Ministério da Agricultura anuncia liberação de novos princípios ativos contra Helicoverpa

O Ministério da Agricultura anunciou hoje  –  a revista Globo Rural reproduziu a notícia –  que o Mapa autorizou o uso de dois produtos biológicos (Virus VPN HzSNPV e Bacillus Thuringiensis) e três químicos(Clorantraniliprole, Clorfenapyr e Indoxacarbe), no combate da lagarta Helicoverpa zea.  

A praga  está atacando lavouras de algodão, soja e milho na região oeste da Bahia. Estes agrotóxicos já possuem registro no Brasil e a extensão da aplicação destes será publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (15/3). A partir desta data, os produtos já estarão disponíveis para comercialização. 
Segundo o secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, a situação estava afetando 1,5 mil produtores que estavam fazendo cerca de seis pulverizações nas lavouras, mas o caso não se resolvia. Estima-se uma perda de 15% na produção de algodão e 10% na de soja. 

chapadão 920x180

Instalado grupo de trabalho para combate à Helicoverpa

O secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, e o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Seagri, Paulo Emílio Torres, além da Superintendente do Ministério da Agricultura da Bahia, Virgínia Hagge, instalaram na tarde desta quinta-feira (7), o Grupo Operacional de Emergência Fitossanitária no âmbito da Seagri, com o objetivo de identificar, propor e executar a implantação de ações emergenciais e eficazes para o controle da praga Helicoverpa zea, que está atacando as culturas de algodão e soja no Oeste da Bahia. Continue Lendo “Instalado grupo de trabalho para combate à Helicoverpa”

As razões para o desenvolvimento agressivo da Helicoverpa

O presidente do Grupo Brasileiro de Consultores de Algodão, Celito Eduardo Breda, que também é diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), calcula que as lagartas já dizimaram 2% da área cultivada com algodão no oeste baiano e prevê que, se não houver controle, as perdas nos próximos 30 dias podem alcançar 4% da produção esperada, segundo entrevista dada ao Rural BR.

Celito Breda

Celito Breda explicou que o aumento da incidência das lagartas nesta safra se deve a uma série de fatores. Ele conta que um deles foi a ampliação do cultivo do milho transgênico resistente às lagartas, cuja toxina elimina 100% da espécie spodoptera (lagarta do cartucho) e apenas 10% da helicoverpa. Breda relata que antes, nos plantios do milho convencional, a lagarta spodoptera, que é canibal, contribuía para o controle da helicoverpa. Sem o inimigo natural, a população da lagarta da espiga do milho se multiplicou.

Segundo ele, a estiagem do ano passado e o cultivo sucessivo de várias culturas ao longo do ano contribuíram para a sobrevivência da espécie e o aumento da população da praga, que agora ameaça as lavouras. Uma das propostas apresentadas ao governo é o estabelecimento de um vazio sanitário entre agosto e outubro, pois a helicoverpa se hospeda nos mais variados tipos de lavouras, como feijão, trigo, cevada, braquiária, milheto, sorgo, melancia, laranja, abóbora e adubação verde (crotalária, guandu etc.)

anunciooexpressoblogI

Clique na imagem para ampliar

Helicoverpa: declarada emergência fitossanitária no Oeste baiano

Menos de uma semana depois da articulação feita entre os produtores do Oeste baiano, governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura (Seagri) e Ministério da Agricultura (Mapa), através da Secretaria de Defesa Agropecuária, a presidente Dilma autorizou e o Mapa publicou portaria no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6), declarando como emergência fitossanitária a situação do intensivo ataque da praga Helicoverpa zea em lavouras de algodão e soja na safra 2012/2013. A portaria nº 42, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa visa a implementação do plano de supressão da praga, e adoção de medidas emergenciais para as safras seguintes, até 2015, e conseqüentemente permitirá o registro de produtos agroquímicos específicos para as culturas do algodão e da soja.

O Brasil não possui defensivos específicos registrados para o combate a esse tipo de praga no algodão e na soja. A declaração de emergência permite a aceleração dos processos de registros de produtos agroquímicos, já em largo uso e eficiência comprovada em outros países, reduzindo o trâmite burocrático na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde; Ministério da Agricultura, e Ibama, do Ministério do Meio Ambiente, que normalmente pode demorar até três anos.

De acordo com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV/SDA/Mapa), Cósam de Carvalho Coutinho, o produto Emamectina Benzoato, que está sendo solicitado o registro imediato, já havia sido autorizado pelo Ibama e pelo Mapa, faltando apenas a liberação da Anvisa. Segundo ele, já existem genéricos utilizados em outros países, com eficiência comprovada, o que fará com que o preço seja acessível ao produtor.

