Estudo em Harvard conclui que cloroquina causa arritmia e aumento risco de morte.

Um estudo realizado com mais de 96 mil pacientes concluiu que o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina, mesmo associada a outros antibióticos, aumenta o risco de morte por arritmia cardíaca em até 45%.

“Nós fomos incapazes de confirmar qualquer benefício da cloroquina ou da hidroxicloroquina em resultados de internação pela covid-19. Ambas as drogas foram associadas à diminuição de sobrevivência dos pacientes internados e a um aumento da frequência de arritmia ventricular quando usadas no tratamento da covid-19”, conclui o estudo liderado pelo professor Mandeep Mehra, da Escola de Medicina de Harvard, e publicado nesta sexta-feira (22) na revista Lancet.

A pesquisa foi realizada com pacientes de 671 hospitais em todo o mundo, internados entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril deste ano. Entre as 96 mil pessoas analisadas, cerca de 15 mil foram tratadas com alguma variação ou combinação da cloroquina.

Entre os pacientes que tomaram a hidroxicloroquina, houve aumento de 34% no risco de mortalidade e de 137% no risco de arritmias cardíacas graves. Quando combinada com antibióticos, a droga aumentou em até 45% o risco de morte nos pacientes e em 411% a chance de arritmia cardiaca grave.

Já a cloroquina administrada sozinha  representou um aumento de 37% no risco de mortalidade e de 256% em arritmia cardiaca. Quando combinada com um antibiótico, ela continuou apresentando o mesmo risco de mortalidade e um aumento de 301% no risco de arritmias.

Apesar dos riscos, o Ministério da Saúde liberou o uso da cloroquina para todos os pacientes infectados pelo coronavírus. O medicamento, que não tem eficácia comprovada, é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro em meio à pandemia.

“Ainda não existe comprovação científica. Mas sendo monitorada e usada no Brasil e no mundo. Contudo, estamos em Guerra: ‘Pior do que ser derrotado é a vergonha de não ter lutado’.Deus abençoe o nosso Brasil!”, escreveu o presidente em redes sociais ao comentar o protocolo divulgado.

Estudo publicado há poucos dias informa que a hidroxicloroquina ou a cloroquina provoca uma súbita hipoglicemia, levando rápido a zero os índices de glicose no sangue. Diabéticos, sabem: a hipoglicemia causa sensações muito incômodas, como arritmia, taquicardia, tremura nas mãos, falta de ar, vertigens, dores musculares e outros. Por isso, os diabéticos comem em intervalos de 3 horas e costumam carregar uma maçã ou um tablete de doce no bolso. 

Kátia Abreu: Brasil não precisa desmatar para alimentar o mundo.

A senadora Katia Abreu, presidente da Confederação Brasileira de Agricultura (CNA), hoje em Harvard:

“Brasil pode alimentar o mundo sem aumentar a área plantada e sem derrubar uma arvore.” 

 A visita da senadora aos EUA continua nesta quinta-feira (9/2), com palestra sobre os cenários de crescimento da agropecuária brasileira – produção e sustentabilidade, no David Rockefeller Center for Latin American Studies, da Universidade de Harvard, em Cambridge, Massassuchets. 

 Amanhã, sexta-feira, 10, a senadora Kátia Abreu se encontra com o professor Daniel P. Sharag, diretor do Harvard University Center for the Environment, assessor do Presidente Barack Obama e do ex-vice-presidente Al Gore, considerado um dos maiores especialistas do mundo em mudança climática.