Justiça determina abertura de rodovias. Governo quer sentar para negociar.

rodoviasA Justiça Federal da Bahia deve determinar no dia de hoje a citação de caminhoneiros grevistas para que desmontem os bloqueios de Luís Eduardo Magalhães.

O Governo instala nesta quarta-feira (25) uma mesa de negociações e diálogos com representantes dos caminhoneiros e das transportadoras. O objetivo é tentar resolver os problemas decorrentes das manifestações que já bloqueiam rodovias de nove estados brasileiros. A redução do preço do óleo diesel, no entanto, não está em pauta, conforme informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto.

Na pauta do encontro desta quarta, marcado para 14h, estão o preço do frete, uma das principais reivindicações do movimento, a regulamentação da Lei dos Caminhoneiros, aprovada recentemente pelo Congresso Nacional, e a prorrogação dos financiamentos do programa Procaminhoneiros.

O fato de o Governo estabelecer uma posição firme em relação ao óleo diesel, que prejudica a agricultura e ao transporte rodoviário não pode deixar de ser encarado por dois lados: primeiro um confisco à economia privada, principalmente no que diz respeito à adição do custo do transporte a produtos de consumo popular.

Os aumentos subsidiam as pesadas perdas da Petrobras com a repressão aos aumentos em época eleitoral, a má gestão  e a corrupção na estatal, bem como a incapacidade de solucionar os problemas de refino, frente ao fato de que o País consome muito mais diesel do que outros derivados.

Por outro lado, a política realista de preços tenta recuperar a produção nacional de álcool de cana, cadeia produtiva abandonada pelo Governo com a euforia, fantasiosa, proporcionada pelo descobrimento das jazidas do pré-sal.

Os prejuízos são múltiplos em todo o País. No entanto, o desmonte do transporte rodoviário não pode prosperar. Historicamente, o principal erro estratégico do Governo remonta ao final dos anos 60, quando a ditadura militar resolveu abandonar as ferrovias e optar pelo transporte rodoviário, por vários motivos: uma alegada questão de segurança nacional e o incentivo à indústria automobilística.

Mesmo dependente da importação de petróleo e derivados, o País ficou refém dos combustíveis, abandonando o transporte de passageiros e cargas através do trem.

 

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Bancários aderem à greve em Barreiras

bancários em barreirasdApós assembleia na noite desta quarta-feira (18), em Salvador, os bancários da Bahia decidiram aderir à paralisação nacional e entrar em greve a partir desta quinta-feira (19), por prazo indeterminado. Em Barreiras, todas as instituições públicas e privadas não abriram para expediente, o que deve causar grande correria, para os que pretendem pagar seus débitos às agências dos Correios e também a correspondentes bancários.

A categoria reivindica reajuste salarial de 11,93% Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860,00, além do fim de metas abusivas e do assédio moral que, segundo afirmam, adoece os bancários.

Agora estão em greve: bancários, correios e servidores públicos municipais.

Fim de semana decisivo para a greve dos funcionários federais

Por Luciene Cruz e Rivadavia Severo, da ABr

O fim de semana é decisivo para os servidores públicos federais e o governo negociarem o fim das greves. Estão previstas 20 reuniões neste fim de semana. O governo colocou o dia de amanhã como a data limite para negociação. O percentual de 15,8% de aumento salarial é o mesmo oferecido a diversas categorias. Segundo o Planejamento, as negociações ocorrem com cerca de 30 sindicatos.

Faltando menos de uma semana para 31 de agosto, prazo limite para o envio do Orçamento ao Congresso Nacional, que deve conter a previsão de gastos com a folha de pagamento para 2013, o governo fechou acordo com apenas duas categorias. As mais de 180 rodadas de negociações entre servidores federais públicos e governo, que ocorrem desde março para negociar reajustes salariais, seguem sem definição.

