Folclore político: o caso do vereador que recebeu 50 contos, direto de Deus.

Vereador em Itiruçu, Bahia, estava duro. A seca tinha comido tudo. Sem dinheiro para a feira, foi pedir ao prefeito Pedrinho. Pedrinho brincou:

– Por que você não pede a Jesus Cristo? Ele não é o pai dos pobres?

Voltou para casa, escreveu a Jesus Cristo pedindo 50 contos.

Endereçou: “Para Nosso Senhor Jesus Cristo”. E pôs no Correio.

No correio, abriram a carta, levaram para o bar. Lá fizeram uma vaquinha, apuraram 42 contos, registraram e mandaram para o vereador. Quando ele abriu viu os 42 contos, sentou-se e escreveu nova carta:

“Nosso Senhor, agradeço muito sua atenção. Recebi o dinheiro que lhe pedi. Mas rogo o seguinte: se o senhor for mandar dinheiro novamente, faça o obséquio de mandar em cheque, porque, dos 50 contos, o pessoal do correio meteu a mão em 8.” (Registro de Sebastião Nery em seu Folclore Político).

Se beber não dirija. Ao menos em Luís Eduardo Magalhães.

Parodiando uma velha piada, o bêbado incorrigível diz aos amigos:

– Vocês reclamam muito das minhas bebedeiras. Mas ninguém me ajuda a pagar os amortecedores quebrados, as balanças tortas, as rodas amassadas e os pneus rasgados.  

Um general acorda depois de seis anos de coma. E parece que tudo mudou no Brasil.

 

Este ano, com “mandato” de Michel Temer, justiça seletiva, carnaval de protestos, intervenção federal no Rio, Copa do Mundo e eleições em outubro, melhor dormir agora e acordar no Natal, mesmo que as notícias não sejam boas.

Almerinda, bandida, elenca as obras em gestação no Governo Oziel

Madame Almerinda, a pérfida, está fazendo uma lista completa das obras de Oziel Oliveira que deverão trazer muitos votos para a campanha eleitoral de Jusmari, no próximo ano:

  • A inauguração do shopping do Jardim Imperial.

  • A iluminação da BR 242 no trecho da travessia.

  • A inauguração do DISEPE, em lugar incerto e não sabido, depois que a obra estava pronta próximo ao rio dos Cachorros.

  • A completa canalização do Rio dos Cachorros.

  • A instalação de uma usina de asfalto e o completo asfaltamento do Mimoso I, Mimoso II, Acácias, Jardim Imperial, Florais Léa e Jardim Paraíso.

  • A construção do hospital, obra que Oziel prometeu na primeira campanha de Humberto Santa Cruz.

  • A instalação de dezenas de indústrias no Setor de Indústria e Abastecimento.

  • A redução dos índices de violência com a aquisição de modernos trabucos e mais viaturas para a Secretaria de Segurança e Trânsito.

  • A construção da sede da Prefeitura na praça dos Três Poderes e a entrega de todos os prédios públicos alugados.

  • A construção de centenas de quebra-molas e redutores transversais de velocidade para ordenar o trânsito de Luís Eduardo Magalhães.

Almerinda votou em Oziel e já garantiu seu voto para Jusmari. Ela também acredita em Coelhinho da Páscoa, Papai Noel e na Fada do Dente. E sabe que a administração de porções crescentes de espuma é a obra prioritária do Governo Oziel.

Piadas correntes sem nenhuma graça

“Cristovam Buarque anuncia licença do Senado para avaliar candidatura à presidência”.

“Temer corta benefício de idosos e pessoas com deficiência” – O Governo faz recadastramento de pessoas que recebem o benefício de Prestação Continuada.

“Traficantes da Cracolândia fazem uma auditoria interna e concluem que não traficam!” Referindo-se à auditoria interna da Globo que, denunciada, concluiu que não pagou propina.

“Jornalista Merval Pereira defende Romário para o Governo do Rio.”

“Governo enviará ao Congresso na próxima semana projeto para privatização da Eletrobras”

“Temer (PMDB) escolhe um peemedebista para chefiar a PF e investigar o PMDB.”

“Caixinha para a prótese peniana de Alexandre Frota recebe primeiras doações”.

