A lepra ataca nos presídios sem médico do Mato Grosso

Uma grave reportagem do Intercept Brasil denuncia: a hanseníase voltou com força nos presídios do Mato Grosso, contaminando a população carcerária e detidos. Veja trecho:

O agente penitenciário José de Oliveira Dias se aposentou há cerca de oito meses, aos 50 anos de idade, depois de exercer a função por 14 anos. O motivo da aposentadoria precoce foi a hanseníase, conhecida antigamente como lepra. Ele só descobriu a doença no fim de 2014, quando ela já estava avançada.

Na época, Dias trabalhava na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, em Mato Grosso. “A hanseníase praticamente destruiu minha vida. Fiquei com sequelas. Não posso ficar em pé muito tempo, nem fazer exercício físico. Perdi força nas mãos e nas pernas”, me contou o ex-agente. Ele explicou que não sabe onde contraiu a doença, mas desconfia que tenha sido no presídio. Lá, assim como em outras 21 unidades prisionais de Mato Grosso – 39% do total –, a infecção está se alastrando em níveis alarmantes, agravada pela omissão do governo estadual.

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Hanseníase ainda é motivo de atenção no Bahia; só em 2018 mais de 2 mil casos novos foram diagnosticados.

Créditos: Ministério da Saúde

Um agente de saúde trabalha todos os dias para prevenir doenças e levar informação a várias famílias de uma comunidade. Mas ele também pode adoecer. É o caso, por exemplo, de Roberto Carlos Rezende da Silva, de 55 anos, um dos milhares de agentes que atuam na Bahia.

Há mais de dez anos, ele trabalha com um grupo de autocuidado para pacientes com hanseníase em Camaçari. Apesar da experiência profissional na área, Roberto se mostrou surpreso ao descobrir que havia sido infectado pelo bacilo que causa a doença.

“Eu já estava lidando com essa patologia há muito tempo junto com o pessoal do grupo. Incentivando a se cuidar, procurar uma unidade, a tomar a medicação… Enfim, dando aquele estímulo para as pessoas. E até então, eu nunca imaginava que eu pudesse um dia contrair a hanseníase. Em um primeiro momento veio na minha cabeça, ‘ah, qualquer um pode ter (hanseníase), eu que tenho orientação, não’, e aí foi ledo engano. Quem descobriu a mancha foi minha esposa. Quando percebi que não sentia o local, procurei a equipe médica, fiz os exames e aí detectamos a hanseníase”.

Créditos: Ministério da Saúde

O curioso é que Roberto pode não ter sido infectado por um de seus pacientes. A doença é bacteriana e é transmitida por meio de fluidos e secreções das vias respiratórias. Não é transmitida por quem faz o tratamento corretamente e é curado, como no caso das pessoas com quem o agente tem contato no grupo. Isso quer dizer que Roberto foi infectado por alguma pessoa que tem hanseníase, que não se tratou e faz parte de seu convívio próximo.

Os números revelam que a doença ainda é uma realidade na Bahia. Só em 2018, foram registrados 2.131 casos novos da doença. De acordo com a sanitarista do Grupo Técnico de Hanseníase da Secretaria de Saúde da Bahia, Cristiane Ribeiro, é necessário estar atento aos sinais e sintomas para garantir um diagnóstico precoce e, assim, poder curar o paciente com tratamento correto.

“A gente está sempre incentivando para que o quanto antes faça o diagnóstico, melhor o prognóstico do paciente para que esse paciente não venha ter incapacidades relativas à doença. Já que a doença é crônica, ela é progressiva, então o quanto antes a gente diagnosticar, tratar e curar, melhor para esse paciente.”

O importante é ficar atento aos sinais e sintomas do seu corpo. Ao surgimento de qualquer mancha na pele em que você observe a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Quanto mais cedo o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. Por isso, não esqueça: identificou, tratou, curou.

Para mais informações, acesse saude.gov.br/hanseniase.

Ainda desconhecida pela maioria da população, Bahia registra cerca de 2 mil novos casos de hanseníase ao ano

Só em 2017 foram registrados 2.225 casos novos da de Hanseníase na Bahia

Os números revelam que a doença ainda é uma realidade na Bahia. Só em 2017, foram registrados 2.225 casos novos da doença. De acordo com a sanitarista do Grupo Técnico de Hanseníase da Secretaria de Saúde da Bahia, Cristiane Ribeiro, é necessário estar atento aos sinais e sintomas para garantir um diagnóstico precoce e, assim, poder curar o paciente com tratamento correto.  

“A gente está sempre incentivando para que o quanto antes faça o diagnóstico, melhor o prognóstico do paciente para que esse paciente não venha ter perda de capacidade. Já que a doença é crônica, ela é progressiva, então o quanto antes a gente diagnosticar e tratar, melhor para esse paciente.” 

O importante é ficar atento aos sinais e sintomas do seu corpo. Ao surgimento de qualquer mancha na pele em que você observe a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Quanto mais cedo o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. Por isso, não esqueça: identificou, tratou, curou. Para mais informações, acesse saude.gov.br/hanseniase. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada Brasil.