Até o momento, só as negociações com a área da educação, segmento considerado estratégico e prioritário pelo governo, foram resolvidas. Apenas a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria dos docentes federais, e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante dos técnicos administrativos universitários, aceitaram a proposta do governo.

Foto de Marcelo Camargo, da ABr

Segundo o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, as negociações se encerram no domingo (26). Na segunda e terça-feira, os representantes do governo vão receber os sindicalistas apenas para assinatura de acordos.

O índice oferecido as demais categorias devem impactar em cerca de R$ 11,85 bilhões a folha de pagamento nos próximos três anos. Para os professores universitários, a proposta acordada foi de reajustes que variam entre 25% e 40%, nos próximos três anos, e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13. A oferta terá custo de R$ 4,2 bilhões para a folha de pagamento.

No caso, dos servidores administrativos das universidades, o impacto do reajuste será de R$ 2,9 bilhões. O acordo prevê além do reajuste “parâmetro”, incentivos à titulação. Todas as propostas feitas pelo governo se aceitas, devem onerar em R$ 18,95 os gastos com pessoal no período de três anos. As ofertas prevêem reajustes de 15,8%, fracionados até 2015.

Mendonça destacou que o índice oferecido aos servidores é o teto que o governo pode chegar. “A oferta já foi feita e esse é o parâmetro dado. É um impacto que pode ser absorvível nos próximos três anos, mas do que isso não podemos dar”, disse. Mesmo tendo assinado com apenas com duas entidades sindicais, o secretário segue otimista. “Estamos finalizando o processo de negociação, várias categorias sinalizaram que vão aceitar a proposta do governo. Esperamos fechar com todas”, acrescentou.

O Planejamento estima que a greve atinja a cerca de 80 mil servidores públicos federais. Em contrapartida, os sindicatos calculam que cerca de 350 mil funcionários paralisaram as atividades. Enquanto acordos entre entidades sindicais e governo não são fechados, servidores de várias categorias seguem em greve.

Entre os funcionários que estão com as atividades paralisadas estão Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal entre outros.

Greve da PM pode ser rastilho de pólvora em 8 estados.

Além da Bahia, há forte mobilização entre praças e soldados das milícias estaduais em outros oito estados: Rio, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Alagoas, segundo informações do jornalista Reinaldo Azevedo. Dona Dilma já avisou que ninguém pode ser preso por reivindicar, mas que também não é partidária de anistiar amotinados.

Na Bahia, seis municípios do interior  decidiram encerrar a greve da Polícia Militar na manhã desta quinta-feira (9), segundo informações do comandante da 34ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Brumado, o major Arthur Mascarenhas. A decisão foi tomada por volta das 10h, e de acordo com o major, as viaturas da PM já voltaram a circular normalmente nas cidades.
“A greve foi encerrada nessas seis cidades por conta de uma deliberação do comando geral, que informou que o movimento teria acabado”, afirma o Comandante. “Todo o efetivo da PM já voltou às ruas em Brumado, Guanambi, Macaúbas, Livramento de Nossa Senhora, Ibotirama e Poções”.

Polícia procura assaltantes de bancos da Capital e interior.

A Polícia Civil da Bahia divulgou, através de nota, que os ataques às agências bancárias de Teodoro Sampaio e Ibirataia assim como as da capital já são investigados. O delegado Luís Filgueiras, titular da Delegacia Territorial (DT) de Teodoro Sampaio, já solicitou as imagens do circuito interno de vigilância da agência bancária que sofreu uma tentativa de furto, na madrugada desta quinta-feira (2), no centro do município.

Em Ibirataia, peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) estiveram, na manhã desta quinta-feira (02), na agência bancária local, incendiada por assaltantes durante a madrugada. Já em Salvador, a Polícia Civil também já solicitou as imagens das quatro agências cujas portas de vidro foram alvos de vandalismo, na madrugada desta quinta-feira (2). As agências do Porto Seco Pirajá, Liberdade, Iapi e Barros Reis foram atingidas por disparos de arma de fogo, deflagradas por homens a bordo de um veículo de passeio ainda não identificado.
Com informações do Bahia Notícias. 