Quem diria: Dom Pedro I declarou a Independência e, 67 anos depois, proclamou a República

Quando faltam professores e alunos estudiosos, nada pode ser feito. Dois patriotas homenagearam, na data de hoje, a Proclamação da República, com a imagem de Dom Pedro I às margens do riacho Ipiranga. No entendimento desses luminares da história, Dom Pedro I declarou a Independência em 1822 e destituiu o filho, Dom Pedro II, 67 anos depois, fundando a República.

 

Bacana que no quadro de Pedro Américo nem se nota o botox que D.Pedro I, assim como João Dória,  usava e abusava. 

Olha aí o marechal Deodoro da Fonseca dando uma forcinha para Dom Pedro I proclamar a República. 

Momentos Inesquecíveis da história recente

Depois do insucesso do programa Power Point para provar a culpa de Lula da Silva, a força tarefa da Lava Jato em Curitiba é flagrada no momento em que concluía as operações matemáticas da nova denúncia contra o ex-Presidente.

“Póipoint”, como pronuncia Lula, agora é coisa do passado.

Atenção jovens príncipes que procuram uma cinderela

Atenção, jovens príncipes: se vocês encontrarem um sapatinho de cristal na escadaria do Senado, não vá atrás.

É de Aécio: às 18 horas, o carro preto do senador se transforma em abóbora.

E ele tem que voltar a ser a gata borralheira de sempre.

Tenebrosas capivaras

Expressão de um advogado conterrâneo ao receber o link com a folha corrida dos processos de Jusmari:

“É, a capivara da mulher está gorda”.

“Puxar a capivara” no jargão policial é sinônimo de puxar a folha corrida, isto é, consultar a ficha de antecedentes criminais de alguém. Existe uma versão sobre a origem da gíria: seria uma referência à pele da capivara, que é espessa e áspera ao tato, dando a ideia de que a ficha criminal é ruim de pegar como a pele de capivara.

Almerinda, a corrupção lá fora e a corrupção no nosso quintal

Almerinda, sonsa, pero no mucho

Salve, meu caro periodista, diz Madame Almerinda, a proxeneta dos espíritos, ungida pelas forças do além, numa ligação de vídeo do whatsapp:

-Veja bem. Você gosta muito de apontar os corruptos do País, mas não sabe separar, por grau de gravidez (ela queria dizer gravidade).

-Como, Madame? Ainda não entendi.

-Pois é: a corrupção sempre existiu na Nação. Só que até agora só foi condenado o povo do PT. Nada de PMDB, PSDB, PP e nanicos. Antes a propina vinha dos investimentos na Petrobrás. Hoje vem do fatiamento da empresa, que está sendo entregue por merrecas aos estrangeiros.

-Fico mudo. Os argumentos de Almerinda são irrefutáveis.

-Aqui no nosso quintal temos outro exemplo. A oposição reclamava que Humberto pagava aluguel demais. Pois foi só assumir o Palácio da Avenida Barreiras, que Oziel manteve os aluguéis de Humberto e ainda aumentou muito. Diziam também que Humberto tinha pessoal demais na Prefeitura. Pois Oziel tem mais. Diziam que Humberto pagava demais pelo lixo e pelo transporte de estudantes. Pois tudo isso aumentou e muito.

-Então, Madame? O que tudo isso significa?

-Isso significa o seguinte: corrupção tem duas fases. Aquela que os nossos adversários cometem e aquela que nós cometemos quando estamos no poder. Entendeu, agora?

-Sim, começo a entender…

-E, você meu preclaro escrevinhador, vai ver muito mais quando começarem a abrir a caixa preta dessas compras com inexigibilidade de licitações.

-Credo, Madame, vou desligar. A Senhora está muito azeda hoje. Vai acabar estragando a minha amizade com o Oziel.  Outra coisa: gostei da nova cor do seu cabelo, esse acaju misturado com tons azulados. A Senhora anda arrasando corações, hein Madame?

Desligou. Madame não gosta que eu fale de suas aventuras amorosas rocambolescas.

O inferno brasileiro é uma graça: político corrupto sempre sai ganhando

Em dia de “inocentamento” de Michel Temer, o presidente que recebe empresários na calada da noite nos porões do Jaburu, e que Geddel Vieira Lima, o fazendeiro de R$67 milhões indo para casa sem tornozeleira, lembro da piada infame do inferno brasileiro, já muito surrada:

Conta a história que um cidadão com dupla cidadania, brasileira e norte-americana, morreu e como não era flor de se cheirar acabou no inferno. Lá chegando, na portaria, lhe explicaram que ele poderia optar entre o inferno brasileiro e o inferno yankee.

