Petrobras recebe licença do Ibama para perfurar Margem Equatorial.

Estatal diz que pesquisa exploratória deve começar “imediatamente”

A Petrobras obteve a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar operação de pesquisa exploratória na Margem Equatorial. A região, localizada no norte do país, é apontada como novo pré-sal devido ao seu potencial petrolífero.

O Ibama fez o anúncio no começo da tarde desta segunda-feira (20).

De acordo com a Petrobras, a sonda exploratória se encontra na região do bloco FZA-M-059 e a perfuração está prevista para começar “imediatamente”. O poço fica em águas profundas do Amapá, a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.

A perfuração dessa fase inicial tem duração estimada em cinco meses, segundo a companhia. Nesse período, a empresa busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. “Não há produção de petróleo nessa fase”, frisou a Petrobras no comunicado.

A autorização foi obtida cerca de dois meses depois da última fase do processo de licenciamento, a chamada avaliação pré-operacional (APO), que consiste em um simulado de situação de emergência e plano de reação, com atenção especial à fauna.

Promessa de segurança

A Petrobras informou que atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama – órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – cumprindo integralmente o processo de licenciamento ambiental.

A presidente da companhia, Magda Chambriard, classificou a obtenção da licença como “uma conquista da sociedade brasileira”.

“Revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país”, afirmou Chambriard no comunicado.

Ela lembrou que foram cinco anos de diálogo com governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais até a licença. Chambriard considera que a estatal pôde comprovar “a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente”.

“Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, completou.

Ibama

Por meio de nota, o Ibama informou que a emissão da licença ocorreu após “rigoroso processo de licenciamento ambiental”. Esse processo contou com elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), três audiências públicas e 65 reuniões técnicas setoriais em mais de 20 municípios do Pará e do Amapá. Também foram feitas vistorias em todas as estruturas de resposta à emergência e unidade marítima de perfuração, além da realização da APO, que envolveu mais de 400 pessoas.

Ainda de acordo com o órgão ambiental, após a negativa de 2023, foi iniciada uma “intensa discussão” com a Petrobras, que permitiu “significativo” aprimoramento substancial do projeto apresentado, especialmente em relação à estrutura de resposta a emergência.

Entre os avanços, o Ibama cita a construção e operacionalização de mais um centro de atendimento à fauna, no município de Oiapoque (AP), que se soma ao já existente em Belém.

O Ibama afirmou que as exigências adicionais foram fundamentais para a viabilização ambiental do empreendimento, considerando as características ambientais excepcionais da região da bacia da Foz do Amazonas.

O instituto antecipou que, durante a atividade de perfuração, será realizado novo exercício simulado de resposta a emergência, com foco nas estratégias de atendimento à fauna.

Nova fonte de petróleo

Margem Equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos, por ser tratada como nova e promissora área de exploração de petróleo e gás. Descobertas recentes de petróleo nas costas da Guiana, da Guiana Francesa e do Suriname, países vizinhos ao Norte do país, mostraram o potencial exploratório da região, localizada próxima à linha do Equador. No Brasil, a área se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá.

A busca pela licença de exploração se iniciou em 2013, quando a petrolífera multinacional britânica BP arrematou a licitação da área. Por decisão estratégica, a companhia repassou a concessão para a Petrobras em 2021.

A Petrobras tem poços na nova fronteira exploratória, mas, até então, só tinha autorização do Ibama para perfurar os dois da costa do Rio Grande do Norte.

Em maio de 2023, o Ibama chegou a negar a licença para a área chamada de Bacia da Foz do Amazonas, o que fez a Petrobras pedir a reconsideração.

Além da companhia, setores do governo, incluindo o Ministério de Minas e Energia e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defenderam a liberação da licença. No Congresso, presidente do senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foi um dos principais articuladores para apressar e autorizar a licença.

Segundo a Petrobras, a espera pela licença de exploração custou R$ 4 milhões por dia à empresa.

Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o volume potencial total recuperável da Bacia da Foz do Amazonas pode chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente. Para efeito de comparação, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil tem 66 bilhões de barris entre reservas provadas, prováveis e possíveis.

Críticas

A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis impactos ao meio ambiente. Há também a percepção, por parte deles, de que se trata de uma contradição à transição energética, que significa a substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis, que emitam menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

A Petrobras insiste que a produção de óleo a partir da Margem Equatorial é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo na próxima década. A estatal frisa que, apesar do nome Foz do Amazonas, o local fica a 540 quilômetros da desembocadura do rio propriamente dita.

 

 

Todas as 800 multas ambientais aplicadas no Brasil desde outubro não foram cobradas

“O governo do presidente Jair Bolsonaro deve parar de enfraquecer as proteções ambientais”, aponta HRW / Foto: Ibama

Para Human Rights Watch, informação confirma descaso do governo de Jair Bolsonaro com o Meio Ambiente

A organização internacional Human Rights Watch (HRW) divulgou, nesta quarta-feira (15), em São Paulo, o Relatório Mundial 2020 da entidade, que analisa as práticas de direitos humanos em mais de 100 países no ano de 2019.

De acordo com o documento, 800 multas ambientais aplicadas no Brasil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), desde outubro do ano passado, estão paralisadas.

Decreto 9.760, assinado por Jair Bolsonaro em abril de 2019, determina que os órgãos vinculados ao Ministério do Meio Ambiente, como o Ibama, devem promover audiências de conciliação antes de confirmar multas a possíveis infratores. A equipe da HRW solicitou, via Lei de Acesso à Informação (LAI), que a pasta informasse o número de audiências de conciliação realizadas entre outubro de 2019 e 7 de janeiro deste ano. O resultado surpreendeu os pesquisadores.

“O número é zero. Desde outubro deste ano (2019), quando entrou em vigor esse decreto, não houve audiência de conciliação. Isso quer dizer que todos os processos administrativos por crimes ambientais no Brasil, desde essa data, estão paralisados”, afirma César Muñoz, pesquisador sênior da HRW.

Antes de o decreto entrar em vigor, entre os meses de janeiro e setembro de 2019, o Ibama aplicou 9.149 multas por desmatamento. Uma queda de 25% em relação ao mesmo período 2018, quando o órgão emitiu 11.366 autos de infração.

Para a ONG, a reação à baixa fiscalização foi o importante aumento de 80% no desmatamento da Amazônia, em relação a 2018.

A baixa presença do Estado em áreas de conflito teria provocado ao menos 160 extrações ilegais de madeira no passado, invasões de terras de povos originários e somente nos meses de novembro e dezembro, o assassinato de três lideranças indígenas. Entre eles, Paulo Guajajara, executado na região do Bom Jesus das Selvas, no Maranhão.

De acordo com Muñoz, Bolsonaro havia prometido “acabar com o que ele chamava de indústria da multa. Ele cumpriu a promessa, o Brasil não multa mais os infratores que atacam o meio ambiente.”

Na conclusão do relatório, a HRW fez críticas presidente brasileiro. “O governo do presidente Jair Bolsonaro deve parar de enfraquecer as proteções ambientais e adotar medidas decisivas contra as redes criminosas que estão destruindo a floresta amazônica e ameaçando e atacando defensores da floresta, incluídos agentes públicos e moradores de comunidades locais.”

De Igor Carvalho, do Brasil de Fato

Presidente do Ibama pede demissão após crítica pública de Bolsonaro

Um dia após Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, questionarem um contrato assinado para locação de veículos pelo Ibama, a presidente do órgão, Suely Araújo, acaba de pedir exoneração do cargo.

Bolsonaro apagou o tuíte onde criticava a Presidente.

O contrato, assinado no mês passado, é de R$ 28,7 milhões para aluguel de 393 caminhonetes adaptadas para atividades de fiscalização, combate a incêndios florestais, emergências ambientais, ações de inteligência e vistorias técnicas, vale para as 27 Unidades da Federação e inclui os gastos com “combustível, manutenção e seguro, com substituição dos carros a cada dois anos. Do colunista Lauro Jardim, em O Globo.

A pergunta de ouro é: o Presidente vai continuar governando pelo twitter até o fim do mandato?

Agricultores do oeste estreitam diálogo com Ibama, Ministério do Trabalho e Banco do Brasil

Um novo e importante momento de diálogo e aproximação entre os produtores rurais do oeste da Bahia junto ao Ibama, Ministério do Trabalho e Banco do Brasil foi iniciado nesta quinta-feira (20), sob o comando da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em Barreiras.

As duas entidades organizaram um encontro para que os associados pudessem expor demandas e tirar dúvidas inerentes a três assuntos que muitas vezes se traduzem em motivos de preocupações: questões ambientais, relações trabalhistas e financiamento agrícola.

A convite das associações, desembarcaram para o encontro, o vice presidente do Banco do Brasil, Tarcísio Hubner, o superintendente do Ibama na Bahia, Alberto Santana e a superintendente regional do Ministério do Trabalho na Bahia, Gerta Angélica Schultz. 

Várias exposições foram trazidas pelo setor agrícola aos representantes dos três segmentos, que deixaram claro estarem abertos ao diálogo e a levar as demandas para as esferas competentes.

“Os desafios são grandes porque muitas vezes ações isoladas podem trazer consequências sérias, mas estamos prontos para trabalhar em parceria. Peço aos senhores que nos procurem, a superintendência está de portas abertas para recebê-los”, externou a representante do Ministério do Trabalho, Gerta Schultz.

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Operação Shoyo Matopiba: Ibama aplica R$ 105,7 milhões em multas por plantio ilegal de grãos em áreas embargadas no Cerrado

 

Brasília (23/05/2018) – Operação do Ibama realizada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) para coibir o desmatamento ilegal no Cerrado resultou até o momento na aplicação de 62 autos de infração, que totalizam R$ 105,7 milhões. Iniciada no fim de abril, esta fase da Operação Shoyo ocorreu em quatro estados: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, na região conhecida como Matopiba, com o objetivo de responsabilizar empresas e produtores rurais que descumprem embargos de áreas ilegalmente desmatadas e comercializam, financiam ou intermedeiam produtos agrícolas procedentes dessas áreas.

A partir do cruzamento de dados geoespaciais foram identificados 60 polígonos com embargos descumpridos. As ilegalidades estavam associadas a 78 pessoas (físicas e jurídicas) e 77 imóveis. Produtores rurais foram autuados por descumprir embargos do Instituto em 40 propriedades, impedir a regeneração natural em outras 14 e comercializar produtos de origem vegetal produzidos em áreas embargadas de 10 imóveis rurais.

Cinco tradings foram multadas em R$ 24,6 milhões por adquirir 49.205 sacas de 60 kg de soja produzida em áreas embargadas pelo Ibama. Durante a investigação foi constatado que a compra antecipada de grãos financiou a atividade ilegal.

A lista pública de embargos ambientais, disponível para consulta no site do Ibama, aponta as áreas proibidas para produção. O art. 54 do Decreto 6.514/2008 define como ilícito ambiental o comércio de produtos rurais procedentes dessas áreas. Na Amazônia Legal, a lista pública de autuações e embargos é usada por integrantes da cadeia produtiva da soja em análises de risco para a concessão de créditos rurais, o que gera compromissos econômicos voluntários em favor do controle do desmatamento.

O Matopiba é uma região de intensa expansão do desmatamento no Cerrado. Por isso, é necessário maior envolvimento das cadeias produtivas para aumentar a conservação do bioma.

“O desmatamento ilegal no Cerrado é mais acelerado no Matopiba do que em outras regiões do bioma, o que exige o aprimoramento das estratégias de controle para garantir que a dissuasão atinja todos os elos ilegais na cadeia produtiva”, diz o coordenador-geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Renê Luiz de Oliveira.

Foram apreendidas até o momento 84.024 sacas de grãos durante a operação, o que corresponde a 5.041 toneladas. Além das medidas aplicadas pelo Ibama, o MPF irá propor ação civil pública para que os infratores reparem todos os danos ambientais causados pela atividade ilegal.

Helicóptero da PM flagra crimes ambientais no Oeste da Bahia

Operação descobriu extração ilegal de minérios, desmatamento, entre outros crimes. Do Correio*

O Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) mapeou 900 quilômetros quadrados do Oeste baiano onde foram identificados extração ilegal de minérios, desmatamento ambiental, implantação de carvoarias e cerâmicas clandestinas, represamento de rios, desvio de recursos hídricos, captação irregular de mananciais, corte ilegal de madeira, dentre outros.

A força-tarefa para coibir os crimes ambientais foi realizada conjuntamente Secretaria da Segurança Pública (SSP), através do Graer, Ministério Público do Estado (MP-BA), Inema, Ibama, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, no último dia 21.

A 42ª Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) usou uma aeronave do tipo motoplanador e contemplou 11 municípios.

“Flagramos pelos menos 70 alvos suspeitos, na cidades de Correntina, Santa Maria da Vitória, Santana, Bom Jesus da Lapa, Coribe e Cocos”, informou o comandante do Graer, tenente-coronel Renato Lima. O oficial informou ainda que a operação seguirá para outras regiões do estado.

Ibama apreende 17,5 mil litros de agrotóxicos vencidos no oeste da Bahia

A assessoria de imprensa do IBAMA publicou em sua página na internet a seguinte nota:

A etapa mais recente da Operação Ceres, realizada pelo Ibama para combater o uso irregular de agrotóxicos no oeste da Bahia, resultou na apreensão de 17,5 mil litros de agrotóxicos vencidos e 367,4 kg de produtos em desacordo com o Decreto 4.074/2002. As multas aplicadas totalizam cerca de R$ 1 milhão.

Após investigação, uma equipe do Ibama fiscalizou diversas propriedades rurais da região e encontrou produtos vencidos e em desacordo com as normas de segurança. O uso de agrotóxicos irregulares é infração prevista na Lei 9.605/98 e pode trazer danos irreversíveis a para a saúde pública, além de consequências graves para o meio ambiente, contaminando solo, ar e recursos hídricos.

“A aplicação de agrotóxicos deve ser orientada por um receituário agronômico. Quem emite receita é tão responsável quanto o produtor rural pelo uso de produtos ilegais, que podem ter efeitos devastadores para o meio ambiente, para a saúde humana e para a agricultura”, disse o chefe da Unidade Técnica do Ibama em Barreiras,  Zenildo Eduardo.

O oeste da Bahia integra a região conhecida como Matopiba, área de aproximadamente 73 milhões de hectares que reúne 337 municípios e abrange o bioma Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Segundo levantamento da Embrapa, existem cerca de 324 mil estabelecimentos agrícolas na região.

O drama da redução da vazão do São Francisco em Sobradinho

Em abril de 2015 já se formavam manchas escuras de colônias de algas no baixo São Francisco.
Em abril de 2015 já se formavam manchas escuras de colônias de algas no baixo São Francisco. A vazão precisou ser aumentada, na época, para evitar a proliferação das algas.

A polêmica da redução de vazão do rio São Francisco nas turbinas da hidrelétrica de Sobradinho para 700 m³/segundo continua. No ano que passou a vazão de 800 m³/s chegou a proporcionar o surgimento de grandes colônias de algas, prejudicando a retirada de água para tratamento e fornecimento nas redes de abastecimento nas cidades a jusante da barragem.

Ontem, a água acumulada no reservatório estava se aproximado de apenas 15%, segundo levantamento oficial.

A Agência Nacional de Águas (ANA) realizou reunião nesta segunda-feira (22) para avaliar os impactos da vazão reduzida no Rio São Francisco e enfrentou uma divergência envolvendo a vazão do rio.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) querem reduzir a vazão para 700 m³ – atualmente, a vazão está em 800 m³, depois de reduzir sucessivamente do patamar de 1.300 m³ – mas o pedido não chegou a ser apresentado formalmente à ANA e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Com o impasse, um novo encontro voltará a discutir o assunto na próxima segunda-feira (29), às 10h, por videoconferência. A dificuldade em decidir pela redução surgiu porque a seccional de Sergipe do Ibama interpôs argumentos contrários.