Novos casos de hanseníase no Brasil caem em dois anos, mas doença segue como problema de saúde pública

Os dados do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam uma queda no número de registros de hanseníase no período entre 2015 e 2017, saindo da casa de 35 mil novos casos para pouco mais de 32 mil diagnósticos. Ainda assim, a doença está no radar do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) por ser considerado um problema de saúde pública no país, ou seja, quando há mais de um caso para cada 10 mil pessoas. Sua incidência torna o Brasil o segundo colocado no ranking da hanseníase, atrás apenas da Índia em número absoluto de casos.

O levantamento foi realizado pela Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) utilizando a plataforma DataSUS, que consolida os dados coletados em toda a estrutura do sistema de saúde do Brasil.

Manchas claras ou vermelhas na pele que causam a perda de sensibilidade na região são os principais sintomas da doença. Esses sinais geralmente acometem os braços e as pernas, mas também podem ser vistos em outras partes do corpo. Uma vez que a hanseníase ultrapassa a barreira cutânea e atinge também os nervos, o infectado perde também força e mobilidade dos membros. No Brasil, ainda segundo o levantamento realizado no DataSUS, o grau de incapacidade física dos adoecidos é avaliado em 87%.

Além disso, um dos grandes desafios no diagnóstico precoce da hanseníase é a ocorrência crescente de casos da doença em crianças, principalmente em regiões do Brasil onde está é muito prevalente, o que representa um sinal de ocorrência acentuada da doença na população que expõe a criança, desde idade bem precoce, ao contato constante com o bacilo e consequentemente ao adoecimento.

“Embora se trate de uma doença infectocontagiosa, a hanseníase não é transmitida por simples relações de toque, ela se instala em pessoas com baixa imunidade após o contato direto com gotículas de saliva ou secreção do nariz de pessoas já infectadas”, explica o médico patologista Juarez Quaresma, membro da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).

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Mutirão contra hanseníase e câncer de pele já recebe inscrições.

O pré-agendamento para as consultas que serão realizadas no III Mutirão Pela Vida Contra o Câncer de Pele e Hanseníase começa nesta quarta-feira, 18, amanhã, portanto, e vai até o dia 31 de janeiro. Para marcar seu horário, o morador só precisa ir até a unidade de saúde mais próxima de sua casa ou ir à Policlínica Municipal, em Luís Eduardo Magalhães.

Na zona rural, o pré-agendamento acontecerá nesta semana, também amanhã e depois. O atendimento será das 7h30 às 18 horas na Vila Buritis, Galinhos, Muriçoca, Novo Paraná, Assentamento Rio de Ondas, Bela Vista e nas fazendas Rio de Janeiro e Lagoa do Oeste.

O mutirão para prevenção de câncer de pele e hanseníase acontecerá no dia 11 de fevereiro na Policlínica Municipal, a partir das 7 horas.

Prefeitura realiza mutirão clínico contra doenças da pele.

A Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães promoveu, neste sábado, 19,  o II Mutirão pela Vida Contra o Câncer de Pele e Hanseníase, na Policlínica Municipal, com coordenação da Secretaria da Saúde.

A capacitação em hanseníase para profissionais de saúde, que ocorreu na sexta-feira anterior, na Câmara de Luís Eduardo Magalhães, possibilitou um melhor atendimento para os pacientes e um tratamento focado na prevenção. Mais de 350 pacientes com suspeita de hanseníase e câncer de pele foram selecionados para participar do Mutirão. Ao longo do mês, a Secretaria de Saúde fez uma pré-triagem com 800 pacientes da área rural e urbana. Destes, apenas estes 350 foram selecionados para o Mutirão, por terem sintomas mais suspeitos de doenças de pele.

Seis pacientes foram diagnosticados com hanseníase e o tratamento foi iniciado na hora: já saíram medicados com a primeira dose do tratamento e 55 dos pacientes foram encaminhados para biópsia.

A hanseníase é uma doença silenciosa e, por isso, difícil de combater. Iniciativas de capacitação facilitam na hora de diagnosticar o problema.  O Brasil está entre os nove países mais com maior incidência da doença no mundo.


Hanseníase tem 11 casos positivos no primeiro dia do Mutirão.

Só no primeiro dia do I Mutirão para Detecção Precoce do Câncer de Pele e Hanseníase, realizado pela Secretaria da Saúde de Luís Eduardo,foram registrados 11 casos positivos da doença causada pelo bacilo de Hansen. A identificação precoce destes casos vai garantir aos pacientes o início imediato e gratuito do tratamento, através da rede pública de saúde do município.

A enfermeira Silmara Regina Grisa, diretora de Vigilância à Saúde de Luís Eduardo Magalhães afirma que essa ação vai proporcionar a interrupção da cadeia de transmissão da doença:

“Durante todo o ano de 2009 tivemos 25 casos diagnosticados e com tratamento iniciado, agora, em um único dia diagnosticamos 11 pacientes positivos para hansen, que além do tratamento adequado vão contribuir para a interrupção da cadeia de transmissão e consequentemente para a diminuição no número de casos diagnosticados no município”.

O período de incubação da lepra varia de três e cinco anos. A primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumentam e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos.

A hanseníase tem cura e o tratamento e distribuição dos medicamentos utilizados gratuito. Buscar auxílio médico é a melhor forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas.