
Os presidentes de países latino-americanos, reunidos no México, durante a XXI Cúpula do Grupo do Rio, aprovaram moção de solidariedade à Argentina na questão das Malvinas ou Falklands, como dizem os ingleses. Acredito muito pouco que a pressão internacional e a diplomacia consigam devolver as Malvinas à Argentina. Mas é a única solução viável, longe da insânia dos generais argentinos, o “loco” Galtieri à frente, que num gesto messiânico, em 1982, ceifaram a vida de centenas de jovens argentinos, numa aventura em busca de projeção política.

Os militares argentinos enviaram 12 mil homens às ilhas, sem equipamento nem preparação adequados para uma guerra que finalmente terminou em 14 de junho, após 74 dias de combates. A vitória reforçou a popularidade de Thatcher e precipitou o fim da ditadura argentina. Para os soldados argentinos que conseguiram voltar para casa, a vida depois das Malvinas representou outra tragédia: cerca de 270 veteranos que sobreviveram ao conflito se suicidaram. O saldo de mortos é de 649 soldados argentinos – segundo informações dos veteranos – e 255 britânicos (segundo dados publicados pela imprensa argentina).
Em 1991 fui visitar o memorial argentino em lembrança dos jovens argentinos mortos. E me emocionei ao ler todos os nomes e encontrar o de dois irmãos, com menos de 2 anos de idade de diferença entre eles, um deles meu homônimo, Carlos Alberto.
O Brasil ajudou secretamente a Argentina na guerra e até deteve um bombardeiro Vulcan, inglês, no Galeão, que teve dificuldades técnicas ao se dirigir para as Malvinas. Mas o apoio americano à Inglaterra foi decisivo. Numa batalha desigual com a forte armada britânica e contra os sherpas, os soldados assassinos da infantaria, a nação argentina mergulhou em forte depressão.