 Baseado em trabalhos produzidos por pesquisadores de universidades federais, o órgão distribuiu um estudo que indica que a necessidade de aumentar a vazão para 900m³/s, para evitar a proliferação de algas na região.  

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, acompanhou a reunião no escritório do colegiado, em Maceió (AL). “Esse pedido, quando for formalizado, irá provocar muitos questionamentos, especialmente no Baixo São Francisco”, acredita Miranda.

Ferrovia está liberada até a ponte do rio São Francisco

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A licença de instalação para o avanço das obras nos lotes 5 e 5A da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) foi concedida nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Juntas, as obras resultam num investimento de mais de R$ 850 milhões.

O lote 5 possui uma extensão de 162 quilômetros, partindo do município de Caetité até Bom Jesus da Lapa. O 5A consiste na construção de uma ponte de 2,9 quilômetros sobre o Rio São Francisco. Também estão em andamento na Fiol as obras dos lotes 1, 2, 3 e 4, esse último já com 92,2% da terraplanagem concluída. Segundo informações da Valec, empresa executora das obras, com a liberação desses lotes, a ferrovia já gerou mais de seis mil empregos diretos.

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Valor Econômico faz radiografia da verdadeira situação da ferrovia

ferrovia

A construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) anda em ritmo lento. O trecho entre Ilhéus e Caetité, na Bahia, com 536 quilômetros de extensão e custo estimado em R$ 2,4 bilhões, é o único em construção. O trecho seguinte, de Caetité a Barreiras, apesar de ter sido contratado em diferentes lotes, ainda não foi iniciado em função de pendências com o Tribunal de Contas da União (TCU) e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

No total, a Fiol foi projetada para ter 1,5 mil quilômetros de extensão, chegando a Figueirópolis (TO), onde se interligará com a Ferrovia Norte-Sul (FNS). A via é considerada importante para o transporte de grãos e minério e permitirá interligar quatro Estados a dois portos: Ilhéus (BA) e Itaqui (MA). Os investimentos totais previstos somam R$ 4,2 bilhões. Os contratos do primeiro trecho foram assinados em 2010, mas diversos problemas atrasaram a construção da obra.

josias-cavalcante-presidente-da-valec-Foto-ReproduçãoJosias Cavalcante, presidente da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, responsável pelo projeto, disse que o nível de execução do primeiro trecho da Fiol chega a 12%. Uma fonte que conhece a obra disse que o percentual não significa que 12% dos 536 quilômetros estejam prontos, mas sim que 12% de todos os serviços, incluindo terraplenagem e colocação de trilhos, foram realizados. A previsão da Valec agora é concluir esse primeiro trecho da Fiol em julho de 2014.

Cavalcante acredita que agora será possível cumprir o novo cronograma. O que paralisou as obras, segundo ele, foram questões ambientais. “O Ibama suspendeu a licença [ambiental] parcialmente”, disse o executivo. Outro problema é que nem todo o trecho havia sido desapropriado. O TCU também apontou falhas. “Nenhuma empresa queria mobilizar muitas máquinas porque sabia que tinha fazendas em que ela [a empreiteira] não iria poder passar. Esses obstáculos foram vencidos, temos condições de deslanchar com a obra.”

Na Ferrovia Norte-Sul, outro projeto da Valec de difícil execução, a previsão é concluir o trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO) em setembro de 2013. “O trecho está praticamente pronto, mas os contratos não foram suficientes para terminar todas as obras.” Cavalcante informou que estão em andamento quatro licitações, no total de R$ 375 milhões, para a parte final da obra.

Os serviços incluem cinco quilômetros de trilhos até o porto seco de Anápolis, obras no pátio ferroviário do município, cruzamentos, obras de contenção, plantio de grama e outros complementos que fazem parte do tratamento ambiental. A expectativa é que, quando a obra puder ser inaugurada, o arcabouço jurídico do novo modelo esteja pronto para que esse trecho da ferrovia seja o primeiro a ser usado pelos operadores interessados, no modelo de livre acesso. (FG e CS)

Buriti valeu esperar

Balanço do PAC diz que obra da ferrovia tem cronograma “preocupante”

Matéria jornalística relevante publicada hoje no jornal Valor Econômico:

A estatal Valec recebeu autorização para retomar as obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), empreendimento que está em construção na Bahia. A licença de instalação foi dada pelo Ibama, após análise de um relatório de atendimento às exigências ambientais impostas pelo órgão.

A ferrovia baiana, que parte do litoral, em Ilhéus, até chegar ao município de Barreiras, no Oeste do Estado, chegou a receber a licença de instalação em 2010, mas teve a autorização suspensa no ano seguinte, por conta de uma série de condicionantes que não vinham sendo cumpridas pela estatal. Depois de fazer uma varredura nas ações da Valec no ano passado, analistas do Ibama verificaram que, de 37 ações compensatórias, apenas 17 vinham sendo atendidas. A estatal chegou a apresentar um pedido de liberação no fim do ano passado, mas novamente o Ibama encontrou dez condicionantes pendentes e voltou a negar a autorização. O projeto foi mais uma vez ajustado. Dessa vez, o órgão ambiental decidiu dar um voto de confiança a Valec. “Todas as pendências foram resolvidas. Agora, com a revalidação da licença, vamos recuperar o tempo perdido”, diz Josias Sampaio Cavalcanti, diretor de planejamento da Valec.