Eles quis saber das condições nos dois infernos. E o diabo porteiro lhe explicou:

-No inferno brasileiro, você come um balde de merda todo dia pela manhã e é açoitado três vezes por dia com 50 chibatadas.

-No inferno norte-americano, uma nação mais democrática, você toma um copo de merda em jejum e é açoitado com 20 chibatadas uma vez por dia.

Ele optou obviamente pelo inferno norte-americano.

Depois de uns 90 dias, mareado pela ingestão de merda em jejum e com o lombo picotado pelo chicote do diabo carrasco, obteve permissão para dar uma volta pelos corredores e respirar um ar mais puro. Foi quando viu entreaberta a porta do inferno brasileiro. E de lá vinha os sons de batucada e a visão de mulatas de biquíni sambando em cima das mesas, todo mundo rindo, festejando a alegria da vida com uma parati legítima.

Ele não se aguentou. Entrou e perguntou para o primeiro brasileiro que encontrou:

Como podem estar festejando tomando um balde de merda todo dia e levando 50 chibatadas a cada instante?Ao que brasileiro respondeu: esquece, aqui é assim mesmo.

Um dia o diabo carrasco entra em licença-premio e não tem outro para substituir. No outro falta merda ou falta o balde para distribuir a merda. Até hoje nunca fomos açoitados e nunca comemos merda! 

A bola de cristal de Almerinda embaça quando faz perguntas sobre Oziel

Mensagem disseminada nas mídias sociais de Luís Eduardo Magalhães, certamente oriunda do Gabinete do prefeito Oziel Alves de Oliveira, o pródigo, afirmou, peremptoriamente que a atual gestão reduziu o consumo de combustíveis em 50% dos valores utilizados pelo ex-prefeito Humberto Santa Cruz. 

Vale a comparação. 

Que o mesmo gabinete divulgue amplamente o consumo dos últimos seis meses da gestão HSC, comparando-o com os primeiros seis meses da gestão Oziel. Os contribuintes carecem de informações e transparência.

Nem Madame Almerinda, a pérfida, com seu aparato tecnológico de primeiro mundo, consegue os números da gestão Oziel. Até agora, por exemplo, ela não conseguiu saber como o Governo gastou R$8.000,00 de pilhas e carregadores de pilhas; ou ainda, como estão abastecendo máquinas pesadas e micro-ônibus com gasolina. As perguntas são muitas, mas a bola de cristal de Almerinda embaça toda vez que ela faz perguntas aos espíritos sobre o “Governo Oziel”.

Gente! O Joãozinho conseguiu a vida eterna!

Imagem do livro “Chapéu de Palha”.

O Joãozinho morreu. Sim, aquele garoto das piadas que tinha sempre uma resposta malandra pronta para dar às professoras e as deixava loucas.

A morte veio buscar o Joãozinho porque tinha chegado a hora de ele pagar pelas travessuras que fez em vida.

MORTE:

– Meu garoto, chegou a tua hora, tenho que te levar deste mundo.

JOÃOZINHO:

– Mas eu posso fazer o meu último pedido, não posso? Não é assim que funciona?

MORTE:

– Por teres praticado várias travessuras, e com isso ter facilitado o meu serviço, vou-te deixar fazer o último pedido, mas não pode pedir para não morrer.

O Joãozinho pensou e malandramente escolheu o seu último desejo.

JOÃOZINHO:

– Quero assistir ao fim da corrupção no BRASIL.

MORTE:

– Que filho da puta! Ganhou a Vida Eterna!

Ministro Napoleão mostra onde atinge o mar de lama!

A foto é emblemática. O ministro Napoleão Nunes Maia Filho mostrando até onde alcançou o mar de lama na República. Lama com textura e cheiro característico de merda.

Dizem que houve um leve tremor nas estruturas do Hôtel des Invalides, na tarde de hoje, quando Bonaparte, o outro Napoleão, ouviu o voto de seu homônimo brasileiro.

O Homem da Mala Preta é preso. Veja quanta gente preocupada com o passado.