Em Luís Eduardo Magalhães, o comandante da CIPE – Cerrad0, major Uzeda,  informou que os seus soldados não cruzarão os braços, como ocorre na Capital e em cidades maiores do interior baiano.

PARALISAÇÃO DECLARADA ILEGAL PELA JUSTIÇA

A paralisação convocada por segmento de policiais militares baianos foi considerada ilegal nesta quinta-feira (2) pelo juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Brito. O juiz acolheu requerimento do governo, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), no ato representada pelo procurador Marcos Sampaio, determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA) “suspenda o movimento grevista deflagrado”.

Segundo o procurador-geral do Estado, Ruy Moraes, caso a entidade não cumpra a decisão de imediato, será cobrada multa de R$ 80 mil por cada dia de paralisação. “Os policiais do segmento grevista devem retornar de imediato às atividades. Este é um serviço essencial e indispensável. Portanto, não comporta paralisação”.

Marcos Sampaio disse que, além da ilegalidade da greve, alegou na representação enviada à 6ª Vara da Fazenda Pública sobre os riscos que a população foi exposta com a paralisação. “O magistrado ficou muito sensibilizado com o problema. Não só por ser o serviço dos policiais militares essencial, como pela visitação de turistas, as pessoas desenvolvendo a sua fé na festa de Iemanjá e a menos de 15 dias para o início do Carnaval. Por isso determinou a suspensão do movimento. Portanto, a greve é ilegal e inconstitucional, e quem participa dela está à margem da legalidade nesse momento”, ressaltou Sampaio.

A decisão determinada por Ruy Eduardo Almeida Brito já está em vigor e será entregue ainda nesta quinta-feira à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia.

PREFEITO DE FEIRA PEDE AUXÍLIO DO EXÉRCITO

Alegando precaução, o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (PSD), fez um pedido oficial ao Exército para auxiliar o policiamento da maior cidade do interior baiano. Em conversa com o Política Hoje, ele confirmou que fez a solicitação ao general Gonçalves Dias, por telefone, e também ao Coronel Santos, comandante do 35 BI, apoio do Exército. “Está havendo um clima de pânico e, inclusive, minha orientação como prefeito é para que as pessoas fiquem em casa. O comércio praticamente fechou as portas. A cidade não está em guerra, mas o momento não é propício para as pessoas ficarem nas ruas”, disse.

O gestor de Feira de Santana não soube dizer quantos PM’s estão nas ruas, mas relatou que a Polícia Civil e a Guarda Municipal estão auxiliando no policiamento, mas não é suficiente, nas avaliação dele. Uma das maiores da Prefeitura preocupações é com o Samu. “Quando vai socorrer tem violências e os próprios técnicos não querem ir. Já houve morte na Estação de Transbordo, estão acontecendo arrastões”, completou.
O único fato estranho durante a conversa do PH com o prefeito, foi o fato de que inicialmente ele afirmou que a cidade estava “em pânico”, mas depois voltou atrás e disse que havia “uma certa tranquilidade”. Ele aguarda a resposta do Exército sobre a solicitação.
Por Sandro Badaró

80 mil trabalhadores estão em greve em grandes obras do PAC.

Nas últimas semanas, obras do PAC foram paralisadas, como a construção das hidrelétricas de Jirau, em Porto Velho, e de Santo Antonio, no Rio Madeira. Segundo as centrais e as construtoras, cerca de 80 mil trabalhadores de obras do PAC em quatro estados estão parados. Eles reivindicam maiores salários, qualidade no transporte e melhores condições de trabalho. Há 22 mil trabalhadores parados em Jirau, 16 mil em Santo Antonio, 34 mil na Petroquímica de Suape, 7 mil em obras na Bahia e 3 mil em uma obra do PAC no Mato Grosso do Sul. Agora construtoras e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) estão fazendo reuniões para um grande acordo.