Canteiro de obras da ferrovia em Brumado

As obras da Fiol estão atrasadas. No balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) divulgado no mês passado, a ferrovia de R$ 4,235 bilhões recebeu o selo “preocupante” quanto ao seu cronograma. Pelo plano original, a construção dos 1.022 km da Fiol deveria ter começado em julho de 2010, sendo concluída até o fim deste ano. Só algumas dezenas de quilômetros de estrada de ferro foram entregues até agora.

Por conta dos problemas, até o momento o Ibama só tinha liberado 180 km do total de 500 km entre Ilhéus e Caetité. É exatamente esse trecho que, agora, recebe sinal verde. Para acelerar as frentes de obra, a Valec trocou, inclusive, as lideranças internas que estavam à frente do projeto na Bahia.

A meta agora é destravar a segunda metade da ferrovia, que liga Caetité a Barreiras, num trecho de mais 500 km, uma tarefa que promete ser ainda mais complicada. Além de não ter licença de instalação do Ibama, o trecho teve as obras suspensas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Há dez dias, depois de analisar a situação dos contratos firmados com empreiteiras e o cumprimento de determinações já feitas, o ministro do TCU Weder de Oliveira decidiu manter a medida cautelar que suspendeu as obras. Para o tribunal, a Valec não atendeu as orientações.

Segundo Josias Sampaio Cavalcanti, a empresa trabalha para resolver as pendências com o TCU e espera que, até setembro, o trecho seja liberado. Paralelamente, a Valec acerta os ponteiros com o Ibama, que exigiu revisão de itens do relatório ambiental da segunda etapa. Entre eles, a alteração de traçado de cerca de 60 km de malha.

Uma mudança parecida foi necessária também no primeiro trecho da Fiol, onde o empresário Norberto Odebrecht, dono da empreiteira de mesmo nome, concordou em deixar a ferrovia cortar parte das terras de sua fazenda na região, desde que o traçado original sofresse algumas alterações. “Chegamos a um acordo. Quanto ao segundo trecho, faremos um seminário técnico no Ibama até 10 de setembro”, diz Cavalcanti. “Acredito que, até o fim de setembro, teremos uma resposta definitiva sobre essa malha.”

Os oito lotes de obras da Fiol – incluindo a construção de uma ponte de mais de 3 km sobre o rio São Francisco – foram licitados em 2010. Todos já têm empreiteiras à sua frente, mas a Valec terá que rever os termos de boa parte dos contratos, por conta das alterações no projeto original. (AB)

Três anos depois a Bahia acorda pela ferrovia.

A ferrovia Oeste-Leste, que deveria estar pronta em 2013, tem apenas 5% das obras concluídas no trecho Ilhéus – Jequié. Por ela, espera um projeto de mineração que tem investimentos da ordem de R$2,6 bilhões. Hoje uma comitiva de notáveis baianos vai à Valec, Ibama e Tribunal de Contas da União, pedindo celeridade e para ver no que o Governo do Estado pode ser útil. Quase 3 anos depois a Bahia acorda em relação à importância da FIOL.

Se considerarmos uma exportação agrícola de 3 milhões de toneladas, ao preço mínimo de frete de R$90,00 a tonelada, teremos R$270 milhões de frete por ano. Considere-se que o frete não baixe com a ferrovia em operação: só aquilo que o agronegócio e o Estado ganharão em segurança e eficácia já significa um lucro sem precedentes.

Uma década esperando pela energia de Santa Isabel, no Araguaia.

Diz o jornal Valor Econômico que dez anos depois de seu leilão, o projeto de construção da hidrelétrica de Santa Isabel, um dos empreendimentos de geração de energia mais polêmicos do Brasil e tido como descartado, começa a se viabilizar por meio de duas decisões oficiais. No dia 26, o Ibama, que havia rejeitado o projeto várias vezes, decidiu que os estudos de impacto ambiental estão tecnicamente corretos, o que permitirá que o consórcio de empresas organize audiências públicas sobre a obra, a ser erguida no rio Araguaia, na divisa entre Tocantins e Pará. Ontem, a Aneel decidiu prorrogar a concessão do empreendimento por 34 anos, prazo que só passará a contar quando sua licença prévia for emitida pelo Ibama. 

LEM na Conferência Mundial do Meio Ambiente Rio + 20

Luís Eduardo Magalhães é uma das cinco cidades brasileiras que terão a honra de expor o trabalho ambiental desenvolvido pelas seus governos municipais na Conferência Mundial do Meio Ambiente Rio + 20. Os trabalhos desenvolvidos pela equipe da Secretaria de Meio Ambiente de Luis Eduardo Magalhães integrarão o relatório do IBAMA que será divulgado durante a conferência.  Essa é um reconhecimento nacional ao trabalho desenvolvido pela equipe coordenada pela secretaria Fernanda Aguiar.

 

Prisão de produtores e comerciantes de carvão agita Barreiras.

Uma operação conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Ministério Público Estadual, Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMARH), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o IBAMA está em curso desde a madrugada desta sexta-feira (22), em 12 municípios baianos. No total, estão sendo executados 29 mandados de prisão.

