Com vocês, o campeão da desfaçatez: “Palavra de governador é prova”.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), negou-se a apresentar provas de que o depósito de R$ 5.000 feito por um lobista em sua conta bancária era apenas o pagamento de um empréstimo feito em caráter pessoal.

Ao ser questionado sobre o tema, o petista afirmou, via assessoria, que a “palavra de um governador de Estado já é, por si, uma prova”.

Agnelo era diretor da Anvisa quando, no dia 25 de janeiro de 2008, recebeu em sua conta pessoal um depósito de R$ 5.000 feito por Daniel Tavares, que trabalhava como lobista para a farmacêutica União Química. Conforme a Folha revelou, Agnelo liberou no mesmo dia certificado para que a empresa pudesse participar de licitações. A Anvisa abriu investigação sobre o caso. A farmacêutica nega irregularidades. Informações da Folha.

A bruxa está solta.

O prefeito de Ourolândia, Antonio Araújo (PMDB), foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER-BA), em processo que denunciou esquema de caixa 2 na campanha de 2008. Araújo, que também é vice-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), foi condenado por unanimidade. Assume temporariamente o atual presidente da Câmara Municipal, Sargento Petrúcio.  Como o atual mandato não ultrapassou a metade, o TER deve realizar eleição complementar em Ourolândia. O processo foi de autoria do segundo colocado na eleição local, Adinael Freire (PT). Araújo pode recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral.

Que a nossa padroeira Nossa Senhora da Hipocrisia não macule os nossos olhos: quem, dentre vós, políticos de meia-tigela, não usou Caixa 2 nas últimas campanhas? Caixa 2 é corruptela para dinheiro mal havido, surrupiado dos cofres públicos.