Então, Átila, rei dos hunos, chega às portas de Roma

O exterminador de petistas

Sempre é tempo de um incendiário maníaco se transformar em bombeiro. Para o candidato do PSL, Jair Messias Bolsonaro, agora é tempo de afirmar que os negros e nordestinos “são nossos irmãozinhos”, já não fala mais em gays e lésbicas e até está evitando chamar os petistas de comunistas.

Mas temo que agora seja tarde. Ele já soltou os demônios dos malucos que se identificam com ele e a caçada aos opositores está em franco desenvolvimento. Ontem, o carro de Fernando Haddad foi fechado no trânsito,  o candidato ouviu impropérios de toda sorte e ameaças não muito veladas. 

Bolsonaro diz que não pode ser responsabilizado pelos ataques. Mas é claro que isso nos reporta aos primeiros dias da ascensão de Mussolini na Itália e de Hitler na Alemanha. As milícias de Mussolini levavam seus desafetos para locais de interrogatório, humilhavam, batiam e lhes forneciam uma superdose de óleo de rícino. Eles voltavam para casa cagados e apupados pelas ruas.

As milícias de Hitler quebravam as vitrines das lojas dos judeus, batiam neles por qualquer motivo na rua e acabaram transformando 6 milhões em cinzas em centenas de campos de concentração. 

É hora também de lembrar:

Na noite em que Jesus foi traído e preso, um de seus discípulos o defendeu usando uma espada. Jesus ordenou-lhe:

“Devolve a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada perecerão pela espada.” – Mateus 26:52.

O monstro, ainda candidato, está lançado o País nos primórdios de uma convulsão social. Imagine o que fará depois de tomar posse.

Bolsonaro vai chorar na propaganda

O programa eleitoral de Jair Bolsonaro (PSL) estreará nesta sexta-feira (12) com um discurso antipetista e uma homenagem às mulheres. No vídeo de cinco minutos, Bolsonaro vai aparecer chorando ao falar da sua mulher atual, Michelle de Paula Firmo. Eles são casados desde 2013.

De acordo com um integrante da equipe de campanha, ele vai abordar o fato de Michelle ser “mãe solteira” antes de se casar com o capitão reformado. Ela tem duas filhas. A mais nova, Laura, 7, com Bolsonaro. No final, ele vai aparecer nos braços dos eleitores em imagens registradas nas ruas na fase inicial da campanha.

Deputados queimam o nosso dinheiro sem nenhuma cerimônia

Três deputados, entre eles a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil, nomeada hoje ministra do Trabalho; uma figurinha chamada Eros Biondini (PROS-MG); e o mitológico Jair Bolsonaro gastaram, no ano que passou, quase 28 mil reais mensais de Correios.

Pode? Pelo jeito, pode.

Outros deputados provaram que são bons de garfo: Zeca Dirceu gastou R$ 25.506,94 entre março do ano passado e o mesmo mês de 2017. Roberto Freire, no período em que esteve no Parlamento representando o PPS-SP, pediu de volta R$ 24.143,47 referentes a alimentação. 

Os camaradinhas ganham R$33 mil por mês, mais 5 mil de auxílio casa, mais gasolina e passagens aéreas, comida “grátis” e, pasmem, gastam mais 28 mil de correios. A reportagem é do UOL.

Só desejo estar vivo no dia em que o povo importar de Cuba o sistema judicial de “El Paredon”. Quero ver essa canalha implorar pela sua pele na hora da execução.

Sou um democrata por formação, mas acredito também que poucos devem sobrar entre senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores no dia em que tribunais populares julgarem esses pulhas por seus crimes contra a Nação.

Não acreditam que esse dia chegará? Luís XVI, guilhotinado; o Czar da Grande Nação Russa e sua corte; Mussolini, pendurado pelos pés em um posto de gasolina, Hitler e ditadores de todos as cores também não acreditavam.

Os fuzilamentos de Bolsonaro

Deputado tira da gaveta o maldito verbo ‘fuzilar’ contra os responsáveis por uma exposição de arte

Por Juan Arias

“Sou filho de uma guerra civil, a da Espanha, com mais de 1 milhão de mortos – a maioria fuzilados -, e de uma ditadura militar de 40 anos, marcada por mortes e intolerância com as diferenças.

Talvez por isso, ao escutar de novo, em um vídeo, a palavra “fuzilar” na boca de Jair Bolsonaro, candidato a presidir o Brasil, senti arrepios. De acordo com suas palavras, “é preciso fuzilar” os responsáveis pela exposição de arte Queermuseu do Santander Cultural, em Porto Alegre.

No vídeo, Bolsonaro repete três vezes com ênfase: “É preciso fuzilar”. E Freud nos ensina como a linguagem nos trai.

Quando a Guerra Civil Espanhola eclodiu, eu era menino. Vivíamos em um povoado da Galícia onde as janelas de casa davam para a rua. Ali se podia ver, à beira da estrada, os fuzilamentos dos dois lados e sentir o estopim dos fuzis. Minha mãe fechava as janelas para que eu não visse aquelas mortes violentas. Naqueles anos, nossa preocupação era que meu pai, o professor da cidade, pudesse ser a qualquer momento arrastado para a estrada e fuzilado. Muitas noites camponeses pobres o escondiam em suas casas.

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