Dilma faz limpeza geral no Ministério dos Transportes.

Pagot: fortes amizades no Oeste baiano

A revista Veja traz, neste sábado, como reportagem de capa, o segundo grande escândalo do Governo Dilma. Desta vez, não foi a imprensa que saiu na frente, mas o próprio governo que tomou a iniciativa de demitir o segundo escalão do Ministério dos Transportes. A reportagem de Veja diz que a presidente Dilma Rousseff decidiu neste sábado afastar do cargo os representantes do Ministério dos Transportes envolvidos em denúncia apontada em matéria de VEJA desta semana. A reportagem revela um esquema de pagamento de propina para caciques do PR, Partido da República, em troca de contratos de obras.

Dilma conversou com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, neste sábado e acertou o afastamento dos envolvidos. São eles: Mauro Barbosa da Silva, chefe de gabinete do ministro; Luís Tito Bonvini, assessor do gabinete do ministro; Luís Antônio Pagot, diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); e José Francisco das Neves, diretor-presidente da Valec. O desligamento dos funcionários será formalizado a partir da próxima segunda-feira, pela Casa Civil.

A saída dos corruptos pode significar que obras importantes para o Oeste baiano, como a duplicação da BR-242 no trecho urbano de Luís Eduardo, o anel viário de Barreiras, a terceira pista da BR-242 entre Barreiras e LEM e a própria ferrovia Oeste/Leste podem demorar ainda mais.

Se há mais de 6 meses prometem dois redutores de velocidade para Luís Eduardo e até agora não conseguiram instalar, o que pensar de uma obra grande como a duplicação?

Fogo amigo no Planalto.

“O futuro governo deverá deixar pelo caminho quantidade explosiva de insatisfeitos e ressentidos por terem sido deixados de fora da arca de Dilma. O fogo amigo já virá em alta temperatura no começo de 2011 (sobretudo porque as eleições municipais já se avizinham), prometendo fazer desbotar rapidamente a foto oficial do primeiro ministério da presidente eleita.”

A afirmação é do presidente do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, “el bruxo”, que abalou os alicerces da República ao denunciar o mensalão instituído por José Dirceu e companhia. Leia mais sobre a repartição do pão e do vinho do Governo Dilma, em análise criteriosa no blog do Jefferson.