Agora com o franco posicionamento do Governo Federal pró-Estados Unidos, o financiamento encontra-se parado.

As obras de infraestrutura no País estão estacionadas há quase três anos. Mas, além de perder R$30 bilhões de exportações de soja para a China, o Brasil perde agora também o primeiro financiamento do Fundo, em torno de US$2,6 bilhões, quase 10 bilhões de reais.

Também estão em risco, em particular na Bahia, a ponte Salvador-Itaparica, o novo porto de Ilhéus e a complementação da Ferrovia Oeste-Leste.

 

Governo continua amarrando cachorro com linguiça. Veja que lástima.

Quem deveria ser o guardião das reservas florestais é defensor da extinção das mesmas.

A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, representante fundamentalista da bancada do agronegócio, informou por uma rede social que o ex-deputado Valdir Colatto (MDB-SC) vai comandar o Serviço Florestal Brasileiro. Colatto é ruralista e autor de um projeto de lei, apresentado em 2016, que libera a caça de animais silvestres no Brasil, mesmo dentro de unidades de conservação.

“O projeto prevê ainda a criação de fazendas particulares de caça de animais silvestres e dá permissão a zoológicos para que vendam animais para criadouros particulares. O texto só exclui da caça animais domesticados e espécies em risco de extinção.

O então deputado – ele não foi reeleito em 2018 – também incluiu no projeto permissão para comercialização de animais silvestres e retirada do porte de arma de fiscais ambientais. Integrante da bancada da bala, ele incluiu no texto flexibilização da posse de armas para proprietários rurais”, informa a publicação.

As mídias sociais de situação e oposição fazem o jogo que o novo Governo quer

Frases impactantes como “meninas de rosa, meninos de azul”, “livrar o país do socialismo”, “chegou a nova era” e similares parecem comprovantes do nível rasteiro do governo Bolsonaro, mas têm uma função estratégica muito sofisticada que talvez você não tenha percebido.

1) Esses slogans desestabilizam a oposição. Pensávamos essas questões como superadas, então dá uma revirada nada saudável no nosso juízo ver alguém proferindo essas barbaridades impunemente. A gente perde o ânimo, cansa de verdade. E é isso que eles querem.

2) Os slogans absurdos também rendem muitas matérias, muitas hashtags, muito engajamento dos dois lados da política. Ou seja: passam a ser assuntos mais urgentes que discutir desigualdade, geração de empregos, corrupção, crescimento. É isso que eles querem.

3) Elas dividem a população e dificultam uma cobrança por parte dos eleitores de ambos espectros políticos. É como se tivéssemos que concordar com tudo ou discordar de tudo pra nos encaixarmos em um dos lados. Em suma, paramos de pensar. É isso que eles querem.

4) Essas frases impactantes também esvaziam o diálogo. E não há nada mais confortável que governar uma população com debate vazio. Fica bem simples manipular todo mundo, a favor e contra. É isso que eles querem.

5) Elas também simplificam o trabalho da imprensa. Pra que perder tempo e dinheiro apurando fatos se os likes estão garantidos com esses slogans? “Põe BOLSONARO AFIRMA QUE VAI LIVRAR PAÍS DO SOCIALISMO” que a audiência tá garantida”. É isso que eles querem.

6) Temos uma consistente cortina de fumaça que libera Bolsonaro do compromisso de governar. Em vez de explicar quais são as medidas reais para fazer o país voltar a crescer, as lives do Bozo serão sobre esses slogans. Ele cria, ele repercute, ele explica. É isso que eles querem.

7) Além disso, esses slogans rendem desmentidos, retificações, direitos de resposta e acusações de que a imprensa produz fake news. Imprensa sem credibilidade nunca leva as democracias para um bom lugar. É isso que eles querem.

8) Não se ganha uma eleição presidencial sem uma estratégia eleitoral inteligente (honesta ou não, tem que ser inteligente). Então vamos parar de subestimar o grupo que está no poder. Eles não são idiotas. Mas é isso que eles querem que você pense.

9) Vamos enxergar além da cortina de fumaça. Cada slogan desse nos causa uma revolta (ou uma satisfação, a depender de qual lado você está) que nos imobiliza enquanto cidadãos. É exatamente isso que eles querem.

10) Sejamos menos manipuláveis. Porque Bolsonaro apenas abriu uma porta que muitos outros tentarão atravessar. É uma estratégia que veio pra ficar. Será copiada. Sejamos mais inteligentes. É isso que eles NÃO querem. Que a gente pense.

Pra finalizar, um conselho: próxima matéria com frase absurda que você ler, pense duas vezes antes de sentir algo a respeito. Contenha o impulso de compartilhar, xingar, bater textão. Aguarde uns minutos e pense: “qual a real intenção de dizer isso?”. É isso que eles NÃO querem.