Depois de dois votos a favor no STJ, Temer garante liberdade

Ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz durante julgamento do habeas corpus protocolado pela defesa do ex-presidente Michel Temer.

Brasília, 15h12m

A ministra Laurita Vaz, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi a segunda a votar hoje (14) pela soltura do ex-presidente Michel Temer, que está preso preventivamente desde 9 de maio na cidade de São Paulo.

Com isso, Temer deve ser solto, uma vez que quatro ministros participam do julgamento e, mesmo em caso de empate, o resultado deve favorecer o réu, no chamado in dubio pro reu, um dos princípios do Direito Penal.

Laurita Vaz seguiu do voto do relator, ministro Antônio Saldanha Palheiros, que deliberou pela soltura de Temer. Ela concordou que o decreto original de prisão foi incapaz de apontar algum ato delitivo recente que justificasse a prisão preventiva do ex-presidente.

Em seu voto, a ministra destacou que costuma ser rigorosa no julgamento de casos de corrupção que lesam os cofres públicos, afirmando que o Brasil precisa “ser passado a limpo”, mas ressalvou que “essa luta não pode virar caca às bruxas com ancinhos e tochas na mão, buscando culpados sem preocupação com princípios e garantias individuais que foram construídos ao longo de séculos”.

Assim como Saldanha Palheiros, Laurita Vaz estendeu os efeitos de seu voto ao coronel João Baptista Lima, amigo de Temer que também se encontra preso. Laurita Vaz determinou, assim como o relator, que, mesmo soltos, ambos não podem mudar de endereço ou se comunicar entre si, devendo ainda entregar seus passaportes.

Restam votar ainda os ministros Rogério Schietti e Nefi Cordeiro. O ministro Sebastião Reis Júnior se declarou impedido por já ter atuado em escritório que no passado prestou serviços à Usina de Angra 3, que é alvo das investigações que resultaram na prisão de Temer. Relato da Agência Brasil.

Correntina: Justiça manda soltar vereador Maradona

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus e mandou soltar o vereador e ex-presidente da Câmara de Correntina, Wesley Campos Aguiar (PV), o Maradona. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou a prisão do legislador em maio, mas Aguiar esteve foragido até dia 21 de agosto, quando se entregou ao Judiciário. O alvará de soltura foi expedido pelo STJ no começo deste mês de setembro e confirmado pelo TJ-BA no último dia 5.

Wesley Campos Aguiar é investigado pela Operação Último Tango, ação deflagrada em novembro de 2017 pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) contra uma organização criminosa suspeita de fraudar processos licitatórios e contratos no município de Correntina. O grupo também é acusado de desviar verbas públicas mediante pagamento de gratificações indevidas a servidores e realizar exigências ilícitas ao prefeito, inclusive entrega de propina de R$ 50 mil para alguns vereadores em troca da aprovação de projetos de lei.

Conforme despacho do juiz de direito Ricardo Augusto Shcmitt, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa, o STJ determinou ao vereador o pagamento de uma fiança no valor de R$ 30 mil para confirmar a soltura do investigado, que se encontrava preso em Santa Maria da Vitória. Bocão News.

STF concede prisão domiciliar a presas grávidas ou com filhos de até 12 anos

 Da Agência Brasil

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (20) conceder prisão domiciliar a todas as mulheres presas preventivamente que estão grávidas ou que sejam mães de crianças de até 12 anos. A medida vale somente para detentas que aguardam julgamento e não tenham cometido crimes com uso de violência ou grave ameaça, e também vai depender da análise da dependência da criança dos cuidados da mãe. Cerca de 4 mil mulheres devem ser beneficiadas.

A decisão foi tomada a partir de um habeas corpus protocolado por um grupo de advogados militantes na área de direitos humanos, com apoio da Defensoria Pública da União (DPU). A medida vale para presas que estão em uma lista do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e que foi remetida ao Supremo pela DPU.

De acordo com a decisão, os tribunais de Justiça do país serão notificados sobre a decisão e deverão cumprir a decisão em 30 dias. Os parâmetros também deverão ser observados nas audiências de custódia.

mulher grávida negra segurando a barriga
Apenas 34% das prisões do país têm celas para gestantes e só 5% têm creches. Divulgação/Fiocruz

Ao votar pela concessão da prisão domiciliar, o relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, entendeu que concessão do habeas corpus coletivo se justifica diante da realidade degradante das mulheres nas prisões brasileiras, com detentas sem atendimento pré-natal e casos de presas que dão à luz algemadas.

Bebês encarcerados

Em seu voto, Lewandowski citou dados que mostram que somente 34% das prisões têm celas para gestantes, 30% possuem berçários e apenas 5% têm creche.  “Seguramente, mais de 2 mil pequenos brasileirinhos estão atrás das grades com suas mães, sofrendo indevidamente contra o que dispõe a Constituição”, argumentou o ministro.

O entendimento do relator foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello. O ministro Edson Fachin foi o único a votar contra a medida, por entender que a prisão domiciliar para lactantes deve ser analisada caso a caso.

Durante o julgamento, a DPU e entidades de defesa de direitos humanos pediram que fosse aplicada a todas as mulheres presas no país a regra prevista no Artigo 318 do Código de Processo Penal (CPP), que determina a substituição da prisão preventiva pela domiciliar para gestantes ou mulheres com filhos de até 12 anos incompletos.

