Uma lanterna, por favor!

Diogenes de Sinope, nas ruas de Atenas, a procura de um  homem de verdade
Diogenes de Sinope, nas ruas de Atenas, a procura de um homem de verdade.

Em Salvador, um piloto de lancha aponta uma arma para um Ministro de Estado, depois de um entrevero banal; em São Paulo, uma grande conspiração põe a culpa de uma chacina em um menino de 13 anos; em Salvador, marginais incendeiam ônibus depois que a Polícia realiza uma operação de busca e apreensão; no Rio de Janeiro, um ajudante de pedreiro, que se chamava Amarildo, desaparece sob custódia da Polícia.

Estamos em meio a uma severa crise de autoridade no País ou tudo isso aí é resultado do sentimento de impunidade, configurado nas histórias nada exemplares de corrupção em Minas, do PT, do DF, de Goiás e agora o do PSDB de São Paulo? Ou ainda, de um metrô de 6 km que ficou pela metade, depois de custar mais de R$1 bilhão aos cofres públicos?

Já tem gente ladrando pela volta dos militares, a página mais obscura do arbítrio na história do País, comparável somente aos 15 anos do Estado Novo.

Está na hora de ir para as ruas, com uma lanterna na mão, a procura de um homem de bem, como fez o filósofo Diógenes? Por onde andará o líder que governará este País com mão de ferro, ainda que servindo-se das ferramentas da decantada democracia?