Serra do Ramalho: professores estão em greve há 30 dias. Prefeito se nega a negociar.

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Os professores da rede municipal de ensino de Serra do Ramalho estão a quase 30 dias com as suas atividades paradas. Segundo o comando de greve, coordenado pelo Sindicato dos Servidores Públicos, a greve foi deflagrada no dia 14 de abril por falta de diálogo por parte do prefeito Padre Deoclides (PPS).

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Segundo Jucélia Bertoldo Mariano, presidente do sindicato, os professores e a população sofrem com os desmandos do prefeito que geri o município como administra a própria casa. “O prefeito não respeita os trabalhadores, os repasses dos FUNDEB não são utilizados como deveriam ser. Nossas escolas não estão em boas condições e sumariamente sem ao menos receber o sindicato e os trabalhadores foi descontado dias parados. Isso é uma arbitrariedade!”, protestou.

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Nesta segunda-feira, com a participação de mais de 500 pessoas entre estudantes, pais de alunos e educadores, uma marcha foi realizada nas principais ruas da cidade em protesto contra os baixos salários, em reivindicação a participação no fundo de previdência dos servidores (IMUP), cumprimento.

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Para Dalva Maria Santos Cruz, que há mais de 25 anos é professora no município a situação causa grande insegurança quanto ao futura. “Sou graduada e pós graduada, tenho salário base de R$ 797,67 e a quatro anos não temos reajuste. Estou as vésperas de minha aposentadoria e o nosso fundo de pensão que deveria ser superavitário está com o caixa negativo. Tenho medo com relação a minha aposentadoria”, desabafou.

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A professora Dalva disse ainda que há suspeita por parte de toda a categoria de que todos os gestores que já passaram pela administração municipal desviarem os recursos do IMUP uma vez que nunca houve gestão democrática no Instituto previdenciário.

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Segundo o advogado da categoria, Drº Marcos Menezes, até o momento a prefeitura não entrou na justiça questionando a ilegalidade da greve. “Após quase trinta dias da deflagração o gestor não se manifestou na justiça. Isso é uma ilegalidade, e como não bastasse pagar vencimentos abaixo do estabelecido em lei descontou de seis dias parados causando grave prejuízo aos trabalhadores. Entraremos na justiça para que os valores sejam creditados em favor dos profissionais”, disse o causídico.

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José Heitor Vinícius, vice-presidente da entidade disse que os recursos do FUNDEB estão sendo de forma suspeita. “Nossas escolas em sua maioria não apresentam reformas apresentadas nas contas direcionadas ao Tribunal de Contas dos Municípios, a merenda escolar é de péssima qualidade, a fortes indícios de que os valores pagos pelo transportes escolar estão fora da realidade. O prefeito tenta nos intimidar com o uso da força por isso estamos na luta contra o sucateamento da educação. Nosso sentimento é de que o prefeito não tem compromisso e por isso estamos na luta contra esses desmandos”.

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Outra denúncia foi apresentada pela professora Rosangela Dourado que afirmou que o prefeito chegou ao limite da irresponsabilidade com os professores e sociedade de Serra do Ramalho. “Um verdadeiro absurdo esses descontos são injustos uma vez que o prefeito chegou ao cúmulo de cortar ponto de professores que deveriam estar trabalhando numa creche que não tem sala de aula para comporta-los”, disse.

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Outra denúncia feita pela docente, refere-se a 47 professores que estão a dias sem aula num curso de formação continuada na UNEB por conta do prefeito não estar fornecendo transporte para uma única professora se deslocar de Bom Jesus da Lapa até o município. Segundo informou a professora e estudante Rosangela Dourado “o transporte seria a contrapartida da prefeitura no acordo com a universidade da Bahia”.

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Em protesto os trabalhadores simbolicamente deram um abraço na sede da administração municipal.

Formosa: sem salários, professores ameaçam deflagrar greve

Assembleia APLB (1)

Pela terceira vez no ano, Formosa do Rio Preto pode ficar sem aula na rede pública municipal. O motivo é a falta de pagamento dos salários dos professores.

A decisão de indicativo de greve foi tomada em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (10), na sede da APLB-Sindicato. Segundo informações, a prefeitura vem, ao longo deste primeiro ano de mandato, cometendo uma série de desrespeitos com a classe docente. “Não podemos aceitar mais essa afronta, o dia para recebimento dos salários sempre foi no 5º dia útil de cada mês”, disse uma professora.

Ofício organizado pela entidade sindical, está sendo encaminhado a administração municipal, no intuito de agendamento de audiência com o prefeito Jabes Júnior e para que se preste os devidos esclarecimentos. “Nada justifica o atraso nos salários, as verbas do FUNDEB são suficientes! Se até a próxima sexta-feira (13) não forem feitos os depósitos nas contas, faremos paralisação por tempo indeterminado ou até que se resolva a situação”, dizem os professores.Maxxi Rome

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Professores de Barreiras estão em greve.

Em assembléia, realizada ontem no espaço Javan, grande número de professores  foi unânime em declarar estado de greve por tempo indeterminado em Barreiras.
Segundo Edson Vieira Lima, presidente do Sindsemb, muitas foram as tentativas de negociação com a gestão municipal. “Encaminhamos ofícios, solicitamos audiências e a prefeita Jusmari não nos recebeu para o diálogo. Todo gestor que se levantou contra o servidor caiu, ou com um golpe só, ou com alguns desgastes.”, disse Edson.

O movimento dos professores faz diversas reivindicações, dentre eles o cumprimentos da lei 11.738, que regulamenta o piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica, a regularização na entrega dos vales transporte, dentre outros.

A professora Luzimar Santos, diz que a greve é inevitável: “Diante da omissão da gestora não há outro caminho, para alcançar nossos objetivos, não abrimos mão de utilizar todas as formas de lutas disponíveis, inclusive o direito de greve assegurado aos trabalhadores. Atualmente, uma série de direitos dos profissionais do magistério estão sendo desrespeitados pela atual administração, todos eles indispensáveis à melhoria da qualidade da educação pública. Vamos seguir todos os tramites legais para que a mesma seja dentro da legalidade”, disse a professora. Informações do site Caminhos do Oeste.