Líder formato outdoor

Continue Lendo “Helicoverpa: declarada emergência fitossanitária no Oeste baiano”

Governo da Bahia e Mapa buscam estratégias para enfrentar Helicoverpa

Safra de algodão e soja na Bahia pode ter prejuízos de R$1 bilhão

A Nova diretoria da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), eleita para o biênio 2013/2014, tomou posse na última sexta-feira, (01), em Barreiras, região Oeste, e discutiu ações de controle à praga Helicoverpa, (nome científico da lagarta que ataca a cultura do milho, e que neste momento ataca as culturas de algodão e soja).  Em reunião realizada com associações de produtores, no auditório da Aiba, na tarde de sexta-feira, o secretário estadual de Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, apresentou as ações discutidas pelo ao governo do Estado e Ministério da Agricultura para auxiliar o produtor, neste momento considerado extremamente crítico para as lavouras de algodão e soja, no Oeste baiano.

Helicoverpa-zea-caterpillar-AWIN081008-078

Durante a reunião, os produtores fizeram os cálculos dos prejuízos sofridos até o momento, e concluíram que, as perdas na produção de algodão chegam a 15%, num total gasto de U$ 100 milhões/ha. Enquanto que a soja teve uma perda de 10%, num total gasto de U$162/milhões/ha, tendo as duas somas o montante de U$ 262 milhões. Já os gastos com defensivos agrícolas para combater a lagarta no algodão, somam o prejuízo de U$ 300 mil por hectare, o que equivale a U$81 milhões/ha, baseado numa área de 270 mil hectares. Para a soja, os gastos com defensivos somam U$ 100 mil/ha, que equivale a U$ 130 milhões por ha, numa área de U$1,3 milhões de hectares. Diante destes números, o prejuízo deve chegar a U$ 500 milhões, R$1 bilhão aproximadamente, disse Salles.

O titular da pasta falou ainda que, a situação chegou ao status de emergência fitossanitária, tendo em vista, que num prazo médio de 72 horas, conforme relato de produtores, a Helicoverpa é capaz de dizimar 100% da lavoura. E que devido à gravidade do problema serão montados dois escritórios de situação de emergência, um no escritório da Adab e outro no Ministério da Agricultura. Vale lembrar, que ainda faltam cerca de 80 dias para a conclusão da colheita de algodão no Oeste, dado que confere aos produtores, calcular prejuízos ainda maiores, segundo o presidente da Aiba, Júlio Busato.

Eduardo Salles e Busato, na cerimônia de apresentação da diretoria da AIBA
Eduardo Salles e Busato, na cerimônia de apresentação da diretoria da AIBA

Na ocasião, o governador Jaques Wagner ligou para o secretário informando que já havia entrado em contato com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e a presidenta Dilma Rousseff, bem como com o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, para relatar a situação de emergência sanitária, e em função disto, acelerar o registro de produtos agroquímicos, já em largo uso e eficiência comprovada em outros países.

Providências

Na última semana, os produtores da região Oeste se reuniram no município de Luiz Eduardo Magalhães, para discutir alternativas para solucionar o problema. Após a discussão, os produtores argumentaram ao secretário de Agricultura, Eduardo Salles, que a solução imediata é justamente acelerar o processo de registro dos produtos agroquímicos, uma vez que não existe nenhum produto desta natureza registrado especificamente no uso dessas culturas, para combater a lagarta, que antes atingia apenas a cultura do milho. Por vias normais, o registro pode demorar anos para ser aceito, pois depende da aprovação do Ministério da Agricultura (Mapa), do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Ibama e do Ministério da Saúde, via Anvisa.

Em comunicado ao secretário de Agricultura, o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV/SDA/Mapa), Cósam de Carvalho Coutinho, informou que consta no cronograma de ações, recepcionar os pareceres técnicos gerados pela Embrapa e Adab na última, segunda-feira; bem como a Caracterização de situação de emergência fitossanitária, pelo DSV e o acionamento das instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. Ainda na segunda-feira (04), está programada a convocação do Comitê Técnico de Assessoramento de Agrotóxico e notificar ao Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (FONESA), sobre o andamento da situação e ações executadas. Para esta quarta-feira (06) está previsto o encaminhamento de solicitação à Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (DFIA/DAS) para adotar os procedimentos de registro de agrotóxico para uso em emergências fitossanitárias, e instalação do gabinete de situação de emergência fitossanitária na Adab e Mapa (grupo nacional de emergência fitossanitária) já nesta sexta-feira. No último final de semana, a Adab junto com a Embrapa está fazendo um laudo detalhando os estragos causados pela Helicoverpa a ser encaminhado para o Mapa para dar celeridade ao processo do decreto de estado de emergência, assegura Eduardo Salles.