 A Operação foi iniciada após a descoberta de irregularidades na emissão de crédito de reposição florestal, um repasse dado pelas indústrias, que são obrigadas a manter um índice de sustentabilidade exigido pelo governo.

 As prisões são para os envolvidos no esquema fraudulento nos diversos órgãos, produtores  e comerciantes de carvão. Além dos mandados de prisão, a expectativa é que também sejam executados 34 mandados de busca e a apreensão de 50 caminhões.

 A operação conta com cerca de 150 policiais civis, 25 promotores públicos, seis fiscais do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), além de homens da PRF e do IBAMA. Do Correio.

Em Barreiras, até as 12 horas ainda continuavam movimento de viaturas nas ruas e sobrevôos de helicópteros. Segundo a SSP, a operação, iniciada no ano passado, após a descoberta de irregularidades na emissão de crédito de reposição floresta, a operação tem por objetivo prender os produtores e comerciantes de carvão em Salvador e no interior baiano (Juazeiro, Jequié, Bom Jesus da Lapa, Barreiras, Riacho de Santana, Guanambi, Carinhanha, Coribe, Cocos e Vitória da Conquista), além de São Paulo, envolvidos no esquema fraudulento em diversos órgãos oficiais.

Às 15 horas, a Secretaria de Segurança Pública vai relatar, em coletiva à imprensa, em Salvador, os resultados da operação.

Foto Leila Ribeiro

Hoje a reunião que vai decidir continuidade da obra da ferrovia Oeste-Leste.

Pode acontecer hoje a reunião entre representantes do IBAMA e da Valec, responsável pela construção e futura operação da Ferrovia Oeste-Leste. O objetivo é a sustação do embargo imposto pelo órgão ambiental na construção da ferrovia. Segundo o IBAMA, a Valec Engenharia, a estatal do Ministério dos Transportes responsável pela execução do projeto, não cumpriu as condicionantes ambientais estabelecidas na licença de instalação da obra.
A Valec é uma das investigadas no esquema de corrupção do PR no Ministério Transportes, motivo pelo qual o titular, José Francisco das Neves, foi exonerado pela presidente Dilma Rousseff no inicio do mês.
O embargo do Ibama atinge os quatro primeiros lotes da ferrovia, localizados entre Caetité e Ilhéus, num total de 537 quilômetros. Iniciado há cinco meses, esse trecho tem prazo para ser concluído em julho de 2012, e beneficiará a indústria de extração de minério de Caetité.
O segundo trecho, ligando Caetité a Barreiras, somando mais 485 km, está previsto para julho de 2013. Vai permitir o escoamento da produção agrícola do oeste baiano. O terceiro trecho irá ligar Barreiras a Figueirópolis (TO), onde ocorrerá a integração com a Ferrovia Norte-Sul. 

Rebelo cede em APPs para conseguir acordo amplo no Código Florestal.

O Código Florestal pode estar próximo de ser aprovado no Congresso. O relator do projeto, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), voltou atrás em um dos pontos mais polêmicos para garantir apoio para a votação.

O deputado passou o final de semana ajustando os últimos pontos do relatório. Ele esteve reunido com consultores particulares neste sábado, dia 30, e neste domingo, dia 1º, em Brasília.

O relator anunciou que vai modificar um dos pontos que causava discordância: a distância de preservação em margens de rios. A proposta original defendia 15 metros para a mata ciliar, mas Rebelo disse que a distância será alterada para 30 metros como pediam os ambientalistas.

Continua entre os pontos de maior divergência, a dispensa de reserva legal para pequenas propriedades. O relatório será entregue na segunda, dia 2, já que o acordo prevê a votação em plenário ainda esta semana.

O material está enfrentando resistência do Partido dos Trabalhadores e do Partido Verde, que juntos somam 102 deputados. Aldo Rebelo garante que tem o apoio de 11 partidos para aprovação do tema. Nesta terça, dia 3, Ministros do governo se reúnem com a bancada do PT na tentativa de um consenso para garantir a votação. De Maíra Gatto, de Brasília, para o Canal Rural.

Hoje vimos uma matéria de arrepiar, no Canal Rural, com o presidente do Sindicato Rural de Guajará Mirim, Miguel Nunes Neto, em Rondônia. Diz o Presidente que o IBAMA está multando pequenos produtores com multas grandes, algumas até maiores que o valor da terra, para recomposição das reservas.

Essa pressão oficial não é política: é puro desmando e expropriação pelo Estado. Os fiscais chegam em todas as propriedades, numa verdadeira indústria arrecadatória, com armas apontadas para os camponeses e tascam uma multa vultuosa. É a teocracia (Lula é nosso deus e Dilma sua profeta) do sindicalismo de estado contra os mais humildes.

Enfim, o Acordo de cooperação técnica IMA/IBAMA

Os produtores rurais da região Oeste do Estado esperam que a publicação no Diário Oficial do Estado da Bahia do Acordo de Cooperação Técnica n. 001/2011, no último dia 28 de janeiro, coloque um fim definitivo nas controvérsias entre o Ibama e o Governo do Estado em relação à constitucionalidade da lei que instituiu o Plano de Adequação e Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais da Bahia e do seu desdobramento, o Plano Oeste Sustentável.