À esta altura do campeonato, com tantas perdas de amigos, a equipe do João Dólar, o menino malufinho, está toda dedicada a caçar fotos pela internet para deletar. Entrega todo mundo, aí, Loures, é o que te pedimos.

Madame Almerinda quer ver rolar a cabeça dos justos de Brasília

Retrato de Almerinda quando jovem, um pitéu!

Madame Almerinda, a Jocasta das ligações amorosas ilícitas do baixo Santa Cruz, é uma golpista. Tem sonhos eróticos com Temer, Angorá e Padilha, todos juntos. No entanto, se disfarça, sem muita convicção, de socialista progressista.

Hoje, nesta ensolarada manhã de sábado, me ligou, com aquela sua voz gutural de quem fuma dois maços de cigarro paraguaio todo dia:

-Periodista, o que achou da prisão do Loures?

-Não achei, nada Madame. Também não estou procurando.

-Pois é: a gente fica com fé que eles prendam o Aécio, o Temer e o Lula e eles ficam nessa onda careca de prender suplente de deputado. Ele é apenas o homem da mala preta do Temer. Quando sair da cadeia, vai virar estafeta de time de futebol, pra levar dinheiro para juiz, jogador quinta-coluna, etc.

-Tem razão, Madame, tem razão!

– Me diga, douto escriba, por que eles ainda não prenderam aquele senador do helicóptero? Sim, aquele que foi pego com 500 quilos de substância análoga à farinha de trigo?

– Pois é, Madame! Existe muita injustiça neste País…

– É o seguinte, jornalista: escreva aí no seu “brogue”. O Brasil tem falta de banco.

– Banco, Madame? Banco que empresta dinheiro? Banco usado pra sentar?

– Não, velho Sampa! Banco de reservas. Imagina se o Temer cai, quem vai substituí-lo no comando do ataque canarinho? Não tem ninguém. Está todo mundo envolvido com a maracutaia. Brasileiros honestos só do terceiro escalão federal pra baixo. Uma vergonha, jornalista, uma grande vergonha!

Chega de intermediários: vote direto no cafetão para presidente

O dono do ‘Bahamas Club’ – famoso ponto de encontro de prostitutas de luxo em São Paulo – Oscar Maroni, pretende se candidatar à presidência assim que for absolvido pela Justiça. O autodenominado ‘magnata do sexo’ foi acusado quatro vezes de explorar a prostituição e por ser suspeito de colocar em risco o tráfego aéreo no Aeroporto de Congonhas.

“O Brasil está uma zona; e de putaria eu entendo”, disse.

De acordo com a coluna ‘Rede Social’, da Folha de S. Paulo, Maroni detalhou suas as pretensões políticas em sua biografia “O Colecionador de Emoções”, que será lançada na próxima quinta (1º). O empresário afirmou que vai entrar na disputa presidencial, caso Michel Temer saia do cargo.

Memes e charges para começar uma semana complicada para o País

Ronaldinho e as suas escolhas políticas.

Veveta pra Presidente.

Abaixo, a pergunta que não quer calar: quantos milhões você precisa Aécio?

Abaixo, Aécio procurando o delator antes que ele delate.

E pra encerrar, um pouco de indignação, com a mulher de Aécio, Letícia Weber, desejando o melhor para os brasileiros mais pobres:

 

Madame Almerinda reaparece, envergonhada pelo ocaso dos seus ídolos

Retrato da velha maligna quando jovem

Toca o telefone vermelho na sala de pânico de O Expresso. Já sei: é ela, a morfética, a inominável, a quenga dos espíritos malignos, Madame Almerinda, aparecida depois de um longo e tenebroso verão:

-Está aí periodista?

-Sim, Madame, ainda em pleno gozo da Saúde? Ouvi dizer que estava fazendo parte do Gabinete de Oziel. É verdade?

-Fui convidada, Periodista. Mas lá só tem cobra criada. Não tenho chance.

-Ora, que dó! E aí, quais são as novidades?

-Só pra te avisar que hoje tem a concorrência da propaganda do Governo Oziel e é bom você ficar de olho no resultado.

-Nada tenho a ver com isso, Madame.

-Claro que tem, Periodista. Tu não vives de propaganda?

-Nada Madame. Vivo da generosidade dos amigos e da venda dos ovos das minhas galinhas.

