A determinação, a pertinácia, a gestão dos detalhes e a intransigência moral das mulheres está levando-as à liderança de muitas nações. É o caso de Angela Merkel, Cristina Kirchner (reeleita hoje na Argentina), Dilma Rousseff e Hillary Clinton, a chanceler mais poderosa do mundo.
Nós, os homens, precisamos aprender rapidamente novas lições de culinária e de higiene do lar. Quem sabe as mulheres vão tornar o mundo mais justo e redimi-lo de suas mazelas. Sejam bem vindas ao poder.
Hillary Clinton admitiu, ontem, ao jornal The Independent, de Londres, que as ações de Julian Assange no seu site WikiLeaks, denunciando patacoadas da diplomacia norte-americana, vão marcar o resto de sua vida. “Particularmente estou fazendo um tour de pedidos de desculpas pelas denúncias do WikiLeaks”.
Já por outro lado, o advogado de Assange garantiu a jornais que se ele for extraditado para os Estados Unidos ou é executado ou cai nas garras do diretor da prisão de Guantanamo, a penintenciária em Cuba onde os norte-americanos esquecem aquilo que leram na Bíblia.
A rede de notícias CNN informou, agora há pouco, às 11h40m, que a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou que Estados Unidos, Rússia e China chegaram a acordo sobre sanções contra o Irã pela escalada nuclear. A própria CNN disse também que o fato terá desdobramentos durante a tarde de hoje.
A pergunta que não quer calar: será que o nosso Grande Timoneiro foi apagar fogo com gasolina?
A revista Time publicou esta semana uma matéria incisiva sobre o alinhamento diplomático brasileiro com as posições chinesas sobre a escalada nuclear do Irã. O presidente Luiz Inácio foi também firme na posição de que não se deve colocar o Irã contra a parede, reforçando sua posição de interlocutor privilegiado. E a chanceleria brasileira negou qualquer alinhamento ideológico das posições brasileiras. O texto da revista Time:
A secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, enfrenta uma batalha difícil para conquistar o apoio do Brasil das Nações Unidas para sanções contra o Irã. Hillary esteve em Brasília na quarta-feira para conversações
destinadas a persuadir altos funcionários brasileiros, com o intuito de votar na ONU novas sanções contra o Irã, por ignorar pedidos para provar que seu programa nuclear é pacífico e não visa o desenvolvimento de armas.
O Brasil é membro votante do Conselho de Segurança e seu apoio será fundamental para solidariedade internacional contra o assunto.Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um opositor ferrenho de sanções e está buscando estreitar os laços com o Irã. Ele acolheu o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad no ano passado e definiu a visita ao Irã em maio. Como o Brasil se afirma como uma potência crescente nas Américas e no cenário mundial, os funcionários americanos querem convencer Lula à assumir uma maior responsabilidade pela segurança global, particularmente na questão iraniana.
Antes de chegar ao Brasil na terça-feira à noite, Hillary disse que ia explicar a posição americana ao presidente Lula. Que o Irã tem o direito à energia atômica, mas não à armas. “A recusa do País em confessar tudo sobre seu programa nuclear têm intenções de violar as resoluções do Conselho de Segurança e deve ser punido”, disse ela.
“Ele foi encontrado violando as regras pela Agência Internacional de Energia Atômica e pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Estes não são problemas encontrados pelos membros dos Estados Unidos.São problemas da comunidade internacional .
“E a discussão sobre o programa nuclear do Irã é nas Nações Unidas. Será o tema do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Então eu quero ter certeza que ele (Lula) tem o mesmo pensamento que temos sobre a forma como este assunto vai acontecer. ”
O governo Obama, apoiado por seus aliados Europeus( Grã-Bretanha, França e Alemanha), é o líder encarregado de impor novas sanções ao Irã. Eles
parecem ter ganho o apoio relutante de tradicionais sanções inimigas como a Rússia, mas não a de Membros do Conselho, Brasil e China.
Hillary, disse ao Congresso na semana passada que ela esperava novas sanções em apenas 30 a 60 dias. Mas na segunda-feira parece que o cronograma foi revertido, pois ela informou que seria “nos meses próximos.”
O comentário, feito quando ela voou do Uruguai para Argentina, durante um tour de uma semana da América Latina, parecia refletir dificuldades em ganhar amplo apoio às sanções impostas, mesmo após o chefe da Agência Nuclear das Nações Unidas avisar que não poderia confirmar que todas as atividades nucleares do Irã são pacíficas.
O presidente russo, Dmitry Medvedev, disse que Moscou está pronto para considerar novas sanções. Mas a China, que também detém poder de veto no Conselho de Segurança, permanece oposta à idéia.
O Irã já está sob três conjuntos de sanções da ONU por recusar o congelamento do enriquecimento de urânio – um caminho potencial para armas nucleares – além de outras atividades, gerando preocupações de que
visam produzir uma ogiva de material físsil. A ONU insiste que é só fazer o enriquecimento de combustível nuclear para uma rede de reatores previstos.(Traduzido pelo editor com auxílio das ferramentas de idioma do Google).