O acordo, firmado entre Ibama e Secretaria de Meio Ambiente, com a interveniência do Instituto do Meio Ambiente (IMA), visa a ajustar os procedimentos entre os órgãos ambientais, e, assim, fazer valer o Plano de Adequação, cujo objetivo é tornar possível a regularização e a recuperação do passivo ambiental das atividades agropastoris no estado, para os proprietários que aderirem a ele. Além da regularização, graças a este acordo é possível liberar até 80% das áreas que hoje estão embargadas, através de processo administrativo.

Resultado de um esforço conjunto entre Governo do Estado, produtores rurais e sociedade civil organizada, o Plano Estadual de Adequação e Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais foi aprovado por lei estadual em 1º de julho de 2009. Em 05 de junho de 2009, ganhou o reforço do Governo Federal, quando foi firmado um Protocolo de Intenções entre Ibama, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Estado da Bahia, que, a partir daí, deveriam trabalhar juntos para promover a adequação ambiental dos imóveis rurais, em observância da legislação ambiental vigente.

O vice-presidente da AIBA, Sérgio Pitt assevera:

“O problema é que embora o Plano desse um prazo de um ano para o produtor que aderisse a ele fazer os ajustes necessários ao processo de regularização, sem novas multas por seus passivos, o Ibama continuou multando, porque entendeu que leis ou decretos ambientais estaduais não poderiam impedir o seu poder de polícia”.

Investimentos adiados

A falta de agilidade nos processos de licenciamento ambiental na Bahia é um problema que vai além dos imóveis rurais, e atinge tanto o campo, quanto a cidade. No Oeste do estado, segundo os produtores, muitas empresas deixam de aumentar sua produção e novos investidores estão pensando duas vezes antes de apostar suas fichas no Estado.

Afirma o produtor Antonio Franciosi:

“O Governo Estadual está sobrecarregado com a missão de fazer sozinho os licenciamentos. Falta estrutura, sobram ideologias por parte dos técnicos, e os processos, que poderiam sair em poucos meses, levam anos para desenrolar. Se isso não for revisto, vamos ficar na contramão do desenvolvimento e deixaremos de ser competitivos”.

Franciosi compara a Bahia ao seu vizinho Piauí, onde os processos de licenciamento de desmate, dentre outras licenças, levam de três a quatro para ser homologados. Segundo Franciosi, o Piauí passou a receber investidores de todo o Brasil.

Aeroporto embargado.

O produtor lembra, ainda, o caso do aeroporto de Luís Eduardo Magalhães, um investimento feito para viabilizar a exportação de frutas e flores, dentre outras culturas perecíveis, via avião cargueiro. Iniciado pela iniciativa privada e doado para o estado posteriormente como forma de parceria municipal, estadual e federal, o aeroporto encontra-se embargado pelos órgãos públicos e corre o risco de perder todo o investimento feito na base, devido às chuvas.

Horita diz que 80% da produção de grãos pode parar.

Já foram embargadas 53 propriedades pelo IBAMA e no momento mais de 700 agricultores estão correndo o risco de terem as propriedades também embargadas, o que representa 80% da produção de grãos do Oeste. A afirmação é de Walter Horita, presidente da AIBA, em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia.

Justiça manda reabrir portos do Paraná

A Justiça Federal em Paranaguá determinou na madrugada de hoje (9) a retirada imediata dos lacres dos navios e dos equipamentos dos portos de Paranaguá e Antonina (Appa), restabelecendo as atividades portuárias que estavam embargadas.

Ontem (8) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu as atividades no local, por questões ambientais. O juiz Marcos Josegrei da Silva, em liminar, concede um prazo de 30 dias para que os portos paranaenses apresentem um cronograma ajustado com o Ibama para regularização das questões levantadas.

Em nota, o superintendente da Appa, Mário Lobo Filho, afirma que desde que assumiu a autarquia, em maio deste ano, trabalha para a regularização das questões ambientais portuárias. Segundo ele, foi criada uma comissão coordenada pelo capitão de mar e guerra Marcos Antônio Nóbrega Rios, que já esteve várias vezes reunida com o Ibama, em Curitiba e em Brasília, para a elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Com informações da página da Agência Brasil.

IBAMA fecha o porto que mais exporta grãos no País.

O maior porto de exportação de soja fechado numa canetada. Foto de cirinophotoreal.files.wordpress.com

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) interditou hoje (8) o Porto de Paranaguá, no Paraná, maior exportador de grãos e segundo maior porto do país. O embargo foi determinado pelo presidente do Ibama, Abelardo Bayma, segundo ele, por descumprimento de acordo assinado com o porto para regularização ambiental da operação do terminal.
A autuação foi feita às 14h e até o fim da tarde o porto tem que ser desocupado e paralisar todas as atividades. O Porto de Antonina, que está sob a mesma administração do terminal de Paranaguá, também foi autuado.

O processo de regularização ambiental do porto começou em 2002 e o termo de compromisso foi assinado em 2009. Segundo Bayma, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina descumpriu por mais de uma vez os prazos de entrega dos documentos para elaboração dos estudos ambientais para regularização e os planos de emergência individuais.

O IBAMA está se tornando entidade autônoma, multando, fechando, embargando e, pior, intimidando. Alguém tem que tomar atitude que cerceie o crescimento dessa neoplasia da economia brasileira. E certamente não vão ser os governos totalitários e bolivarianos responsáveis por isso.

Enfim, a Justiça para Haroldo Uemura!

Carlos Minc, dedinho maroto em riste, diante de toda a imprensa do País, gentilmente transportada por conta do contribuinte. Foto Luís Tito, da AG A Tarde.

