
As informações desencontradas entre órgãos de comunicação de todo o mundo dão a medida do horror em se transformou Porto Príncipe, capital do Haiti, depois do terremoto. Alguns falam em 50 mil mortos, outros chegam a falar até em 200 mil. Os americanos tomaram conta do espaço aéreo e o tráfego de aviões intenso encontra dificuldades. Os alimentos e água transportados por avião são uma gota no oceano da imensa carência que afeta quase três milhões de pessoas. Os cadáveres expostos nas ruas e as vítimas que permanecem sobre os escombros podem causar uma epidemia de proporções incalculáveis, que vitime mais uma centena de milhares de haitianos, assolados pela fome mesmo antes do desastre. Reportagem de ÉPOCA mostra como o caos no Haiti só aumenta, após o terremoto da noite de terça-feira. As dificuldades enfrentadas pelas equipes de resgate atrasam ajuda, aumentando a impaciência dos haitianos. A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que um armazém do Programa Mundial de Alimentos foi saqueado. Uma equipe de resgate retirou 14 sobreviventes ontem dos escombros do Hotel Montana, em Porto Príncipe, segundo o G1. Entre eles, estava o americano Richard Santos, de 47 anos, que parecia não acreditar no tempo que passou à espera de ajuda: “Passei 50 horas aqui dentro! 50 horas!”, disse. Rebecca Gustafson, da Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento (Usaid), contou que uma francesa foi socorrida um pouco antes. O pedido da mulher, assim que foi resgatada, foi um copo de vinho. O desejo não foi atentido. Equipes de São Paulo e de Porto Alegre devem embarcar nos próximos dias. Cirurgiões, ortopedistas e pediatras vão prestar ajuda às vítimas do terremoto. As fotos da revista Time ilustram um pouco do horror que se instalou na ilha.