 

Atitudes

A presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Isabel Cunha, comunicou que a entidade promoveu a viagem de alguns pesquisadores, especialistas e consultores da região para Austrália, país que desde a década de 90 aprendeu a conviver com esta praga, no intuito de conhecer as técnicas usadas no controle da mesma, e disseminar estas tecnologias para os produtores. Ela afirma que não se pode, ainda, mensurar exatamente o prejuízo real causado pela Helicoverpa, mas que a estimativa próxima de um bilhão de reais já é bem preocupante.

Sobre o assunto, o produtor, agrônomo e presidente da Aiba, Júlio César Busato, recém-empossado, disse que dará seguimento às parcerias da Associação firmadas pela antiga diretoria junto aos governos municipal, estadual e federal, e tentar implementar uma aproximação com universidades no sentido de fomentar pesquisa e transmiti-la aos produtores.

Ele assegura que a Helicoverpa surpreendeu a todos os produtores da região pela sua ação destrutiva e rápida, mas que a tempo, estão respondendo da mesma forma. “O secretário Eduardo Salles entendeu bem o problema, já mobilizou a Adab, a EBDA, e já estamos conversando com o Ministério da Agricultura, respaldados pelo empenho do governador da Bahia, que levou o problema para a presidenta Dilma, para algumas ações emergenciais.” Comentou Busato. Uma comitiva formada pela presidente da Abapa, Isabel Cunha, diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Paulo Emílio Torres; Celito Breda, presidente da Associação dos Consultores, e outras entidades representativas dos produtores, levaram ao Mapa uma lista de produtos agroquímicos, usados em outros países, que podem combater a lagarta, mas que aqui no Brasil, ainda não obtiveram seu registro ainda, e estão lá para serem registrados. Queremos uma acelerar este processo para que possamos ter mais uma arma no combate desta praga, disse Busato. Ele acrescenta que sua classe deseja que o Mapa lance um decreto em que se permita usar estes produtos listados.

Outra ação orquestrada pelos produtores e seus representantes é reunir todas as ações do setor do Oeste da Bahia para traçar um plano de combate integrado a esta lagarta, nos moldes do que foi feito com o plano da ferrugem asiática e o com o plano do bicudo; “só que é um plano bastante complexo porque vai envolver todos os produtores de praticamente todas as culturas, mas é uma medida que tem de ser tomada, não existe um plano B, precisamos implementar este plano e que ele tenha sucesso”, ressalta Busato.

Um dos grandes problemas na visão dos produtores é que esta praga ataca aquilo que os interessa, a vagem e o grão, no caso da soja, e no algodão ela ataca as maçãs que são as estruturas reprodutivas. “Talvez a produtividade diminua bastante, já que uma vez atacada à lavoura, perde-se toda produção”, conclui o presidente da Aiba. Continue Lendo “Governo da Bahia e Mapa buscam estratégias para enfrentar Helicoverpa”

Ministério da Agricultura analisa pleito do Oeste baiano

Atendendo ao pedido de apoio do Governador, Jaques Wagner, em prol dos produtores de soja, algodão e milho da região Oeste contra a lagarta Helicoverpa zea, aconteceu ontem  (28),em Brasília, reunião convocada pelo Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques,para discutir os problemas gerados pela praga nas lavouras da Bahia e outros estados da Federação. A gravidade da situação subsidiou o pleito pelo decreto de situação de emergência, propondo ações imediatas.

O secretário Eduardo Salles afirmou hoje, durante evento de apresentação da nova diretoria da AIBA, que prejuízos com a seca e  com a helicoverpa são imensos.
O secretário Eduardo Salles afirmou hoje, durante evento de apresentação da nova diretoria da AIBA, que prejuízos com a seca e com a helicoverpa são imensos.

A medida visa acelerar as ações para amenizar os prejuízos para a próxima safra, como o registro de defensivos agrícolas seletivos que já possuam largo uso e eficiência comprovada em outros países. Algumas orientações de manejo da praga apresentadas nesta reunião foram estabelecidas em conjunto com as entidades de classe e consultores da região Oeste e de outros estados. Continue Lendo “Ministério da Agricultura analisa pleito do Oeste baiano”