-Presta atenção, Periodista. Saturno é o novo regente da astrologia, ciclo que se iniciou em 21 de março e vai até 2052. Confusão à vista: antevejo queda de presidentes, prisão de mariconas do pó, convulsão social e muita confusão.

-Está bem, Madame. Você não quer ser presidente de dois partidos em Luís Eduardo Magalhães, PSDB e PMDB? As carteirinhas estão sendo vendidas por R$10,00 cada uma. E acompanham duas camisetas do Flamengo, aquele que só sente o tal cheirinho.

A linha caiu. Desconfio que Madame Almerinda está abalada com os acontecimentos de Brasília, ela que é fã incondicional do cheirosinho João Dólar, o Menino Malufinho, aquele que surrupiou R$6,5 milhões da EMBRATUR. Desapareça, Madame, a Senhora está muito coxinha para o meu gosto.

Estou desconfiado também que os ídolos de Madame estão desaparecendo por overdose. De dólares e de prosaicas garoupas, acondicionadas em mochilas chipadas.

A batalha entre Lula e Moro não é ética, mas estética.

Um artigo bem humorado de Gregório Duvivier, para a Folha, sobre a onda de ódio que separa os brasileiros neste momento muito grave.

“Não acho que a polarização do Brasil se dê no campo da ética. Ou entre esquerda e direita. Afinal, um lado torce pra um candidato a presidente que enriqueceu os mais pobres —mesmo que tenha enriquecido junto, e outro torce pra um juiz que luta contra o crime— mesmo que pra isso tenha cometido crimes —como grampear ilegalmente, vazar informações e frequentar shows do Capital Inicial. Os dois veem na lei um empecilho para que se consiga chegar ao bem maior, e importa pouco se esse bem é o fim da miséria ou da impunidade, e importa mais se essa batalha vai ser regada a Fogo Paulista ou Ciroc de Baunilha.

Já que os dois heróis atropelaram a ética, o debate virou um debate estético. Você prefere um cachaceiro pernambucano ou um men in black curitibano? Chinelo de dedo e regata ou o terno preto com camisa preta e gravata prata? Barzinho ou balada? O que no fundo remete à dicotomia nietzscheana: Dioniso ou Apolo? Poesia ou prosa? Carnaval ou bossa nova? Lennon ou McCartney? Pepê ou Nenem?

Queria muito torcer pro Moro, confesso. Afinal, ele tem até um bloco de carnaval liderado por Suzana Vieira, o MoroBloco. Seria meu sonho? Seria. Mas sempre tive um pé atrás por questões puramente estéticas: o look “all black” dá a impressão de que ele vai me vender um seguro de vida ao invés de me prender, e eu prefiro mil vezes que me prendam.

No entanto, no depoimento de Lula, entrou um ingrediente novo no campo da estética. Até então, os detratores da lava-jato viam Moro nele uma espécie de Darth Vader, imperador do lado negro da força, pior inimigo do Mestre Yoda, baixinho de orelhas pontudas que fala por metáforas e tem dificuldades com a norma culta. Já os fãs da lava-jato viam Moro como uma espécie de Batman, justiceiro que combate o crime na calada da noite com métodos pouco ortodoxos.

Em ambos os casos, tanto os fãs quanto os detratores do juiz midiático imaginavam o juiz como um sujeito de voz gutural, cavernosa. Eis que Moro abre a boca e todos se perguntam —ele tá sendo dublado pela Tetê Espíndola? Ele tá de zoeira com a gente? Ele cheirou um balão de gás hélio? Há quem acredite que ele tenha perdido a credibilidade.

Meu amigo Ricardo, por exemplo: pra ele, Moro se revelou o Anderson Silva dos juízes. Tem voz fina e decepciona em confrontos com muita audiência. Discordo. Acho que ganhou carisma e embolou a batalha no campo estético. Vamos ver o que as urnas tem a dizer.”

Piadas muito velhas, mas ainda dentro do prazo de validade

Um grande empresário do Oeste foi questionado sobre o que faria se ganhasse os R$88 milhões da Mega Sena, que será sorteada ainda hoje. Ele respondeu:

-Pago as minhas dívidas

E o repórter perguntou:

-E o resto?

Recebeu a resposta de bate-pronto:

-O resto a gente negocia com os bancos.

