O debate sobre hidrelétricas tem solução alternativa.


Potencial de ventos no Brasil: o interior baiano e norte de Minas, regiões de baixo desenvolvimento econômico, com excelente capacidade de geração eólica.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disseram hoje (16) que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, assim como de outras hidrelétricas, é essencial para garantir a energia que o Brasil precisa para crescer economicamente.

A produção de energia eólica no Brasil aumentou 77,7% em 2009. Isso mostra que o crescimento nacional foi muito maior do que a média mundial, que não passou de 31%. Outros países da América Latina, como o México, Chile, Costa Rica e Nicarágua, também tiverem percentuais altos de crescimento.

A energia produzida no Brasil representa cerca de metade de tudo o que é produzido na América Latina e segundo especialistas o país ainda tem muito a evoluir. O diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Pedro Perreli, explicou que a quantidade não é maior por causa da grande quantidade de energia hidrelétrica aqui disponível. Porém, Pedro completa ressaltando a importância da energia alternativa: “A energia eólica é importante, porque ela é complementar a esse potencial hidráulico. Inclusive porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e vai ficar cada vez mais controlado.”

Preocupado com o crescimento e potencial brasileiro, além da escassez de água, o governo federal realizou um leilão no fim do ano passado que comercializou 1.805 MW a serem entregues até 2012.

Para referenciar: só o potencial eólico do País beira os 100 gigawatts, o dobro da potencia total instalada hoje. Com impacto ambiental igual a zero. A construção de aerogeradores no País baixou o custo. E se tem linhão integrando tudo, qual o problema? Obras faraônicas encantam os gestores. Mas nem sempre são a melhor solução.

A energia do vento pode ser mais estável que o regime de vazão dos rios, como o São Francisco, por exemplo. O risco de apagões pontuais, na estação das secas, pode ficar menor.

Simon pede lisura na concorrência de Belo Monte.

Livro de Simon dos tempos heróicos.

No programa do grande PMDBdoB, a ausência lamentada do senador Pedro Simon, o único que não aderiu à rifa beneficiente do Governo Lula. Melhor Pedro Simon não se conspurcar mesmo dentro desse saco de gatos que se orgulha de ser o maior partido do País. A envergonhada simbiose com que o PMDB vive com os cofres e poderes públicos acabou de vez com a imagem heróica de resistência do Movimento Democrático Brasileiro.

Sem embargo, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) foi à tribuna do Senado, ontem,  para pedir transparência e fiscalização no processo de leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Rio Xingu, no Pará. No discurso divulgado pela assessoria do senador, Simon mostra preocupação principalmente com a utilização dos fundos de pensão de empresas estatais para reforçar os consórcios que disputarão o leilão, previsto para a próxima terça-feira, dia 20.
Ele lembra que os fundos de pensão foram fortalecidos nos últimos anos, passando a ser “agressivos” agentes de mercado, e se tornaram “sócios cobiçados”, em vários negócios. Os fundos, segundo o senador, estão formando um “tripé” com empreiteiras e governo e que dessa associação também surgiram relações ilícitas. Ele cita episódios como a privatização do Sistema Telebrás, em que fundos e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tiveram participação ativa. A ideia de utilizar os fundos no leilão de Belo Monte, revelada pelo Estado, trouxe, segundo Simon, “a sensação de que velhos tempos e velhas práticas estão de volta”.
Segundo o senador, o governo tem atendido prontamente a tudo que as empresas pediram para garantir a participação delas no leilão, como crédito do BNDES, isenção tributária e “irrestrito apoio” dos fundos. “Tudo o que o consórcio pediu, o consórcio levou. E não são migalhas. São bilhões, bilhões de reais!”. Mesmo com todos as “benesses, favores e concessões governamentais”, continua o senador, “ainda há uma clara indefinição sobre os grupos que disputarão o leilão”.

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