Sérgio Pitt, vice-presidente da AIBA, escreve incisivo artigo sobre o episódio da Operação Veredas, cinematográfica ação do ministro Carlos Minc, que perpetrou injustiça irreparável com um agricultor. Agora, Haroldo Uemura, obteve vitória na Justiça, provando o erro e a sua isenção.

Um caso absurdo de abuso de poder e linchamento ante a opinião pública teve um desfecho justo – ainda que tardio – este mês. Trata-se da vitória do agricultor do município de Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia, Haroldo Hidekazu Uemura, contra a União e o IBAMA, obtida no dia 10 de março último por meio de Sentença de Mérito proferida pela juíza federal  substituta da 17ª Vara de Brasília, Cristiane Pederzolli Rentzsch. Em uma argumentação que será sempre referência de coerência e probidade, ela julgou procedente a defesa de Uemura, restituindo a este agricultor as terras e as máquinas confiscadas de maneira inconstitucional, além de parte da dignidade, já que os estragos de uma mentira dificilmente se reparam.

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Barreiras quer ampliar aeroporto.

O movimento organizado pela Comissão Voluntária pela Segurança e Paz em Barreiras, que visa chamar a atenção das autoridades quanto à necessidade da ampliação do aeroporto regional de Barreiras, paralisou as principais avenidas da cidade na manhã de ontem, 24.
Inaugurado em 1940, o aeroporto de Barreiras era considerado pelas tropas aliadas como ponto estratégico durante a segunda guerra mundial. Daqui saiam aviões cargueiros carregados de charque e embutidos industrializadas no Matadouro Sertaneja, que abasteciam os exércitos em guerra na Europa e Norte da África.
Infelizmente os últimos governos que comandaram a Bahia deixaram o então estratégico aeroporto relegado a segundo plano. Com aproximadamente 800m de altitude, há 12 Km do centro da cidade, o aeroporto possui uma pista de 1,6 Km, o suficiente para pouso de aeronaves de pequeno e médio porte, como os aviões Brasília, da Passaredo, única empresa a realizar vôos comerciais na região.
Para que aviões com maior capacidade de transporte pousem em Barreiras, é necessário a ampliação da pista em mais 700 metros, obra orçada em R$ 22,5 milhões.
Na opinião de Gil Areas, presidente da Comissão da Paz, a falta de vontade política é o principal entrave para a ampliação do aeroporto. “O que falta ao governo do estado, não só a atual administração, como também os governos passados, entender que o aeroporto de Barreiras é prioridade para dinamizar a economia regional. Estamos falando apenas de R$ 22,5 milhões para solucionar o problema e essa não é uma grande quantia para o Estado, muito menos para o Governo Federal. Estamos a cinco anos nos reunindo com o Governo da Bahia e durante esse período não percebemos qualquer avanço, por isso, infelizmente tivemos que fazer esse manifesto para ver se as autoridades tomam alguma medida”, disse Gil, enfatizando que a falta de representatividade política da região é crucial no descaso com o Oeste. “Tenho certeza que em função da ausência de obras do Governo do Estado na região estimulou na população o anseio da criação do Estado do Rio São Francisco”.
Segundo Célia Sampaio Kumagai, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Barreiras, após inúmeras reuniões, a CDL, em parceria com outras entidades de classes de Barreiras e região, achou por bem fazer essa manifestação e mostrar a necessidade da ampliação do aeroporto. “Por trás dessa obra está a melhoria na área da saúde, educação, turismo, comércio, indústria, serviço, agronegócio, entre outros setores fundamentais para o progresso do Oeste da Bahia”. Texto e fotos de Eduardo Lena. Leia mais no jornal Nova Fronteira
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A verdade é que a construção do novo aeroporto de Luís Eduardo, por iniciativa de mais de 30 empresários e a posterior concorrência da Prefeitura e do Governo do Estado, assustou os barreirenses. Pensam eles que se Barreiras não se mobilizar pela ampliação e Luís Eduardo possuir um aeroporto moderno, o centro de interesse das companhias aéreas pode mudar. O crescimento de Luís Eduardo sempre causou problemas para a cidade-mãe. Já existe uma disputa velada em torno da localização da capital, na eventualidade da aprovação do novo estado do São Francisco.

E a disputa política não deixa de envolver represálias: antes de ontem, 23, a empresa empreiteira da construção da pista de Luís Eduardo foi multada e a obra ameaçada de embargo pelo IBAMA.

Maravilhas do fundamentalismo ambiental.

O senador Arthur Virgílio condenou, ontem, na tribuna, a ação do Instituto Chico Mendes no município de Lábrea(AM), quando fechou uma série de pequenas serrarias, deixando, segundo o tribuno, de multar grandes empreendimentos que devastam a floresta ao sul daquela cidade. A população local revoltou-se e cercou fiscais e policiais do Instituto num hotel, ameaçando um linchamento.

Para ilustrar o caso, onde os ribeirinhos e pequenos empresários são assediados pelo IBAMA e ICM, citou o caso de um rapaz que foi enlaçado por uma sucuri e mordido no abdômen. Recolhido à sua casa, pois não encontrou tratamento adequado ao ferimento, foi visitado, logo depois, por fiscais do IBAMA, que lhe multaram em 800 reais por ter matado a cobra ao defender-se do ataque. São as maravilhas do fundamentalismo ambiental.