As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 3,50.

Um debate entre doutas figuras do mundo jurídico em separação consensual

Um juiz e uma advogada resolvem se separar, mantendo a discussão em alto nível, como convém a duas pessoas de fina estirpe.

ESPOSA:

– Eu não aguento mais essa sua inércia. Eu estou carente, carente de ação, entende?

JUIZ:

– Carente de ação? Ora, você sabe muito bem que, para sair da Inércia, o Juízo precisa ser provocado e você não me provoca, há anos. Já eu dificilmente inicio um processo sem que haja contestação.

ESPOSA:

– Claro, você preferia que o processo corresse à revelia. Mas não adianta, tem que haver o exame das preliminares, antes de entrar no mérito. E mais, com você o rito é sempre sumaríssimo, isso quando a lide não fica pendente… Daí é que a execução fica frustrada.

 

JUIZ:

– Calma aí, agora você está apelando. Eu já disse que não quero acordar o apenso, no quarto ao lado. Já é muito difícil colocá-lo para dormir. Quanto ao rito sumaríssimo, é que eu prezo pela economia processual e detesto a morosidade. Além disso, às vezes até uma cautelar pode ser satisfativa.

ESPOSA:

– Sim, mas pra isso é preciso que se usem alguns recursos especiais. Teus recursos são sempre desertos, por absoluta ausência de preparo.

 

JUIZ:

– Ah, mas quando eu tento manejar o recurso extraordinário você sempre nega seguimento. Fala dos meus recursos, mas impugna todas as minhas tentativas de inovação processual. Isso quando não embarga a execução.

Mas existia um fundo de verdade nos argumentos da Advogada. E o Juiz só se recusava a aceitar a culpa exclusiva pela crise do relacionamento. Por isso, complementou:

JUIZ:

– Acho que o pedido procede, em parte, pois pelo que vejo existem culpas concorrentes. Já que ambos somos sucumbentes vamos nos dar por reciprocamente quitados e compor amigavelmente o litígio.

ESPOSA:

– Não posso. Agora existem terceiros interessados. E já houve a preclusão consumativa.

JUIZ:

– Meu Deus! Mas de minha parte não havia sequer suspeição!

ESPOSA:

– Sim. Há muito que sua cognição não é exauriente. Aliás, nossa relação está extinta. Só vim pegar o apenso em carga e fazer remessa para a casa da minha mãe.

 

E ao ver a mulher bater a porta atrás de si, Dr. Juílson fica tentando compreender tudo o que havia acontecido. Após deliberar por alguns minutos, chegou a uma triste conclusão:

JUIZ:

– É.. e eu é quem vou ter que pagar as custas…”

Autor desconhecido

 

Não! Dor na coluna de Serra não vem das sessões de devassidão com Jucá.

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Nem preciso da Madame Almerinda para fazer certas previsões. Por motivo de dor na coluna cervical do caixa dois, passível de cirurgia no disco da conta na Suíça, o chanceler brasileiro, José Serra Serrador, pediu demissão.

É um caso médico grave de sumiço antes que a merda toda seja jogada no ventilador, qual seja a propina de R$21 milhões delatada no listão da Odebrecht.

Tem gente falando que o problema grave foi contraído durante a “suruba” cantada em prosa e verso pelo Caju, digo Romero Jucá. Que em termos queria dizer: ou restaure-se a moralidade ou nos locupletemos todos.

Diga tchau, Serrador!

A Radiola dos Insensatos informa em edição extraordinária:

O alcaide mor, tentando dobrar o Cabo das Tormentas
O alcaide mor, tentando dobrar o Cabo das Tormentas

Em Enedino City, capital dos buracos e dos quebra-molas, o alcaide-mor Olegume Pastel, confirma ao senhor vice-rei das baías que está enfrentando um motim a bordo da nau capitânia.

As corporações estão berrando, a plenos pulmões, que o alcaide deu uma tesourada em 60% dos seus estipêndios. As perseguições recém começaram.
A par de não ter dinheiro para corrigir a superfície lunar de Enedino City, Olegume contratou um contador por R$715 mil coroas e um causídico especialista por 180 mil coroas, não fosse a chusma de rabulejantes que o servem na Procuradoria da Vila.