Apesar de estar previsto no Código de Processo Penal, a Justiça entende que a concessão dos benefícios às gestantes não é automática e depende da análise individual da situação de cada detenta.

A Defensoria argumentou que o ambiente carcerário impede a proteção à criança que fica com a mãe no presídio. O órgão também destaca que algumas mulheres são mantidas algemadas até durante o parto. Além disso, segundo a DPU, na maioria dos casos, as mulheres são presas por tráfico de drogas e, após longo período no cárcere, acabam condenadas apenas a penas restritivas de direito.

Batata quente: Rosa Weber julgará habeas de Lula

ROSA WEBBER

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber vai relatar habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A redistribuição foi feita por meio eletrônico, após o ministro Edson Fachin se declarar impedido para julgar o habeas corpus. A ministra foi citada por Lula em dos grampos telefônicos autorizados pelo juiz Sérgio Moro.

A defesa de Lula apresentou o recurso para derrubar decisão do ministro Gilmar Mendes, da última sexta-feira (18), que barrou a posse do ex-presidente na Casa Civil.

Ontem (20), a petição da defesa do ex-presidente Lula foi endereçada ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski. No entanto, na manhã desta segunda-feira, Lewandowski decidiu distribuir o habeas corpus eletronicamente, por entender que o assunto não é de competência da presidência do Tribunal. Ao declarar-se suspeito, Fachin devolveu o recurso à presidência da Corte.

No dia 4 de março, Rosa Weber negou pedido da defesa do ex-presidente para suspender as investigações da 24ª fase da Operação Lava Jato, que envolve Lula. No recurso, os advogados de Lula pediram que as diligências fossem suspensas até que o STF decidisse sobre o conflito de competência sobre as investigações. Para a defesa, as investigações não poderiam prosseguir porque o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal no Paraná, no âmbito da Lava Jato, investigam os mesmos fatos. Da Agência Brasil.

STJ nega habeas corpus a executivos da OAS

José Aldemário: continuidade na prisão
Ricardo Pessoa, da UTC: continuidade na prisão

O desembargador convocado do Superior Tribunal de Justiça (STJ),  Newton Trisotto, negou hoje (17) dois habeas corpus que pediam a soltura de quatro executivos e um advogado da construtora OAS, presos na última sexta-feira (14) na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Eles estão presos na carceragem da PF, em Curitiba (PR).

Os envolvidos são suspeitos de participação em um esquema criminoso de superfaturamento de contratos e obras da Petrobras que, segundo a PF, pode ter movimentado mais de R$ 10 bilhões.

O desembargador convocado manteve a decisão da desembargadora Maria de Fátima Freitas Laberrère, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre. Ela que negou os pedidos de habeas corpus impetrados no sábado (15), pelo advogado Marcelo Leal de Lima Oliveira para que José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da empreiteira; Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Ricardo Nogueira Breghiroll, funcionários da construtora OAS; e Alexandre Portel Barbosa, advogado da empresa, fossem soltos.

Julgamento do habeas corpus de Prisco será na terça-feira

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O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, na noite deste sábado (19), o habeas corpus eletrônico requerido pela defesa do vereador de Salvador Marco Prisco (PSDB), um dos líderes da greve da Polícia Militar baiana finalizada na última quinta-feira (17). No entanto, o julgamento por um ministro só será realizado na terça-feira.

O tucano responde a sete crimes dentro da Lei de Segurança Nacional, entre eles impedir, com violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados e praticar sabotagem contra instalações militares, meios e vias de transporte.

Todos os delitos são referentes à paralisação da PM do estado ocorrida em 2012, quando o legislador também encabeçou o movimento. Com o recurso deferido pela ministra Cármen Lúcia, Prisco deve deixar o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília onde está detido desde sexta (17) e responder ao processo em liberdade.

A solicitação de habeas corpus foi protocolada no Tribunal Regional Federal da 1ª região, que remeteu o pedido ao STF. No documento, o advogado do vereador, Vivaldo do Amaral, argumentava que a prisão era inconstitucional, já que, com o término da greve deste ano, o réu não representava “risco à ordem pública”. De Luís Carlos Nunes, do Oeste Global.

Pelo direito de entrar muda e sair calada

A ex-chefe de gabinete do governador Marconi Perillo (GO), Eliane Gonçalves Pinheiro, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus para ter o direito de ficar em silêncio no depoimento marcado para esta terça-feira (5) na CPI que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
No pedido, protocolado na tarde desta segunda-feira (4), a defesa de Eliane também requisita o adiamento do testemunho da ex-servidora até que seus advogados acessem todas as provas do inquérito, incluindo os depoimentos já prestados na CPI.. Ela solicita também aos ministros do STF a garantia de não ser presa por desobediência ou falso testemunho.

Depois de um mês sem nada avançar nas investigações, os integrantes da CPI estão loucos por um espetáculo especial para agradar os participantes desta obra circense.

Liberdade para Dadá

A Justiça Federal decidiu nesta segunda (4) conceder habeas corpus para o sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. Ele é acusado de ser um dos integrantes da quadrilha liderada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal – que acusa Dadá de participar das atividades de espionagem do grupo. Desta forma, Dadá responderá em liberdade à Justiça Federal em Goiânia, mas continua proibido de manter contato com outros denunciados e de viajar sem autorização judicial. Dadá estava preso no 6º Comando Aéreo Regional (Comar), na Base Aérea de Brasília, desde o dia 29 de fevereiro.