O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, disse nessa sexta-feira (28) em Mato Grosso que a suspensão de alguns tipos de agrotóxico, entre os quais o glifosato, pode “banir a agricultura brasileira”. A fala é uma referência às duas ações do Ministério Público Federal (MPF) que pedem a imediata suspensão de nove princípios ativos que compõem produtos usados no combate a pragas e plantas invasoras das lavouras.
“Se banirmos o glifosato vamos simplesmente banir a agricultura. Não tem como fazer a agricultura sem [o herbicida]”, declarou Geller, em Lucas do Rio Verde, durante participação no Show Safra, evento voltado ao agronegócio. Leia mais no G1.
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Erradicação de plantas voluntárias na beira das estradas é assunto de debate.
A Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab), vinculada à Secretaria de Agricultura (Seagri), soma esforços aos produtores de algodão do Oeste para sanar o problema causado por plantas de algodão que crescem nas margens das rodovias. Os caroços, sementes e capulhos do algodão caem dos caminhões, germinam e viram foco de pragas, como o Bicudo e a Helicoverpa armígera. A questão foi debatida em reunião realizada na última segunda-feira (17) com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que pleiteou a autorização do uso do herbicida 2.4D, já registrado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) na eliminação de tigüeras em propriedades, para ser aplicado nas áreas de servidão das estradas.
O diretor da Abapa, Celito Missio, afirmou que os herbicidas liberados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não fazem o controle eficiente por serem utilizados em variedades de algodão transgênico. “A situação se agravou. As plantas se desenvolveram com força total, o que causou preocupação por parte da Abapa”, explicou Missio, ao mostrar fotografias.
“O uso do herbicida 2.4D dentro das propriedades tem a autorização e fiscalização da Adab, mas para a utilização nas margens das rodovias federais é preciso ter a liberação do Ibama e das suas leis específicas”, esclareceu o diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá, lembrando que a Adab segue o que está preconizado em lei, fiscalizando as formas de cultivo e manejo, o transporte e também o uso irregular de agrotóxicos. “Não podemos colocar a produção do Oeste em risco”, acrescentou.
Como os caroços, sementes e capulhos do algodão caem dos caminhões e se tornam a fonte do problema, o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, disse que vai realizar um trabalho mais incisivo de fiscalização e de educação sanitária na busca pela conscientização dos transportadores e das algodoeiras, usinas beneficiadoras, a fim de tentar amenizar o agente causador.
Os produtores se comprometeram a realizar um teste, aplicando nas tigüeras das rodovias o herbicida Arsenal, que já está na lista de Agrotóxicos e Afins Registrados no Ibama e reunião com os envolvidos, Mapa, Ibama, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e do Departamento de Infra Estrutura de Transportes (Derba), está sendo agendada para resolver a questão.










