Índices do IDEB: educação pública recua. Oito estados cumprem meta e lideram.

Destaque para a Educação no Ceará, que melhorou dobrando os índices de crescimento do País e tem 93 municípios com ensino acima do índice 6,0.

Duas das três etapas de ensino avaliadas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017 estão abaixo da meta prevista pelo governo federal. Os resultados negativos do ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental no Ideb foram divulgados nesta segunda-feira (3).

O Ideb é o principal indicador de qualidade da educação básica, formado pelo Saeb (prova de português e matemática aplicada a cada dois anos) e pelo fluxo escolar (taxa de aprovação/reprovação/abandono dos alunos).

Ensino fundamental: primeiros anos

Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Brasil alcançou em 2017 um índice igual a 5,8, considerando as redes pública e privada, superando em 0,3 ponto a meta proposta. Entretanto, se excluída a rede privada do resultado, o Ideb nos anos iniciais é justamente 0,3 ponto inferior.

Não alcançaram a meta: Amapá, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Por outro lado, oito estados alcançaram um Ideb maior ou igual a 6,0. São eles: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal.

Um dos destaques é o Ceará, que superou a meta proposta para 2017 em 1,4 ponto. Especificamente a rede pública do Ceará subiu do nível 2,8, em 2005, para 6,1, em 2017, ritmo de crescimento quase duas vezes superior à média nacional. Apenas um município cearense não alcançou a meta projetada para os anos iniciais do ensino fundamental. Na região Nordeste, onde há 153 municípios com Ideb igual ou superior a 6,0, 93 estão no Ceará.

Ensino Médio

O ensino médio, considerando a rede pública e privada, teve crescimento de 0,1 ponto entre 2015 e 2017: passou de 3,7 para 3,8. Mas se considerada apenas a rede estadual, responsável por 84,6% das matrículas nesta etapa do ensino, o Ideb ficou estagnado e teve um crescimento modesto nos últimos anos (em 2015 e em 2017 era 3,5; em 2009 era 3,4), sendo que sete estados (AM, RR, PA, AP, BA, RJ e SP) e o Distrito Federal apresentaram uma piora em relação ao ideb de 2015. Fonte: INEP, com edição do G1 e O Expresso.