Por outro lado, o senhor Davenport, exímio planejador de fontes luminosas no cabildo, agora é taifeiro-geral das curturas. Tudo que ele acha curto, emenda mais um pedaço.

Remédio para o populacho não tem, consultas para o zé povão não tem e para fazer um simples exame o dito cujo povinho tem que apresentar atestado ideológico no gabinete, onde reinam as profetisas dos mais augúrios, as bruxas de salem.

E a residência pediátrica está acabando mesmo? Respostas na próxima edição da Radiola dos Insensatos.

Respeitem os bordéis!

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Comentário de um internauta, Wilson Gomes, no twitter:

Há 277 dias a presidente eleita foi afastada em nome da moralidade pública. 277 dias depois e a moralidade pública só caiu. Nível atual: “bordel”.

Os protestos de outros internautas foram diversos, alegando a respeitabilidade e a ordem na maioria dos prostíbulos do País.

Ângelo Felipe de Castro, outro internauta, afirmou:

Bordel é digno. As vezes compará-lo à imundície da plutocracia que comanda o país é machismo.

“Respeitem as putas”, afirmou, peremptório, outro internauta.

Paixões e cambichos mal sucedidos no passado de Almerinda

Almerinda quando jovem, um pitéu.
Almerinda quando jovem, um pitéu.

Sim, Madame Almerinda, a circunspecta senhora que tem uma vida pública respeitável, a pitonisa de todos os saberes, já teve uma vida pregressa de loucuras e paixões. Ela frequentava uma casa de prazeres mundanos, discretamente, com uma mascara veneziana, até que se apaixonou pelo Paulão dos Teclados, músico do lupanar.

Paulão, descendente de um escravo Angola, era muito grande, tanto que nem tinha certidão de nascimento, tinha memorial descritivo: “Começa no marco tal rumo norte…”

Diziam até que o umbigo de Paulão era o centro geodésico das américas, mas isso é um exagero. A bunda de Paulão, esta sim era grande, não tinha ânus, tinha seculus.

Almerinda se apaixonou perdidamente até que apareceu Zezão, outra grande decepção amorosa da profetisa, pois, mais tarde, a largou para ser motorista na fazenda do pai de uma tal Juju Balagandã.

Zezão aprontou todas: vendeu a casa e o Simca Chambord de Almerinda e ficou com o dinheiro, roubou os teclados de Paulão e deixou contas a pagar até na pasteleria da esquina. Cheque sem fundo de terceiros era uma especialidade sua. Almerinda passava as noites em pranto dorido, dando explicações para os credores durante o dia.

O cara chata de Celão: na cabine começou um grande caso de amor.
O cara chata de Celão: na cabine começou um grande caso de amor.

A ressaca amorosa durou até que apareceu um charmoso motorista de caminhão. Ele chegou a bordo de um Mercedão da Cara Chata, aqueles LP 321, que estava parado no posto do seu Arnaldo, com o motor quase fundido, à espera de um frete adiantado para pagar o conserto. Outro trambiqueiro!

Celão, como era conhecido,  se apaixonou por Almerinda, assim dizia, e usou de suas vastas relações na cidade até que conseguiu financiar uns micro-ônibus e botar uma empresa de transportes. O primeiro contrato de Celão veja só, foi com a administração de Zezão, que já era político influente e tinha sido “escolhido” prefeito da Vila.

Depois, Almerinda ainda teve paixões de verão, uma delas, tórrida, com um rábula que desfilava de loira no bloco das Nigrinhas, em Barreiras. O tal Ricardão era meio veado, mas Almerinda, como toda mulher, sempre gostou de um efeminado. Ela só não gostava quando ele roubava suas mini-saias e meias arrastão para sair à noite.  Hoje é colega de Almerinda: mexe com religiões e outros afins.

A vida erótica de Almerinda não cabe apenas em um post, mas voltaremos ao assunto.

Agora é só uma questão de “mato ou morro”.

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Enquanto isso, em Banania, pequena república emergente (ou imergente pelas últimas notícias), um ex-advogado da principal facção criminosa do País vai ocupar o cargo de ministro na mais alta corte de Justiça.

É o mesmo que entregar a Liga de Justiça ao Coringa e ao Pinguim.

Enquanto se providenciam os alvarás para a bandidagem de Brasília, tomemos a trilha que nos leva às montanhas ou à floresta.