Pesquisa ouviu 8,5 mil pessoas no Estado, além de coleta de sangue de cada um dos participantes.
De Felipe Samuel, do Correio do Povo.
Epidemiologista Eliana Wendland, do Hospital Moinhos de Vento, liderou o projeto da pesquisa
Epidemiologista Eliana Wendland, do Hospital Moinhos de Vento, liderou o projeto da pesquisa

Uma equipe de pesquisadores espanhóis criou um protótipo de vacina contra o HIV “muito mais potente” que os desenvolvidos até agora. Os testes conseguiram uma resposta imune para 90% das pessoas sadias que foram expostas ao vírus.
A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira em entrevista coletiva pelos responsáveis pela pesquisa, Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC), Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, e Juan Carlos López Bernaldo de Quirós, do Hospital Gregorio Marañón de Madri.
Após manifestarem uma grande eficácia em ratos e macacos, os testes começaram a ser aplicados em seres humanos há cerca de um ano. Nesta primeira fase, a vacina foi aplicada em 30 pessoas sadias, escolhidas entre 370 voluntários.
Durante o teste, seis pessoas receberam placebo e 24 a vacina. Estas últimas apresentaram “poucos” e “leves” efeitos secundários (cefaleias, dor na zona da injeção e mal-estar geral). Por isso, é possível afirmar que “a vacina é segura para continuar com o desenvolvimento clínico do produto”, ressaltou Quirós.
Em 95% dos pacientes, a vacina gerou defesa (normalmente atinge 25%) e, enquanto outras vacinas estimulam células ou anticorpos, este novo protótipo “conseguiu estimular ambos”, destacou Felipe García. Do jornal Folha de São Paulo.
Decisão definitiva – não cabendo mais recursos – condenou a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre a indenizar com o valor nominal de R$ 100 mil e pagamento de pensão vitalícia de quatro salários mínimos (atuais R$ 2.180,00), uma menina – com atuais nove anos de idade e que foi contaminada no hospital em 2006, quando tinha apenas cinco de idade.
A decisão é da 10ª Câmara Cível do TJRS, que confirmou sentença proferida pelo juiz Eduardo Kothe Werlang, da 11ª Vara Cível de Porto Alegre, mantendo a reparação pelo dano moral, mas aumentando o valor da pensão vitalícia – de dois para quatro salários mínimos por mês. O acórdão é do dia 31 de julho; não sendo interposto recurso especial, a condenação transitou em julgado.
Portadora de distúrbio sanguíneo causado pelo funcionamento inadequado das células-tronco da medula óssea – doença que é chamada de mielodisplasia – a criança teve o mal diagnosticado aos quatro anos de idade. Desde 2006, quando o mal foi constatado, a menina vinha se submetendo a periódicas transfusões de sangue – foram cerca de 60, ao longo de 20 meses. O tratamento foi sempre custeado (90%) pelo plano de saúde patrocinado pela empresa porto-alegrense onde o genitor da criança é trabalhador.
Após um exame de rotina em 13 de março de 2008 para a contagem dos glóbulos vermelhos, os pais da criança foram surpreendidos com o resultado positivo para o vírus HIV. Por orientação médica o exame foi refeito e a contaminação, infelizmente, foi confirmada. Segundo a petição inicial da ação indenizatória, “a Santa Casa negou-se a reconhecer a culpa pelo dano causado”. Fonte: http://www.espaçovital.com.br.
A saúde pública brasileira deste início de século ainda vai passar para a história como um dos mais trágicos capítulos de genocídio, omissão, incúria e descaso com as camadas mais desassistidas da população brasileira.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 630 mil pessoas vivem com o HIV em todo o país. O número de testes de HIV distribuídos pelo Sistema Único de Saúde passou de 3,3 milhões, em 2005, para 8,9 milhões em 2009. Cerca de 250 mil ainda não sabem que estão infectados pelo HIV.